
António-Pedro Vasconelos, uma das mais famosas personalidades do cinema português, realizador de Jaime, Os Imortais, Call Girl ou A Bela e o Paparazzo, colunista do jornal Record, ex-comentador do Trio d'Ataque, acima de tudo, benfiquista. E se tem a sorte de trabalhar com Soraia Chaves, nós, no Eterno Benfica, tivemos a sorte que A-PV aceitasse uma entrevista da nossa parte. Questionado sobre as origens do seu benfiquismo e sobre a actualidade e futuro do nosso clube, respondeu assim:
Como e quando surgiu o Benfica na sua vida?
No final dos anos 50, perto dos meus vinte anos, quando saí de casa dos meus pais e comecei a pensar e a viver pela minha cabeça. Entre os sete e os catorze anos (a idade em que se começa a gostar de futebol), vivi em Coimbra. O meu pai era da Académica, clube pelo qual conservei uma grande simpatia até ao 25 de Abril, não só porque deu muitos e bons jogadores ao Benfica, porque era treinada por um homem notável, o Cândido de Oliveira, e jogava um futebol magnífico, mas também por causa do papel que teve na crise académica dos anos 60.
Mas, quando vim para Lisboa, os meus melhores amigos eram do Benfica e isso ajudou-me a dar comigo benfiquista. Depois, porque sempre fui democrata e de esquerda e o Benfica era o clube que melhor representava esses valores. O único, aliás.
Quando o Benfica se tornou campeão europeu em dois anos seguidos, eu vivia em Paris e isso reforçou a minha paixão pelo clube, até porque, naquela altura, o Benfica era um dos poucos motivos que tínhamos para ter orgulho em Portugal, sobretudo quando estávamos no estrangeiro.
Sente saudades do tempo em que o Benfica dominava o futebol nacional e internacional?
Até ao 25 de Abril, o Benfica foi o clube de resistência à ditadura, ao contrário do que apregoam os portistas que, pelo contrário, e como o Sporting e Belenenses, por exemplo, não só não tinham eleições, como tiveram presidentes afectos ao Regime e dominavam as estruturas dirigentes do futebol. Mas, ao contrário do que se passa há trinta anos para cá, esse domínio era repartido entre vários clubes e o Benfica impôs-se porque era o clube mais popular e porque foi, a partir da famosa geração de Coluna e Eusébio, de longe, a melhor equipa.
Nas últimas décadas, com a ascensão de Pinto da Costa à direcção do clube, o F. C. Porto ateou uma guerra contra a capital, fez apelo aos sentimentos regionais, e, sobretudo, construiu uma teia de poder que lhe permitiu dominar o futebol sozinho (embora com aliados que faziam o papel de “idiotas úteis”, como os comunistas chamavam aos aliados passivos), agindo fora das quatro linhas, o que ajudou a criar um clima de confiança, estabilidade, hegemonia e saúde financeira, e com isso construir equipas ganhadoras.
O Benfica, durante muito tempo, não teve dirigentes à altura de denunciar e combater os métodos do F. C. Porto, o que contribuiu para enfraquecer as suas equipas de futebol: Jorge de Brito, Damásio, Vale e Azevedo ajudaram objectivamente o F.C. Porto a consolidar o seu poder sobre o futebol nos últimos anos. Vieira apostou tudo no “Apito Dourado”, a primeira vez que uma investigação judicial revelava alguns dos métodos do F. C. Porto. Mas o facto de os dirigentes envolvidos não terem sido castigados foi um golpe pesado, porque encorajou a continuação de práticas anti-desportivas e de jogadas de bastidores que continuam, como se tem visto, a viciar resultados e campeonatos.
O Benfica tem pela frente um enorme desafio: liderar um movimento de credibilização e transparência do futebol português e, ao mesmo tempo, consolidar as vitórias num ambiente desfavorável e hostil, servindo-se da enorme implantação que o clube tem no país e fora dele. O Benfica tem que impor respeito aos seus inimigos e ser implacável com quem o prejudica. Num quadro de verdade e transparência, o Benfica tem tudo para voltar a dominar o futebol português.
