Como dizia Venceslau Fernandes, ex-ciclista e pai da triatleta Vanessa Fernandes, é "sofrer, sofrer, sofrer até ao fim!". E assim foi. O Benfica sofreu do princípio ao fim para conseguir três preciosos pontos na Mata Real, colando-se assim ao FC Porto no sexto lugar da Liga Sagres.
Num jogo em que ambas as equipas procuravam a primeira vitória na Liga, foi o Benfica que entrou melhor apesar de o Paços ter "apertado" com os encarnados nos primeiros instantes. Após excelente jogada de Reyes, Nuno Gomes responde ao cruzamento do extremo espanhol com um remate certeiro para o fundo das redes pacenses. À semelhança do encontro de quinta-feira, o Benfica adiantava-se cedo.
Mas, também à semelhança do embate para a UEFA, o Benfica voltou a deixar-se empatar: após deficiente alívio de Reyes, o central brasileiro Ozeia marca golo com a bola a ser desviada em Sidnei. Aí, percebendo-se do perigo e de alguma aflição da defesa encarnada, os castores carregaram e por algumas vezes estiveram perto de imitar o Nápoles. Mas em vão...
Em vão porque o Benfica não se deixou ir abaixo. Perto da meia hora, e após cruzamento de Ruben Amorim, que rubricou uma exibição serena mas de qualidade, Nuno Gomes (o melhor em campo), cabeceou para grande defesa de Bruno Conceição, mas eis que, ao segundo poste, Maxi Pereira aparece para devolver-nos a vantagem. Em boa hora.
Depois Cardozo. Após o segundo golo, o avançado paraguaio começou a mostrar serviço. Foram dele as iniciativas, os remates, o esforço, o nó cego que pregou ao lateral-esquerdo pacense e, claro, o golo. De penalty, é certo, mas também vale. Especialmente quando e bem assinalado, como foi o caso. Após cruzamento de Rubén Amorim, Tiago Valente intercepta a bola com o braço direito, que se encontrava bem afastado do tronco. Penalty óbvio. Cardozo, pois claro, não desperdiçou, enviando uma bala para dentro da baliza. 1-3, o jogo parecia ir bem encaminhado.
Na segunda parte o comboio começou a descarrilar: primeiro foi Quim, irreconhecível, que ofereceu o segundo golo a equipa do boné, seguindo-se várias intervenções atabalhoadas do keeper encarnado bem como um "treme-treme" da nossa defesa composta por Sidnei e Miguel Vitor, que, apesar de novos, cumpriram e bem os seus papéis.
Bola cá, bola lá, o jogo até parecia do campeonato inglês: golos, emoção e... um futebol feio. Sim, porque muitos golos não significa que tenha sido um jogo bom ou bonito. Bonito sim foi o golaço de Jorge Ribeiro, que festejou e, melhor ainda, foi aplaudido pelos adeptos benfiquistas. Fico contente pelo irmão de Maniche. Apesar dos erros do passado, por mim está perdoado. Não esqueço, mas está perdoado.
Tempo ainda para o Paços marcar o terceiro e fazer-nos sofrer mais um bocadinho. A partir daí foram 10 minutos que passaram vagarosamente. A bola estava quase sempre no nosso meio-campo e os do norte ainda tiveram duas boas oportunidades de marcar. Ironia foi que, após uma noite tão difícil, tenha sido Quim quem segurou esta vitória no último minuto. Três pontos merecidos, primeira vitória no campeonato, e cabeça no derby do próximo sábado. É isso que vos peço.
Quique Flores não esteve bem nas substituições. Primeiro porque Aimar foi inconsequente. Já o disse aqui e volto a dizer: Pablo Aimar não me convence. Não dá tudo em campo, apesar do enorme talento que tem. Deve correr e esforçar-se mais, à semelhança do que Cardozo fez hoje. Depois, a troca de Amorim por Balboa foi um tiro no pé. Inicialmente concordei com a entrada do guineense, mas preferia a saída de Carlos Martins, que esava visivelmente desgastado. Assim, passaria Amorim para o centro, o que daria mais estabilidade defensiva ao meio-campo. Mas o que interessa são os três pontos e esses ninguém nos tira.
Tenho ainda de destacar a boa arbitragem de Bruno Paixão: poucos erros, esteve sempre bem nos lances duvidosos. Bem ao assinalar o penalty e ao não expulsar Nuno Gomes bem como bem na análise do lance que dá origem ao segundo golo do Paços de Ferreira. É dos árbitros que considero como dos mais incompetentes, mas hoje, esteve bem.
Próximo jogo, Sporting. Aqui sim, poderemos ver de que massa é feito este Benfica. Este é, para mim, O derby. É o Benfica-Sporting, o clássico dos clássicos. Casa cheia no sábado poderá ser meio-a-zero a favor do Benfica quando entrar em campo. Eu lá estarei.
