sábado, 29 de outubro de 2011

Uffa... Acabou por valer os preciosos três pontos

Foi um Benfica muito ofensivo aquele que se apresentou esta noite na Luz. A principal novidade no onze titular foi a incorparação de Rodrigo no lugar de Saviola, sendo que no meio campo, Witsel foi poupado, entrando para o seu lugar Pablo Aimar. Cedo demais se percebeu que o Benfica iria tomar para si as rédeas do encontro e logo no primeiro minuto, Rodrigo a passe de Gaitán inaugurou o marcador, o segundo golo ao serviço do Benfica no seu segundo jogo como titular, ele que não ficaria por aí, no que toca a golos marcados. Os primeiros 15 minutos foram jogados pelo Benfica a um ritmo diabólico e a culminar essa avalanche ofensiva, Rodrigo marcou novamente, o seu segundo golo no encontro, colocando o Benfica precocemente com o jogo practicamente resolvido. A partir daí, como seria natural esperar a equipa diminuíu o seu ritmo de jogo, gerindo a posse de bola, procurando atacar pela certa, explorando o erro do adversário, talvez já pensando no jogo de Quarta ante o Basileia.

Estava tudo resolvido? Nada mais enganador. Se o Benfica marcou cedo na primeira parte, o Olhanense respondeu na mesma moeda mas no segundo tempo, sem que ninguém pudesse esperar e com isso o jogo do Benfica transformou-se. Em vez de um Benfica fluido nos seus movimentos, perigoso nas transicções defesa/ataque, vimos um Benfica apático, que deixou o Olhanense subir de rendimento embora sem criar grandes ocasiões de perigo. A entrada de Witsel ao intervalo para o lugar de um desinspirado Aimar, trouxe pouco de bom ao jogo do Benfica, a equipa de Olhão reforçou o meio campo mais defensivo com Nuno Piloto e com isso a equipa subiu em bloco no terreno, encurtando as distâncias para a baliza do Benfica, felizmente que sem materializar tal tendência. A segunda parte do Benfica foi muito má, um alerta para o futuro próximo e uma prova de que a equipa ainda não é muito inteligente no seu todo, a preservar resultados. De qualquer forma, o importante foi alcançado, ou seja, a vitória e consequentes três pontos amealhados.

Destaque individual

Rodrigo: O jovem avançado surgiu endiabrado na primeira parte, marcando dois golos pleno de oportunidade e justificando a aposta em si. Está em nítido crescendo de forma e ganhando pouco a pouco o seu espaço no plantel. Rápido, tecnicista, com faro de golo, temos aqui matéria prima para dar muitas e boas alegrias à massa associativa do Benfica. Um bom talento para o futuro próximo.

Luisão:  Luisão porquê? Porque aquele corte perto do final do jogo, valeu os três pontos... foi um corte providencial.

5 comentários:

SLB4EVER disse...

Salva-se a vitória e é exasperante ver a equipa mudar do dia para a noite entre partes.
Os jogadores julgavam que estava ganho e descomprimiram na segunda parte, mas isto não explica tão fraca exibição nesse periodo. A verdade é que o JJ continua a ser teimoso que nem uma mula e a saída do Aimar ñ explica se passar a jogar futebol directo e sem um verdadeiro organizador de jogo no meio do campo. É preocupante ver que apesar do mau futebol não mudou as suas ideias e não soube ajustar a tactica para responder á mudança do Olhanense. Gaitán, B.César e D.Simão todos eles podem fazer o papel do Aimar mas continua a fazer-se de conta que não existe ninguém para o subsituir.
Mas será necessário estas brincadeiras darem mau resultado para o treinador chegar á conclusão que o 442 clássico não é nada bom para esta equipa? Arsenal(1ª), Beira Mar, esta 2ª parte e ainda se continua a insistir?
Penso eu que bastava colocar o César no meio, o Witsel entre este e o Matic, passar o Gaitán para a esquerda e o Rodrigo na direita e estava feito, voltava-se ao esquema em que a equipa tem jogado melhor.
Aquela finta falhada do Maxi no último minuto não deu golo graças ao Luisão, não é algo que se admita naquela fase do jogo.
O golo anulado ao Cardozo estraga uma arbitragem que até estava a ser boa e permitiu a incerteza no resultado.

Rodrigo a confirmar que é tudo o que se esperava dele, espero que sirva de exemplo para se deixar de tretas e começar a usar tb o N.Oliveira e o D.Simão que tb vão responder á altura se tiverem oportunidades.

E siga, venha o Basel e que seja uma vitória convincente!

Anónimo disse...

