Esta é a questão que mais me aflige durante todos os nossos jogos.
Quando vejo o Benfica em posse de bola, vejo uma "enorme vontade" de perder a bola no momento seguinte. Isto deve-se, sobretudo às saídas de posição de Axel Witsel.
Os avanços de Witsel devem-se à vontade de Jesus em criar superioridade numérica nas proximidades da área mas será que assim, são criadas condições para que a bola lá chegue com qualidade? Eu penso que não.
Na defesa, apenas um jogador tem uma qualidade técnica acima de média (Garay) que permite colocar a bola à distância com grande qualidade e "saltar" assim, a fase de construção no nosso meio-campo defensivo. Que revela grandes fragilidades com Javi Garcia que circula a bola mas a vontade de se livrar dela, o mais rápido possível, é muito grande. O outro jogador da defensiva que o procura fazer é Maxi Pereira, sempre com mais coração do que cabeça. Raramente, escolhendo a melhor opção de passe que acabam por resultar em lançamentos laterais, um pouco mais à frente no terreno.
Em relação aos outros dois elementos da defensiva, Emerson e Luisão fazem o que é possível dentro das suas limitações normais para desempenhar este tipo de funções.
Portanto, terá que se trabalhado e potenciado, o recuo de Witsel e Aimar para o Benfica ter melhor e mais consistente saída de bola para o ataque.
Será através de uma consistente saída de bola para o ataque que o Benfica subirá mais um patamar enquanto equipa. Se olharmos para o Manchester United, equipa igualmente talhada e formatada para jogar em ataques rápidos, existem sempre duas referências na construção. São Carrick e Anderson que se encontram posicionais no centro do terreno para garantir essa fluidez de jogo, permitindo que Young, Nani, Rooney (também muito importante na construção) e Chicharito recebam a bola onde mais gostam.
O que vemos:
O que deveria acontecer:
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6 comentários:
Bom post, caro PB.
De facto, assim se explica a falta de criatividade ofensiva do Benfica. Já Cardozo devido a esta situação e à sua mobilidade limitada (e apesar de ser um goleador) parece um tanque atolado na grande área adversária sem qualquer liberdade para fazer a diferença. O Benfica deveria ter mais apoio nas manobras ofensivas mas nós não vemos isso e por isso, o número de remates e cantos (por exemplo) diminuiu drasticamente.
Podemos sempre apostar no futebol directo com lançamentos compridos para a área... mas se tivermos apenas Cardozo na área é como dar um tiro no escuro!
Caro PB, não concordo muito com o que dizes.
Witsel confere outro equilibrio nas acções defensivas e em virtude de haver uma unidade a menos no ataque, ele tem de se desdobrar nas acções ofensivas, aliás o futebol é um jogo de constante mobilidade e trocas posicionais, só assim se pode baralhar oa daversário e criar superioridade numérica em certas zonas do terreno.
O que acho é que neste momento há alguns jogadores em baixa forma e como tal, Jorge Jesus joga para o resultado em detrimento da exibição, para mim isso é um sinal de inteligência.
O Axel, ultimamente, tem desempenhado as funções de box-to-box. No fundo, o seu raio de acção é todo o meio-campo, quer defensivo como ofensivo. Porém, em alguns jogos, precisamos que se aguente mais posicional ou estático ao lado do Javi de forma a garantir que a bola chegue em melhores condições ao Aimar, Gaitan, Nolito ou Cardozo.
A meu ver, abusamos do pontapé longo e do pulmão do Maxi pelo flanco direito, que faz tudo sempre com mais coração do que cabeça na saída para o ataque.
uma razão porque tenho dito que o matic pode ser muito importante neste esquema. Javi é um puro trinco, e nunca descola dos centrais, precisamos e alguem que saiba avaliar a situação e saiba quando sair. E nesta momento Javi nunca o faz, e Matic faz em demasia.
Em Braga, nomeadamente na segunda parte, tacticamente o Benfica foi uma confusão total... Amorim a extremo esquerdo, Witsel a interior direito, Aimar colado a Javi, isto durante muito tempo na segunda parte. Como poderíamos criar jogo?
PB, este é sem dúvida o problema mais óbvio e resulta de uma incoerencia nas ideias para o modelo de jogo.
O que deveria acontecer era isso mas ñ adianta o que vai sempre acontecer com o JJ é aquilo que não resulta para os jogadores á disposição, ele pode disfarçar em certas alturas mas quando se chega ás fases cruciais, inventa sempre. É mais que altura para dizer basta, ou são sérios ou não, não existe meio termo e isto vale para todos.
O que vemos não é bem isso, o Aimar tem funcionado quase sempre como segundo avançado e por trás dele e do PL os dois alas com os médios centro um pouco mais recuados em relação a estes.
O que mais me custa a entender e daí falar em incoerencia, é que o SLB andou a produzir bom futebol, futebol ligado e o nível exibicional vinha a crescer, isto foi bem nítido na liga dos campeões, desde as pré-eliminatórias e a espaços no campeonato onde o exemplo mais evidente foi na deslocação ao dragon. Sem explicação ou justificação possível desde Aveiro, houve um retrocesso na ideias e modelo de jogo, deixa de existir o futebol ligado e trabalhado a que se vinha a assistir, Aimar cada vez mais na frente a correr atrás dos defesas e a acabar-se SEMPRE os jogos a jogar um futebol directo, feio, sem ligação e quase sem conseguir criar oportunidades e consequentemente a ñ resultar em golos (muito bom o 442 clássico :( ).
E mete nojo os jogadores serem sempre os bodes expiatórios para tudo, em Setembro quase todo o plantel estava motivado e confiante, de momento sem ser o Rodrigo ñ existe quase mais ninguém. O que aconteceu ao Cardozo, Witsel Aimar, Nolito? Estes os casos mais graves pq o B.César tb já entrou melhor nas partidas e o Matic foi agora o escolhido para deitar abaixo.
Assim é para esquecer, com uma fraca e arrogante figura á frente da equipa a teimar nos seus delírios sem que ninguém o chame á razão e exija o retorno do que foi investido nele e no plantel. Isto foi um anúncio do que será o resto da época, a equipa promete muito mas chegam as fases cruciais e claudica-se, isto não me satisfaz e ñ pode satifazer o SLB atendendo á estrutura e investimento actual.
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