Ficha de jogo
Liga Sagres - 3ª jornada
Estádio da Mata Real, Paços de Ferreira
Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal)
Assistência: Cerca de 4 000 espectadores
SL Benfica
Quim; Maxi Pereira, Miguel Vítor, Sideni e Jorge Ribeiro; Yebda, Carlos Martins, Rúben Amorim (Balboa, 77 min) e Reyes (Di Maria, 89 min); Nuno Gomes (cap.) (Aimar, 68 min) e CardozoNum jogo em que ambas as equipas procuravam a primeira vitória na Liga, foi o Benfica que entrou melhor apesar de o Paços ter "apertado" com os encarnados nos primeiros instantes. Após excelente jogada de Reyes, Nuno Gomes responde ao cruzamento do extremo espanhol com um remate certeiro para o fundo das redes pacenses. À semelhança do encontro de quinta-feira, o Benfica adiantava-se cedo.
Mas, também à semelhança do embate para a UEFA, o Benfica voltou a deixar-se empatar: após deficiente alívio de Reyes, o central brasileiro Ozeia marca golo com a bola a ser desviada em Sidnei. Aí, percebendo-se do perigo e de alguma aflição da defesa encarnada, os castores carregaram e por algumas vezes estiveram perto de imitar o Nápoles. Mas em vão...
Em vão porque o Benfica não se deixou ir abaixo. Perto da meia hora, e após cruzamento de Ruben Amorim, que rubricou uma exibição serena mas de qualidade, Nuno Gomes (o melhor em campo), cabeceou para grande defesa de Bruno Conceição, mas eis que, ao segundo poste, Maxi Pereira aparece para devolver-nos a vantagem. Em boa hora.
Depois Cardozo. Após o segundo golo, o avançado paraguaio começou a mostrar serviço. Foram dele as iniciativas, os remates, o esforço, o nó cego que pregou ao lateral-esquerdo pacense e, claro, o golo. De penalty, é certo, mas também vale. Especialmente quando e bem assinalado, como foi o caso. Após cruzamento de Rubén Amorim, Tiago Valente intercepta a bola com o braço direito, que se encontrava bem afastado do tronco. Penalty óbvio. Cardozo, pois claro, não desperdiçou, enviando uma bala para dentro da baliza. 1-3, o jogo parecia ir bem encaminhado.
Na segunda parte o comboio começou a descarrilar: primeiro foi Quim, irreconhecível, que ofereceu o segundo golo a equipa do boné, seguindo-se várias intervenções atabalhoadas do keeper encarnado bem como um "treme-treme" da nossa defesa composta por Sidnei e Miguel Vitor, que, apesar de novos, cumpriram e bem os seus papéis.
Bola cá, bola lá, o jogo até parecia do campeonato inglês: golos, emoção e... um futebol feio. Sim, porque muitos golos não significa que tenha sido um jogo bom ou bonito. Bonito sim foi o golaço de Jorge Ribeiro, que festejou e, melhor ainda, foi aplaudido pelos adeptos benfiquistas. Fico contente pelo irmão de Maniche. Apesar dos erros do passado, por mim está perdoado. Não esqueço, mas está perdoado.
Tempo ainda para o Paços marcar o terceiro e fazer-nos sofrer mais um bocadinho. A partir daí foram 10 minutos que passaram vagarosamente. A bola estava quase sempre no nosso meio-campo e os do norte ainda tiveram duas boas oportunidades de marcar. Ironia foi que, após uma noite tão difícil, tenha sido Quim quem segurou esta vitória no último minuto. Três pontos merecidos, primeira vitória no campeonato, e cabeça no derby do próximo sábado. É isso que vos peço.
Quique Flores não esteve bem nas substituições. Primeiro porque Aimar foi inconsequente. Já o disse aqui e volto a dizer: Pablo Aimar não me convence. Não dá tudo em campo, apesar do enorme talento que tem. Deve correr e esforçar-se mais, à semelhança do que Cardozo fez hoje. Depois, a troca de Amorim por Balboa foi um tiro no pé. Inicialmente concordei com a entrada do guineense, mas preferia a saída de Carlos Martins, que esava visivelmente desgastado. Assim, passaria Amorim para o centro, o que daria mais estabilidade defensiva ao meio-campo. Mas o que interessa são os três pontos e esses ninguém nos tira.
Tenho ainda de destacar a boa arbitragem de Bruno Paixão: poucos erros, esteve sempre bem nos lances duvidosos. Bem ao assinalar o penalty e ao não expulsar Nuno Gomes bem como bem na análise do lance que dá origem ao segundo golo do Paços de Ferreira. É dos árbitros que considero como dos mais incompetentes, mas hoje, esteve bem.
Próximo jogo, Sporting. Aqui sim, poderemos ver de que massa é feito este Benfica. Este é, para mim, O derby. É o Benfica-Sporting, o clássico dos clássicos. Casa cheia no sábado poderá ser meio-a-zero a favor do Benfica quando entrar em campo. Eu lá estarei.
