quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Entrevista a Luís Filipe Vieira

Hoje, no Jornal da Noite da SIC, Rodrigo Guedes de Carvalho vai entrevistar o nosso presidente Luís Filipe Vieira. Num tempo de alguma contestação e de algumas decisões polémicas, questiono-me sobre a necessidade desta entrevista. Pode parecer um contra-senso, mas não é. Vieira costuma, ao contrário do que é ventilado por aí, sair-se bem nestas entrevistas, pode não ser o mestre das palavras, mas consegue fazer chegar as suas ideias aos sócios e adeptos. No entanto, numa altura destas em que a situação no futebol não é preocupante (muito por "culpa" de Jorge Jesus), e ainda por cima na ante-véspera de um jogo tão importante como o de sexta-feira, qualquer palavra pode ser mal interpretada e servir de foco de instabilidade, pois "temas quentes" como Roberto, o mau arranque de campeonato, a proximidade entre Jorge Jesus e Pinto da Costa poderão e deverão ser abordados.

Independentemente disto, há uma série de questões que eu gostaria que fossem discutidas entre os sócios (nos blogues, por exemplo) e efectuadas numa futura AG: algumas questões como termos exactos dos negócios Roberto, Rodrigo, Alípio, Ramires e Di Maria, notícias sobre a rejeição de Jesus a Simão, apoio a Carlos Queiroz e Fernando Gomes, o actual passivo, função de Rui Costa, direitos televisivos, explicar a conversa das cláusulas de rescisão, a compra do restante passe de Mantorras e as suas declarações, Benfica Stars Fund e ainda a falha na transição júnior-sénior de quase todos os jogadores.

Os sócios preocupam-se com o Benfica e não sendo como objectivo ter o poder de tomar as decisões, é natural que queiramos ver simplesmente esclarecidas algumas dúvidas. Com seriedade, educação e sem fugir às questões, era isto que gostava que fosse perguntado e respondido numa próxima AG.

5 comentários:

Anónimo disse...

Esperemos que não abra muito a boca...


http://forcamagicoslb.blogspot.com/2010/09/jogadores-emprestados.html

cadu1981 disse...

Penso que tanto o apoio a Carlos Queiroz por parte do LFV e do pintinho se deve à previsão do que podia acontecer. E tá a vista. Agora resta saber se o madail sai e quem vai para o seu lugar...

Anónimo disse...

a transição júnior - sénior não depende só do clube. Há jogadores com enorme potencial que chegam à fase de transição e falham redundantemente porque consideram-se verdadeiras estrelas, aspirando a contratos com ordenados chorudos.

Vejam o que acontece há vários anos com as camadas jovens da nossa selecção, que falham apuramentos para europeus e mundiais, sem qualquer prestígio, mas comprotando-se como verdadeiras vedetas do futebol. E não estou com isto a falar no caso do Bebé que só é internacional desde que assinou pelo manchester.

Sugiro que leiam com atenção a entrevista do actual treinador do Paços de Ferreira sobre este mesmo tema e os jogadores juniores emprestados pelo Benfica, bastante esclarecedor.

Como nota final, antes ter um Rodrick Miranda como fruto da formação, que ter Pereirinhas e outros mais, que apenas jogam na equipa principal porque não há dinheiro p jogadores e que dps do período de nova super-estrela acabam em Guimarães e noutros clubes.

PS: O Rubem Amorim é fruto da nossa formação!

dezazucr disse...

O timing desta entrevista é bem escolhido. Há muitas questões que os benfiquistas gostariam de ver respondidas. No entanto temo que LFV deixe o entrevistador, caso venha mal intencionado, levar a conversa para onde não deve.

Vamos ver se convence os adeptos a ter mais algum optimismo, sem exageros e com mais realismo.

Escrevi um artigo sobre a ideia errada que tentam passar de este ano estarmos mais fracos e essa difusão do pessimismo nos benfiquistas. Temos de ter cuidado com a onda pessimista que estão a tentar criar nos benfiquistas e com relativo sucesso. É um facto.

Basta comparar as assistências deste ano com as do início da época passada.
Falta apenas todos contribuirem para o mesmo rumo e não nos deixarmos levar pela onda de pessimismo que andam a tentar passar na blogosfera e nos jornais.

Estamos a deixar-nos contaminar, de tal forma que já não temos tanta gente a apoiar a equipa nos estádios.

Convém não esquecer que para além de Jesus que teve um papel enorme no título do ano passado, muito contrinuiu a sintonia com os adeptos que apoiaram em força em todos os estádios!

JNF disse...

Para mim estamos objectivamente mais fracos. Apesar de as chamadas segundas linhas serem mais fortes, Ramires não foi substituído, algo que se nota sempre que o adversário ataca em velocidade. Treme, treme. E Di Maria, apesar de ter substituto de qualidade, conseguia fazer coisas que não me parece que Gaitán possa fazer, o "20" era um abre-latas autêntico, Gaitán é diferente, procura mais vezes o espaço interior, afunila mais o jogo. Em termos de soluções parecemos claramente mais fracos. E a acrescentar a isto, os nossos adversários estão mais fortes. Podemos ganhar o campeonato? Claro que podemos. Somos favoritos? Sim somos.

Quanto à transição, aquilo que o anónimo diz é verdade em parte, mas como é possível comparar Roderick com Pereirinha se o nosso jogador ainda não fez nada pela equipa principal a não ser um jogo contra o AEK? Não se pode falar em sucesso só pelo facto de os termos no plantel, têm de ter qualidade para jogar.