E como, com que medidas específicas, é que o Benfica pode liderar esse movimento com o objectivo de devolver verdade e transparência ao futebol português?
De várias maneiras: fazendo aliados noutros clubes, combatendo a hegemonia da Olivedesportos, fazendo perceber aos inimigos do Benfica que não deixará passar em branco nenhuma manobra ilegítima para o prejudicar, denunciando infatigavelmente todas as formas de batota, retirando a confiança em pessoas que se dizem benfiquistas mas não servem o clube, como Fernando Seara, por exemplo, não deixando que comentadores afectos ao Benfica sejam impunemente perseguidos e sacrificados (casos de Ricardo Araújo Pereira e João Gobern, mas há outros mais graves), exigindo explicações dos dirigentes sobre situações inaceitáveis na arbitragem e na disciplina, batendo-se pela reforma do futebol nos órgãos próprios, denunciando com veemência todas as situações de violência física ou verbal, indo até aos tribunais quando for necessário (os cânticos anti-Benfica, com insultos torpes e grosseiros, entoados pelos jogadores do FCP têm que ser denunciados na Liga, na FPF, nos tribunais, junto do governo, na UEFA e na FIFA, por exemplo), agindo em vez de reagir, estando atento a todas a manobras de bastidores para viciar os resultados e para desestabilizar o clube, o treinador e a equipa, reforçando o gabinete jurídico, etc, etc. Numa palavra: profissionalizando a informação do clube, que tem que obedecer a uma estratégia concertada e permanentemente activa.
O que falhou ao Benfica 2011/2012 para não se ter sagrado campeão nacional?
Quatro coisas:
1. A inexistência de uma estrutura profissional de informação do clube, que saiba prever e antecipar as estratégias do F. C. Porto, que tem vivido, com sucesso, da criação de situações de conflito e do aproveitamento de todas as oportunidades que lhes damos para minar a confiança dos adeptos nos treinadores, jogadores e dirigentes, o que contribui para a constante desestabilização do clube e da equipa.
2. A inexistência de um verdadeiro director desportivo que, juntamente com o departamento de comunicação, proteja a equipa e o seu treinador. Nem Rui Costa nem Carraça cumpriram esse papel. O que se passou este ano, em que o treinador foi sempre deixado sozinho a “dar o peito às balas”, não se pode repetir.
3. O aproveitamento do voto de confiança que Vieira deu a Fernando Gomes e às estruturas da FPF (arbitragem e disciplina). O “voto de silêncio” em relação às arbitragens foi muito bem aproveitado para viciar os resultados a partir do último terço do campeonato. Sem isso, nunca este F. C. Porto teria ganho este campeonato.
4. Finalmente, o facto de o Benfica ter-se batido em três frentes na fase crucial do campeonato. Ao contrário do F. C. Porto, que foi afastado da fase de grupos depois de uma prestação vergonhosa, e do Braga, o Benfica teve que jogar, na fase decisiva do campeonato, sempre duas vezes por semana.
Jorge Jesus é parte do problema ou da solução?
Parte da solução, evidentemente.
Corrobora as críticas de que Jesus tem sido alvo, nomeadamente a sobranceria com que trata alguns adversários, a incapacidade de lidar com alguns jogadores do plantel e inclusivamente deficiências tácticas apresentadas durante os jogos?
Não. Acho que enfatizar eventuais defeitos do Jorge Jesus, como fizeram alguns benfiquistas no final da época passada, é branquear as vergonhosas arbitragens que “deram” o campeonato ao FCP e ignorar que, ao contrário do FCP e do Braga, o Benfica continuava na Champions, o que obrigava a equipa a fazer dois jogos por semana, quando os adversários mais directos tinham uma semana para recuperar. Veja-se o que aconteceu ao Barça e ao Real, que, apesar de terem duas das melhores equipas e dois dos melhores treinadores do mundo, foram afastados da final da Champions por terem sido obrigados a jogar o jogo do título três dias antes!
