quarta-feira, 20 de abril de 2011

Binya é craque

"A generosidade é um bem. O carácter é outro. Num campo de futebol, um e outro distinguem os bons jogadores. Não há caçador de talentos que não procure o bem inestimável de um jogador que se oferece ao sacrifício de lutar por outros. Se escrevo isto, é porque acho que alguém deve dar um prémio de reconhecimento ao mais extraordinário exemplo de carácter e generosidade visto no derby. Chama-se Bynia e será, nos próximos anos, um dos médios de referência do Benfica e, por extensão, do futebol português."

Em Março de 2008, o Mundo andava louco com um craque de classe mundial chamado Bynia. Um homem que tinha um talento incomum e que ameaçava encostar os grande médios defensivos do futebol mundial a um canto. Patrick Vieira, Steven Gerrard e Michael Essien seriam rapidamente colocados a um canto, de tão grande que era a qualidade do camaronês.

O que é que Binya tinha de especial? Nada. Mesmo quando havia este histerismo colectivo, sempre disse que o jogador era aquilo a que tecnicamente se chama de "nabo". Não tinha nada de especial a não ser um dom particular para a pancadaria. Um Bruno Alves de meio-campo, um agressor sem o mínimo talento para a bola que só servia para arrancar olhos ou partir pernas. Mas hoje fiquei a saber que, não obstante a falta de jeito para a bola, Binya é efectivamente estúpido. Querer ser ressarcido em 20 milhões de euros pelo clube contra o qual rescindiu contrato unilateralmente é, no mínimo, estúpido. Se há alguém que tem de pagar alguma coisa, é o próprio jogador. Mas se quisermos acabar com esta palhaçada eu pedia ao excelentíssimo presidente do Benfica que enviasse um envelope para a Suíça com o incisivo que falta ao craque do Neuchâtel Xamax. Ficava tudo resolvido.

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