Miserável adeus... e até para o ano!!!

Era imperativo vencer. Por vários motivos: para podermos aproveitar uma eventual escorregadela do sporting em casa com o Braga, pelo prestigio, porque a imagem que fica é sempre a última, porque somos o Benfica e o Benfica deve ganhar sempre. O que se passou hoje na Mata Real foi mau demais: equipa sem chama, sem alma, sem vontade, uns a pensarem em férias e outros no Mundial e, consequentemente, a esquecerem-se de quem lhes paga os ordenados.

A equipa escalada por Koeman foi: Moretto, Ricardo Rocha, Luisão, Anderson, Leo, Petit, Manuel Fernandes, Beto, Karyaka, Manduca e Miccoli.

Infelizmente a história do jogo conta-se em poucas palavras: na primeira parte houve um equilibrio total entre as duas equipas. Monotonia apenas quebrada pelo formidável remate de Manuel Fernandes que deu origem ao nosso golo (0-1). Contra a corrente do jogo na altura, diga-se. De resto, nenhum dos guarda-redes teve de efectuar uma defesa digna desse nome, e apenas um remate de Miccoli sobre a barra deu ao jogo alguma vida. Ainda alguém me há-de conseguir explicar a enervante mania do Koema de tentar fazer do Beto armador e pivot do jogo atacante do Benfica... Se for para destruir o jogo do adversário, ainda vá, mas pedir ao homem que resolva com grandes passes e fabulosas desmarcações é que já é pior...

A vencer ao intervalo, o Benfica entrou na 2ª parte convencido que o mais dificil já estava feito e seria de esperar pachorrentamente pelo apito final do árbitro que a vitória não fugiria. Puro engano.
O Paços de Ferreira, equipa que se encontrava numa situação dificil, começou a fazer pela vida e foi assumindo aos poucos o controle da partida. Aos 49 minutos, Moretto deu, porventura, o maior frango da vida dele. Numa bola aparentemente controlada, ele deixa-a passar por baixo do corpo, isolando assim o jogador do Paços que, de ângulo dificil, a mete na nossa baliza. Estava feito o empate.

A partir daqui só deu Paços, e nem as entradas de Mantorras e de Marco Ferreira vieram alterar o curso do jogo, pelo que o 2º golo (remate imparável sem hipótese para Moretto) não surpreendeu ninguém. No terceiro golo, abriu-se uma verdadeira auto-estrada desde o nosso meio campo até á nossa baliza que foi aproveitado pelo Paços para fixar o resultado final em 3-1. Nessa altura já Marcel se encontrava em campo.

Em suma, exibição paupérrima do Benfica, 3º lugar, e lá vamos á pré-eliminatória da Liga dos Campeões para o próximo ano.

PS: da próxima vez que gozarmos com o Ricardo e com as suas frangalhadas, devemos de olhar primeiro para quem está a defender a nossa baliza...