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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Porque voto em Rui Rangel

Dito que não votaria em Luís Filipe Vieira e deixando claro que um voto em branco seria desperdiçar uma excelente oportunidade para mudar para mais e melhor que os actuais dirigentes do Benfica, ficou bem claro que votaria (e votarei) na Lista B, de Rui Rangel, na próxima sexta-feira dia 26 de Outubro.

Mas porquê votar em Rangel? Por ser do contra? Por ser doutor? Porque sim? Porque não? Nada disso. Os meus votos no juiz em nada se devem às questões acima colocadas. Se assim fosse, em 2009 teria votado em Bruno Carvalho e não em Luís Filipe Vieira, como efectivamente votei. E fi-lo na altura com a certeza, que ainda hoje tenho, que o candidato da lista então opositora à do actual presidente era composta por um conjunto de gente impreparada e sem noção do que é ou seria dirigir o Benfica. Hoje, passados três anos, tenho a certeza de que, apesar deste mandato de Vieira ter sido claramente negativo, com os dados que tinha à minha disposição na altura e face às listas apresentadas a sufrágio, fiz a melhor das escolhas possíveis, ou pelo menos a menos má.

Mas voltando ao cerne da questão, porquê votar em Rui Rangel?

Por convicção, é a minha resposta.

Será possível votar em Rangel sem se estar a votar contra Luís Filipe Vieira? Sim, é, e é sobre isso mesmo que versa este post, pois é por aí que vai a minha orientação de voto. Voto em Rangel por acreditar que o seu projecto é efectivamente bom. Claro que o facto de Vieira estar a minar o meu clube (não o dele) também faz com que seja mais fácil votar em Rui Rangel, mas não é por aí que vou. Deixando de parte a conversa do projecto [mais que] esgotado de Luís Filipe Vieira e dos múltiplos insucessos desportivos alcançados em quase dez anos de reinado, pretendo demonstrar, ou pelo menos explicar, por que é que acredito que a Lista B é per si, a melhor para o Benfica.

Rui Rangel não acordou ontem para as questões relacionadas com o Sport Lisboa e Benfica. Já em 2009, através do Movimento Benfica Vencer Vencer, tentou apresentar uma lista às eleições, plano entretanto abortado devido à antecipação puramente estratégica de Vieira que visava o impedimento de que certas pessoas se apresentassem a votos. Três anos depois, Rangel volta à luta demonstrando uma coragem que poucos benfiquistas ousaram revelar. Quantos dos chamados "notáveis" é que mesmo discordando da actual política financeira e desportiva do clube se apresentaram para participar no debate de ideias com o público, cara-a-cara, e não apenas através das colunas dos jornais? Quem é que quis arriscar o bom nome e a reputação construída durante anos numas eleições à partida perdidas? Rui Rangel teve a coragem que mais nenhum benfiquista de "nome", com passado na vida pública ou papel de destaque na sociedade portuguesa teve. Rangel teve a ousadia de arriscar o nome a troco de umas eleições que sabia que seriam (serão?) praticamente impossíveis de ganhar. Só por isso merece o meu respeito. Mas para merecer os meus votos precisaria de muito mais.

E Rangel tem esse "muito mais" que faltava. Num grande clube como o Benfica, há e sempre haverá uma falange de adeptos descontente com o rumo da equipa, sobretudo quando não se ganha. Seria fácil aglutinar todas essas vozes de discórdia de forma a provocar instabilidade e algazarra na praça pública de modo a tentar capitalizar o apoio popular. Uma estratégia demagógica que não raras vezes é utilizada. Rangel, felizmente, não escolheu esse caminho. A voz de Bruno Carvalho, uma das mais activas nos últimos três anos de oposição encarnada, não faz parte do seu projecto, tal como a voz, ou melhor, a sombra de Veiga, que de acordo com as listas propostas a sufrágio não fará parte dos órgãos sociais do clube e que, segundo o próprio Rangel em comunicado emitido na sua página do Facebook, não fará também parte da estrutura do futebol profissional do SL Benfica. Pelos vistos, a exclusão de Veiga do futebol do Benfica vai ter o condão de meter muito boa gente a repensar a sua orientação de voto, uma vez que prometeram não votar Rangel devido ao facto de Veiga estar, pretensa e falsamente, como se provou, na sua lista ou na calha para o futebol encarnado. Gente essa que, curiosamente ou talvez não, afirmou que nunca estaria do lado de Veiga esquecendo-se (ou não, uma vez mais) que esteve ao lado de Vieira nos anos em que o ex-empresário foi unha com carne com o actual presidente.

