
Imagino a cara de alguns jogadores quando entraram no campo parisiense e se aperceberam de que, mesmo a mais de 1000 km de Lisboa, na terra do oponente, estavam a jogar "em casa". Com quantos clubes no mundo é que esta situação acontece? Só conheço um. E partindo para o jogo com a vantagem alcançada na Luz, a tarefa seria teoricamente mais fácil.
Mas não foi. Um Benfica estranhamente desinspirado não foi capaz de travar com êxito as investidas iniciais dos franceses, que começaram o jogo a todo o gás, sem grande engenho, é verdade, mas com muita vontade, chegando à área de Roberto com relativa facilidade. Mas acabou por ser um pouco contra a corrente de jogo que, num lance com alguma felicidade à mistura, o Benfica chegou ao golo, por Nico Gaitán, que, após olhar para a área à procura de um colega, decidiu-se pelo remate e apanhou Édel em contrapé, tendo feito o golo. E depois disto, o Benfica desapareceu quase por completo, muito por culpa da falta de inspiração de Aimar e Saviola (jogo miserável deste último), e pelo cansaço de Salvio e Gaitán, mais notório no primeiro que no segundo. O PSG aproveitou e chegou ao empate num lance que fica marcado pela péssima abordagem de Sidnei (outra vez...), que ficou a olhar para o lance enquanto tudo se passava nas suas barbas.
No segundo tempo o Benfica apareceu com outra atitude e determinação em campo, criando três boas oportunidades de golo logo nos primeiros 15 minutos de jogo, desperdiçadas por Cardozo (duas) e Saviola. O Benfica crescia no jogo e o PSG já não conseguia atacar com tanto perigo, pelo que Kombouaré fez entrar duas unidades perigosas, o veterano Giuly e o ponta-de-lança Hoarau, que havia marcado o golo que eliminara o Braga de Jesus há três anos. E pouco depois o Benfica só não perdeu a vantagem que tinha na eliminatória graças a uma enorme defesa de Roberto, que encheu a baliza e impediu que Hoarau, a menos de cinco metros da linha de golo, conseguisse concretizar a ocasião. Jesus apercebeu-se que o jogo não estava para brincadeiras e resolve dar centímetros à defesa, colocando Jardel. Até final foi aguentar e sofrer bastante, com os parisienses a falharem uma nova grande ocasião ao minuto 95, quando Maurice, já isolado, escorregou na altura de rematar à baliza. Pode dizer-se que, nesse lance, a estrelinha da sorte esteve connosco.
Empate justo no jogo e eliminatória passada também com justiça. Frente a um adversário que mostrou vontade mas pouco futebol, o Benfica conseguiu cumprir os objectivos e chega aos quartos-de-final de uma prova europeia pelo segundo ano consecutivo, algo que, nos últimos anos, só aconteceu em 2006 e 2007. E este ano podemos ir mais longe. Que a sorte e o engenho nos acompanhem.

No segundo tempo o Benfica apareceu com outra atitude e determinação em campo, criando três boas oportunidades de golo logo nos primeiros 15 minutos de jogo, desperdiçadas por Cardozo (duas) e Saviola. O Benfica crescia no jogo e o PSG já não conseguia atacar com tanto perigo, pelo que Kombouaré fez entrar duas unidades perigosas, o veterano Giuly e o ponta-de-lança Hoarau, que havia marcado o golo que eliminara o Braga de Jesus há três anos. E pouco depois o Benfica só não perdeu a vantagem que tinha na eliminatória graças a uma enorme defesa de Roberto, que encheu a baliza e impediu que Hoarau, a menos de cinco metros da linha de golo, conseguisse concretizar a ocasião. Jesus apercebeu-se que o jogo não estava para brincadeiras e resolve dar centímetros à defesa, colocando Jardel. Até final foi aguentar e sofrer bastante, com os parisienses a falharem uma nova grande ocasião ao minuto 95, quando Maurice, já isolado, escorregou na altura de rematar à baliza. Pode dizer-se que, nesse lance, a estrelinha da sorte esteve connosco.

7 comentários:
Estes adeptos são enormes, que orgulho.
uns levam 1500 a leiria, Outros levam 30000 a paris xDD
AMO-TE BENFICA
O meu primeiro destaque vai também para aqueles 30 mil que encheram Paris, uma moldura humana incrível, sque só o Benfica consegue fazer, mostrando que de facto a sua dimensão é inigualável, não é um clube regional, mas sim de dimensão internacional.
Quanto ao jogo, foi um jogo de sofrimento, entrega e alma, em que o Benfica passou por períodos dificeis, mas onde respondeu sempre presente, numa exibição mais colectiva que individual, muito ao estilo do nosso lema e pluribus unum esteve mais presente que nunca.
Um empate saboroso e agora aguardemos pelo sorteio, onde a minha preferência recaí para os holandeses, seja o PSV, seja o Twente.
Vi na RTPN, o Carvalhal dizer que, os 9 mil adeptos do Sporting em Madrid, (quando lá treinou), é o mesmo que os 30 mil Benfiquistas, que estiveram hoje em Paris!!! ahahahaha
quantos clubes portugueses conseguem ter em casa (mesmo contando com as competições europeias) 30 000 adeptos a presenciar o seu jogo?
alguem me pode explicar porque razão os adeptos do braga que estavam a festejar a vitoria, estavam a cantar canticos como "slb slb slb f..." e "e quem não salta é lampião"?
se algume me souber explicar que me diga sff
obrigado pela parte que me toca, foi duro ir e vir a correr mas estar tao longe de casa, no meio de tantos portugueses de vermelho vestido, foi inesquecivel....
ps: cerveja é carissima em Paris...:)
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