
Nada, rigorosamente nada. Vítor Pereira, enquanto presidente da APAF, decidiu falar sobre o último assunto do primeiro parágrafo. Até percebo que o faça dada a sua posição, mas a forma como o fez foi ridícula, parece que descobriu a pólvora, parece que acabou de descobrir que, afinal, o Benfica também é prejudicado. E "descobrir" até é um termo forte, pois a forma como o admitiu, com alguma relutância, faz-nos pensar sobre quão incompetentes serão os mais altos quadros do futebol português (quero acreditar que Vítor Pereira é incompetente e não corrupto, pois, como sabemos, os dirigentes mais importantes do futebol nacional ou são uma coisa ou outra, salvo raríssimas excepções, que não me lembro de nenhuma de momento, curiosamente).
O que mais me surpreende é a forma como Pereira profere as declarações. Parece que há medo em admitir o erro. Então no lance de Aimar é genial: "bom, parece que não, depois parece que sim, é difícil, o trabalho de árbitro é complicado, blá blá blá...", por aí adiante. Será assim tão difícil constatar o óbvio, que a grande penalidade é evidente para qualquer cego?! Mas ele é parvo ou quer fazer dos outros parvos?
E como é possível haver este laxismo, esta falta de cultura de exigência, o "está tudo bem, deixa andar", os elogios e tudo mais quando é por demais evidente óbvio que o que se está a passar dentro dos relvados é uma autêntica palhaçada?