domingo, 24 de janeiro de 2010

Apertem o cinto, será assim até final

O Benfica deslocou-se a Vila do Conde sabendo que qualquer outro resultado que não a vitória dificilmente daria para se qualificar para as meias-finais da Taça da Liga. Talvez por isso, Jorge Jesus tenha mexido muito pouco naquilo que é a equipa base: Moreira substituiu Quim, mostrando que, afinal, a rotação ainda não acabou, e Carlos Martins fez o lugar de Ramires, sendo que o português até tem jogado mais frequentemente nos últimos tempos.

O Benfica foi, mais uma vez, claramente superior, conseguindo mais ataques, mais remates, mais perigo e mais... golos, claro. Afinal é isso que se pede. Após uma primeira parte morna, onde há que destacar aquela finta de Luisão, a primeira desde que chegou ao Benfica, em 2003, e o seu excelente cruzamento (afinal não é todos os dias que o vemos fazer de Cristiano Ronaldo!), e também as iniciativas de Angel Di Maria pela esquerda, sempre muito irrequieto, rápido, tendo colocado a cabeça de Zé Gomes, defesa-direito vila-condense, em água. Houve uma grande penalidade claríssima, do tamanho do mundo, à qual Cosme Machado, árbitro da AF Braga, fechou os olhos.

No segundo tempo o Benfica entrou em campo com a mesma atitude do início da segunda parte de Vila do Conde, mas para o campeonato: logo nos primeiros minutos, Carlos Martins faz um golo enorme, após uma terrível primeira parte, como muitos passes errados. O Benfica podia embalar e tentou, mas não deixaram: Cosme Machado, árbitro de Braga, que já esta época anulou mal um golo a Saviola e validou outro mal contra o Benfica, assinalou mal uma grande penalidade que nem oferecia dúvidas. Como se não bastasse, na marcação da mesma, um jogador do Rio Ave, parece-me Tarantini, entra na área de uma maneira tão, mas tão clara e abusiva que chega a estar praticamente alinhado com Bruno Gama, que executou o penalty.

O Benfica estava à beira da eliminação, mas Cardozo, num jogo absolutamente imperial, vestiu a camisola "10" e serviu Di Maria, que veio do nada, rapidíssimo, teve tempo para escolher o melhor lado e fuzilar Mora, para carimbar a passagem do Benfica à fase seguinte da competição. Até final, Kardec, que se estreou, enviou duas bolas ao poste consecutivamente, podendo dar a machadada final no jogo, mas por infortúnio tal não aconteceu.

Para destacar exibições individuais terão de ser as de Di Maria, desequilibrador do princípio ao fim, Luisão, muito esclarecido mesmo a sair a jogar, Cardozo, mais que goleador, agora um jogador de todo o campo, quem te viu e quem te vê, e claro, Moreira, enorme quando foi chamado a intervir, provando que a sua dispensa no final do contrato será um erro monumental (a dele e a de Quim também, diga-se).

O mais importante, a vitória, foi conseguido, na competição menos importante. Segue-se uma ida a Alvalade (onde marcarei presença) ou no Dragão (não me desloco a locais radioactivos), fruto de termos sido o pior dos 3 primeiros classificados (há com cada regra...). Não interessa, é para ganhar. Em Alvalade acredito que será mais fácil, mas o Dragão até poderia ser melhor para servir de ensaio para o que se vai passar a 2 de Maio. Vamos ver, o que espero é que haja casa cheia contra o Guimarães na próxima jornada.

2 comentários:

djeiti disse...

Não é garantido que iremos ao dragay ou alvalixo.
Há a possibilidade de recebermos a Académica e o CRAC ir ao alvalixo.
Das 3 possibilidades, claro que prefiro receber os estudantes, sendo que das restantes hipóteses apenas a ida ao norte seria evitável, até porque é previsivel que o tunel por lá esteja bem minado para nos inventarem expulsoes e suspensoes que nos estraguem o final de época...

JNF disse...

Também já ouvi dizer isso, mas sinceramente não faço ideia: os regulamentos não são esclarecedores, mas amanhã ficaremos a saber a resposta.