Mesmo que pensem ou digam o contrário, o resultado do jogo de ontem foi muitíssimo melhor para o Benfica que para os rivais da 2ª Circular. Com o que se passou ontem em Alvalade, a Liga tem novo líder, se bem que à condição, e um candidato ao título praticamente arremedado da luta pelo campeonato. Não significa isto que o Benfica possa estar satisfeito com o resultado de ontem. Aliás, não pode nem deve. Dificilmente terá uma nova oportunidade tão boa quanto esta para ganhar ou até mesmo golear um Sporting que continua a revelar-se frágil, com poucas ideias, desmotivado, apesar de estar muito mais organizado. Foi um jogo à italiana. As expectativas superaram a qualidade de jogo, houve sangue (literalmente, que o diga Javi Garcia), suor e casos. À italiana, portanto. Ou se preferirem, à portuguesa.
O Sporting entrou mais forte nos minutos inicias do derby como vem sendo hábito há já umas épocas a esta parte. E como vem sendo apanágio, cedo de apagou esse pressing leonino. O Benfica respondeu e reagiu bem e em boa hora, tendo até a primeira boa chance de golo, por Cardozo, num lance em que lhe faltou discernimento, pois rematou cedo demais. Apesar deste lance menos feliz, o paraguaio regressou em boa forma, tendo feito um jogo bem acima daquilo que eu próprio esperava. Há claramente um “antes” e um “depois” neste paraguaio, desde que chegou em 2007 e o presente. Agora nota-se mais móvel, ágil e com um excelente entendimento e entrosamento com a equipa. Não marcou, mas jogou e fez jogar.
As oportunidades no primeiro tempo iam-se sucedendo numa baliza e noutra: Liedson fez gato-sapato de Sidnei, que esteve mais uma vez uns furos a baixo daquilo que se lhe exige, e rematou forte para boa defesa de Quim. Depois foi Polga que, após canto curto, teve a melhor oportunidade leonina da primeria parte, ao rematar por cima após falha de marcação da defesa encarnada (Maxi a marcar Polga?!). Realmente, aquela defesa à zona nos pontapés de canto não lembra ninguém.
No segundo tempo, o Benfica não entrou a “massacrar”, nem era isso pedido, ao contrário do que os comentadores e os jornalistas dizem (a crónica de Vítor Serpa hoje, n' A Bola, é ridícula, incompetente e ofensiva). Dizer que o Benfica já perdeu o fulgor, que os adeptos já não têm entusiasmo e que o Sporting está em crescendo é absurdo. Quase tão absurdo como o Director desse jornal afirmar que a mão de Polga... não foi mão! Mas já lá vamos. Dizia eu que o Benfica entrou de facto melhor, não massacrando mas controlando o jogo, mesmo no meio-campo do Sporting. Os leões reagiram e obrigaram Quim à melhor defesa deste campeonato até ao momento, defesa essa que sintetiza bem a grande exibição do internacional português, a quem, em parte, devemos e de que maneira este resultado.
No entanto, Di Maria, Cardozo, Ruben Amorim, David Luiz e Saviola, que até atirou uma bola à trave (mas o lance seria bem anulado por fora-de-jogo) tiveram as suas ocasiões, umas mais flagrantes que outras, sem esquecer a de Ramires, bem perto do final do jogo, e em posição regular, que não concretizou um golo praticamente feito.
Fiquei com a certeza que o jogo não teria golos por volta dos 65 minutos. Até final, e apesar das muitas oportunidades que o Benfica teve, o jogo foi um longo bocejo. Até deu para falar da Selecção Nacional, sobre a injustiça que é a ausência de Quim e Amorim, etc.
O jogo não foi difícil de arbitrar. Foi fácil até. Mas a incompetência de Pedro Proença fez do fácil difícil. Adrien, com uma entrada por trás às pernas de Saviola, sem qualquer intenção de jogar a bola, ficou em campo. Miguel Veloso tem uma entrada duríssima sobre Di Maria e só viu amarelo (e o árbitro parou o contra-ataque do Benfica). Por fim, o mais escandaloso de todos: Polga, com os braços bem abertos, corta um cruzamento de Ramires. Indiscutivelmente. Cartão amarelo por exibir (seria o segundo e consequente expulsão) e fica a dúvida: dentro ou fora da área? Polga entra na área e acaba por ficar fora desta quando o lance termina, mas quando corta a bola com o braço parece estar dentro, não com os pés, mas com o braço direito, aquele que corta a bola. Para mim, era penalty.
