quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

1ª mão

Imaginem o Benfica, sem Aimar, Gaitán e Garay. Já imaginaram? O Benfica na Liga dos Campeões com Jorge Jesus como treinador e sem 3 jogadores fundamentais. Que cenário vêem? É um susto, não é?
Na minha opinião, foi este o cenário que Luciano Spaletti encontrou na preparação deste jogo da Champions. Sem Criscito, que estabeleço comparação com Garay e sem Danny que, na equipa do Zenit, comparo com Aimar e Gaitan. Comparo com os dois jogadores porque Danny, desequilibra e assiste, tarefa que se encontra "distribuída" entre Aimar e Gaitan na equipa do Benfica, na minha opinião, claro.
Para mim, o jogo resume-se a uma equipa que apesar das limitações evidentes que tinha, a jogar o seu futebol e a meter o jogo no congelador, termo utilizado por Freitas Lobo que se referi-a à equipa do Besiktas no jogo de ontem. E a nossa equipa, a não compreender o que o jogo necessita e a não adoptar a postura correcta.
Não vou perder tempo a malhar em Emerson ou Matic. Para mim, não são e nunca foram problema na Champions. O problema é, quanto a mim, a forma como a equipa pensa o jogo. Não podemos sair invariavelmente com passes verticais na segunda fase de construção, quer por Matic ou Witsel ou ainda, por um dos alas. É preciso lateralizar e saber movimentar as peças de forma equilibrada e pensada no momento ofensivo.
Recordo-me de Alexander Donner, ex-treinador da nossa equipa de andebol, que resumia as jogadas ofensivas da sua equipa a processos simples e curtos em jogadas de um para um ou combinações entre dois jogadores. Simplicidade e eficácia. Treinava como se estivesse a jogar xadrez!
É isso que se pede na Champions. Pragmatismo, simplicidade e manter o máximo de tempo possível, a equipa equilibrada. Claro, quando é necessário evitar que a equipa adversária toque na bola, eles não tocam mesmo. Ou seja, o ataque posicional que é um dos 5 momentos do futebol, como o nosso treinador refere. Continua, quanto a mim, muito mal trabalhado na nossa equipa. O Zenit aguenta a bola em seu poder e é bem sucedido. O Besiktas optou pela mesma postura e também foi bem sucedido.
Enfim, temos que saber ter bola.
Quanto ao jogo da segunda mão, é preciso paciência. Podemos marcar no primeiro quarto de hora mas também, no último. Se vamos jogar em "risco máximo" nos primeiros quinze minutos de jogo, eles vão-nos matar. É preciso mentalidade forte, manter a equipa equilibrada e acreditar que o golo vai surgir. Porque basta um erro, para eles arrumarem com a eliminatória e enfiarem-na "no congelador".

4 comentários:

t1n0_SLB disse...

Num jogo impossível, em que perdemos por causa de erros individuais, aparece magos da bol a criticar o treinador. Enfin.

JNF disse...

E um comentário útil, tino, que tal?

Anónimo disse...

Quero que comentem!
O conteúdo dos comentários não me incomoda minimamente.

John Wakefield disse...

Temos mais que equipa para resolver isto na segunda mão, mesmo sem Rodrigo (caso se confirme uma paragem mais prolongada) e Aimar (suspenso num lance bizarro).
O que importa agora é vencer os próximos 3 jogos e qualquer um deles serão tão ou mais difícil que os jogos com o Zenit. Por isso, desejo que Rodrigo consiga recuperar, pelo menos, a tempo do clássico...