Mesmo numa questão tão delicada como a dos direitos televisivos, Rangel optou sempre pela verdade, pela transparência e pelo esclarecimento dos sócios, referindo que a hipotética não-renovação com a Olivedesportos passará pelo cumprimento de um conjunto de cláusulas assinadas no contrato que hoje vigora, e que consistem no direito de preferência de Joaquim Oliveira quanto à renovação do contrato se igualar a melhor oferta que o Benfica venha eventualmente a receber. Ainda assim, Rangel recusou o silêncio nesta matéria, política da outra lista, e prometeu a tentativa de abrir o concurso relativo aos jogos caseiros do Benfica ao mercado internacional, onde o nosso clube poderia, eventualmente, fazer um maior encaixe financeiro.

Rangel não envereda pela crítica oportunista e fácil. Em praticamente todas as suas intervenções públicas desde que anunciou a candidatura vi-o elogiar ocasionalmente o trabalho feito pela Direcção vigente em algumas áreas. Seria extremamente fácil (e populista, uma vez mais) adoptar o discurso do bota-abaixo, mas o juiz optou pelo caminho que achou e que é o mais correcto: não esconder o que de bom foi feito nestes anos. E não raras vezes aproveita o que a actual Direcção construiu para lançar e reforçar as ideias que tem para o Benfica demonstrando onde Vieira e seus aliados falharam. Rangel tem um projecto. Tem ideias. Tem um plano. E tem, como já se viu, vontade de discutir o clube, falar dele abertamente e dar a palavra aos sócios. Um dos casos mais badalados é o do possível reatamento de relações com o FC Porto. Enquanto que na lista adversária Moniz diz que quer, Gomes da Silva rejeita liminarmente e Vieira mantém-se calado a ver os dois contradizerem-se, Rangel não esquece quem decidiu esse corte de relações e promete dar a palavra aos sócios. Diz o juíz que tal reatar de relações só será possível se os sócios do SL Benfica assim decidirem em Assembleia-Geral do Clube. Enquanto uns dirigentes põem e dispõem a seu bel-prazer, Rangel compromete-se a dar a palavra e o voto aos sócios. É neste espírito de discussão positiva que Rangel não se esconde e não foge às perguntas dos adeptos. Enquanto uns rejeitam debates, outros escutam activamente o eleitorado, incentivando à colocação de perguntas e respondendo apesar de algumas não serem propriamente fáceis. Basta ver a actividade que o Facebook do candidato da Lista B promoveu. Enquanto uns se escondem, outros discutem com adeptos anónimos, com vontade de esclarecer, de ouvir e de se darem a conhecer a si e ao seu projecto.
Mas para além de acreditar no projecto e na pessoa que o lidera, tenho a mais profunda confiança em quem Rangel escolheu para o rodear. Rangel não está sozinho. Rodeou-se de uma equipa de benfiquistas, não uma espécie de cristãos-novos do benfiquismo oriundos de Alvalade ou das Antas, homens experientes e que, em boa parte, até já passaram pela nossa casa em funções administrativas ou directivas. Fernando Tavares, à cabeça, é um desses homens. Foi director das modalidades no período relativo ao nascimento do futsal, onde ganhou múltiplos títulos, lançou as bases para equipa de hóquei que ganharia o campeonato e as provas internacionais anos mais tarde sob a égide de outros, e foi ainda o único director das modalidades que na última vintena de anos conseguiu ganhar os campeonatos de Andebol e Voleibol. Cunha Leal, Paulo Olavo Cunha e José Ribeiro e Castro são outros nomes do conhecimento dos benfiquistas.

