segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E a adaptação?


Apareceu referenciado nos jornais como possível alvo, mas nunca foi levado muito a sério. Voltou a aparecer, já quando se encontrava em Lisboa porque não teria visto de trabalho para entrar em Portugal. Poucos dias após assinar contrato, proveniente do Independiente do Paraguai, foi emprestado ao Paços de Ferreira e com o tempo, foi ganhando espaço na equipa.
Leva 10 jogos pelo Paços de Ferreira, que se encontra algo inconstante, nove dos quais na Liga Portuguesa com 4 golos marcados e ainda, um golo na Taça de Portugal em apenas um jogo e outro, a meias com o defesa do Nacional.
Isto tudo, já lhe valeu uma chamada para a dupla jornada da selecção paraguaia porém não saiu do banco nos dois jogos.
Se mantiver a bitola ou mesmo que baixe um pouco de rendimento, penso que já fez bastante para merecer a integração no plantel da próxima temporada.
Deixo duas questões... Não será o tempo de adaptação, uma treta? Não se resume tudo a uma questão de ser aposta ou não?

12 comentários:

dezazucr disse...

Não. Os jogadores são pessoas e todas as pessoas têm ritmos de aprendizagem e assimilagem de novos conceitos diferentes. Há aqueles que mais facilmente se adaptam e que melhor se encaixam à forma de jogar num país e até à própria táctica e exigência do treinador que lhes acolhe, daí que tenham oportunidades mais cedo.

Pedro disse...

Não acho que o tempo de adaptação seja uma treta. Mas tb acho que quem é bom rapidamente mostra pormenores que permitem ganhar confiança quer do treinador quer dos adeptos (mais dificil pq gostam é de golos e fintas bonitas).

A adaptação psicológica é que pode ser a mais complicada, um jogador novo vir para um país q não conhece, sozinho, sem amigos, etc. Isso pode deixar marcas. A adaptação ao futebol faz-se com treinos diários onde cabe ao jogador perceber, rapidamente, o q o treinador pede. Sem lesões e fazendo a pré época normalmente acho que 3/4 meses são suficientes para um jogador se adaptar.

xirico disse...

Que não é treta,tenho a certeza.Imagine-se a ir para um país com uma sociedade totalmente diferente e com métodos de trabalho diferentes.A mim já me sucedeu e realmente tive que me adaptar e isso leva o seu tempo.

John Wakefield disse...

Bom post, PB :)

Também tenho andado atento aos desempenhos deste Melgarejo. E pelo que tenho visto, o jogador tem uma boa técnica tal como o seu outro compatriota (Dérlis Gonzalez) que também chegou ao Benfica.
Quanto à questão que colocas no fim do teu post, creio que o tempo de adaptação poderá variar com a natureza do jogador.
No caso de Melgarejo, podemos dizer que o jogador começou desde o início a prestar provas. O mesmo podíamos dizer de Luisão ou Cardozo, que brilharam imediatamente nas suas primeiras temporadas no Benfica.
Todavia, também são conhecidos os casos de Di Maria, Bergessio e de Maxi que não brilharam logo na primeira época "europeia", mas que depois se afirmariam nas temporadas posteriores. Sim, coloquei Bergessio que, embora não tendo feito nada no Benfica, está a fazer uma época interessante no Catania e já foi chamado à Selecção Argentina.

Mas, voltando ao assunto do post, gostaria de lançar uma outra questão - será que se Melgarejo continuar a manter este rendimento exibicional, fará sentido a renovação de Saviola? Já para não falar de Jara e, sobretudo, dessa eminência chamada Rodrigo que se está a revelar um jogador tremendo...

mundoslivres disse...

É claro que é uma treta amigo... o mundo das contratações é um negócio com contornos pouco claros onde o conteúdo futebolistico enfim... e o bem do clube ui, ui, ui, ui...
Vivemos num mundo onde o dinheiro é tudo e isso é uma m... do crl...

Anónimo disse...

Já li por diversas vezes, que quem é bom, não precisa de tempo de adaptação. Concordo. Tudo se resume a ter oportunidades.
O problema do Maxi quando chegou foi a posição, na posição de médio direito não era mais que um jogador mediano. Quanto ao Di Maria, jogou a espaços, corrijam-me se estiver enganado, mas o Cristian Rodriguez chegou poucos dias depois e o seu espaço na equipa foi decrescendo.
O Luisão chegou e pegou de estaca, tal como o Cardozo.
Como vamos saber se o Nelson Oliveira pode atingir o nível do Mundial de sub-20, se não joga? O mesmo com o Mora no Defensor Sporting, com o David Simão no Paços...

Cumps

Anónimo disse...

John, quanto ao Saviola, o problema é o salário. É daquele tipo de jogadores que vê e joga mais, com um olho aberto e a jogar a passo, que muitos com os dois olhos abertos e a correrem como "animais".
Temos muitas situações pendentes. Desde as renovações de Aimar, Saviola (?)e Maxi e ainda, a possibilidade de transferir Witsel, Rodrigo ou Gaitan.
No final do ano, existem muitas decisões para tomar. Desde já, espero que seja possível manter esses 3 que coloquei na lista de transferíveis, se tiver que ser, em detrimento da continuidade de Aimar e Saviola.

