quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A importância relativa das alternativas


Ultimamente, tenho andado um pouco desatento da realidade dos outros campeonatos. Pois bem, ontem lembrei-me de ver a classificação do campeonato inglês e fiquei surpreso com o que vi. Os dois Manchesters encontram-se em igualdade pontual no primeiro lugar da Liga Inglesa. Uma pessoa olha para um plantel e para o outro, e penso que todos nós consideramos o plantel do City, incomparavelmente superior em termos de alternativas.
Pois, mas a história do futebol tem ensinado que não são os plantéis de 25 jogador de alto nível que ganham campeonatos. São os plantéis com um núcleo duro de 15/16 jogadores que jogam muitas vezes e os restantes 10 que se limitam a trabalho e dar tudo em prol do grupo nas raras vezes que são chamados a jogo.
Para mim, foi isto que traiu o Porto e nos permite estar isolados na liderança. É bem provável que os dois laterais esquerdos deles sejam superiores ao nosso titular, mas será que isso ganha campeonatos?
O meio-campo deles é um absurdo, comparado com nosso. Eles tem dúvidas entre 6 jogadores. No nosso, está clarinho. Joga Witsel e Javi, caso um destes dois se lesionar, joga Matic.
Concluo que num grande grupo como é um plantel de futebol são os pequenos grupos, com qualidade e coesos que ganham os campeonatos e os restantes 10 elementos do plantel, que suportam estes e dão um "pézinho" quando é preciso.

7 comentários:

xirico disse...

Continuo a achar que deviam ter ido buscar um bom lateral.Se o Maxi se lesiona vai dar raia.Até já esqueço o lateral esquerdo,mas porra,o André Almeida é adaptado e não tem a cultura táctica do Rúben.Espero enganar-me.

Anónimo disse...

Calma, foi com este plantel que ganhamos 14 jogos na liga e sem derrotas. Foi com este plantel que fizemos 10 jogos na xampions sem derrotas.

Como tudo, o ideal era melhorar, mas atendendo que estamos no mercado de Janeiro e os bons jogadores não abundam, o facto de termos ficado com os 13/15 jogadores nucleares já é uma vitória.

Se o JJ vai fazer do Djaló uma estrela, se quiser também poder fazer do Emerson um jogador "bonzinho".

GNR

Bobe disse...

Bom artigo e que acaba por rebater o artigo anterior.

Anónimo disse...

a pergunta é: se o united não tivesse mais soluções n estaria em primeiro destacado? a mim parece-me q s...

Bicadas disse...

Bom dia,

Concordo com a perspetiva desenvolvida. Realmente o mais importante é ter um núcleo sólido e algumas alternativas de valor. Agora há uma dimensão importante: o nível de risco que se aceita na gestão do plantel e aqui parece-me que poderíamos ser um pouco mais cautelosos. Da minha perspetiva incorremos em alguns riscos que se poderiam minimizar. Se no caso do Witsel ou do Cardozo conseguir alternativas credíveis talves fosse inviável, já no caso do Máxi parece-me que o risco tomado é demasiado elevado perante o custo em que se incorreria para encontrar alternativas. Depois ainda há a lateral esquerda...

Tudo somado, temos uma posição frágil na equipa inicial (LE) e 3 posições com potencial de ameaça elevado (LD, MC e PL). Não sendo a pior posição em que já nos encontrámos, muito pelo contrário, penso que se deveria ter tentado ir um pouco mais longe.

Cumprimentos

helderrocha disse...

concordo com o que foi escrito! num plantel dificilmente haverá 20 jogadores que joguem regularmente!

e basta olhar para a nossa equipa

guarda redes temos o artur para o campeonato e champions e eduardo para o restante. (2)

na defesa temos maxi luisao garay e emerson (4)

no meio campo temos witsel aimar javi(3)

nas alas temos nolito bruno cesar e gaitan.(3)

no ataque temos cardozo saviola e rodrigo (3)

estes são os 15 jogadores titulares do benfica


depois para substituir estes temos miguel victor, jardel, capdevila(embora quase nao tenha jogado), matic, enzo (este por lesao e pela asneira que fez agora) e yanick\nelson

Anónimo disse...

Num pequeno grupo é mais fácil de gerir os egos dos jogadores. Ter muitos potenciais titulares é dramático para um treinador porque tem que gerir a utilização de muita gente.

Na temporada do título, alternávamos entre Aimar/Martins e Amorim/Ramires/Maxi. Para além do 11 base foram Martins e Amorim a ter mais utilização. As restantes alterações eram forçadas por lesões.

Em relação ao caso da Liga Inglesa, ressalvo que apesar dos inúmeros craques do City. O United está na luta e não esbanjou dinheiro em jogadores para quase todas as posições.