Por tudo isto, voto na Lista B, presidida por Rui Rangel e faço-o por convicção. Por acreditar na pessoa que lidera a lista, por me identificar com o projecto que tem para o Benfica e por saber que está rodeado de pessoas competentes e capazes de devolver o Benfica ao lugar que lhe pertence por direito.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Branco era o cabelo: Rangel vai a votos

Quando há meia dúzia de dias anunciei que não haveria lista da oposição estava longe de adivinhar a alteração de rumo que os acontecimentos sofreriam. Rui Rangel deixou a cadeira confortável que ocupava e decidiu ir à luta. O juiz desembargador, que nas eleições de 2009 fez parte do Movimento Benfica Vencer Vencer, ainda não anunciou oficialmente a candidatura, mas falam-se em alguns nomes sonantes para a sua lista, tais como Fernando Tavares, Bagão Félix, João Carvalho, Manuel Boto e Camilo Lourenço. Há que aguardar por mais desenvolvimentos, mas, para já, face aos nomes avançados, parecem cumprir os requisitos que sempre defendi: honestidade, competência e benfiquismo, algo que falta à actual Direcção. Teremos notícias nos próximos dias, vamos ver como a situação vai evoluir.

P.S. Como disse anteriormente, qualquer pessoa que se assumisse como candidato contra a máquina vieirista teria o seu nome e o seu currículo atirados para a lama, por mais honesta que fosse essa tal pessoa. Com Rangel, a tarefa começou dias antes das notícias que o dão hoje como candidato. A máquina está bem oleada.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vamos ajudar Vieira

Uma Assembleia Geral com 700 sócios nunca será representativa da realidade do Benfica. De um universo de mais de 250 mil associados, a presença de apenas 0,3% é o reflexo de um dos maiores e mais difíceis presentes envenenados que foi entregue aos benfiquistas pelo senhor Luís Filipe Vieira: a falta de militância. É um presente [para quem preside] porque, geralmente, a minoria que participa numa AG fá-lo com o intuito de passar todas as propostas da Direcção independentemente do seu conteúdo, mas envenenado porque fere de morte a credibilidade de qualquer acto deste género, uma vez que a amostra de sócios está longe de ser representativa. Ainda assim, e apesar de 700 sócios serem muito poucos quando comparados com a mole humana que se deslocava às AG's de há 15 anos, a melhoria é significativa quando comparada com as 100 e 200 pessoas que marcavam presença nas Assembleias de há um e dois anos. Curioso é que haja gente na internet (Gomes da Silva, serão só meia dúzia?) preocupada e obcecada com o facto de as 700 pessoas não transmitirem a vontade real dos sócios do SLB. Estavam essas mesmas pessoas preocupadas com as AG's que levavam 100 pessoas? Ou com os actos eleitorais a que não compareciam mais de 15 mil sócios? Nunca os ouvi falar de tal coisa.

Apesar de, ao contrário do que por aí circula, os sócios dos 50 votos terem constituído de longe, mas de muito longe, a maior fatia de votantes (e consequentemente de votos) que a falange favorável à validação do R&C teve, o "Não" venceu esmagadoramente fruto não só fruto dos 50 votos exibidos (uma percentagem muito reduzida face aos votos totais do "Não", especialmente quando comparados com os 50's do "Sim"), mas sobretudo graças aos 20's e aos 5's exibidos. Seria interessante que a direcção do Benfica divulgasse o número total de votos que cada grupo de sócios deu às opções referendadas na AG (lá está, transparência, parece que não convém a muito boa gente neste clube). Se assim fosse, não tenho a mais pequena dúvida que se provaria que pelo menos 80% dos votantes estiveram contra a aprovação do R&C.