Anónimo disse...

Bom post PB

Mas eu não acredito muito neste Melgarejo, lamento. Pelos jogos que vi do Paços parece-me algo "frágil". Com as magnificas opções atacantes que temos no nosso plantel, dificilmente terá lugar. Mas, para o Melgarejo crescer e evoluir um pouco, proponho que se empreste ao Porto em Janeiro, parece que eles estão a precisar.

Continua assim PB, gosto muito de ler o que escreves neste bom espaço online.

mundoslivres disse...

Colocaram aqui questões pertinentes qt à adaptação que concordo... talvez o que eu quis dizer tenha um contexto totalmente diferente e sim existe o problema da adaptação... mas um clube profissional está atento à integração social de um atleta assumindo em dois ou 3 atletas do plantel (que estejam disponiveis mental e socialmente) para que a pessoa não fique à toa e sozinha... isso parece-me óbvio... não é só adquirir o atleta, por isso falava que era treta...

Anónimo disse...

O Luisão pegou de estaca logo ao inicio ?? O pessoal deve ter memoria curta....eu lembro-me muito bem das criticas que sofreu de toda a gente.

Anónimo disse...

Concordo com a generalidade dos comentários anteriores, que me pareceram apropriados e sensatos. A adaptação a uma realidade diferente depende de múltiplos factores. Para determinados jogadores é mais rápida do que para outros. E há casos em que não chega a haver adaptação. Recordo-me, por exemplo, do que sucedeu com o João Vieira Pinto, quando foi para o Atlético de Madrid. E não foi por falta de talento que ele não singrou no Atlético de Madrid
Quanto às prestações do Melgarejo, julgo que ainda é cedo para tirarmos conclusões. Reconheço que se vem evidenciando no Paços de Ferreira, mas evidenciar-se numa equipa como a do Paços não é o mesmo que jogar no Benfica. Para ficar no Benfica e tirar o lugar a quem lá está, tem de jogar mais.
MM

SLB4EVER disse...

Perguntas bastante pertinentes e que permitem muita discussão sobre elas.
O Melgarejo é um jogador que está a mostrar ser um bom finalizador, continuando assim é mais que justa a integração no estágio da próxima pré-temporada e aí decidir o seu futuro.
Não se resume tudo a ser aposta ou não mas é óbvio que esse é um factor bem importante. Sem ser aposta e entrando uns minutos de 2 em 2 meses é irreal pensar que o jogador vai estar ao seu melhor nessas 'oportunidades' e que mentalmente seja fácil de gerir de maneira a estar confiante nas suas capacidades.
O tempo de adaptação é algo reaL mas é algo relativo, por vezes em uma fase inicial o inferior entrosamento pode ser compensado pelo querer mostrar serviço e conquistar o lugar, é minha opinião que novos jogadores devem conquistar o lugar na equipa e não o verem ser oferecido de bandeja, 2 jogadores a lutar pela posição é bem mais positivo do que ter um acomodado ao lugar e outro a ficar só com os 'restos', infelizmente muitas vezes vemos o factor investimento a levar a melhor nestas decisões.
A adaptação tb é condicionada por aspectos como a mentalidade do jogador, diferenças linguiticas/ culturais, a 1º pode ser decisiva no seu sucesso ou não e a 2ª condiciona em parte o tempo de adaptação, a exemplo o Matic que em relação aos sul americanos parte em desvantagem.
Bastante importante tb é a adaptação a novas funções em campo, é natural que este processo leve algum tempo, como exemplo pode-se usar o Gaitán e o Di Maria que eram jogadores bem mais ofensivos na origem e com poucas preocupações defensivas. Não me parece justo comparar este tipo de casos com jogadores que vão desempenhar a mesma função e posição em campo.
Agora em relação a casos como o D.Simão e N.Oliveira é treta que precisem mais tempo de adaptação, perfeitamente identificados com o clube e futebol portugues, precisam é de ser opção e jogar para se assumirem ou não, a situação do Simão tem sido um grande desperdício e qt ao Oliveira vamos ver a gestão que é feita daqui em diante.
Pode-se falar tb de situações em que é necessário algum tempo par trabalhar o aspecto físico, algo comum em séniores de 1º ano, o Roderick passou grande parte do último ano a trabalhar isto e penso que no caso do L.Martins tb é grande parte do trabalho que está a ser feito. Até o Gaitán me parece que fisicamente deveria evoluir mais para melhorar como jogador pq as suas constantes quebras físicas são bem irritantes e comprometedoras.
São apenas algumas ideias e factores que podem condicionar a adaptação e sucesso; idade, físico, qualidade, posição/função, cultura, mentalidade e ser aposta ou não tudo tem a sua importancia e terá que ser levado em conta, cada caso é um caso e cabe ao treinador e direção saber gerir isto para verdadeiramente ter á disposição um plantel que corresponda pq apenas 11 jogadores não são suficientes para um clube como o SLB atingir os seus objectivos.