Jogar contra o Stuttgart não é o mesmo que jogar contra o Vitória de Guimarães ou o Rio Ave: as desatenções pagam-se caro e é necessário manter os índices de concentração elevados durante os 90 minutos. Quando assim não acontece, o resultado pode ser algo que não desejamos. Ficou uma vez mais provada a diferença abissal entre a nossa liga de futebol e a alemã, uma das do big five. Mas também se provou que este Benfica, ainda sem maturidade europeia, pode fazer "coisas bonitas", nas palavras do poeta Artur. A vantagem de 2-1 é um resultado perigoso, sobretudo num local onde o Benfica nunca ganhou. Para a semana há mais, com o desejo de passar a eliminatória e com a certeza de que, para o fazer, será necessário um desempenho ainda melhor do que o conseguido na Luz, sobretudo na primeira parte.
Cerca de 45 mil adeptos benfiquistas deslocaram-se ao estádio num final de tarde de trabalho, a uma 5ª feira, para assistir ao primeiro jogo europeu deste ano, com a esperança de verem o Benfica rubricar uma exibição e um resultado melhores que aqueles que conseguidos nas provas europeias desta temporada. No entanto, a primeira parte, não trouxe grandes melhorias face ao que já tínhamos visto: incapacidade constante em "mandar" no jogo uma vez que a circulação de bola no meio campo adversário era uma miragem. Raras foram as vezes que o Benfica conseguiu 4 passes consecutivos no meio-campo dos alemães, muito por culpa da desinspiração de Aimar, muito bem anulado, e Salvio, mais por demérito próprio que por mérito alheio. Jara, sempre muito interventivo, revelou-se algo trapalhão e infantil na hora de decidir, preferindo não raras vezes atirar-se ao chão a lutar pelo lance. Defensivamente, os mesmos erros de sempre quando jogamos contra equipas mais evoluídas que o Rio Ave ou o Guimarães: transição falhada, Javi demasiado desapoiado, dificuldade em bolas aéreas por culpa da posição da linha defensiva, que é excelente para jogos nacionais mas que para encontros internacionais é um problema, como se revelou no golo alemão.
No segundo tempo foi quase tudo diferente. O Benfica apresentou-se com outra cara e quis mandar no jogo, pondo o guardião do Stuttgart em sentido por várias ocasiões. Fábio Coentrão, Pablo Aimar, Óscar Cardozo e Nico Gaitán tentaram a sua sorte logo nos primeiros minutos, mas sem sucesso. Por volta do minuto 65, o Benfica massacrava. E foi com o dedo de Jesus, com a mudança de Salvio para a esquerda e de Gaitán para a direita, que esse rendimento foi incrementado. O golo surge precisamente de um cruzamento de Nico na direita, com a bola a sobrar para Cardozo, que à ponta-de-lança, fez o golo. Com o empate, Jesus fez um compasso de espera nas substituições e lançou Kardec e Carlos Martins para os lugares de Salvio e Aimar, colocando uma frente de ataque com três homens (Cardozo, Kardec e Jara). E quando este último tinha acabado de dar o berro, com cãibras, queixando-se no chão, Cardozo impede que o colega seja assistido, levanta-o e incentiva-o. A vontade de ganhar era notória. E quando há vontade e engenho, há golo. Assim foi, Jara remata forte a 25 metros da baliza, com a bola a tabelar num alemão, e a passar por cima de Ulreich, batendo na trave e entrando na baliza, voltando a sair. Nem o árbitro, nem o fiscal-de-linha, nem o badameco que está a passar frio atrás da linha de fundo, nenhum deles viu. Felizmente estava lá Cardozo, que não se fez rogado e confirmou o golo do colega argentino. 2-1 no marcador, o Benfica estava finalmente com a vantagem que já merecia.
Até final do jogo, o Benfica ainda procurou o ataque e poderia ter marcado por duas ocasiões, primeiro com Kardec, a falhar o cabeceamento, e depois por Menezes, que obrigou o guarda-redes germânico a uma boa defesa. A equipa divida-se entre os que queriam marcar o terceiro e os que queriam a manutenção do resultado, com Roberto a ser assobiado por retardar a reposição da bola em jogo. O jogo terminaria com a justíssima vitória do Benfica, mas com um resultado que é extremamente perigoso, especialmente na terra dos boches, onde nunca ganhámos. Como há sempre uma primeira vez para tudo, acredito piamente que será desta vez que vamos matar e esfolar este borrego com mais de 50 anos.
