Trinta e cinco minutos de altíssimo nível a lembrar os bons tempos da temporada passada serviram como prenda de Natal antecipada para os quase 40.000 adeptos que se deslocaram ao Estádio da Luz num jogo que teve um pouco de tudo: momentos de grande futebol, jogo mais pausado, um golo de cabeça de fora da área, um penalty mal assinalado e uma expulsão hitchkockiana com maozinha do Mourinho da Reboleira.
Com a indisposição de Carlos Martins, Salvio saltou do banco para o onze titular naquele que foi um excelente golpe de asa de Jorge Jesus, mal saberia ele que três dos quatro argentinos fariam uma belíssima exibição. O Benfica entrou fortíssimo no jogo e em apenas oito minutos introduziu a bola dentro da baliza de Paulo Santos por três ocasiões, dois golos de Aimar e Saviola e ainda um lance bem anulado ao camisola "30" encarnado. E ao contrário do que vem sucedendo esta época, a equipa soube manter o ritmo de elevada rotatividade, demolindo o Rio Ave e empurrando o seu adversário para a sua área. O Benfica dominava a seu bel-prazer. Mas uma desconcentração bem perto do intervalo permitiu que um extremo vila-condense escapasse a Javi Garcia pelo corredor esquerdo e servisse, para trás, o mais letal dos avançados portugueses no activo, João Tomás, provavelmente um dos jogadores mais subvalorizados em Portugal da sua geração.
No segundo tempo o Benfica voltou a demonstrar a mesma iniciativa que evidenciara no primeiro tempo, mas sem as mesma segurança defensiva. As sucessivas paragens cerebrais de Sidnei podiam ter comprometido seriamente o objectivo encarnado, mas em tarde inspirada dos argentinos titulares nada poderia parar o Benfica. Foi numa grande arrancada de Salvio pelo corredor direito que surgiu o terceiro golo encarnado, com "Toto" a servir "El Conejo" que soube esperar no local certo por um passe mortífero e encostou com classe para o terceiro. O jogo parecia resolvido, mas a toada vermelha continuou e dez minutos depois, num cruzamento de outro argentino que ainda não foi referido neste texto, Nico Gaitán, Salvio apareceu novamente para cabecear vitorioso fazendo o golo da total tranquilidade, assegurando a vitória encarnada, apesar de não se saber por quanto.
Mas quando tudo estava tranquilo eis que o árbitro resolve inventar um penalty. Claro, estamos a falar de Hugo Miguel, juiz de Lisboa que não consegue realizar um jogo sem apitar um penalty, exista ou não. E este não existiu, por dois motivos: primeiro, o jogador que recebe a bola aproveita a posição irregular em que estava para cruzar, e em segundo, se repararem bem nas imagens, o corte de Coentrão é com a região das costelas, não com o braço. Se dúvidas houvesse, Jorge Coroado diz que é penalty, o que prova que não é penalty. João Tomás não se fez rogado e apontou o seu nono golo da Liga. Mas o Benfica voltou à carga e três minutos depois na sequência de um livre lateral é Salvio quem aponta o quinto golo num chapéu de cabeça, ainda de fora de área, após um corte da defesa de Vila do Conde.
5-2 é um resultado volumoso mas nem por isso exagerado. As grandes exibições de Saviola (finalmente!), David Luiz (a subir de forma progressivamente) e Salvio contrastaram com o apagamento de Cardozo, que passou completamente ao lado do jogo, e de Sidnei, que para além de passar ao lado do jogo dá sinais preocupantes de que quer passar ao lado de uma boa carreira. Juízo, rapaz!
Com a indisposição de Carlos Martins, Salvio saltou do banco para o onze titular naquele que foi um excelente golpe de asa de Jorge Jesus, mal saberia ele que três dos quatro argentinos fariam uma belíssima exibição. O Benfica entrou fortíssimo no jogo e em apenas oito minutos introduziu a bola dentro da baliza de Paulo Santos por três ocasiões, dois golos de Aimar e Saviola e ainda um lance bem anulado ao camisola "30" encarnado. E ao contrário do que vem sucedendo esta época, a equipa soube manter o ritmo de elevada rotatividade, demolindo o Rio Ave e empurrando o seu adversário para a sua área. O Benfica dominava a seu bel-prazer. Mas uma desconcentração bem perto do intervalo permitiu que um extremo vila-condense escapasse a Javi Garcia pelo corredor esquerdo e servisse, para trás, o mais letal dos avançados portugueses no activo, João Tomás, provavelmente um dos jogadores mais subvalorizados em Portugal da sua geração.
No segundo tempo o Benfica voltou a demonstrar a mesma iniciativa que evidenciara no primeiro tempo, mas sem as mesma segurança defensiva. As sucessivas paragens cerebrais de Sidnei podiam ter comprometido seriamente o objectivo encarnado, mas em tarde inspirada dos argentinos titulares nada poderia parar o Benfica. Foi numa grande arrancada de Salvio pelo corredor direito que surgiu o terceiro golo encarnado, com "Toto" a servir "El Conejo" que soube esperar no local certo por um passe mortífero e encostou com classe para o terceiro. O jogo parecia resolvido, mas a toada vermelha continuou e dez minutos depois, num cruzamento de outro argentino que ainda não foi referido neste texto, Nico Gaitán, Salvio apareceu novamente para cabecear vitorioso fazendo o golo da total tranquilidade, assegurando a vitória encarnada, apesar de não se saber por quanto.
Mas quando tudo estava tranquilo eis que o árbitro resolve inventar um penalty. Claro, estamos a falar de Hugo Miguel, juiz de Lisboa que não consegue realizar um jogo sem apitar um penalty, exista ou não. E este não existiu, por dois motivos: primeiro, o jogador que recebe a bola aproveita a posição irregular em que estava para cruzar, e em segundo, se repararem bem nas imagens, o corte de Coentrão é com a região das costelas, não com o braço. Se dúvidas houvesse, Jorge Coroado diz que é penalty, o que prova que não é penalty. João Tomás não se fez rogado e apontou o seu nono golo da Liga. Mas o Benfica voltou à carga e três minutos depois na sequência de um livre lateral é Salvio quem aponta o quinto golo num chapéu de cabeça, ainda de fora de área, após um corte da defesa de Vila do Conde.
5-2 é um resultado volumoso mas nem por isso exagerado. As grandes exibições de Saviola (finalmente!), David Luiz (a subir de forma progressivamente) e Salvio contrastaram com o apagamento de Cardozo, que passou completamente ao lado do jogo, e de Sidnei, que para além de passar ao lado do jogo dá sinais preocupantes de que quer passar ao lado de uma boa carreira. Juízo, rapaz!
1 comentário:
Achei curioso que por acaso, neste resultado, Cardozo não tenha molhado a sopa. Aimar ou Saviola, recentemente, disseram dele, um deles disse, que ele é muito importante, porque geralmente quebra o adversário, abrindo o marcador, tornando as coisas mais fáceis... Mas ele volta, após as férias, creio, e ainda leva o trofeu de melhor marcador de novo!
Quanto aos penalties, plenamente de acordo. Creio, no entanto, pois não vi o jogo em condições, e fazendo fé na Antena 1, que houve um, no golo deles, o 2-1, em que Javi faz penalty, mas que segue a jogada e dá golo. Sobre o Coentrão ainda estou para ver o que se vai falar, se há despenalização ou não, o que duvido...
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera e Boas Festas a todos!
Bimbosfera.blogspot.com
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