Assinou contrato com o Benfica em Março de 2007, após cobiça do Sporting Clube de Portugal, o que valeu notícias atrás de notícias e capas de jornal, até. Na altura, já tinha ouvido falar do Fábio, apesar de nunca o ter visto jogar. Diziam-se maravilhas do rapaz: pé esquerdo fabuloso, rapidíssimo com bola, dono de um talento invulgar para a sua idade. Em Vila do Conde todos o conheciam, mas Fábio queria certamente mais projecção, até pela vida difícil que sempre teve. E o salto para a Luz deu-se com naturalidade.
Com naturalidade, mas, se calhar, demasiado cedo. Foi com Fernando Santos ao leme que se estreou em competições oficiais pelo Benfica, juntamente com uma equipa totalmente renovada (para bem pior), frente ao FC Copenhaga, na 3ª pré-eliminatória da Champions League, no Estádio da Luz. Entrou ao intervalo e actuou 45 minutos, de forma discreta. Na Liga, estreou-se na 1ª jornada, por sinal, o último jogo de Fernando Santos no clube, no empate com o Leixões. A mudança de treinador, a inexperiência e a falta de capacidade de ser decisivo num Benfica fracturado foram determinantes para o discreto desempenho do jovem Fábio, pelo que, nessa mesma época, foi emprestado ao Nacional da Madeira.
Meia temporada na Madeira serviu para conseguir jogar com maior regularidade: actuou nos 15 jogos do Nacional na segunda volta do campeonato, mas há um dia que não esquecerá. Aquele em que, no Estádio do Dragão, fez dois dos três golos com que a sua equipa abateu o já campeão. Exibição memorável de Fábio, ele que voltaria a ser feliz naquele lugar, defendendo uma camisola no corpo, mas, e a avaliar pelos festejos, outra no coração.
Assim seria. Mas o regresso ao Benfica estava nos horizontes de Coentrão. No início da época 2008/2009, com Quique Flores ao leme, o extremo de Caxinas tenta nova integração no plantel encarnado. Mais uma vez, sem sucesso. Ruma à vizinha Espanha, onde reforça o Saragoça, apesar da cobiça do Feyenoord de Roterdão, candidato à subida. Em Espanha, principalmente por culpa própria, como também deu a entender, deu-se mal. Jogou, salvo erro, por uma única ocasião. Nesta fase da sua carreira, cheguei a duvidar que consiguesse dar a volta por cima. Mas, apoiado pela direcção, decide voltar à "casa de partida": Vila do Conde, onde é peça fundamental para assegurar a manutenção da equipa da sua terra na 1ª Liga. Um final de época em grande, com mais um golaço no Dragão, fizeram com que os responsáveis encarnados (e Jorge Jesus), se apercebessem que havia ali diamante a lapidar. E depressa!
Foi assim o percurso de Coentrão até regressar à Luz esta época. Nestes últimos meses, prometeu trabalho, assumiu os erros do passado, nomeadamente Saragoça, onde afirma que a fama lhe subiu à cabeça, mas dizendo que, ao mesmo tempo, pôde aprender muito com isso. Entrou, e, parece estar de maneira diferente no futebol, tal como revela a entrevista dada a um jornal desportivo recentemente. Está irreconhecível: mais confiante, mais rápido, mais decisivo (três assistências em outros tantos jogos), mais forte muscularmente (se bem que ainda precise de melhorar mais este campo), mais forte no jogo aéreo, mais inteligente, mais adulto e, sobretudo, algo que na minha opinião é fundamental: finalmente deixou de se virar constantemente para a linha lateral, ficando de costas para o jogo. As diferenças estão à vista. Este jogador que, muitos como eu, chegaram a duvidar que pudesse voltar em grande está aí. Mais profissional. Quem ganha, somos todos.
9 comentários:
Acho que esta época o Fábio vai partir a loiça toda.
Clap, clap!
:-)
Na minha opinião, é ele (será) a grande revelação do Benfica esta época. Aposto muito nele.
Excelente artigo, agora só resta esperar que como muitos BENFIQUISTAS sabem tão bem fazê-lo, que não o assobiem quando num jogo as coisas correrem menos bem!!!!!! Este jogador precisa de ser acarinhado por nós, adeptos, pois com isso ganha confiança e o BENFICA só ganha com um Fábio Coentrão com confiança!!!!!!
Esta a fazer um incio de epoca de luxo.
Parece que aprendeu muito na experiencia frustada no Saragoza e no meio ano no Rio Ave.
Excelente post.
O Fábio se mantiver esta evolução e o treinador mantiver a aposta nele poderá ser um caso sério em duas épocas. Se conseguir aliar essa evolução a um crescimento muscular...cuidado!!!
A evolução do Coentrão, é a prova em como é bom os jovens rodarem em ertos clubes, de modo a ganharem calo.
Filipe Bastos vai voltar muito mais forte e julgo que seria muito bom o Urreta, também ser emprestado a um clube da nossa liga, tem potencial e iria evoluir muito.
Um dia, em conversa com o Nelo Vingada e onde estava presente o Felipão, perguntei de modo meio incocente o que pensavam do Fábio. O Nelo reconheceu-lhe grande potencial, o Felipão logo logo comentou que ou mudava seu jeito de estar no futebol ou ... nunca iria a lado nenhum.
Ambos estavan certos pelos vistos.
E creio que apenas um treinador com ideias bem concebidas do que quer, e com a moral para EXIGIR o TUDO pelo Clube, como acredito sinceramente que seja o JJ, poderá mostrar ao Fábio o caminho fantástico que pode vir a trilhar. Com o Manto Sagrado se ele quiser e souber aproveitar a chance de se pertencer a um Clube como o nosso ! !
fabio cientrao es a pessoa mais linda e o melhor jogador do mundo.
a mim nao me interessa o que as outras pessoas dizem so sei que tu es a pessoa mais importante da minha vida.
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