E a culpa nem é de Luís Filipe Vieira. Que raio de preparação de entrevista por parte de Rodrigo Guedes de Carvalho foi aquela? Numa altura em que tanto havia para falar sobre a actualidade do Benfica, a SIC reservou um espacinho de 25 minutos para o presidente do Benfica responder a um par de perguntinhas. Perguntas essas que pareciam ter sido feitas hoje de manhã depois de ter lido as capas do Record e do Correio da Manhã: "então houve interesse por Simão e este foi vetado por Jesus?", "o Benfica vai virar-se para o mercado russo?", o que foi aquilo? "Mercado russo" depois do mercado ter fechado é um pouco absurdo.
A juntar a isto, quase metade do tempo foi passado a falar de fait-divers que, podendo (e devendo) ser abordados, eram questões de segundo plano. A selecção, Queiroz, Laurentino Dias, tudo questões que pouco dizem aos portugueses, em visível afastamento com "a equipa de todos nós", dizem ainda menos aos benfiquistas neste momento. Basicamente, o que interessava desta entrevista foi abordado em dez minutos, o resto foram questões secundárias. Em relação ao que Luís Filipe Vieira disse, eis o melhor e o pior:
Muito Bom: O desprezo mata Pinto da Costa, e aqui Vieira esteve "cinco estrelas". "Ignoramos tudo o que daí vem.", afirmou o presidente. Também esteve bastante bem ao levantar o véu sobre o negócio Di Maria, faltou apenas referir em que condições é que as cláusulas estipuladas são activadas.
Bom: Caso FPF/Queiroz/Laurentino Dias/Luís Horta. Percebeu-se, oficialmente, a posição do Benfica: atacar o secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, e o presidente do ADoP, Luís Horta, pelas posições tomadas no caso Nuno Assis e ainda pelo não-envolvimento do Apito Dourado no caso do primeiro. Pode não ser bonito, mas defende os interesses do Benfica, esteve bem aqui, LFV.
Razoável: A mensagem dada no final da entrevista sobre a arbitragem, apesar de estar bem direccionada, devia ter sido abordada noutra altura, pareceu encaixada "a martelo". O negócio de Eduardo (e Evaldo?) também foi razoavelmente gerido.
Mau: A questão Roberto. Vieira não deveria ter falado tanto tempo do jogador, neste momento. Na véspera de um jogo que tem tanto de difícil como de importante, penso que o presidente, como figura máxima do clube, não deveria ter dado tanta importância ao caso. Era mais simples ter dito "Roberto tem toda a nossa confiança, é um excelente guarda-redes e não é caso nenhum, é um jogador como qualquer outro." Matava-se logo o caso à nascença, mesmo que o que fosse dito não correspondesse à verdade.
Muito Mau: Logo no início da entrevista, após a questão das quatro derrotas consecutivas, Vieira respondeu como adepto e não como presidente. Não pode ser. Esteve melhor no final da entrevista ao voltar a abordar o tema, mas aqui a resposta soou a má desculpa (apesar de termos sido efectivamente prejudicados). Quero que o Benfica, no local e no momento oportuno, se queixe das arbitragens, não ali num Jornal da Noite.
Concluindo, esta entrevista serviu para muito pouco, como tinha referido antes de ela acontecer. Não esclareceu, foi insípida, curta e cheia de questões de importância menor, o que revelou má preparação por parte do jornalista. Foi pena, mas também não esperava mais que aquilo. Alguém esperava?
A juntar a isto, quase metade do tempo foi passado a falar de fait-divers que, podendo (e devendo) ser abordados, eram questões de segundo plano. A selecção, Queiroz, Laurentino Dias, tudo questões que pouco dizem aos portugueses, em visível afastamento com "a equipa de todos nós", dizem ainda menos aos benfiquistas neste momento. Basicamente, o que interessava desta entrevista foi abordado em dez minutos, o resto foram questões secundárias. Em relação ao que Luís Filipe Vieira disse, eis o melhor e o pior:
Muito Bom: O desprezo mata Pinto da Costa, e aqui Vieira esteve "cinco estrelas". "Ignoramos tudo o que daí vem.", afirmou o presidente. Também esteve bastante bem ao levantar o véu sobre o negócio Di Maria, faltou apenas referir em que condições é que as cláusulas estipuladas são activadas.
Bom: Caso FPF/Queiroz/Laurentino Dias/Luís Horta. Percebeu-se, oficialmente, a posição do Benfica: atacar o secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, e o presidente do ADoP, Luís Horta, pelas posições tomadas no caso Nuno Assis e ainda pelo não-envolvimento do Apito Dourado no caso do primeiro. Pode não ser bonito, mas defende os interesses do Benfica, esteve bem aqui, LFV.
Razoável: A mensagem dada no final da entrevista sobre a arbitragem, apesar de estar bem direccionada, devia ter sido abordada noutra altura, pareceu encaixada "a martelo". O negócio de Eduardo (e Evaldo?) também foi razoavelmente gerido.
Mau: A questão Roberto. Vieira não deveria ter falado tanto tempo do jogador, neste momento. Na véspera de um jogo que tem tanto de difícil como de importante, penso que o presidente, como figura máxima do clube, não deveria ter dado tanta importância ao caso. Era mais simples ter dito "Roberto tem toda a nossa confiança, é um excelente guarda-redes e não é caso nenhum, é um jogador como qualquer outro." Matava-se logo o caso à nascença, mesmo que o que fosse dito não correspondesse à verdade.
Muito Mau: Logo no início da entrevista, após a questão das quatro derrotas consecutivas, Vieira respondeu como adepto e não como presidente. Não pode ser. Esteve melhor no final da entrevista ao voltar a abordar o tema, mas aqui a resposta soou a má desculpa (apesar de termos sido efectivamente prejudicados). Quero que o Benfica, no local e no momento oportuno, se queixe das arbitragens, não ali num Jornal da Noite.
Concluindo, esta entrevista serviu para muito pouco, como tinha referido antes de ela acontecer. Não esclareceu, foi insípida, curta e cheia de questões de importância menor, o que revelou má preparação por parte do jornalista. Foi pena, mas também não esperava mais que aquilo. Alguém esperava?