Toda a gente, e os treinadores não escapam à regra, tem os defeitos das suas qualidades. A enorme confiança que Jesus tem nas suas capacidades e na sua competência tornam-no, por vezes, autista e mesmo deslumbrado com a qualidade de jogo das suas equipas e com os bons resultados; a sua obsessão pelo treino e pelo jogo podem fazê-lo, por vezes, descurar a relação humana com os jogadores. Mas como treinador, pelo que sei, todos eles o respeitam e admiram.
Aliás, se o Benfica tivesse perdido o campeonato pelas más opções do treinador e pelas suas carências de comunicação no balneário e com a comunicação social, como é possível que um homem como Vítor Pereira, que é um treinador medíocre e um desastre como comunicador, tenha ganho o campeonato?
Como vê a presença e as funções de Rui Costa nos quadros do clube?
Com alguma perplexidade. Rui Costa foi um dos melhores jogadores de sempre, é um grande benfiquista, conhece bem o futebol mundial, é respeitado na UEFA e na FIFA, mas foi um erro de casting pretender que ele seria um bom director-desportivo. Devia ter um papel claro no Benfica: embaixador junto das estruturas internacionais e conselheiro para o futebol, nomeadamente para as contratações. Esta indefinição não se pode manter. Este ano, em nenhum momento Rui Costa “deu a cara” pelo Benfica.
Após longos anos de ligação à Olivedesportos, o contrato que liga o Benfica à empresa de Joaquim Oliveira está a chegar ao fim. Em que condições deve o Benfica renovar este contrato?
O problema da negociação dos direitos é complexo. É óbvio que a Olivedesportos é um aliado do F. C. Porto. A parcialidade das filmagens, dos comentários, das repetições, dos resumos e dos jornalistas no flash-interview não podem ser toleradas. Mas é preciso ter em conta dois factores: nenhum clube tem condições para negociar sozinho os direitos televisivos. Sozinho, dificilmente o Benfica obterá valores compatíveis com as suas legítimas exigências. Mas há valores que se sobrepõem ao mero cálculo do encaixe financeiro.
Em segundo lugar, é preciso que os benfiquistas percebam que, mesmo que o Benfica não renove o contrato com a Olivedesportos, Joaquim Oliveira continuará sempre a ter os direitos das transmissões dos jogos fora e de outras competições nacionais ou internacionais que a Olivedesportos venha a adquirir. E que a ruptura com a Olivedesportos representa “comprar uma guerra” e exige que o Benfica esteja preparado para que, nesses jogos, a parcialidade das filmagens, dos comentários, das repetições, dos resumos e dos jornalistas no flash-interview, se agrave. Sou favorável a que não renove, mesmo se isso tiver, a curto prazo, custos altos para a SAD, mas entendo que, se o fizer, os sócios devem ser consultados ou, pelo menos, postos ao corrente do que está em jogo.
Não o preocupa ver os postos de direcção do clube serem ocupados por indivíduos cujo clube do coração não é o Benfica? Casos de Domingos Soares de Oliveira, Paulo Gonçalves, António Carraça, por exemplo.
Em certos lugares, não. Tal como o treinador e mesmo os jogadores, que não têm que ser necessariamente adeptos do clube, alguns funcionários qualificados devem ser escolhidos pela sua competência e não pela sua cor clubista. Mas, sem comentar nomes, faz-me confusão que não haja mais gente nalgumas estruturas-chave da organização do clube e da SAD a “vestir a camisola”.
E em termos de competência, acha que os dirigentes supracitados têm feito um bom trabalho? Não haverá benfiquistas mais competentes para os cargos?
Como deve calcular, não tenho dados suficientes para falar da competência de pessoas que trabalham para o Benfica. Nem o faria publicamente. O que posso dizer é que o Benfica tem uma falta de estratégia e um timing deficiente na comunicação do clube, uma deficiente protecção do treinador, e falta-lhe uma estrutura profissional ao nível da informação que antecipe, previna e reaja à batota e à intoxicação.
