sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O empate (2-2) foi bom resultado

Nota prévia: Já foi aqui discutido por mim a forma como o Benfica defende mal nos momentos sem bola e nas bolas paradas a nível defensivo. O Benfica sofre 2 golos de bola parada, o segundo golo então, é inadmissível tamanha falha de marcação ao central do Porto que subíu para desiquilibrar na nossa área. A defesa em zona tem as suas vantagens, mas no caso do processo defensivo do Benfica, muita coisa há para afinar, pois as marcações carecem de critério.

O Benfica realizou uma primeira parte, jogando pela certa na busca do erro do adversário. Não tivemos a posse de bola muitas vezes, nem os nossos alas apareceram no momento ofensivo, isto porque a verdadeira luta esteve no meio campo, onde Javi Garcia e Witsel lutavam palmo a palmo com Moutinho e Guarín. O Porto acabou por marcar por Kleber, numa bola parada onde o erro foi não atacar a bola, coisa que o avançado brasileiro portista fez e com rigor. Pensava-se que o Porto iria acentuar a pressão, mas foi um Benfica a subir de rendimento aquele que vimos a partir desse momento. O jogo manteve-se neste tom até ao final da primeira parte.

A segunda parte trouxe o golo do Benfica por Cardozo, e trouxe um Benfica mais seguro nas suas acções. O empate, normalmente daria uma maior tranquilidade ao Benfica, mas imediatamente depois, sofremos o segundo golo num lance diria eu, que devia ser revisto over and over again, sobre o que não fazer, em termos de marcação. Temia-se que o Porto, aproveitasse o factor psicolcógico de estar novamente em vantagem no marcador, mas o que vimos novamente, foi um Benfica forte psicologicamente, que não se deixou abater por novo revés, e que soube ir em busca do prejuízo. Cardozo poderia ter igualado a partida, mas Heltón soube defender o remate do internacional paraguaio, mas estava escrito que o Benfica iria reagir com propriedade. Jesus mexeu na equipa, tirou Nolito que até estava a jogar bem e Aimar, meteu Bruno Cèsar e Saviola. E foi Javier Saviola, num passe de primeira realmente fantástico que ofereceu o segundo golo das águias a Gaitán que soube não desperdiçar apesar da bola ainda ter batido na trave. Estava feito o resultado final.

Bem vistas as coisas, foi um bom resultado para o Benfica, que desta forma manteve o Porto com os mesmos pontos, sendo que na segunda volta recebemos os azuis na Luz. Este resultado, dá também maior confiança aos jogadores e equipa técnica do Benfica, no que toca ao crescimento da equipa. Jesus comparado com anos anteriores, mostrou ter aprendido a lição, mostrou que sabe preparar uma equipa para estes grandes clássicos fora de casa. Era algo que precisava ser demonstrado. Há que ter confiança no futuro.

14 comentários:

John Wakefield disse...

Concordo, Far(away). Fizemos uma segunda parte superior em relação à primeira. E como tu ressalvas e bem, os jogadores foram psicologicamente fortes o que seria determinante. É difícil aguentar aquele clima hostil (desta vez até não foi tanto visto que o jogo foi a uma Sexta-feira) e ainda por cima, irritou-me profundamente o teatro de alguns jogadores do fcp, nomeadamente o de Fucile, uma verdadeira estrela dos Morangos com açúcar...

Anónimo disse...

Partilho da opiniao que foi um resultado positivo especialmente tendo em conta o dominio total do Porto na primeira parte.
Agora o que me deixa decepcionado por vezes e a notoria incapacidade do Benfica para fazer circulacao de bola e jogar em ataque continuado. Se no primeiro tempo a estrutura 2-1 do meio campo foi completamente ineficaz tambem devido a pressao do adversario, quando essa pressao baixou e podiamos ter mandado no jogo nao o fizemos.
Bem sei que os golos condicionaram, sobretudo o segundo marcado contra a corrente do jogo na altura, mas se existissem rotinas de ataque continuado teriamos muito provavelmente ganho.
Mas compreendo que a equipa esta em construcao e o Jesus apesar de borrego esta a fazer pelo menos em termos de resultados e exibicoes a espacos um bom trabalho.
Hulk uma nulidade na segunda parte.

