sexta-feira, 30 de junho de 2006

The Omen (Veiga) – O Génio do Mal?

A perspectiva de um apocalipse futebolístico recai, de ano para ano, sobre a cabeça dos “infiéis”, daqueles que legitimamente perguntam, levantam dúvidas e assertivamente insurgem-se contra as acções (ou falta delas) levadas a cabo por aquele que muitos consideram: “O Génio do Mal”!

O nascimento (leia-se contratação) de um ser estranho a este nosso mundo (benfiquista), desde cedo levantou celeuma. No fim das contas, cortou-se o cordão umbilical das velhas glórias à frente dos destinos do futebol (Shéu continua a ser uma excepção) para dar lugar a um “666” (A Besta) que, naturalmente, ao nascer se revelava feio e tenebroso.

O tempo passou e o pequeno “diabinho” foi granjeando adeptos pela postura agressiva que demonstrava perante o “diabão” lá do Norte. “Olho por olho… dente por dente”, pensamento ética e moralmente reprovável, mas interiormente sempre apetecível. Quem assim não pensou, que atire a primeira pedra!

O “puto” cresceu, cresceu, cresceu (em tamanho e importância neste nosso mundo) e, aliado a um conhecimento empírico da famosa escola nortenha (leia-se portista), começa a espalhar o pânico entre os demais pelos seus comportamentos segregadores, que se orientam pela velha norma do: “quem não está comigo, está contra mim!”.

Ora… em terras de democracia, é preferível morrer livre que em paz sujeito. Além do mais, esteja certo ou errado, o “puto” não deixa de ser isso mesmo aqui na casa: um ser que chegou há pouco tempo a este espaço e tem mais a aprender que a ensinar. Caso contrário, onde já se viu coisa igual?

Mas dizem as más (ou boas?) línguas que é uma “criança” que se movimenta bem no seu meio (seja ele qual for). Aprende rápido, é estudioso dos mercados e desenvolveu muito bem a fala (uns dizem que até demais). Aí já é problema de estrutura hierárquica, concordo. O representante máximo desta família sofre do mesmo mal.

Continuando na educação, para amargura(!) de muitos benfiquistas, o raio do “miúdo” até sabe alguma coisa e tem passado nos exames cá e lá. É óbvio que não acerta nas respostas todas, mas também com um cognome de “Besta” que mais se pode esperar?

Só que aquele ser continuava…. estranho, demasiado estranho a esta casa. Por muito que de bom fizesse, o chão que pisava não era nunca o nosso, o ar que respirava tinha sempre mais poluição, a alegria das nossas vitórias não seria jamais a sua. Para um ser estranho… resposta estranha de comportamentos. É coerente!

Pergunte-se, questione-se, tire-se a limpo toda esta história! O seu objectivo é acabar com o nosso mundo? Estará este homem, que já não é mais criança, a dividir-nos com intuitos maléficos ou será que a conjugação dos factores finanças/futebol não permite agradar a tudo e a todos com as suas decisões? Estará a roubar as nossas cores, os nossos cofres, a nossa mística?

Marcas? Procuremos marcas de nascença para melhor identificarmos este demónio que nos atormenta a cada dia que passa? Certamente encontraremos um dragão cravado no peito, mas se procurarmos bem, noutros encontraremos leões, panteras e âncoras num campo que honrosamente defendemos como de Águias.

Todos os dias vejo punhais em riste para o golpe final, mas, sabendo que ninguém é sempre inocente (o contrário também acontece), será que nas nossas mãos a cabeça que queremos fazer cair é mesmo a de José Veiga? Quereremos, no fim das contas, continuar a fazer rolar cabeças? Há espaço para dúvidas quanto à inteligência, oportunidade e/ou até validade das suas decisões (Veiga), mas será ele sempre um “666” aos nossos olhos?

Deixem-me adivinhar (para os mais cépticos): no meio de muitos que aqui possam ter perdido algum tempo a ler estas linhas, veio à memória a seguinte pergunta:

A quem dará a mão, no final, este demoníaco ser…?”

1 comentário:

Galaad disse...

Por mais voltas que se dê, será sempre uma personagem tudo menos consensual. Odiado por uns, adorado por outros, o Zé tem feito umas coisas bem feitas e outras menos bem.
Para mim, infelizmente, foram dados alguns tiros no pé que eu tenho dificuldade em compreender, o que faz com que eu esteja no grupo dos que não morrem de amores por ele. Assim como também reconheço que assegurou-nos grandes negócios (coisa que assumo sem dramas...). Mas ele lá saberá as linhas com que se cose, e conhece a realidade do SLB bem melhor do que eu.
Acredito que este ano será muito fértil: ou se afirma definitavamente ou chega ao fim da linha no SLB.
Resumidamente, nunca conseguirá gerar consenso (por mais voltas que se dê...) até porque o seu passado não o permite.