Ficha de jogo
Liga Sagres - 3ª jornada
Estádio da Mata Real, Paços de Ferreira
Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal)
Assistência: Cerca de 4 000 espectadores
SL Benfica
Suplentes não utilizados: Moreira, Léo, Makukula e Bynia
Treinador: Quique Flores
Paços de Ferreira FC
Bruno Conceição; Ricardo, Ozéia, Tiago Valente (Rui Miguel, 46 m) e Chico Silva; Filipe Anunciação (Cristiano, 70 min), Paulo Sousa, Pedrinha e William; Edson (Filipe Gonçalves, 79 min) e Leandro Tatu.
Suplentes não utilizados: Coelho, Josa, Kiko e André Pinto.
Treinador: Paulo Sérgio
Disciplina: cartão amarelo a Tiago Valente (42 min), Filipe Anunciação (54 min) e Rui Miguel (62 min); Maxi Pereira, Nuno Gomes (57 min) e Quim (90 min)
Marcadores: 0-1 por Nuno Gomes (6 min), 1-1 por Ozéia (13 min), 1-2 por Maxi Pereira (30 min), 1-3 por Cardozo (g.p.) (43 min), 2-3 por Rui Migel (63 min), 2-4 por Jorge Ribeiro (74 min), 3-4 por William (85 min)
Melhor em campo: Nuno Gomes (SL Benfica)
3 comentários:
Estas vitórias suadas são das mais saborosas,juntamente com as goleadas que se pregam a rivais.Foi duro,mas o objectivo foi cumprido,trazer para casa os 3 pontos.Continuamos a praticar um futebol feio,com o meio-campo a mostrar-se demasiado permissivo na hora de fechar os caminhos aos adversários e muito rígido na hora de articular jogadas ofensivas.Ainda assim a jogada do primeiro golo é de categoria..um excelente passe do Carlos Martins,óptimo cruzamento do Reyes e finalização eficaz do Ribeiro.Gostei da exibição dos dois miudos na defesa..temos futuro! Falharam aqui ou ali por vezes,mas falhas normais de jogo e por vezes motivadas pela inexperiência...Apenas gostaria de salientar que apesar de gostar de Yebda,bom técnicamente,forte fisicamente,bom jogo aéreo..perde-se por vezes em manobras ofensivas,não recuperando rapidamente para defender..e concede espaços ao meio-campo ofensivo do adversário,daí termos sempre um ou dois jogadores que aparecem soltos à entrada da nossa grande área em posição de remate.É melhor o Quique rever isso e falar com o Yebda e Martins para solucionar isso.
Ruben Amorim é um jogador que me agrada..deveria ter sido titular em Nápoles (dá consistência defensiva e é mais pragmático na hora do passe,não se mete com rodriguinhos como o Di Maria,Urreta,Balboa) e provou hoje que é a solução ideal para ocupar aquele espaço de terreno nos próximos embates.Pablo Aimar entrou mal,mas também insisto,a fazer de "suazo" nunca na vida irá render...mas Quique é quem sabe.
Espero que esta vitória tenha dado confiança aos jogadores e tranquilize mais esta jovem equipa...os próximos jogos são dificeis,mas são para vencer !
Ps : Quim ganhou a titularidade na selecção e subitamente ganhou "tiques" de Ricardo...
É sofrer, sofrer, sofrer até cair... Foi uma vitória saborosa. Podem dizer o que quiserem, mas a verdade é que os 3 pontos caíram para o nosso bolso - objectivo concretizado. Temos de acertar pormenores e melhorar ainda muito, mas é natural que aquela defesa tivesse abanado por tudo quanto era sitio quando os dois centrais (o esteio da defesa!) eram dois miúdos de 19 anos.
O Quim perdeu o talento no balneário da Selecção? Se é para isto, QUIM FORA DA SELECÇÃO JÁ! LOL
O Quique, este jogo, fez algo que já andava a pedir há muito tempo. Um maior equilíbrio na zona do meio-campo. O Amorim foi um apoio magnífico para o Yebda e ainda se conseguiu envolver em algumas jogadas de perigo.
É preciso ter saúde para ver um jogo do Glorioso. arrancada a ferros mas lá está : a primeira vitória, que podia ter sido mais folgada . Que sofrimento. O Quim de facto parece acusar a pressão da Selecção.Mas aquele sector defensivo tambem precisa de mais solidez.A dupla Cardozo-Nuno Gomes parece-me mais eficaz. Quique tem andado adar murros em pontas-de- faca com Aimar. O tipo anda "a apanhar bonés". O benfica é uma equipa que tem esquema inscrito no seu código genético: joga com 2 vançados. Sendo que o que melhor se enquadrar nesse esquema pela sua inteligência e movimentação em campo é N Gomes. O tipo não é um finalizador nato mas joga e faz jogar.Além de que se todos tivessem metade da garra dele a defender o Benfas todos nós nós sentiriamos mais orgulhosos.O artigo do L. Avelâs no Record devia ser lido com atenção por todos os Benfiquistas.De resto: yebda e Sidnei parecem-me mais-valias. Reyes ainda não está totalmente adaptado : veremos. Aimar:ainda não vi nada do que se apregoa por aí.Venha a lagartagem!
SLB
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