domingo, 30 de agosto de 2009

Futsal


Terminando esta espécie de périplo pelas modalidades, hoje falo daquela que mais alegrias deu aos benfiquistas: o futsal. Há três anos a esta parte tem sido assim: títulos, títulos e mais títulos. E mais uma vez não foi nada fácil.

Beto Aranha, treinador de créditos firmados na modalidade e que tinha substituído Adil Amarante a meio da época transacta, acabou por sair fruto de divergências com os jogadores. Diz-se que um grupo de elementos entre os quais se incluiam Arnaldo, Zé Maria, Pedro Costa e André Lima, discordando veementemente das escolhas do treinador, acabou por montar a equipa para o jogo decisivo da final. Verdade ou boato, acho difícil que se saiba...

Na nova época o clube reforçou-se com um ex-jogador, Pedrinho, regressado de Espanha, David, Anilton e, penso que também podemos considerar o regresso após prolongada lesão, de Rogério Vilela, como um reofrço, apesar de apresentar uma qualidade bem inferior à que o tornou famoso.

No entanto, e apesar de apresentar um fortíssimo plantel, o Benfica começou por perder a Supertaça para o eterno rival Sporting. Aliás, o início de campanha de André Lima como novo treinador foi marcado por alguma polémica, sendo que muita gente não acreditava nas capacidades do melhor jogador de sempre de futsal em Portugal, após uma sucessão de empates e derrotas que colocaram o Benfica num impensável 4º lugar. Mas como vem sendo apanágio das últimas épocas, o Benfica fez um final de campeonato brilhante, de trás para a frente, em que conseguiu 6 vitórias consecutivas, alcançando o primeiro lugar, tão importante para a decisão dos playoff.

Mas antes de irmos aos playoff, há que falar das outras duas competições em que o nosso clube esteve envolvido. Na Taça de Portugal, após eliminar o Sporting na 2ª eliminatória, o Benfica ficou com caminho livre para a final. Eliminou sucessivamente Fundão, Fundação, Mogadouro e Académica. Na final, frente ao Beleneneses, o Benfica venceu e convenceu, com um jogão de Zé Carlos, por 4-1.

Na UEFA Futsal Cup, disputada no Pavilhão da Luz, o Benfica encontrou fortes rivais, mas apenas um esteve à nossa altura, ou melhor, foram ligeiramente superiores até: o Interviú de Espanha, que acabou por nos eliminar na fase de grupos, numa competiçãpo onde brilhou o nosso Ricardinho.

Voltando, agora sim, aos playoff, o Benfica derrotou com relativa facilidade o Instituto nos quartos-de-final, para defrontar numas escaldantes meias-finais o rival Freixieiro, de Cardinal, o super-dragão, e companhia. Vitória muito suada em Matosinhos após grandes penalidades onde Zé Carlos voltou a brilhar e depois vitória pela margem mínima na Luz, onde os nossos jogadores tiveram de aliar a sua qualidade individual e colectiva a uma força mental enorme para suportar o anti-jogo do Freixo. A final estava garantida.

E eu estive lá! Primeiro jogo (à melhor de cinco) logo a seguir ao Benfica x FC Porto em juniores, e vitória por 6-2, numa exibição de gala dos nossos jogadores. Tudo bem encaminhado. Mas do primeiro para o segundo jogo tudo mudou. O Belenenses foi superior (apesar de ter tido ajuda da arbutragem) e venceu na Luz por 2-3, obrigando assim o Benfica a ganhar no infernal Acácio Rosa. Não foi à primeira (nova derrota por 3-2), foi à segunda num jogo de nervos, épico, histórico, um match point salvo com uma classe, categoria, inspiração e transmiparação: após estar a perder por 3-0 aos 6 minutos, André Lima pediu um desconto de tempo, reuniu as tropas, e, no resto do primeiro tempo, o Benfica voltou com uma atitude incrível, que permitiu empatar o jogo a 3. No segundo tempo, Ricardinho, senhor futsal, fez um goooooolão de livre que incendiou o Acácio Rosa e catapultou o Benfica para uma das maiores reviravoltas de sempe do Futsal Português. 3-6, resultado que parece ser feito para o Benfica, marcou essa tarde de futsal.

A final das finais: o bi-campeão Benfica defrontava o astuto e frio Belenenses do grande Alípio Matos, que não pôde contar com Jardel nem com Caio Japa em alguns jogos. Na Luz, o 5º e decisivo jogo foi de nervos. O Benfica terminou a primeira parte em vantagem por 2-0 mas cedeu 2 golos na segunda, acabando a final empatada, à semelhança do que sucedera no ano passado. Prolongamento. Aí, o Benfica, à semelhança do ano transacto, voltou a ser mais forte. Ricardinho, sempre ele, mas também Pedro Costa, foram fundamentais para esta vitória.

Tri-campeão. Nós só queremos o Benfica tri-campeão.

P.S. O prazo para inscrição na Liga Eterno Benfica (carregar no link) foi adiado em uma semana, expirando agora às 00:00 do dia 8 de Setembro. Quem já se inscreveu pode fazer alterações. Quem não se inscreveu, que se vá inscrever. Não custa nada.

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