Na ressaca de um campeonato perdido, o Benfica entra em 93/94 a correr por fora na luta do título. O capital de apoio que Toni granjeara começava a desaparecer. Não havia dinheiro para pagar aos atletas. Entre jogadores úteis e históricos saíram Samuel e José Carlos. Pacheco e Paulo Sousa, estrelas do Benfica, desertaram para Alvalade. Futre assinava pelo Marseille. O verão quente quase nos levou Rui Costa, Paneira, Isaías e João Pinto. O Sporting estava a construir uma equipa de jovens valores com capacidades para ser campeã. O Porto ambicionava chegar ao primeiro tricampeonato da sua História. A crise e a depressão instalaram-se na Luz.
Mas o Benfica uniu-se e lutou contra a adversidade. E quando recebeu o Porto na 18ª jornada, primeiro jogo da segunda volta, arrumou definitivamente o sonho dos azuis-e-brancos em assegurar o seu primeiro tricampeonato. O Estádio da Luz encheu-se para receber o duelo entre Benfica e Porto. De um lado Toni, que substituíra Ivic em 1992 e que faria a sua última temporada no Benfica, sendo substituído pelo inefável Artur Jorge, para depois regressar em 2000. Do outro lado Bobby Robson, demitido por Sousa Cintra, presidente do Sporting, quando ia em primeiro lugar no campeonato, foi contratado por Pinto da Costa para substituir... Ivic. Toni escolheu o onze habitual com Neno; Veloso, Hélder, Mozer e Schwarz; Kulkov, Vítor Paneira, Rui Costa e João Pinto; Aílton e Rui Águas, este último no lugar usualmente ocupado pelo profeta Isaías. Robson escalou Vítor Baía; João Pinto, Fernando Couto, Aloísio e Rui Jorge; André, Rui Filipe, Semedo, Timofte e Drulovic; Kostadinov. O jogo começou equilibrado mas o Benfica conseguiu a meio da primeira parte ganhar o meio-campo ao seu rival, chegando ao primeiro golo por Aílton, após cruzamento de Stefan Schwarz. Três minutos depois, aos 40, Veiga Trigo viu a brutal cotovelada de Couto a Mozer (que nem caiu ao chão, era rijo) e deu ordem de expulsão ao portista. Com mais um jogador em campo, o Porto decresceu. Robson não mexeu de imediato no onze que agora era um dez e entrou para a segunda parte com João Pinto a marcar João Pinto, Aloísio e marcar Yuran (entrado para o lugar de Águas) e Rui Jorge a marcar Aílton. Má ideia. O Benfica entrou bem na etapa complementar e matou o jogo aos 54 minutos com um golo de Rui Costa, após cruzamento rasteiro e atrasado de Paneira.
O Benfica arrumou o Porto no que à luta pelo título dizia respeito, deixando o rival a 6 pontos (numa altura em que a vitória valia 2 pontos). A batalha resumiu-se entre os rivais de Lisboa e todos sabemos o que aconteceu a 14 de Maio de 1994. Serenata à chuva em Alvalade, 3-6, o título de campeão ficava praticamente confirmado na Luz. O que importa deste Benfica - Porto é que os encarnados apenas perderiam pontos em mais 4 jogos (derrota em Paranhos, empates no São Luís, Barreiros e Luz contra o Estrela) na caminhada rumo ao título. A vitória contra o Porto foi mais um empurrão fundamental rumo ao 30º campeonato numa das épocas mais inesquecíveis da História do Sport Lisboa e Benfica.
Mas o Benfica uniu-se e lutou contra a adversidade. E quando recebeu o Porto na 18ª jornada, primeiro jogo da segunda volta, arrumou definitivamente o sonho dos azuis-e-brancos em assegurar o seu primeiro tricampeonato. O Estádio da Luz encheu-se para receber o duelo entre Benfica e Porto. De um lado Toni, que substituíra Ivic em 1992 e que faria a sua última temporada no Benfica, sendo substituído pelo inefável Artur Jorge, para depois regressar em 2000. Do outro lado Bobby Robson, demitido por Sousa Cintra, presidente do Sporting, quando ia em primeiro lugar no campeonato, foi contratado por Pinto da Costa para substituir... Ivic. Toni escolheu o onze habitual com Neno; Veloso, Hélder, Mozer e Schwarz; Kulkov, Vítor Paneira, Rui Costa e João Pinto; Aílton e Rui Águas, este último no lugar usualmente ocupado pelo profeta Isaías. Robson escalou Vítor Baía; João Pinto, Fernando Couto, Aloísio e Rui Jorge; André, Rui Filipe, Semedo, Timofte e Drulovic; Kostadinov. O jogo começou equilibrado mas o Benfica conseguiu a meio da primeira parte ganhar o meio-campo ao seu rival, chegando ao primeiro golo por Aílton, após cruzamento de Stefan Schwarz. Três minutos depois, aos 40, Veiga Trigo viu a brutal cotovelada de Couto a Mozer (que nem caiu ao chão, era rijo) e deu ordem de expulsão ao portista. Com mais um jogador em campo, o Porto decresceu. Robson não mexeu de imediato no onze que agora era um dez e entrou para a segunda parte com João Pinto a marcar João Pinto, Aloísio e marcar Yuran (entrado para o lugar de Águas) e Rui Jorge a marcar Aílton. Má ideia. O Benfica entrou bem na etapa complementar e matou o jogo aos 54 minutos com um golo de Rui Costa, após cruzamento rasteiro e atrasado de Paneira.
