A paragem cerebral da qual Cardozo foi vítima ontem, aos 9 minutos, condicionou o jogo, possivelmente a eliminatória e ainda para mais a época. Já devia estar mais do que avisado que na Europa, tal como na América do Sul, quando um jogador adversário leva uma cotovelada (Belenguer) ou mesmo que não levando (Tonel) cai e faz fita. Não é desculpável assim de um dia para o outro a atitude de Óscar Cardozo.
Quanto ao jogo jogado, corroboro aquilo que o Galaad já disse: pareceu-me que fomos tão bons ou melhores com 10 do que eles com 11. Ainda por cima é muito difícil jogar sem nenhum avançado centro, ainda para mais quando os nossos três médios de ataque preferem todos a ala esquerda, o que, necessariamente, faz com que o jogo passe apenas por aquele lado. Depois da expulsão, Camacho tomou a atitude certa: não mexer na equipa, jogando com Di Maria e Rodríguez mas libertos no ataque. Ao contrário do que grande parte da imprensa diz, concordo com a opção táctica do nosso treinador, pois este esquema permitia um Benfica mais dinâmico, com maior capacidade de trocar a bola, jogando um pouco à semelhança do esquema imposto por Arsène Wenger no início desta época do Arsenal (4x4x2 com van Persie e Hleb).
Mas em superioridade numérica, tudo se tornou mais fácil para os espanhóis, chegando à vantagem num golo de sorte, pois a bola foi desviada por Edcarlos, traindo Quim. Após esse momento, o Getafe preferiu apenas trocar a bola, chegando por apenas mais uma ou duas vezes com perigo à baliza de Quim.
Na segunda parte, e já depois de sermos obrigados a fazer uma substituição devido à lesão de Luisão (saiu para dar entrada a Zoro), o Getafe chegou ao 0-2 através de um remate relativamente fraco de Pablo Hernandez após bola perdida de Mantorras (entrara para o lugar de Di Maria). A partir daí, o Benfica sentiu que já não tinha nada a perder e aventurou-se mais pelo ataque, até que aos 76 minutos, aquele avançado que fomos buscar ao Alverca (ou então apenas metade desse mesmo jogador) fez o que o Benfica não faz com Cardozo, Makukula nem Nuno Gomes: rematar quando tem oportunidade, mesmo que seja de longe. Resultado? Frango de Ustari e eliminatória parcialmente ao alcance. Até final nota para a enorme quebra física de alguns jogadores do Benfica, tais como Léo, Rui Costa e Rodríguez, que correram o dobro do que costumam fazer.
A eliminatória não está perdida. Nos últimos anos já ganhámos fora por 0-2 a Liverpool, Shaktar e Dínamo de Bucareste. E lá, em Madrid, teremos Petit, Nuno Gomes, Nuno Assis, e, quiçá, Makukula. Eu acredito!
Quanto ao jogo jogado, corroboro aquilo que o Galaad já disse: pareceu-me que fomos tão bons ou melhores com 10 do que eles com 11. Ainda por cima é muito difícil jogar sem nenhum avançado centro, ainda para mais quando os nossos três médios de ataque preferem todos a ala esquerda, o que, necessariamente, faz com que o jogo passe apenas por aquele lado. Depois da expulsão, Camacho tomou a atitude certa: não mexer na equipa, jogando com Di Maria e Rodríguez mas libertos no ataque. Ao contrário do que grande parte da imprensa diz, concordo com a opção táctica do nosso treinador, pois este esquema permitia um Benfica mais dinâmico, com maior capacidade de trocar a bola, jogando um pouco à semelhança do esquema imposto por Arsène Wenger no início desta época do Arsenal (4x4x2 com van Persie e Hleb).
Mas em superioridade numérica, tudo se tornou mais fácil para os espanhóis, chegando à vantagem num golo de sorte, pois a bola foi desviada por Edcarlos, traindo Quim. Após esse momento, o Getafe preferiu apenas trocar a bola, chegando por apenas mais uma ou duas vezes com perigo à baliza de Quim.
Na segunda parte, e já depois de sermos obrigados a fazer uma substituição devido à lesão de Luisão (saiu para dar entrada a Zoro), o Getafe chegou ao 0-2 através de um remate relativamente fraco de Pablo Hernandez após bola perdida de Mantorras (entrara para o lugar de Di Maria). A partir daí, o Benfica sentiu que já não tinha nada a perder e aventurou-se mais pelo ataque, até que aos 76 minutos, aquele avançado que fomos buscar ao Alverca (ou então apenas metade desse mesmo jogador) fez o que o Benfica não faz com Cardozo, Makukula nem Nuno Gomes: rematar quando tem oportunidade, mesmo que seja de longe. Resultado? Frango de Ustari e eliminatória parcialmente ao alcance. Até final nota para a enorme quebra física de alguns jogadores do Benfica, tais como Léo, Rui Costa e Rodríguez, que correram o dobro do que costumam fazer.