Jesus esteve muito bem: montou aquele que agora acredito ser o melhor onze e leu bem o jogo ao fazer as substituições. O vergonhoso estado do terreno foi uma dificuldade para o SLB. Aimar, que estava a ter dificuldades em construir jogo, foi substituído pelo todo-terreno Ruben Amorim, que entrou muito bem a jogar de área a área. Depois, por lesão de Sidnei, entrou Miguel Vítor, que traz mais segurança ao sector que o seu colega brasileiro. Por fim, nos instantes finais, e quando a defesa do Sporting poderia abrir-se mais e ficar desconcentrada, entrou o veloz Coentrão para a saída de Saviola, que esteve em dúvida até ao dia do jogo.
O resultado não é mau, mas a vitória, a acontecer, teria de ser para os visitantes. Fomos melhores globalmente, tivemos mais posse de bola que o Sporting e constituimos ameaça durante os 90 minutos, ao contrário do adversário. Ficamos em primeiro lugar à condição com 11 pontos de avanço dos verde-e-brancos, 6 do Porto (que podem passar a 3, hoje) e com um do Braga. Há muito campeonato por jogar e o Benfica entra agora numa fase crítica, com jogos muito importantes e onde não pode desperdiçar pontos. Olhanense e Académica são daquelas equipas com que não podemos perder. E é tradição o Benfica perder campeonatos nos jogos com estas equipas. É aqui que realmente residem os trabalhos de Jesus.
O Sporting entrou mais forte nos minutos inicias do derby como vem sendo hábito há já umas épocas a esta parte. E como vem sendo apanágio, cedo de apagou esse pressing leonino. O Benfica respondeu e reagiu bem e em boa hora, tendo até a primeira boa chance de golo, por Cardozo, num lance em que lhe faltou discernimento, pois rematou cedo demais. Apesar deste lance menos feliz, o paraguaio regressou em boa forma, tendo feito um jogo bem acima daquilo que eu próprio esperava. Há claramente um “antes” e um “depois” neste paraguaio, desde que chegou em 2007 e o presente. Agora nota-se mais móvel, ágil e com um excelente entendimento e entrosamento com a equipa. Não marcou, mas jogou e fez jogar.
As oportunidades no primeiro tempo iam-se sucedendo numa baliza e noutra: Liedson fez gato-sapato de Sidnei, que esteve mais uma vez uns furos a baixo daquilo que se lhe exige, e rematou forte para boa defesa de Quim. Depois foi Polga que, após canto curto, teve a melhor oportunidade leonina da primeria parte, ao rematar por cima após falha de marcação da defesa encarnada (Maxi a marcar Polga?!). Realmente, aquela defesa à zona nos pontapés de canto não lembra ninguém.
No segundo tempo, o Benfica não entrou a “massacrar”, nem era isso pedido, ao contrário do que os comentadores e os jornalistas dizem (a crónica de Vítor Serpa hoje, n' A Bola, é ridícula, incompetente e ofensiva). Dizer que o Benfica já perdeu o fulgor, que os adeptos já não têm entusiasmo e que o Sporting está em crescendo é absurdo. Quase tão absurdo como o Director desse jornal afirmar que a mão de Polga... não foi mão! Mas já lá vamos. Dizia eu que o Benfica entrou de facto melhor, não massacrando mas controlando o jogo, mesmo no meio-campo do Sporting. Os leões reagiram e obrigaram Quim à melhor defesa deste campeonato até ao momento, defesa essa que sintetiza bem a grande exibição do internacional português, a quem, em parte, devemos e de que maneira este resultado.
No entanto, Di Maria, Cardozo, Ruben Amorim, David Luiz e Saviola, que até atirou uma bola à trave (mas o lance seria bem anulado por fora-de-jogo) tiveram as suas ocasiões, umas mais flagrantes que outras, sem esquecer a de Ramires, bem perto do final do jogo, e em posição regular, que não concretizou um golo praticamente feito.
Fiquei com a certeza que o jogo não teria golos por volta dos 65 minutos. Até final, e apesar das muitas oportunidades que o Benfica teve, o jogo foi um longo bocejo. Até deu para falar da Selecção Nacional, sobre a injustiça que é a ausência de Quim e Amorim, etc.
O jogo não foi difícil de arbitrar. Foi fácil até. Mas a incompetência de Pedro Proença fez do fácil difícil. Adrien, com uma entrada por trás às pernas de Saviola, sem qualquer intenção de jogar a bola, ficou em campo. Miguel Veloso tem uma entrada duríssima sobre Di Maria e só viu amarelo (e o árbitro parou o contra-ataque do Benfica). Por fim, o mais escandaloso de todos: Polga, com os braços bem abertos, corta um cruzamento de Ramires. Indiscutivelmente. Cartão amarelo por exibir (seria o segundo e consequente expulsão) e fica a dúvida: dentro ou fora da área? Polga entra na área e acaba por ficar fora desta quando o lance termina, mas quando corta a bola com o braço parece estar dentro, não com os pés, mas com o braço direito, aquele que corta a bola. Para mim, era penalty.
