quinta-feira, 3 de junho de 2010

Imaginem


Imaginem que, no final da época 2007/2008, Luís Filipe Vieira tivesse desejado a contratação de Jorge Jesus, mas que Rui Costa preferisse o espanhol Quique Flores.

Imaginem que, após uma derrota na Figueira da Foz contra a Naval, Pinto da Costa tivesse sondado Jorge Jesus para que este viesse a ser o futuro treinador do Porto, tendo inclusive assinado um pré-acordo com os dragões.

Imaginem que, mesmo com a melhoria do Porto no campeonato 2008/2009, Jorge Jesus continuava com o tal pré-acordo com o Porto e até já estava a preparar a nova época para o seu actual ex-futuro-patrão.

Imaginem que, em Fevereiro/Março, com o Benfica cada vez mais longe do título, Luís Filipe Vieira tivesse imposto a Rui Costa a contratação de Jorge Jesus, sim, o mesmo com um pré-acordo com o Porto.

Imaginem que, por esta altura, já a época seguinte estava tão bem preparada para os lados do Dragão que o interesse em Falcao era real e a sua contratação era um desejo de Jesus (algo que motivou no Trio d'Ataque a frase "Não foi por acaso que o Falcao foi para o Porto").

Imaginem que, sabendo do interesse do Benfica, Jesus terá pensado que era claramente melhor treinar o Benfica que o Porto, tendo acatado as instruções de Vieira para "não fazer nada até lhe dizer alguma coisa", frase dita na entrevista à SIC, aludindo pelo fim do pré-acordo com o Porto.

Imaginem que, aproveitando o trabalho já feito por Jorge Jesus, Pinto da Costa decide mesmo avançar para a contratação de Falcao e também Álvaro Pereira.

Imaginem que, após a conquista do título nacional 2009/2010, Pinto da Costa tenta uma aproximação com Jorge Jesus convidando-o para assistir à final da Taça de Portugal, apresentando-lhe uma proposta de contrato 3 vezes melhor que a do Benfica, disponibilizando-se a pagar os 2 milhões de euros da cláusula de rescisão de Jesus.

Imaginem que a contratação de André Villas-Boas para o lugar do já "despedido" Jesualdo Ferreira demorou tanto tempo a ser consumada porque Pinto da Costa ainda sonhava em ter Jesus.

Imaginem que a contratação de Paulo Sérgio para treinador do Sporting demorou tanto tempo porque o Porto queria saber se tinha de ficar com André Villas-Boas caso não conseguisse Jesus, evitando desta forma perder um treinador para o Benfica e outro para o Sporting.

Imaginem que...

4 comentários:

Glorioso SLB disse...

Agora é so imaginar!!! IMAGINEM...

Muito bom este post, mais um.


Cumps

O GLORIOSO disse...

Não é preciso imaginar, foi a pura das realidades, ou seja as escolhas dos treinadores dos corruptos e seus submissos foram para além de segundas escolhas todas condicionadas pelo Treinador do Campeão Nacional.

Manuel Oliveira disse...

Claro que tudo tem lógica Embora para os portistas não passem de teorias da conspiração.

JS disse...

Falcão e Álvaro Pereira são da responsabilidade do Jorge Jesus?

Mas não foi o Benfica o primeiro interessado em ambos e quase já com Jesus como treinador?