Rui Costa foi um jogador único. Não há visão de jogo como a a sua. Não há passes mágicos como os seus. Não há um orgulho e um clubismo saudável como o seu, conseguindo agradar a benfiquistas e rivais. Por tudo isso, Rui Costa é um jogador único, que desempenhou as funções de número 10 ao longo da sua carreira de uma forma inigualável. Talvez por isso seja o último de um grupo de jogadores que praticavam um futebol com aquela classe diferente de Rui Costa, pois o tradicional camisola 10 parece estar em vias de extinção. Por isso, recordo aqui no blog, 10 dos momentos mais inesquecíveis da carreira do nosso grande Rui:
1 - O Mundial de Juniores
Foi no mí(s)tico palco, naquele antigo e já velhinho Estádio da Luz, que Rui Costa conheceu uma das suas grandes, quem sabe se a maior alegria da carreira: a vitória no Mundial de sub-20. De um lado estavam o Rui, o João, o Jorge e o Luís, nomes praticamente desconhecidos para todos, mas que depois daquele momento ficariam eternizados com os seus apelidos: Costa, Pinto, Costa e Figo, respectivamente. Mais de 135 000 pessoas assistiram a 120 minutos de bom futebol, mas sem golos. Depois, os penalties: primeiro Jorge Costa, depois Figo, a seguir Paulo Torres e por fim Rui Costa, com um remate ao ângulo superior direito, enganando o guarda-redes. O título estava consumado. Era a grande vitória.
2 - 93/94, uma época de sonho
Foi na época de 93/94, que Rui Costa rubricou uma das suas melhores temporadas de sempre. Titular em 33 dos 34 jogos da liga (apenas falhou o célebre 3-6) jogou ainda em altíssimo nível na Taça UEFA, onde o Benfica chegou até às meias-finais, sendo eliminado às mãos do Parma. No jogo contra os italianos, na Luz, Rui Costa, em dia de aniversário, fez uma das melhores exibições da sua carreira. No final da época, o Benfica era campeão português, com Toni ao comando.
3 - Chapéu d'ouro
Foi um dos maiores jogos (e dos maiores golos) de Rui Costa pela selecção nacional. Aconteceu no Estádio da Luz, pois claro, frente à República da Irlanda, no dia 15 de Novembro de 1995. Se bem me lembro chovia e o campo estava alagado, mas nesse dia, nem a chuva conseguiu apagar o brilho do nosso 10. Um chapéu a mais de 35 metros da baliza, foi a causa da explosão de alegria aos 59 minutos. Estava aberto o caminho para mais uma presença portuguesa num Europeu de futebol. O próprio Rui Costa classificou esse golo como o mais bonito da sua carreira.
4 - Lágrimas sinceras
A 13 de Agosto de 1996, Rui Costa voltou a jogar na Luz, mas desta vez com uma camisola que não do Benfica. Representava a Fiorentina de Itália, clube que escolhera em detrimento do Barcelona (que até apresentava uma proposta superior ao jogador) só para permitir um encaixe financeiro maior a um Benfica em grandes dificuldades. Nesse dia vocês sabem o que se passou. Recordem esse momento no excelente anúncio publicitário do Benfica.
5 - Marc Batta, a pedra no sapato
Foi, se não me engano, a 6 de Setembro de 1997, num jogo a contar para o apuramento para o Mundial de França'98. Portugal estava a ganhar no terreno da campeã europeia, a Alemanha, por uma bola a zero. António Oliveira, seleccionador português decide retirar Rui Costa do campo, já amarelado, aos 75 minutos. Marc Batta, polémico juiz francês, que recentemente esteve envolvido em mais uma querela com Rui caçador na altura do Euro sub-21, entendeu que Rui Costa estava a demorar a sair do campo, pelo que mostrou o segundo amarelo e respectivo vermelho ao artista português. Portugal acabou por empatar esse jogo, sendo claramente prejudicado pelo excesso de rigor e injustiça patenteados no árbitro gaulês.
6 - Champions League
Demorou mas foi. Em 2003 Rui Costa ganhou a sua primeira e única Liga dos campeões, coroando uma época de sonho. Recordo-me de um jogo em que fez nada mais nada menos do que quatro assistências! A final foi disputada contra a Juventus, tendo sido decidida mais uma vez nos penalties. Rui Costa não marcou nenhum, mas os seus colegas marcaram e tiveram a ajuda de um Dida super-inspirado.
