Eu também me vou manifestar. Eu vou manifestar-me na próxima assembleia-geral, nas próximas eleições e no estádio, durante os jogos, apoiando a equipa. Não meço benfiquismos alheios e não admito que meçam o meu. Penso pela minha cabeça e respondo pelo que faço em defesa do Benfica. Não gosto que me tomem pelo que não sou, não dou para todos peditórios e nunca fui atrás do foguetório.
Não patrocino causas em que não acredito, e acredito que na manifestação de hoje há tanto de boa intenção como de manipulação. Acredito, essencialmente, num processo democrático chamado eleições livres e nestas manifestar-me-ei com aquela que acredito ser a melhor das armas: o voto.
Respeito quem participa, espero que respeitem quem, tal como eu, não concorda com a manifestação de hoje e, mais do que tudo, desejo que se saiba respeitar o Benfica.
http://tertuliabenfiquista.blogs.sapo.pt/792919.html
Vergonhoso que se agridam os jogadores do Benfica, que se crie um clima de instabilidade antes de um jogo importante. Estão em causa a nossa honra, a rivalidade e a luta por um lugar na Liga dos Campeões. Registo, no entanto, a boa iniciativa de benfiquistas que não se conformam com este benfiquinha da reestruturação financeira - o Benfica não morreu, apenas voltou a hibernar.
A "Dobradinha" em 1963/1964 (Parte III)
Há 18 horas
4 comentários:
Acho que a manifestação é um direito de todos os cidadãos, desde que seja feita de forma ordeira, algo que não se passou hoje.
Penso que LFV precisava que isto (a manifestação ordeira) acontecesse, nem que seja para chamar a atenção do presidente. Também eu estou insatisfeito, mas a verdade é que não temos ninguém credível para o lugar de LFV. Por mim, gostaria de ver eleições antecipadas, mas a verdade é que não há tempo para isso: antes do final do campeonato é suicidio na certa; na pré-época é colocar em risco a época 2008/2009 e em dezembro já será tarde. Esperemos por Outubro de 2009. Mas uma coisa vos garanto: se concorrerem LFV, Jaime Antunes e Guerra Madaleno (que vai prometer, mais uma vez que vai trazer o Rui Costa), vou votar no primeiro, pois o Benfica não pode cair nas mãos dos "abutres".
A manifestação foi ordeira, nada a ver com o que se passou no Seixal, JNF.
Texto original: http://catenacc10.blogspot.com/2008/04/manifestao-orgulho-benfiquista.html
Não estive presente na dita manifestação. Primeiro, porque não tinha disponibilidade para tal. Segundo, porque não concordava a 100% com as consequências que daí poderiam advir. Esta foi a razão principal, pois em situação limite arranjaria sempre oportunidade para expressar o meu ponto de vista.
Comecemos por uma breve introdução. Sou sócio há perto de dezoito anos, com o n.º 25.998 e votei, apenas, numa ocasião. Foi numa noite longíqua em que Vale e Azevedo tornou-se o 32.º presidente da história do clube. Ao contrário de vários amigos, e da maioria dos benfiquistas, os meus 20 votos foram para Luís Tadeu. Desde sempre me pareceu um homem sério que poderia encarnar o rosto de uma mudança responsável e honesta. Depois, a seu favor goza o facto de encontrar-se longe do denominado grupo de "abutres" que, em momentos de crise, aparecem invariavelmente na comunicação social. Nunca votei em Luís Filipe Vieira.
Quem visita este espaço, sabe que não tenho especial simpatia e admiração pelo actual presidente. Nunca apreciei o discurso demagógico e populista, assim como a forma dúbia como se relaciona no mundo do futebol. Trata-se de um homem que não me inspira confiança, com um passado passível de ser questionado. Está longe de representar o meu ideal de presidente de uma instituição como o Sport Lisboa e Benfica.
Desde há sensivelmente dois anos que venho alertando para o avolumar de erros desportivos e as consequências que, mais tarde ou mais cedo, iríamos sentir. Não vale a pena repetir ad eternum os mesmos argumentos, mas a crise de resultados é elucidativa do estado calamitoso a que chegou o clube. Creio que o tempo de Luís Filipe Vieira está a esgotar-se e acredito que o futuro espreita num cenário de renovação.
Contudo, mesmo desconfiando do anunciar de novos ciclos , de reformulações ou remodelações meramente conjunturais, sou avesso a decisões revolucionárias levadas pelo sabor da precipitação. Pior do que uma liderança a roçar a incompetência seria o cenário do poder cair nas mãos erradas, tal como aconteceu num passado recente. Prefiro a reflexão face a estados de alma desprovidos de razão. Sou favorável à manutenção do bom senso ao invés da instalação do caos generalizado.
Quer então dizer que a manifestação não surtiu qualquer efeito positivo? Antes pelo contrário.
Por um lado, porque a crítica fundamentada tem de ultrapassar a barreira das palavras. Torna-se crucial que cada benfiquista descontente dê o melhor de si, apresentando soluções e contribuindo, da melhor forma possível, para o sucesso do clube. Sem passar do mundo das ideias para a prática dos actos, as palavras perdem impacto e a crítica pode ser adjectivada como desonestidade intelectual.
Por outro lado, os acontecimentos desta tarde - não me refiro ao triste espectáculo verificado no Seixal - tiveram o condão de despertar consciências, levando-nos a pensar na melhor opção para o rumo a seguir. Pelo menos, neste domínio, a manifestação serviu para agitar a nação benfiquista, mostrando que sócios e simpatizantes não estão completamente indiferentes e resignados.
A minha maior esperança reside no facto de existir, na comunidade online de adeptos e na blogosfera, massa crítica disponível para esgrimir argumentos e debater ideias concretas. É certo que o movimento não teve expressão visível. Mas, são os pequenos passos que fazem as grandes caminhadas.
A manifestação é um protesto justo e democrático, mas prefiro que as coisas sejam tratadas numa Assembleia Geral do clube (sem acesso à comunicação social). As coisas não são para se discutir em cima dos joelhos na praça pública. Está em causa o futuro e, esse, terá de ser ponderado e reflectido pela estrutura organizativa e pelos próprios adeptos.
Acho lamentável que se marque a manifestação para um dia antes da ida ao Dragão e, depois, que haja um grupo de adeptos que se revolte contra o próprio autocarro da equipa. Aquilo é património de todos nós! O aspecto que isto dá é que somos uns arruaceiros e eu sei que isso não é verdade.
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