Relativamente à primeira parte, só há uma objecção a colocar à actuação do Benfica, que foi não ter mantido o ritmo com que jogou durante os primeiros 15 minutos. Continuou a dominar por completo o jogo, mas não deu o golpe de misericórdia.
Na segunda parte, houve três razões principais para que o Benfica tivesse feito um jogo sofrível. Em primeiro lugar, a saída de Aimar por troca com Axel Witsel. Estou em desacordo com o que foi escrito no post. Aimar foi dos melhores jogadores do Benfica. Correu o campo todo, ora a atacar, a defender ou a distribuir jogo. Para mim, saiu ao intervalo apenas para ser poupado e porque o treinador do Benfica pensou que o jogo estava ganho, tal o domínio que o Benfica exerceu na primeira parte. Em segundo lugar, a táctica utilizada na segunda parte. Aquele 4x4x2 não funcionou. Em terceiro lugar, a alteração introduzida na equipa do Olhanense, que reforçou o seu meio-campo e que, consequentemente, passou a criar problemas ao meio-campo do Benfica e a fazer jogadas de ataque, o que não tinha conseguido na primeira parte.
Para além de Rodrigo, que marcou os dois golos e que foi para mim a principal estrela do jogo, e de Aimar, realço ainda Maxi Pereira, que esteve nos dois golos. Para além destes, também Matic fez um grande jogo e, curiosamente, quando jogou sozinho esteve melhor do que com Witsel a seu lado.
MM

John Wakefield disse...

O Benfica dominou completamente o jogo. O Olhanense teve apenas 2 grandes ocasiões de golo (uma concretizada) e ambas nascem da falta de concentração tremenda dos nossos defesas. No primeiro golo é inconcebível que um cruzamento tão fácil de interceptar não tenha merecido a devida a atenção dos 3 defensores que estavam na grande área juntamente com Wilson Eduardo que frente à baliza, teve todo o tempo do mundo para "fuzilar" à vontade Artur Moraes. Os defesas estavam a marcar a sua própria sombra e o Wilson Eduardo agradeceu...
No segundo lance, já nos últimos segundos, Maxi quis arriscar (quando o mais prudente era passar a um colega ou aliviar a bola) e isso ia custar-nos caro! Perdeu a bola através duma finta mal conseguida e originou um contra-ataque que, como far (away) salienta e bem, Luisão resolveu com excelência.
Este é daqueles jogos que não deveríamos sofrer qualquer golo... O Olhanense foi irreverente e um digno vencido mas nunca conseguiu enfrentar na cara o Benfica. Só sofremos porque facilitamos, e muito, a vida ao adversário. Mesmo assim, fizemos o mínimo para merecer a vitória mas a continuar assim, arriscamo-nos a perder pontos...

PS: Grande jogo de Rodrigo (começa a convencer-me que pode ser uma alternativa de peso), Matic (fui crítico em alguns momentos, mas ontem esteve impecável - começa a assimilar as funções da nova posição) e de Luisão (pela frieza que evidenciou nos momentos mais difíceis).
Não gostei das actuações de Maxi Pereira, Emerson e Cardozo. Já tiveram um rendimento muito superior em outros jogos!

Anónimo disse...

Um comentário com o qual concordo em absoluto. É por demais evidente que Aimar mesmo jogando abaixo das suas enormes qualidades, tem um desempenho em campo acima dos demais, marcando o ritmo do jogo a seu belo prazer. No entanto julgo que o Benfica possui jogadores que podem desempenhar o seu lugar, embora sem a qualidade de Aimar. Até a sua movimentação é de um jogador que sabe ocupar os espaços, pois só não concluiu com exito duas desmarcações primorosas por manifesta falta de sorte.

Quando o Olhanense equilibrou o jogo ,o nosso "catedrático" tinha obrigação de intervir de forma a voltar à mó de cima, mas ao invés, ficou a assistir a um recital de individualismos atroz,que nos deixam a sensação de que com adversários de outro calibre a coisa se pode tornar feia. Quando a equipa funciona em conjunto é um regalo o seu desempenho, quando as individualidades se armal em estrelas, temos o caldo entornado.

Só mais uma achega. Continuo sem perceber a utilização de lançamentos laterais para a área, com resultados estéreis, com a agravante de proporcionar ao adversário oportunidades de contra ataque.

Rodrigo tem potencialidades extraordinárias para se tornar num craque, pois possui as armas necessárias para tal. Rápido, tecnicamante bom, ambidextro e bom cabeceador, parecendo também um rapaz humilde. Parabéns para ele.Luisão, não só pelo exemplo, como pela sua concentração merece o meu respeito e admiração. Maxi pelo seu profissionalismo, merece igualmente a minha nota. Em sentido contrário e não o criticando, porque faz o que melhor sabe e pode, Emerson não possui a qualidade que se exige a um jogador que desempenha a função de defesa esquerdo, pois para ser titular no Benfica terá de fazer todo o corredor com desempenho superior.

Francisco disse...

Ficou bem visível a influência de Aimar no Benfica.