E para além da direcção e da mesa da AG, deve haver mais gente a tirar ilações: a começar em três indivíduos considerados oposicionistas à actual direcção: Rui Rangel, Fernando Tavares e Bruno Carvalho. Os dois primeiros apareceram juntos com uma entourage de mais sete ou oito pessoas mas não pediram a palavra. O facto de terem estado presentes é positivo e é de realçar, mas não se devem ficar por aqui. Apesar de terem tanta obrigação de se candidatarem como qualquer outro sócio, neste momento, a questão que se coloca é outra. Nos dias que o nosso clube vive, é precisamente o Benfica quem chama por eles. O chumbo das contas verificado ontem não é fruto de uma leitura económica por parte dos sócios, mas sim uma cartão alaranjado à actual Direcção do Benfica. E, num momento em que o Benfica precisa de Rangel e Tavares mais do que nunca, eles os dois deveriam saber tirar a leitura correcta do que se passou na AG: as pessoas estão fartas de Vieira, estão fartas do Vieirismo e querem mudar para melhor. Neste momento, não tenho a mais pequena dúvida que uma candidatura em que figurassem na proa pessoas como Rangel e Tavares apoiadas por gente reconhecidamente de bem e que se demarcasse de certos apoios demagógicos, sairia vencedora das eleições de 26 de Outubro. Com eles poderia estar Bagão Félix, benfiquista de carácter inquestionável e capaz de dirigir com seriedade o clube, mas que faltou inexplicavelmente à chamada, como outros. 
Quem também esteve presente foi Bruno Carvalho, presidente do Grupo da Luz, que certamente percebeu que há formas e maneiras de fazer oposição e que o que tem feito não é, nem de perto nem de longe, o correcto, estando a milhas do que deve ser o caminho a seguir. Foi fortemente vaiado quando se dirigiu ao púlpito e precisou de segurança privada para estar na Luz (infelizmente é esta a realidade). Aprecio a tenacidade com que vai à luta. O homem leva bofetadas de todos os lados, cai invariavelmente com a cabeça na lama e volta a pôr-se de pé para levar mais uma quantas. "Então por que motivo é que não gostas dele?" - perguntarão alguns benfiquistas. Pelo simples facto de além da tenacidade, não haver ali mais nada. Não há ideias, não há projecto, não há noção da realidade. Convenhamos: o Beto (aquele amigo do Koeman) também era muito lutador, mas na verdade era um cepo de primeira água, não era? Entregavam-lhe o meio-campo do Benfica? Não, pois não?
À chamada faltaram, entre outros, Varandas Fernandes e José Eduardo Moniz, recentemente vendidos a troco de pires de tremoços (quem consegue negar um belo pires de tremoço?), mas também Luís Tadeu e o supracitado Bagão Félix. Medo dos dois primeiros e desinteresse dos dois últimos? Parece o mais provável.
O que não se admite é que o suposto homem forte das finanças, Domingos Soares de Oliveira, se tenha escusado a ir à assembleia. Se a mesma é para sócios do Benfica independentemente de serem ou terem sido sócios do Sporting e/ou do Porto, DSO poderia lá ter estado. Não quis, compreende-se, provavelmente deverá querer resguardar-se para ir à AG de accionistas do Sporting, que se realiza amanhã. E o príncipe de cera, Rui Costa? Por que motivo faltou? Terá sido isto uma espécie de falta de comparência à chamada após o Levantamento das Caldas? Que sinal é que "o Rui" quer passar aos benfiquistas?

No momento em que Luís Filipe Vieira saiu da Assembleia Geral em passo apressado, fugindo às críticas no meio de seguranças (uma vez mais, lamentável a necessidade de estarem presentes, mas infelizmente é preciso) e não querendo ouvir os posteriores e habituais comentários e considerações dos adeptos, deixou de ser o presidente do Benfica. Ali, naquela figura, era um Marcello Caetano a abandonar o Quartel do Carmo dentro de um chaimite para euforia da população vencedora. Ali estava o derrube de um ditador conseguido pelo povo. Mas Vieira não vai para o Brasil. Qual gato de sete vidas, Vieira é um camaleão empresarial e nem esta saída de fininho pela porta pequena vai fazê-lo desviar-se um milímetro do rumo traçado. Talvez por falta de alguma lucidez, por incapacidade em compreender, a verdade é que Vieira acha-se em condições de ir para a luta.

Por isso, meus caros, e voltando ao início deste post, lanço-vos um repto: vamos ajudar Vieira. Vamos ajudá-lo a terminar o mandato com dignidade. E a única forma de terminá-lo condignamente, é pedindo uma demissão que está em falta há precisamente 20 horas. Já vai atrasado, mas ainda se pode redimir. Faça como Damásio: demita-se e não se recandidate. É o melhor que pode fazer pela sua saúde (aliás, brilhante recuperação, depois do Rally das Casas adoeceu, faltou a Coimbra mas esteve no Pavilhão da Luz, bravo!) e pelo clube que diz que ama.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Benfica à Benfica