Cerca de 45 mil adeptos benfiquistas deslocaram-se ao estádio num final de tarde de trabalho, a uma 5ª feira, para assistir ao primeiro jogo europeu deste ano, com a esperança de verem o Benfica rubricar uma exibição e um resultado melhores que aqueles que conseguidos nas provas europeias desta temporada. No entanto, a primeira parte, não trouxe grandes melhorias face ao que já tínhamos visto: incapacidade constante em "mandar" no jogo uma vez que a circulação de bola no meio campo adversário era uma miragem. Raras foram as vezes que o Benfica conseguiu 4 passes consecutivos no meio-campo dos alemães, muito por culpa da desinspiração de Aimar, muito bem anulado, e Salvio, mais por demérito próprio que por mérito alheio. Jara, sempre muito interventivo, revelou-se algo trapalhão e infantil na hora de decidir, preferindo não raras vezes atirar-se ao chão a lutar pelo lance. Defensivamente, os mesmos erros de sempre quando jogamos contra equipas mais evoluídas que o Rio Ave ou o Guimarães: transição falhada, Javi demasiado desapoiado, dificuldade em bolas aéreas por culpa da posição da linha defensiva, que é excelente para jogos nacionais mas que para encontros internacionais é um problema, como se revelou no golo alemão.
No segundo tempo foi quase tudo diferente. O Benfica apresentou-se com outra cara e quis mandar no jogo, pondo o guardião do Stuttgart em sentido por várias ocasiões. Fábio Coentrão, Pablo Aimar, Óscar Cardozo e Nico Gaitán tentaram a sua sorte logo nos primeiros minutos, mas sem sucesso. Por volta do minuto 65, o Benfica massacrava. E foi com o dedo de Jesus, com a mudança de Salvio para a esquerda e de Gaitán para a direita, que esse rendimento foi incrementado. O golo surge precisamente de um cruzamento de Nico na direita, com a bola a sobrar para Cardozo, que à ponta-de-lança, fez o golo. Com o empate, Jesus fez um compasso de espera nas substituições e lançou Kardec e Carlos Martins para os lugares de Salvio e Aimar, colocando uma frente de ataque com três homens (Cardozo, Kardec e Jara). E quando este último tinha acabado de dar o berro, com cãibras, queixando-se no chão, Cardozo impede que o colega seja assistido, levanta-o e incentiva-o. A vontade de ganhar era notória. E quando há vontade e engenho, há golo. Assim foi, Jara remata forte a 25 metros da baliza, com a bola a tabelar num alemão, e a passar por cima de Ulreich, batendo na trave e entrando na baliza, voltando a sair. Nem o árbitro, nem o fiscal-de-linha, nem o badameco que está a passar frio atrás da linha de fundo, nenhum deles viu. Felizmente estava lá Cardozo, que não se fez rogado e confirmou o golo do colega argentino. 2-1 no marcador, o Benfica estava finalmente com a vantagem que já merecia.
Até final do jogo, o Benfica ainda procurou o ataque e poderia ter marcado por duas ocasiões, primeiro com Kardec, a falhar o cabeceamento, e depois por Menezes, que obrigou o guarda-redes germânico a uma boa defesa. A equipa divida-se entre os que queriam marcar o terceiro e os que queriam a manutenção do resultado, com Roberto a ser assobiado por retardar a reposição da bola em jogo. O jogo terminaria com a justíssima vitória do Benfica, mas com um resultado que é extremamente perigoso, especialmente na terra dos boches, onde nunca ganhámos. Como há sempre uma primeira vez para tudo, acredito piamente que será desta vez que vamos matar e esfolar este borrego com mais de 50 anos.
1 comentário:
Resta agora saber se entrará agora em campo a questão das prioridades, pois na segunda-feira temos o derby com o Sporting, três dias antes de nos apresentarmos em Estugarda. Ou o Jorge Jesus já não acredita na conquista do bicampeonato (que é o mais óbvio e atitude mais racional) e aposta na Liga Europa, ou corremos o risco de ganhar ao Sporting - e cimentar ainda mais o nosso já consolidado segundo lugar no campeonato - e passarmos por um mau bocado na Alemanha, onde nunca ganhámos, devido à sobrecarga dos nossos jogadores. Se fosse o Jorge Jesus, e apesar de saber que nenhum benfiquista que se preze gosta de perder contra os lagartos nem mesmo a feijões, apostaria numa segunda equipa, fazendo brilhar jogadores como Roderick, Jardel, Peixoto, Luís Filipe e Weldon. Vai na volta assim até conseguimos dar uma boa réplica em Alvalade.
Enfim, é esperar para ver o que é que na segunda-feira Jorge Jesus faz.
Enviar um comentário