7 - Bomba inglesa
"Vamos embora Rui Costa, vamos embora para cima dos ingleses! Eles estão completamente tontos! Rui Costa vai, Rui Costa acreditou, vai atirar para o golo... atira, GOLO! GOLO! GOLO! É GOLO! É GOLO! É GOLO! É GOLO DE PORTUGAL!"
Com o inesquecível comentário de Jorge Perestrelo. Foi um dos melhores jogos e golos que vi de Rui Costa. Lembro-me bem desse jogo: chorei, chorei, chorei com o golo do maestro e mais tarde com o golo do Ricardo. Foram dos momentos mais bonitos que assisti no futebol. O estádio? Qual é que acham que foi? Algo inesquecível. Obrigado pelas memórias.
8 - A final perdida
Foi no mesmo Europeu que misturou toda a alegria que também vivemos aquele momento de tristeza. Na véspera da grande final, Rui Costa anunciou que terminaria a sua carreira internacional após aquele Europeu. Portugal defrontava a Grécia no estádio da Luz. Mas o impensável (re)aconteceu. A Grécia, à semelhança do que havia feito no mesmo jogo, deu uma lição de um futebol mau, pragmático, mas extremamente eficaz. Rui Costa entrou na segunda parte para tentar resolver o jogo, mas não havia nada a fazer.
9 - O Regresso do Príncipe
Depois de tantos anos com eleições em que todos os candidatos prometiam Rui Costa como grande presente, o maestro regressa à Luz abdicando de um milionário salário no Milan para vir para o clube que o viu nascer para o futebol. Na primeira época foi fustigado pelas lesões, mas na segunda carregou com a equipa às costas. Nem os comentários de Berardo, Rui Santos, as asneiradas de Vieira ou a dança de treinadores foram impeditivas para que o Maestro fizesse duas épocas de alto nível, acabando no meio dos seus.
10 - A despedida
No dia 11 de Maio de 2008, o último dos maestros disse adeus ao futebol. Guarda como maior recordação a sua saída, emocionando-nos, benfiquistas presentes no estádio. Quem vê as imagens pela televisão não consegue perceber o que se passou ali. Foi único, transmitiu toda a emoção de ser benfiquista. Aquilo sim, é o Benfica.
2 - 93/94, uma época de sonho
Foi na época de 93/94, que Rui Costa rubricou uma das suas melhores temporadas de sempre. Titular em 33 dos 34 jogos da liga (apenas falhou o célebre 3-6) jogou ainda em altíssimo nível na Taça UEFA, onde o Benfica chegou até às meias-finais, sendo eliminado às mãos do Parma. No jogo contra os italianos, na Luz, Rui Costa, em dia de aniversário, fez uma das melhores exibições da sua carreira. No final da época, o Benfica era campeão português, com Toni ao comando.
3 - Chapéu d'ouro
Foi um dos maiores jogos (e dos maiores golos) de Rui Costa pela selecção nacional. Aconteceu no Estádio da Luz, pois claro, frente à República da Irlanda, no dia 15 de Novembro de 1995. Se bem me lembro chovia e o campo estava alagado, mas nesse dia, nem a chuva conseguiu apagar o brilho do nosso 10. Um chapéu a mais de 35 metros da baliza, foi a causa da explosão de alegria aos 59 minutos. Estava aberto o caminho para mais uma presença portuguesa num Europeu de futebol. O próprio Rui Costa classificou esse golo como o mais bonito da sua carreira.
4 - Lágrimas sinceras
A 13 de Agosto de 1996, Rui Costa voltou a jogar na Luz, mas desta vez com uma camisola que não do Benfica. Representava a Fiorentina de Itália, clube que escolhera em detrimento do Barcelona (que até apresentava uma proposta superior ao jogador) só para permitir um encaixe financeiro maior a um Benfica em grandes dificuldades. Nesse dia vocês sabem o que se passou. Recordem esse momento no excelente anúncio publicitário do Benfica.
5 - Marc Batta, a pedra no sapato
Foi, se não me engano, a 6 de Setembro de 1997, num jogo a contar para o apuramento para o Mundial de França'98. Portugal estava a ganhar no terreno da campeã europeia, a Alemanha, por uma bola a zero. António Oliveira, seleccionador português decide retirar Rui Costa do campo, já amarelado, aos 75 minutos. Marc Batta, polémico juiz francês, que recentemente esteve envolvido em mais uma querela com Rui caçador na altura do Euro sub-21, entendeu que Rui Costa estava a demorar a sair do campo, pelo que mostrou o segundo amarelo e respectivo vermelho ao artista português. Portugal acabou por empatar esse jogo, sendo claramente prejudicado pelo excesso de rigor e injustiça patenteados no árbitro gaulês.