A eliminatória não está perdida. Nos últimos anos já ganhámos fora por 0-2 a Liverpool, Shaktar e Dínamo de Bucareste. E lá, em Madrid, teremos Petit, Nuno Gomes, Nuno Assis, e, quiçá, Makukula. Eu acredito!
Ficha de jogo
Taça UEFA oitavos-de-final
Estádio da Luz, Lisboa
Assistência: Cerca de 26 000 espectadores
Árbitro:Grzegorz Gilewski
SL Benfica
Quim; Nélson, Luisão (cap.) (Zoro, 29 min), Edcarlos e Léo; Katsouranis, Rui Costa, Sepsi, Di Maria (Mantorras, 61 min) e Rodríguez; Cardozo
Suplentes não utilizados: Butt, André Carvalhas, David Simão, Luís Filipe e Nuno Assis
Treinador: José Antonio Camacho
Getafe CF
Ustari; Contra, Belenguer (cap.), Cata Diaz e Licht; Casquero, Pablo Hernadez, De la Red (Celestini, 72 min) e Granero (Mario Cotelo, ao int.); Albin e Braulio (Manu, 60 min)
Suplentes não utilizados: Abbondanzieri, Cortés, Tena e Gavilán
Treinador: Michael Laudrup
Disciplina: Cartão amarelo a Braulio (21 min), Granero (34 min), Licht (81 min), Casquero (84 min) e Pablo Hernandez (90 min); cartão vermelho a Cardozo (9 min)
Marcador: 0-1 por De la Red (25 min), 0-2 por Pablo Hernandez (67 min) e 1-2 por Mantorras (76 min)
Melhor em campo: De la Red (Getafe)
5 comentários:
Foi frustante... Para além de termos perdido o Cardozo (o nosso melhor marcador), tivemos o azar do costume e, quando estávamos quase a marcar, sofremos um golo... Nunca temos uma sortezinha que nos ajude, diabos! Depois mandámos aquela bola à trave (não sei como não entrou!!) e depois 0-2... Era mau demais para o que estávamos a ver em campo. A equipa deu tudo o que tinha. No estádio, elego como melhor em campo o "velhote" do Leo.
Concordo contigo. Temos hipóteses, apesar de remotas, mas, nos últimos anos, temos sido capazes de surpreender fora. Fio-me nisso para acreditar! Lá seremos 11 contra 11.
PS- Notou-se também, claramente, uma grande quebra física no Sepsi, talvez por não ter ritmo. O Di Maria (na minha opinião não devia ter saído) andou de altos em baixos no rendimento.
CARREGA, BENFICA!
O problema do Mantorras não é o joelho - o problema do Mantorras é viver num país onde as pessoas preferem o preconceito à objectividade.
Se fosse outro jogador qualquer a vir do banco e a fazer o que o Mantorras faz - passes, remates, desequilibrios, cavar faltas e cantos - ninguém o tratava como um inválido. Tratavam-no como o Solskjaer da Luz. Mas assim, por muito que consiga produzir ao longo das épocas com o pouco tempo que lhe dão, vai ser sempre "o aleijadinho que se esforçou".
Até n'O Benfica (nosso jornal) é assim, o que é que se há de fazer?
E mais uma coisa: o Mantorras tem de facto alguns defeitos enquanto jogador, mas que não têm NADA a ver com a produção física, que é mais do que satisfatória. O grande problema dele é que ainda não aprendeu a evitar os foras-de-jogo. Porque de resto é um jogador fora de série.
PS: Isto não é uma crítica ao teu texto, JNF! É simplesmente um desabafo de alguém que não era fã do Mantorras quando era moda adorar o Mantorras mas que com os anos aprendeu a apreciar o contributo dele. ;)
Marquês,
Eu também aprecio o contributo dele, de tal forma que meio Mantorras basta. Imagina só se tivéssemos o Mantorras que tivémos em 2001! Esse sim era uma máquina. Depois de tantas lesões e tão graves que foram, este Mantorras não é o mesmo de 2001. Continua a ser um jogador carismático, que desiquilibra e empolga, mas não lhe podemos pedir a disponibilidade física de há 7 anos. Além disso, no seu jogo, nota-se cada vez mais uma grande dificuldade de movimentação quando tem a bola. O carisma, o orgulho, a raça e o QUERER estão todos lá. E o instinto, tal como Solskjaer, não perdeu. Mantorras, hoje, é um jogador diferente, mas que serve perfeitamente para o Benfica. Não podemos é pedir que jogue o que não consegue.
P.S. Não vejo o Mantorras como um coxo ou aleijado. Mas todos sabemos o que se passa/passou com ele. Merece um tratmento diferente, pois a humildade, o querer e a entrega de um jogador que passou por tudo o que ele passou é fantástico. E claro, é um jogador importante para o Benfica. Um talismã.
http://oinfernodaluz.blogspot.com/2008/03/entrevista-ao-ex-juiz-do-apito-dourado.html UM EXCLUSIVO "O INFERNO DA LUZ" SOBRE O APITO DOURADO
O De La Red..jogador interessante..convém tirar notas,para o futuro.
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