Batigol

M.C. disse...

Chapeau !

Excelente análise. Bom teste ás capacidades psicológicas dos jogadores que não se deixaram abater sobretudo após o segundo golo,quanto a mim perfeitamente evitável se tivesse havido mais cuidado nas marcações.
Muita ratice do JJ, que mais uma vez demonstrou o quanto sabe da poda.

SC disse...

Pessima exibiçao do Maxi..passadouro.
Valeu o resultado..mas desejo um Benfica mais poderoso.
SAUDAÇÕES

Anónimo disse...

Dois aspectos deste post com os quais concordo: i) lances de bola parada e defesa à zona nos cantos são aspectos que o Benfica tem de melhorar; ii) Jorge Jesus não inventou na montagem da equipa , não colocando jogadores fora dos seus locais habituais, preparando a equipa para fazer o seu jogo e não parar o jogo do adversário.
Muito embora na primeira parte o Porto tenha tido uma posição mais ascendente na partida, com mais posse de bola e domínio de jogo, o certo é que não me recordo de lances de perigo flagrantes de que tenha beneficiado. Mesmo o golo foi de bola parada, com mais demérito para a defesa do Benfica do que mérito do avançado do Porto. Na segunda parte, o Benfica foi atrás do prejuízo e dominou, em grande parte, o jogo, até porque, na minha opinião, o meio campo do Porto deu o berro. O Benfica marcou dois grandes golos e teve ainda uma outra oportunidade. O primeiro de Cardozo: mais um magnífico golo, como já havia feito contra o Manchester. Finalmente, parece que os detractores do nosso avançado já se renderam à sua eficácia.
E também para aqueles que duvidavam da capacidade de Emerson, que iria ser trucidado pelo Hulk, tiveram neste jogo uma resposta por parte do jogador, que esteve a bom nível. Portanto, acreditem e apoiem os nossos jogadores! No campo eles darão a resposta.
Realce para os nossos alas, Nolito e Gáitan, porventura os que estiveram em grande plano, assim como para Luisão e Garay.
MM

lj disse...

Acho que nao nos devemos cansar de elogiar Saviola, que aparece num jogo grande e num momento decisivo, a entregar o empate de bandeja.

Miguel A. disse...

Olá Far (away). Acho que perdemos uma boa oportunidade para ganharmos este jogo. Mau resultado, na minha opinião.

Vi agora na tv que o jogador fucile se queixa de ter levado um pontapé no cu. É inadmissível que o sr. reinaldo trate os jogadores do porto da mesma maneira que trata as meninas do calor da noite. Lamento essa situação, e peço aos responsáveis desse clube para tomarem mais cuidado no futuro.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Pessoal, como não vejo ninguem falar nisso... Revejam o lance que dá origem ao primeiro golo dos corruptos: A FALTA É INEXISTENTE! E já agora não se arranja a agressão (ou tentativa de agressão) do Vaginildo (à cabeçada) ao nosso Maxi Pereira!?

Ps- Depois das declarações do Fucinho, do Vaginildo e do Vitó Tá(LOL) quero ver se os arbitros tb vao boicotar os jogos deles como fizeram aos lagartos por declarações bastante mais leves...

Abraço
VIVA O SLBENFICA!

David Gonçalves disse...

E mais, o adversário também tem bons jogadores, e, são mais que os nossos, os "jogadores" claro

Nuno Pinho disse...