O Benfica arrumou o Porto no que à luta pelo título dizia respeito, deixando o rival a 6 pontos (numa altura em que a vitória valia 2 pontos). A batalha resumiu-se entre os rivais de Lisboa e todos sabemos o que aconteceu a 14 de Maio de 1994. Serenata à chuva em Alvalade, 3-6, o título de campeão ficava praticamente confirmado na Luz. O que importa deste Benfica - Porto é que os encarnados apenas perderiam pontos em mais 4 jogos (derrota em Paranhos, empates no São Luís, Barreiros e Luz contra o Estrela) na caminhada rumo ao título. A vitória contra o Porto foi mais um empurrão fundamental rumo ao 30º campeonato numa das épocas mais inesquecíveis da História do Sport Lisboa e Benfica.
5 comentários:
Esse não foi o 30º campeonato?
quero falar de pedro proença. ou melhor: de árbitros em geral. nem sempre é questão de frutinhas e muito menos de clubismo dos apitadeiros. a maior parte das vezes, é questão de saber quem é o OBSERVADOR da liga que vai avaliar o árbitro.
ora no Benfica-porto esse observador chama-se Manuel Faria. Bem sei que não o conhecem. Mas posso dizer-vos que no Benfica-Braga do tempo de Quique, que vencemos 1-0 com um golo offside (quando o jesus falou em Playstations...) depois o relatório dele foi tornado público.
O golo foi de facto offside. Mas o observador detectou outros erros a nosso favor QUE NUNCA EXISTIRAM. detectou um penalty perdoado ao Benfica que nunca existiu, e escreveu um relatório de agressão total ao árbitro, muito para lá do offside, que é mais da responsabilidade do auxiliar.
Assim percebem que este Manuel Faria é uma intimidação a qualquer árbitro - qualquer árbitro terá medo de errar a favor do Benfica, acabando por errar contra. porque o proencinha quer continuar ocm a sua bela carreira, com as nomeação da uefa e da fifa... atenção!
Foi o 30º sim senhor. Corrigido, obrigado.
Estou a gostar das recordações que o JNF está afazer pois é sinal que amanhã vamos ganhar (sinto isso sinceramente que sinto).
Este foi o ano em que iriamos segundo muitos lutar dificilmente por 1 lugar Europeu (lembro-me de uma cronica do Record antes da epoca a referir isso). Depois foi dos titulos mais saborosos que tivemos o 30º.
O jogo foi em Janeiro, o 1º da 2ª volta (nas Antas 3-3 roubados como sempre num penalti ridículo que dá o empate com o artista famoso Calheiros) e demos a estocada final aos Corruptos numa exibição fantástica num noite chuvosa (a Catedral não estava cheia cerca de 80 mil). Foi o jogo do Mozer 2 Fernando Couto 0 como classificou Bobby Robson no final.
Esse titulo ganho no 6-3 tem parecenças com o jogo de amanhã. A meio da 2ª volta tinhamos 4 pontos de vantagem com o titulo seguro mas 1 derrota na Maia com o Salgueiros (uma replica do jogo de Coimbra com falhanços incriveis e golo no ultimo minuto do Sá Pinto) e depois o tal empate com o Estrela numa exibição pavorosa (empate até lisonjeiro num frango do GR do Estrela) onde no fim sócios pediram a cabeça do Toni e creio por medo Damásio nessa semana chega a acordo com Artur Jorge. A Lagartagem com uma equipa fantástica estava em grande com goleadas a tudo e todos. 3 ao grande Boavista (á meia hora já estava 3-0) 4 em Aveiro ao sempre dificil Beira-Mar antes do jogo de 14 de Maio. A questão não era se ganhavamos, ou perdiamos era por quantos levavamos e depois foi o que se viu.
Amanhã será igual contra tudo e todos vamos ganhar podem crer.
E foi no final desse jogo que o grande Sir Bobby Robson disse: "Mozer 2, Fernando Couto 0." Já nas Antas havíamos empatado 3-3 e foi de facto um ano memorável. Aquele ano que eu tentei recordar por muitos e tristes anos. Até Trappatoni... esperemos que este seja também um grande ano. Parece-me que muito será definido amanhã...
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