Depois dos pontos deixados em Coimbra, uma deslocação a um terreno complicado mas que até nos tem sido querido nos últimos anos. Em Paços de Ferreira, o Benfica entrava em campo sabendo que qualquer resultado que não a vitória deixaria, à partida, os encarnados a uma distância de dois jogos da liderança do campeonato. Era imperativo vencer para não perder o fugitivo na tabela classificativa.
Num jogo que se esperava de alguma tensão especialmente para o Benfica, as duas equipas entraram muito bem em campo procurando o ataque. Mas por pouco tempo. Corte de electricidade no estádio e aparentemente em boa parte da cidade levou a uma interrupção de dez minutos à qual o Benfica não reagiu bem: no reatar do encontro, uma triangulação entre um ex-jogador da nossa formação (Diogo Figueiras) e Hurtado permitiu ao português cruzar para Cícero fazer o 1-0. O pesadelo de Coimbra ameaçava mudar-se para a capital do móvel, mas a águia não se eclipsou. Fruto de uma desatenção de Cássio após cruzamento de Enzo, Lima, à ponta-de-lança, aproveitou oportunamente o lance para, de pé esquerdo, reestabelecer o empate.
Na segunda parte Gaitán rendeu um desinspirado Nolito e trouxe uma dinâmica completamente diferente ao ataque encarnado. As oportunidades e os falhanços sucediam-se em catadupa: Gaitán ia sendo presentado com mais uma intervenção desastrosa de Cássio, Enzo falhou na cara do brasileiro depois de isolado por Rodrigo, mas Lima, uma vez mais, agora de pé direito e depois de uma entrada destemida de carrinho de Maxi no meio de três "amarelos", desfizesse a igualdade, colocando o Benfica na liderança do jogo e provisoriamente na do campeonato também. Depois, nos vinte minutos finais, mais um festim de golos falhados: Lima, por duas, vezes, Gaitán mais uma e Salvio também podiam ter colocado uma vantagem mais confortável no resultado e o ponto final no jogo. Como quem não marca arrisca-se a sofrer, o Benfica acabou o jogo com o credo na boa, fruto das iniciativas de Caetano, e de dois remates bem perigosos já para lá dos 90 minutos, que Artur soube resolver muito bem.
Marco Ferreira esteve bem no critério técnico dentro da área (cinco hipotéticas situações para grande penalidade mas nenhuma assinalada, e bem) mas desastroso fora dela, com o Benfica a ser prejudicado com faltas e faltinhas inexistentes a meio-campo. No final, 3 pontos e a liderança provisória do campeonato. Mais que a vitória, o nosso clube ganhou um ponta-de-lança e confirmou a qualidade de Enzo. Falta ainda limar algumas arestas: Matic e Melgarejo continuam a parecer inadaptados a esta equipa, autênticos corpos estranhos. A rever.
4 comentários:
Matic continua a falhar nas bolas bombeadas para o nosso meio-campo, salta,faz-se aos lances mas raramente os ganha e como não temos gente suficiente no meio-campo perdemos quase sempre as segundas bolas...
Enzo falta-lhe saber receber a bola e pensar/temporizar jogo, naquela posição tem que conduzir mais jogo e tentar transportar mais a bola (como Witsel muito bem fazia) ainda para mais com a falta de Aimar, falta condução de bola a este meio-campo benfiquista...
Mais um jogo que podiamos ter dado pelo menos 5 e acabamos por sofrer.
Enzo muito bem. Lima, grande negócio a troca com Michel+3M.
Chamo a atenção para o lance do falhanço do Enzo. No 2 poste o Tony arranca a camisola ao Lima. Parece que nnguem viu.
Gostei bastante do Enzo, acho que é mesmo um bom jogador. E também acredito que seja raçudo.
Só não concordo contigo quando dizes que o árbitro ajuizou sempre bem. A cotovelada a o Garay é penalty, apesar de não me parecer intencional. Mas cotovelada é sempre falta. De resto, pareceu-me bem.
A ter em atenção, o número exagerado de faltas que cometemos, especialmente nas faixas laterais e perto da nossa área!
http://benficacomamor.blogspot.pt/
Não posso concordar. Com a inexistencia de oenaltys. O Garay leva uma cotovelada dentro da área se aqueles lances fora da área são falta e amarelo (porque o jogador não pode saltar com o cotovelo levanatado) então ali seria sempre penalty.
O remate do Gaitan também é cortado por um movimento da mão de um jogador do Paços mais um que ficou por marcar.
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