Concordo. Duas falhas em dois lances que nascem de bola parada, a jogar fora, condicionam de sobremaneira o resultado. A vitória esteve ao alcance e não consigo ignorar que nesse cenário estaríamos aqui em fila a elogiar a matreirice táctica montada pelo Jesus. Ele que antes, na conferência de imprensa, já tinha estado bem ao não dar combustível aos jogadores do F.C.Porto. Na minha opinião, não estavam preparados mentalmente para defrontar o Benfica. Acredito que o facto de estar Vítor Pereira, mais astuto tacticamente, no banco tenha determinado essa postura. Já Villas-Boas, mais à imagem de Mourinho, dava a entender que trabalhava melhor a mentalidade dos jogadores. Ganhámos nós, pois parece-me que neste tipo de jogos motivar os jogadores prevalece sobre as questões mais tácticas.
Continuando. Deu até a ideia dos jogadores do F.C.Porto estarem preparados para outro tipo de espectáculo, tamanhos os devaneios teatreiros. Fucile, por diversas ocasiões, e Kléber, trataram de fingir agressões, mas devo aplaudir a correcção de Jorge Sousa. Era um jogo difícil de ajuizar e (felizmente) o árbitro passou despercebido. Dar-lhe destaque na conferência de imprensa, é comportamento de quem anda/andou(?) mal habituado.
Também é conhecida a maneira de ser quezilenta de quem joga de azul e branco e muito bem estiveram os jogadores do Benfica em procurar sempre outra via. Máxi Pereira tentou acalmar o embrutecido Hulk, Cardozo afastou-se do cenário de guerra montado após a teatralidade do Fucile com o Jesus a dar indicações para os jogadores se afastarem, e, mesmo o teste à instabilidade emocional do Guarin pelo Artur resultou. No final, os jogadores do Benfica esperaram pela saída dos adversários com o Jesus a ter tempo ainda para responder a uma provocação do Álvaro "tartaruga ninja" Pereira. Foram sinais muito positivos de uma equipa em crescimento (5 caras novas no onze).

Jotas disse...

Antes de mais destacar tal como fez o nosso treinador, o modo como decorreu o jogo, foi de facto um exemplo, todos os clássicos e derbys fossem assim e era lindo.
Julgo que o empate é o resultado mais justo, sendo de destacar a capacidade e a força anímica que a equipa teve para recuperar de 2 vezes a desvantagem no marcador, algo que pode significar uma injecção de confiança tremenda.
Espero que o desempenho do Benfica, impulsione de nova a onda vermelha, ela que tão forte e decisiva foi no ano do título.
Julgo que pelo menos ficou uma certeza, estamos mais fortes e podemos não vir a ser campeões, mas caso nos deixem, temos todas as condições para discutir o título.

Unknown disse...

Não concordo. Bom resultado não foi... os dois golos foram consentidos. No primeiro golo do CRAC o Maxi tinha alguma necessidade de cometer aquela falta? E no segundo, o que é que andava a fazer a defesa? E será que sou só eu ou o estádio do Cabr*o. habilita-se a ser o segundo teatro dos sonhos a seguir a Old Trafford? É que o CRAC pelos vistos tem muitos jogadores com jeito para o teatro...

Anónimo disse...

Nuno Pinho acentuou, na minha opinião correctamente, um aspecto que não referi no meu comentário. O facto de os jogadores adversários irem preparados (ou mesmo ensaiados) para criar conflitos com os jogadores do Benfica. Fartaram-se de fingir que eram vitimas de agressões. Ainda por cima, foram os jogadores do Porto que tiveram jogadas mais agressivas. Recordo-me agora de um lance, logo no início do jogo, em que Gaitán sobre uma falta perigosa por parte de um dos centrais adversários. Depois, aquela cena entre Fucile e Cardozo, com o primeiro a tentar obter vantagem de uma falta por ele cometida. A este propósito, é inacreditável a campanha feita pelo staff do Porto sobre este lance, incluindo o próprio treinador, inventando uma agressão por parte de Cardozo, que não existiu. Estiveram bem os jogadores do Benfica que não reagiram às provocações. Isto demonstra que a partida foi muito bem preparada pelos responsáveis benfiquistas. Até neste aspecto estivemos muito bem.

Aproveito para rectificar um ponto do meu comentário anterior, já que houve alguns minutos da primeira parte em que não vi o jogo em directo. De facto, o Porto teve uma jogada perigosa, mas aí temos de dar mérito ao nosso guarda-redes Artur, que fez uma magnífica defesa.

MM

Anónimo disse...

Concordo com a análise, não devíamos ter dado tanto tempo para o porto controlar o jogo.. Se o golo não surgisse na primeira parte, depois não havia tempo para reagir.

Um bom resultado, agora é não perder a carruagem, temos de nos isolar em primeiro