Jesus esteve muito bem: montou aquele que agora acredito ser o melhor onze e leu bem o jogo ao fazer as substituições. O vergonhoso estado do terreno foi uma dificuldade para o SLB. Aimar, que estava a ter dificuldades em construir jogo, foi substituído pelo todo-terreno Ruben Amorim, que entrou muito bem a jogar de área a área. Depois, por lesão de Sidnei, entrou Miguel Vítor, que traz mais segurança ao sector que o seu colega brasileiro. Por fim, nos instantes finais, e quando a defesa do Sporting poderia abrir-se mais e ficar desconcentrada, entrou o veloz Coentrão para a saída de Saviola, que esteve em dúvida até ao dia do jogo.
O resultado não é mau, mas a vitória, a acontecer, teria de ser para os visitantes. Fomos melhores globalmente, tivemos mais posse de bola que o Sporting e constituimos ameaça durante os 90 minutos, ao contrário do adversário. Ficamos em primeiro lugar à condição com 11 pontos de avanço dos verde-e-brancos, 6 do Porto (que podem passar a 3, hoje) e com um do Braga. Há muito campeonato por jogar e o Benfica entra agora numa fase crítica, com jogos muito importantes e onde não pode desperdiçar pontos. Olhanense e Académica são daquelas equipas com que não podemos perder. E é tradição o Benfica perder campeonatos nos jogos com estas equipas. É aqui que realmente residem os trabalhos de Jesus.
6 comentários:
Bem antes de mais dar te os parabens por mais uma opiniao. Depois dizer te que sou benfiquista ferrenho tal como tu e a maioria dos leem este blog.
Porém e analisando a tua analise ao jogo de ontem,acho que foste benfiquista de mais e isso nao te permitiu fazer uma analise correcta das coisas. Nós nao mereciamos vencer,longe disso,fizemos um dos jogos mais pobres a par do que fizemos com o guimaraes pa taça. Defendemos bem,salvo uma ou outra excepçao,mas a atacar e a reunir jogo foi fraco,prova disso,Cardozo fez um remate digno de registo.
Quanto ao lance do Polga acho que só tu mesmo é que viste que foi dentro. Só tenho a lamentar que depois essa jogada tenho dado um livre muito perigoso para a baliza do benfica e cartao para o D.Luiz. Mas a mao foi claramente fora da área.
Cumprimentos e saudaçoes benfiquistas,e ve se começas a fazer cronicas mais imparciais e vendo as coisas como elas sao
pior que todos os lances analisados e pior que o lance do Polga que ainda estou na dúvida se foi dentro ou fora da grande área para mim foi a cotovelada do Caneira no Cardozo que foi de propósito e só podia dar em falta com expulsão e o respectivo penalty!!!
PS os avençados do Jogo conseguiram dizer que o David Luiz cometeu um penalty sobre o Liedson por ganhar vantagem e chegar a frente sem uso de mãos ou sequer carga de ombro... é hilariante!
PS2 e claro que tb n viram a cotovelada assim como a maioria... mas as imagens são claras e o plano do Cardozo a se queixar devia criar alguma curiosidade em como se tinha magoado... mas não interessa!
Cardozo fez um remate e teve uma cabeçada q quase deu golo, Amorim teve uma boa oportunidade, Di Maria outra, David Luiz tb e para acabar a oportunidade mais flagrante de Ramires ao cair do pano. E atacamos pouco como dizes.
A mão do Polga é um escandalo tal como o amarelo ao Javi Garcia. Se houve penalty por assinalar foi a cotovelada do Caneira ao Cardozo.
As quebras de forma são naturais em qqr equipa de futebol o importante é ir conseguindo pontos e mantermo-nos lá em cima até voltarmos ao rolo compressor q esta equipa realmente é!
Sporting e Benfica, proporcionaram um jogo quase sempre em toada morna, em que houve sempre uma maior preocupação em anular as acções ofensivas de cada um, do que explorar acções atacantes e de ruptura, ou seja, houve demasiado respeito. Houve alguns momentos de ligeiro domínio de ambas as equipas, mas estes nunca foram nem muito evidentes, nem muito consistentes e se há jogos em que se pode dizer que o empate é justo.
Sigmund acho bem esse teu comentário. É pessoas como tu que tenho pena que sejam do meu clube.
JNF...estava à espera de ver aqui mais uma lição do que é penalti e o que não é penalti. Estranhamente, não vejo nenhuma referência ao lance entre o David Luiz e o Liedson. Vou ler tudo outra vez...pode ser que me tenha escapado alguma coisa!
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