Meses e meses a pressionar alto, a jogar bonito, a correr que nem doidos e com pouca rotatividade do plantel, algum dia os jogadores dariam o berro. Foi hoje. Não foi aos 90 minutos, aos 80, aos 70 nem aos 45, hoje, alguns (muitos) jogadores do Benfica entraram em campo verdadeiramente cansados. Visível, notório, indesmentível. Se há uns jogos atrás víamos Gaitán fazer excelentes primeiras partes como em Alvalade ou em Stuttgart, e depois cair de rendimento na segunda, acabando fisicamente aos 70 minutos, hoje constatámos que aos 10 minutos, Gaitán já não conseguia fazer aquelas primeiras partes dos últimos tempos, nem conseguia ajudar a defender. "Estão completamente rotos", dizia um senhor uns lugares ao lado do meu. E estavam. Gaitán, Salvio e Cardozo, sobretudo estes três. A juntar aos "casos" Aimar e Martins, que têm de ser geridos com pinças, a equipa está à beira do colapso físico. Pode passar em Paris? Perfeitamente, se não jogarem pior do que hoje (e este PSG é bem fraquinho, diga-se) e desde que se poupem jogadores contra o Portimonense.
Em jogo importante a contar para a prova mais difícil e na qual o Benfica, ainda assim, alimenta legítimas esperanças de vencer, o público não compareceu como deveria para apoiar a equipa. Provavelmente nem se deslocaram à Luz 40.000 espectadores, talvez ainda combalidos do desaire em Braga. O que é certo é que nem Benfica nem adeptos se apresentaram à altura do desafio: a equipa fisicamente esteve de rastos e nervosa, nervosismo esse que transpareceu para os adeptos, impacientes e intolerantes, que assobiaram vários lances menos conseguidos. Mas não há que andar com paninhos quentes: o jogo foi mesmo mau, o Benfica esteve muito abaixo daquilo que sabe e pode dar e enfrentámos uma equipa que não é, ou pelo menos não pareceu ser, mais forte que o Vitória de Guimarães, por exemplo. E num dia normal, o PSG seria aviado com quatro golos.
Na primeira parte, a equipa (sobre)viveu sobretudo das iniciativas de Maxi Pereira e Fábio Coentrão, mas com maior ênfase para o trabalho do uruguaio. Carlos Martins também foi dos mais inconformados tentando transportar bola de trás para a frente, mas sem grande sucesso. O PSG só conseguia criar perigo quando a bola estava nos pés de Nenê, que teve a infelicidade de ser marcado por Maxi, que o anulou em quase todas as jogadas. Assim, em 45 minutos de mau futebol, não foi surpreendente ver o Benfica sofrer um golo (mais um) fruto de uma iniciativa individual de Nenê e empatar por autoria do caçador de franceses, Maxi Pereira.
No segundo tempo, o Benfica, consciente da sua superioridade em relação aos comandados de Kombouaré, partiu para cima do adversário que se revelava defensivamente permeável, sobretudo em lances de bola corrida pelo centro, algo que é raro encontrar nos dias de hoje. E assim que deu para perceber isso, foi rezar para que Jesus colocasse Aimar ao lado de Martins no meio-campo. A entrada de Jara para o lugar de Salvio, visivelmente estoirado, também ajudou a imprimir velocidade ao flanco, e fruto de boas combinações dos médios e de Saviola com Cardozo, que esteve bem no jogo de costas para a baliza (mas terrível no resto, tal como Saviola), foi possível criar alguns lances de perigo, inclusive um penalty que ficou por assinalar sobre o camisola "30" encarnado. Com o Benfica claramente por cima, o golo acabou por surgir naturalmente, como acontecera com o Stuttgart: Aimar combinou com Jara que, com tempo, soube ajeitar a bola e rematar com classe e tranquilidade para a baliza.
A vitória acaba por pecar por escassa face ao que o Benfica vale e face ao que este PSG (que poupou Giuly, Makélélé, Hoarau, entre outros) não vale. O pouquíssimo futebol dos franceses, cujas maiores ocasiões de perigo foram lances protagonizados por Sidnei, não justifica o golo que levam para Paris. Uma coisa é certa: no Parc des Princes, com muitos milhares de benfiquistas a apoiar, o Benfica tem razões para se sentir em casa e passar esta eliminatória, até porque, fazendo fé nas palavras de Carlos Martins, é mesmo muito difícil ganhar a esta equipa.