Bagão Félix, Rui Rangel, Luís Tadeu, Fernando Tavares. 4 grandes benfiquistas que têm o perfil e os requisitos necessários para serem candidatos e presidentes do Benfica. Em qualquer um dos quatro, votaria de olhos fechados. Seria muito positivo para o Benfica que aparecesse uma candidatura com um destes nomes no topo da lista. Saiam do vosso conforto e apresentem-se às eleições. O Benfica precisa de vocês e os benfiquistas merecem algo melhor.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Fernando Tavares em discurso directo

Redigido por Fernando Tavares, ex-vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica entre 2003 e 2008, responsável pela pasta das modalidades, no fórum Ser Benfiquista:

«Nota aberta a Rui Gomes da Silva,

Evitando entrar na discussão do péssimo e lamentável princípio de ver um dirigente do Benfica num programa de debate televisivo, queria deixar-lhe três notas:

1) As suas intervenções provam as deficiências da estrutura profissional do futebol. As suas intervenções são sistematicamente fracas e sem qualquer tipo de conteúdo. São vazias de conhecimento. O senhor não têm a mínima ideia do que é o Benfica, nem tão pouco o que é necessário para gerir uma equipa profissional de futebol que possa atingir a desejada hegemonia desportiva. Está convencido que é através de ataques públicos à arbitragem que vão impedir que o Benfica continue a ser prejudicado. Mas afinal quem deu o apoio incondicional a Vitor Pereira? Que trabalho está a ser feito no interface com outros clubes que possa impedir que por exemplo Sérgio Conceição, Pedro Emanuel, Nuno Espírito Santo e Fernando Couto, sejam treinadores na primeira Liga? Como explicar o caso Manuel Sérgio? Como explicar o escandaloso abandono da equipa de futebol e do seu treinador em Vila do Conde? Em alternativa a colocar nos media o Director de Comunicação e o treinador a defenderem o indefensável, não teria sido melhor actuar na prevenção e verdadeiramente actuar numa plataforma de unidade? Quem encomendou as críticas públicas ao treinador Jorge Jesus que sistematicamente colocavam em causa a sua continuidade? Será que é o único culpado? António Carraça afirmou que é melhor ficar em segundo do que em primeiro com batota. Eu diria que é melhor ficar em primeiro e impedir que os outros façam batota. É isto que eu espero de uma retaguarda profissional. Com esta estratégia de propaganda o Benfica vai continuar a perder. O Benfica não ataca a verdadeira razão, ie a liderança ou a falta dela. O que me assusta nas suas intervenções é a incapacidade de reconhecer o verdadeiro problema. O seu ciclo terminou...o vosso ciclo terminou.

2) Afirma conhecer o Senhor José Veiga. Conhece mal. José Veiga não está a por detrás de nenhum movimento de oposição. José Veiga tem ideias claras em relação ao futebol do Benfica e está disponível para um dia voltar. Não está obcecado pelo poder. O senhor é que está obcecado em atacar uma pessoa que serviu o Benfica com jogo rasteiro. Já que fez uma referência a José Veiga podia ter referido que em 2009 não descansou enquanto não conversou com ele sobre a necessidade de trabalhar uma alternativa a LFV. O senhor mudou de casaca por amor ao poder. Vê o Benfica perder e continua agarrado ao poder. Não fale do que não sabe nem fale pelos outros. Aqui não há testas de ferro. Há pessoas que sentem e conhecem o Benfica. Os senhores querem destruir o espírito democrático que sempre imperou no nosso clube. Tenho que reconhecer que estiveram perto. Fico satisfeito por verificar que jovens benfiquistas não se conformam. Regateiam e desmontam teses como a do milagre financeiro. Eles sim representam o verdadeiro espírito benfiquista. Não se conformam com a destruição dos valores do Benfica nem com um clube perdedor. O senhor em vez de substimar devia respeitar e refletir.

3) Permita-me que eu lhe dê uma lição de estratégia. O problema do Benfica para além da liderança prende-se com uma estratégia errada. Enquanto o nosso principal rival tem uma estratégia de produto, ou seja, focada no futebol o Benfica pela mão do Sportinguista Soares de Oliveira tem uma estratégia de marca. Os senhores estão convencidos que a marca resolve tudo. Como dizia bem Manuel Sérgio, como é possível construir uma marca sem ganhar? Enquanto outros estão focados na equipa de futebol nós anunciamos protocolos com agências funerárias. Talvez este seja o vosso enterro.

Saudações Benfiquistas
Fernando Tavares»