6 - Champions League
Demorou mas foi. Em 2003 Rui Costa ganhou a sua primeira e única Liga dos campeões, coroando uma época de sonho. Recordo-me de um jogo em que fez nada mais nada menos do que quatro assistências! A final foi disputada contra a Juventus, tendo sido decidida mais uma vez nos penalties. Rui Costa não marcou nenhum, mas os seus colegas marcaram e tiveram a ajuda de um Dida super-inspirado.
7 - Bomba inglesa
"Vamos embora Rui Costa, vamos embora para cima dos ingleses! Eles estão completamente tontos! Rui Costa vai, Rui Costa acreditou, vai atirar para o golo... atira, GOLO! GOLO! GOLO! É GOLO! É GOLO! É GOLO! É GOLO DE PORTUGAL!"
Com o inesquecível comentário de Jorge Perestrelo. Foi um dos melhores jogos e golos que vi de Rui Costa. Lembro-me bem desse jogo: chorei, chorei, chorei com o golo do maestro e mais tarde com o golo do Ricardo. Foram dos momentos mais bonitos que assisti no futebol. O estádio? Qual é que acham que foi? Algo inesquecível. Obrigado pelas memórias.
8 - A final perdida
Foi no mesmo Europeu que misturou toda a alegria que também vivemos aquele momento de tristeza. Na véspera da grande final, Rui Costa anunciou que terminaria a sua carreira internacional após aquele Europeu. Portugal defrontava a Grécia no estádio da Luz. Mas o impensável (re)aconteceu. A Grécia, à semelhança do que havia feito no mesmo jogo, deu uma lição de um futebol mau, pragmático, mas extremamente eficaz. Rui Costa entrou na segunda parte para tentar resolver o jogo, mas não havia nada a fazer.
9 - O Regresso do Príncipe
Depois de tantos anos com eleições em que todos os candidatos prometiam Rui Costa como grande presente, o maestro regressa à Luz abdicando de um milionário salário no Milan para vir para o clube que o viu nascer para o futebol. Na primeira época foi fustigado pelas lesões, mas na segunda carregou com a equipa às costas. Nem os comentários de Berardo, Rui Santos, as asneiradas de Vieira ou a dança de treinadores foram impeditivas para que o Maestro fizesse duas épocas de alto nível, acabando no meio dos seus.
10 - A despedida
No dia 11 de Maio de 2008, o último dos maestros disse adeus ao futebol. Guarda como maior recordação a sua saída, emocionando-nos, benfiquistas presentes no estádio. Quem vê as imagens pela televisão não consegue perceber o que se passou ali. Foi único, transmitiu toda a emoção de ser benfiquista. Aquilo sim, é o Benfica.
6 comentários:
Excelente trabalho, JNF!!
Grande Carreira, Rui!! Já deixou saudades...
Está muito bem conseguido o texto. Também me arrepiei com o golo no Euro contra a Inglaterra e me emocionei com a despedida no dia 11/05.
Quem não foi, vai lamentar-se para sempre, porque foi, de facto, um momento único na história do clube. Aquele união entre jogador e adeptos, aquelas simples (palavras) palavras, aquela gigantesca ovação são o reflexo da Mística Benfiquistica. Ser do Benfica é ser assim: especial!
Ainda hoje, quando vejo esta saída de campo, me emociono... Todos fizeram questão de cumprimentar, até jogadores do Setúbal. Nunca conseguiremos agradecer tudo o que o Rui fez por nós e pelo (seu) clube.
FORÇA, BENFICA!
10 momento marcantes de uma carreira fantástica.
Grande trabalho. Texto muito bom. Parabéns!
Galaad,
"Léo renova por 2 anos"!!!
Tá a pagar!!! :-)
http://eternobenfica.blogspot.com/2007/12/diaparates-atrs-de-disparates2.html?showComment=1198118100000#c860133772687801592
Um abraço,
V.
Calminha que já está a sair...
Grande posta! Conseguiu deixar-me emocionado.
Um dos melhores jogadores do mundo na sua posição e um dos melhores jogadores da história do futebol português!
Parabéns Rui! Obrigado!
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