segunda-feira, 14 de maio de 2007

Este é para os academistas

Começo a ficar farto de ouvir as tretas dos sportinguistas em relação às famigeradas camadas jovens do seu clube. É indesmentível que o Sporting foi, durante os últimos anos, o principal formador do nosso país. Primeiro, porque os cofres leoninos estão na bancarrota, o que torna a aposta nos jovens a política mais acertada. Segundo, porque em termos de condições físicas e humanas estavam bem melhor municiados.

Neste momento, o cenário é diferente. O Benfica construiu do zero uma fabulosa estrutura de recursos humanos que se aliou ao novíssimo e extraordinário Centro de Estágio para formar um Departamento Técnico para a prospecção e formação de novos jogadores que é do melhor que há na Europa. Coordenada pelo Sr. António Carraça, a estrutura de formação do Benfica é de uma complexidade fantasmagórica. As redes de dirigentes, olheiros e treinadores são muito extensas, estão bem distribuídas e oleadas. Os talentos começam a desbrotar e os resultados a surgir, obviamente com mais relevância nos escalões mais jovens, que se deve à precocidade da nova estrutura.

Vem isto tudo a propósito de algumas lagartixas desbocadas que teimam em não admitir que, neste momento, o Benfica está a par do seu clube no que toca à formação. Compreendo que lhes custe ver esvair-se entre os dedos um dos poucos domínios que lhes restam, mas um pouco de bom senso não faz mal a ninguém.

As classificações vêm precisamente atestar a minha opinião. Em todos os escalões o Benfica está na luta pelo título nas respectivas fases finais. As batalhas mais intensas travam-se nos Juniores, uma competição bastante seguida em que o Benfica, apesar de ter uma equipa muito menos calibrada e experiente que a do Sporting, está na liderança da tabela classificativa.

Este é o cenário no final da primeira volta, quando o Benfica já se deslocou ao reduto de dois dos seus três adverários:

Numa coisa invejo o clube de Alvalade, ao invés de contratarem (ainda mais!) jogadores de valor incerto, preferem apostar na prata da casa. Agora o meu Benfica também tem condições para o fazer, e não se admite outra coisa.

3 comentários:

Marquês de Barrabás disse...

Mais um grande post, Sir.

O problema da avaliação "popular" do trabalho da formação é que está muito dependente do número de grandes talentos que surgem (mas descobrir génios do futebol não é uma ciência exacta...), e por outro, das convocatórias para as Selecções jovens, que nem sempre são objectivas, para não dizer mais.

Saudações Gloriosas

MANOCAS37 disse...

Numa coisa invejo o clube de Alvalade, ao invés de contratarem jogadores de valor incerto, preferem apostar na prata da casa

o Segredo da Formação do Sporting.

Pedro Neto disse...

Excelente post!