Compreendeu o apoio demonstrado por Vieira a Fernando Gomes?
Sempre me fez confusão, e disse-o, que um homem com o passado de Fernando Gomes, portista confesso e envolvido directamente no “Apito Dourado”, cujo primeiro acto na Liga foi de afastar Ricardo Costa e de criticar a sua actuação, que acaba de nomear Tiago Craveiro, conhecido no meio como o “cachecol do F. C. Porto”, para seu assessor, que permitiu, sem comentários, que as arbitragens (e a disciplina) durante os seus dois anos de mandato fossem vergonhosamente sectárias, tivesse condições para fazer a revolução necessária, e que o Benfica reclama, nas estruturas, nas leis e nos regulamentos do futebol.
Em meu entender, Gomes abusou da confiança de Vieira. Como escrevi há dias no “Record”, “no ano passado, depois de, na época anterior, o Benfica ter sido descaradamente prejudicado pelas arbitragens, Vieira decidiu, num gesto de pacificação, não comentar as arbitragens, e esse silêncio foi aproveitado para branquear um campeonato viciado. O Benfica não pode deixar que a boa-fé do seu Presidente seja usada contra os interesses do clube. É altura de concluir que o benefício da dúvida dado a FG acabou.”
Concorda com os actuais estatutos, nomeadamente com a distribuição do número de votos pelos sócios mais antigos?
Acho que, num clube, a antiguidade dos sócios deve contar. E concordo que, numa eleição para Presidente do clube, se exijam condições especiais de idade, antiguidade e continuidade. Mas essas condições não podem ser mais pesadas do que as que se exigem para o Presidente da República. Sobretudo, o timing e as condições em que os estatutos foram alterados não foi o mais feliz nem o mais correcto. Eu disse-o na altura.
Foi recentemente acusado de ter “virado a casaca” ao manifestar apoio a Luís Filipe Vieira em algumas intervenções públicas. Como explica a sua mudança de posição?
Eu fui apoiante de Vilarinho e, depois, de Vieira, nas primeiras eleições. Mas, no penúltimo mandato, discordei de algumas opções e disse-o publicamente: o despedimento de Fernando Santos e a contratação de Camacho e, depois, de Quique Flores; a nomeação de Rui Costa para director-desportivo, como já disse; a forma como convocou antecipadamente eleições em 2009 e a mudança dos estatutos que fez aprovar, pelas razões que apontei acima.
Entretanto, Vieira contratou e manteve Jorge Jesus, reforçou o plantel, criou um Fundo de jogadores, fez óptimos encaixes financeiros (em grande parte, graças ao trabalho de Jesus), investiu na recuperação da memória do clube (o trabalho dos arquivos é notável e vai inaugurar um Museu que será um dos maiores, senão o maior do mundo), chegou quase aos 250 mil sócios, e apesar da decepção do último campeonato, manteve a confiança no treinador. Com Jesus, o F. C. Porto percebeu que nunca mais pode dormir descansado. Mas, como digo acima, se Vieira ganhar, resta muita coisa a fazer no próximo mandato, no plano da informação e da direcção do futebol.
Nunca fui um anti-Vieirista primário. Ponho o que julgo, em cada momento, serem os interesses do Benfica acima de tudo. E entendo que se alguém mudou foi Vieira. Para melhor. Eu não.
Mas faz depender assim tanto o apoio que dá ao presidente pela escolha do treinador, neste caso, Jorge Jesus? Ou, por outro lado, se Jesus tivesse sido despedido no final desta temporada, teria mantido o seu apoio a Vieira?
Vieira cometeu um erro fatal quando despediu um dos melhores treinadores portugueses, Fernando Santos (se houvesse dúvidas, bastava ver o trabalho que ele está a fazer na Selecção grega), na primeira jornada de um campeonato, e não ia repetir esse erro, quando tem, finalmente, um dos melhores treinadores portugueses. O treinador não pode continuar a ser o bode expiatório dos desaires da equipa, o que serve apenas para adiar soluções e evitar analisar as verdadeiras razões desses desaires. Portanto, é uma hipótese que nem ponho. Despedir Jesus? Para vir quem?
