quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Corrupção sem fim

"Pagos para travar o Benfica", escreve hoje o jornal Record. Que estas situações são frequentes no futebol português já todos sabíamos, ou pelo menos desconfiávamos: as entradas mais duras costumam ser feitas a jogadores do Benfica, os guarda-redes adversários fazem os jogos das suas vidas no Estádio da Luz, e nem falo dos árbitros. Não fico assim tão chocado com a notícia porque já não me surpreende e porque sempre é menos grave pagar aos jogadores que pagar aos árbitros, no entanto reconheço que é de grave. Isto em Espanha é feito às claras, entre Barça e Real, que curiosamente perdeu dois campeonatos na década de 90 frente ao Tenerife. Curiosamente, dos três capitães do Leixões, Nuno Silva, Hugo Morais e Joel, o do meio é benfiquista ferrenho. Terá aceite ou terá sido ele a denunciar a situação? Boa pergunta.

Mas isto é apenas a ponta do icebergue. Continuem a investigar para ver quão fundo pode o futebol português ir, quanto mal se pode tentar fazer a um clube. E já há novos "recrutas" a aprender como se faz! Esqueceram-se eles que, pelo menos este ano, "Ninguém para o Benfica".

1 comentário:

JS disse...

Para ser investigado, é porque é passível de ser crime. Por acaso, tinha a ideia de se poder aliciar a equipa adversária com dinheiro para tentar aumentar os seus resultados e retirar pontos a outra.

Mas o que importa, independentemente de crime ou não, é que fazer com que uma equipa complique mais a vida a um dos candidatos do que a outro, não deixa de sair do espírito desportivo.

Curiosamente, o Leixões até tirou uns pontos ao Braga, mas lembro-me bem do jogo com o Benfica e foi de todos aquele em que mais tive a sensação de que o adversário não foi lá jogar à bola, mas fazer anti-jogo desde o 1º minuto.

P.S.: Dá-me pena que o assunto principal, no ano em que o Benfica apresenta o melhor futebol dos últimos anos (entre equipas portuguesas), seja a verdade desportiva. Mas já sabemos que quanto melhor está o SLB, mais confusão ia haver. Era esta a intencionalidade de Pinto da Costa quando falou de um "apito encarnado" e dos comentadores que se vê por aí desde o início da época.