Na primeira parte, a equipa (sobre)viveu sobretudo das iniciativas de Maxi Pereira e Fábio Coentrão, mas com maior ênfase para o trabalho do uruguaio. Carlos Martins também foi dos mais inconformados tentando transportar bola de trás para a frente, mas sem grande sucesso. O PSG só conseguia criar perigo quando a bola estava nos pés de Nenê, que teve a infelicidade de ser marcado por Maxi, que o anulou em quase todas as jogadas. Assim, em 45 minutos de mau futebol, não foi surpreendente ver o Benfica sofrer um golo (mais um) fruto de uma iniciativa individual de Nenê e empatar por autoria do caçador de franceses, Maxi Pereira.
No segundo tempo, o Benfica, consciente da sua superioridade em relação aos comandados de Kombouaré, partiu para cima do adversário que se revelava defensivamente permeável, sobretudo em lances de bola corrida pelo centro, algo que é raro encontrar nos dias de hoje. E assim que deu para perceber isso, foi rezar para que Jesus colocasse Aimar ao lado de Martins no meio-campo. A entrada de Jara para o lugar de Salvio, visivelmente estoirado, também ajudou a imprimir velocidade ao flanco, e fruto de boas combinações dos médios e de Saviola com Cardozo, que esteve bem no jogo de costas para a baliza (mas terrível no resto, tal como Saviola), foi possível criar alguns lances de perigo, inclusive um penalty que ficou por assinalar sobre o camisola "30" encarnado. Com o Benfica claramente por cima, o golo acabou por surgir naturalmente, como acontecera com o Stuttgart: Aimar combinou com Jara que, com tempo, soube ajeitar a bola e rematar com classe e tranquilidade para a baliza.
A vitória acaba por pecar por escassa face ao que o Benfica vale e face ao que este PSG (que poupou Giuly, Makélélé, Hoarau, entre outros) não vale. O pouquíssimo futebol dos franceses, cujas maiores ocasiões de perigo foram lances protagonizados por Sidnei, não justifica o golo que levam para Paris. Uma coisa é certa: no Parc des Princes, com muitos milhares de benfiquistas a apoiar, o Benfica tem razões para se sentir em casa e passar esta eliminatória, até porque, fazendo fé nas palavras de Carlos Martins, é mesmo muito difícil ganhar a esta equipa.
4 comentários:
Totalmente de acordo.
só mais uma achega, recordo-me do Mourinho falar em cansaço mental da competição, e que por vezes poupava os jogadores não só a alguns jogos, mas tb a estágios.
Até o Xavi estava de rastos, e por favor nao assobiem o Roberto por demorar a colocar a bola! Quando a equipa está de rastos não pode haver reposições rápidas! Farto de anormais!!!
Jorge Jesus pelos vistos já disse que vai dar descanso aos mais fatigados. Por mim, apostava numa equipa composta por jogadores menos utilizados contra o Portimonense, já que já não temos nada a ganhar no campeonato. Excepto, claro, derrotar os corruptos na Luz para que eles não acabem o campeonato invictos, mas até lá...
(PENAJ) Benfica-Portimonense Roberto, Maxi, Jardel, Sidnei e Peixoto, Airton, Menezes, Martins, Fernandez, Kardek e Jara!!!
Bem, se o Benfica estava cansado, o PSG estava nas lonas.
Sinceramente, por 1/2 jogadores fazerem um jogo menos conseguido, achas que a equipa está cansada? Com todos os sistemas de recuperação que têm ao dispor, essa é a ultima desculpa que jogadores profissionais podem ter.
Gaitan fez outro mau jogo. Não me espanta, porque ele para fazer uma jogada bem, tem de fazer 5 mal. Passa mal a bola, não levanta a cabeça quando a passa. Mas se ele tivesse cansado, não fazia a arrancada que ele fez aos 60 min, de 50 metros, só parado á entrada da área.
Bom jogo, contra uma equipa que tem quase o dobro do nosso orçamento (pra quem não sabe).
carrega Benfica
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