Dez anos de Vieira, dois campeonatos e uma Taça de Portugal. Isto não lhe parece manifestamente pouco? Se sim, por que motivo continuar a apostar neste presidente?
É pouco para aquilo que o Benfica representa, para o futebol que joga e para as expectativas que o futebol de Jesus criou. Mas as razões, repito, têm que se encontrar onde elas estão: no escândalo das arbitragens e nalgum amadorismo que o Benfica continua a revelar no modo como gere a informação para dentro e para fora do clube.
Acrescento uma coisa: apesar de nenhum benfiquista (nos quais me incluo) se contentar com estatísticas, e de a frustração dos últimos dois anos (depois das expectativas que a equipa legitimamente havia criado) não se limpar com números, a verdade é que, desde que Jesus tomou conta da equipa, o FCP nunca mais pôde dormir descansado. E, em termos de resultados (relação entre vitórias, empates e derrotas), Jesus é o terceiro melhor treinador do Benfica dos últimos 40 anos. Só fica atrás de Jimmy Hagan e de John Mortimore, e surge à frente de Lajos Baroti e de Eriksson. Isso tem que querer dizer qualquer coisa.
Gostaria que fossem apresentadas outras listas além da de Vieira às próximas eleições? Se sim, quem é que gostaria de ver à cabeça dessas listas?
Claro que gostaria. Eleições democráticas e disputadas é uma coisa que está no ADN do clube. Mas, a aparecer, terá que ser alguém credível. E, até agora, ninguém anunciou que se poderia candidatar.
Não estou a pensar em ninguém nem é essa a minha preocupação. Apoio Vieira e espero que ele perceba finalmente o que está mal e que tem que ser corrigido neste novo mandato. Se o fizer, pode sair pela porta grande, como um dos melhores presidentes do clube. Senão, pode sair sem glória. Mas acredito que tenha aprendido.
Por que motivo deixou o programa Trio d’Ataque da RTPN? Sentiu-se, por alguma vez, pressionado dentro do programa, para que não desse a sua opinião ou revelasse algum dado importante?
Nunca fui pressionado, nem recebi “ordens” da direcção, como fazem alguns comentadores de outros clubes, e isso é uma das coisas que me fazem ter orgulho em ser benfiquista, como disse no programa em que me despedi. Já tinha pensado deixar o “Trio de Ataque” porque estava a tornar-se um programa igual aos outros, porque os representantes dos outros clubes não revelavam independência e porque a defesa que o representante do Sporting fazia dos interesses do F.C. Porto me parecia obscena.
Mas, como disse na altura, em directo, precipitei a saída quando soube que o governo se preparava para privatizar um canal da RTP e queria estar á vontade para defender o Serviço Público, sem poder ser acusado de servir interesses pessoais.
Se o actual Benfica fosse um filme, qual seria?
Porquê o actual? Tal como para a águia-real, “O Céu é o Limite”!
Em poucas palavras…
Um jogo: O 3-6, no Sporting-Benfica de 1994.
Um título: Sem esquecer os títulos dos anos 60 e 70, que se tonaram uma banaldiade, o de 94 e o de Jesus, há dois anos, que espero ver repetido nos próximos dois anos, pelo menos.
Um jogador: Eusébio, claro, que fez esquecer Coluna, que era um génio. E Chalana, nos tempos modernos.
Um treinador: Sem falar de Bella Guttman e de Otto Glória, que são eternos, acho que Jorge Jesus é o melhor treinador que passou pelo Benfica de há pelo menos trinta anos para cá.
Um dirigente: Borges Coutinho.
Um sonho: Assistir um dia (e que seja próximo) ao castigo dos batoteiros. Ver a verdade desportiva voltar ao nosso futebol. Com isso, o Benfica pode voltar ao lugar que merece. Sem isso, arrisca-se a perder mesmo quando joga melhor.