Fundação, Guerra e Era pré- Camp
Nou
Fundado em 1899 por um conjunto
de futebolistas espanhóis, suíços e ingleses liderados por Joan Gamper (suíço),
o FC Barcelona viveu períodos de instabilidade desportiva e financeira nos seus
primeiros anos. As dívidas, as constantes mudanças de estádio e até mesmo
alguns maus resultados foram intercalados com sucessos e troféus conquistados
nos primórdios de um futebol espanhol muito rudimentar. A profissionalização
dos catalães chegou apenas em 1926, mas para azar do sucesso desportivo do
clube, a Guerra Civil Espanhola interpôs-se e a política assumiu um papel
primordial sobre o futebol. Houve jogadores a alistarem-se para a guerra,
outros pediram asilo aquando de visitas ao estrangeiro e até houve repressões
políticas nos jogos dos catalães. Com o fim da guerra, vieram os anos de
recuperação, nomeadamente o final da década de 40 e início da de 50,
conquistando quatro campeonatos em seis anos, mas o sucesso foi uma efeméride.
Na conclusão do período pré- Camp Nou, o Barça teria de assistir ao sucesso do
Real Madrid, que conquistaria a Taça dos Campeões Europeus por 5 épocas
consecutivas. Melhores dias viriam.
Club Fútbol Barcelona
Sob orientação do mítico Helenio
Herrera e contando com uma troika de craques
húngaros composta por Kubala, Kocsis e Czibor, o Barcelona conquista dois
campeonatos (1959 e 1960), uma Taça (1959) e uma Taça das Cidades com Feira, a
percursora da Taça UEFA (1960), chegando também à final da Taça dos Campeões
Europeus em 1961 após derrotar o arqui-rival Real Madrid nas meias-finais,
perdendo a final para o Benfica num jogo onde, rezam as crónicas, os catalães
foram superiores e muito infelizes. O futebol é assim, o azar de uns é a sorte
de outros. E enquanto este triunfo serviu para o Benfica cimentar um domínio
absoluto no futebol português, a derrota do Barça seria o ponto de partida para
o período mais pobre a nível desportivo do clube. Nos catorze anos subsequentes,
os catalães não voltariam a ganhar o campeonato, polvilhando o seu currículo
com três Copas do Rey, uma Taça das Cidades com Feira e nada mais. O Real
Madrid tomara conta do futebol espanhol nos anos de Franco, conquistando nove
campeonatos nesse período entre outros títulos.
Cruyff jogador, Nuñez presidente,
Cruyff treinador
Com o fim da ditadura espanhola
do general Franco, o Barça iniciou um período de crescimento sem precedentes na
sua História. Com a queda do general, o craque holandês Johan Cruyff ingressa
nos blaugrana e devolve os catalães aos títulos, conquistando o campeonato
catorze anos depois, numa caminhada que envolveu uma manita dada no Bernabéu. Sol de pouca dura, no entanto, uma vez que
o Barça só voltaria a ganhar o campeonato em 1985. Entretanto dar-se-iam as
primeiras eleições do clube e que levaram Josep Lluís Nuñez ao topo da
estrutura catalã, iniciando um reinado de 22 anos que só terminaria em 2000.
Amado por uns, odiado por outros, o começo da Era Nuñez foi titubeante, com
dificuldade em alcançar troféus nacionais de modo regular. Só no sétimo ano de
presidência, já depois de duas Copas do Rey, uma Supercopa e duas Taças dos
Vencedores das Taças, é que o Barça almeja o tão desejado campeonato. Nuñez
deixou a sua marca bem vincada em Camp Nou, mostrando com clareza que acima dos
jogadores estava sempre o clube. Contratou craques, mas rejeitou sempre pagar
salários que considerava exorbitantes, deixando-os sair sem perder qualidade e
competitividade. Assim foi com Maradona (o Barça ganharia o primeiro campeonato
em onze anos imediatamente após a saída de Diego Armando), Romário e Ronaldo
(sucedendo-se o mesmo fenómeno que ocorrera com a saída de Maradona), entre
muitos outros. Concomitantemente com esta medida, Nuñez dá o pontapé de saída
para aquele que seria o maior e melhor investimento feito pelo Barça a longo
prazo: a sua cantera. Inaugura La Masia em 1979 e enceta uma luta que venceria
contra radicais de extrema-esquerda e direita das claques azuis-e-vermelhas.
Nuñez vencia fora do campo e preparava o Barça para vencer dentro dele. E esse
ciclo ganhador chegaria finalmente com a ajuda do homem que, dentro de campo,
enquanto jogador, devolveu o Barça aos títulos: Cruyff. O holandês assume a
batuta da equipa em 1988 e monta uma equipa que passaria a ser merecidamente
conhecida por Dream Team. Nela
alinhavam Zubizarreta, Romário, Laudrup, Koeman, Guardiola, Bakero,
Begiristain, Stoichkov, entre outros. Começa devagarinho, conquistando a Copa
del Rey uma Taça das Taças, para depois, entre 1991 e 1994 ganhar quatro
campeonatos de seguida, um record na história do clube e uma resposta ao tetra
vencido pelo Real nos quatros anos anteriores. Curiosamente, em três dessas
conquistas, o Barça partiu para a última jornada como segundo classificado,
beneficiando de derrotas do Real Madrid nas Canárias em 1992 e 1993 e do empate
caseiro do Deportivo (fruto de um penalty falhado no último minuto) contra o
Valência em 1994 para ganhar essas Ligas. Impressionante. E a este fabuloso
palmarés, Cruyff deu ainda a primeira Taça dos Campeões Europeus ao Barça
graças à vitória sobre a Sampdoria em 1992, com golo de Koeman, perdendo ainda
para o Milan a final de 1994. Cruyff sairia em 1996 depois de duas épocas sem
nada ganhar, sendo substituído por Bobby Robson, que ganha em 1997 tudo à excepção
do campeonato. Mas Robson não era visto como solução a longo prazo e o sonho
holandês de Nuñez mantinha-se: queria Van Gaal, treinador que levara o Ajax à
conquista de três campeonatos, uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões com uma
equipa recheada de jovens em seis anos. Van Gaal aterra na Cidade Condal em
1997 e nos três anos subsequentes o Barça ganha dois campeonatos (1998 e 1999),
mas falha o tri. O Real Madrid reemergia como principal potência em Espanha e
ganha duas Champions em três anos, factor que, aliado à perda de Figo para o
arqui-rival, à perda de competitividade e ao brutal incremento de dinheiro e
qualidade do Madrid, levou a que o desgaste sobre Van Gaal e Nuñez fosse tanto
que ambos se demitiriam no final da época 99/00. Uma nova Era viria.
O melhor futebol que o mundo já
viu
Após a saída de Nuñez e van Gaal,
sucedem-lhes Joan Gaspart na presidência e Serra Ferrer no banco catalão. O
primeiro fora um bem sucedido e competente vice-presidente de Nuñez, o segundo
tinha alcançado a fama e o êxito com boas performances ao serviço do Bétis de
Sevilla. Nenhum confirmou os créditos atribuídos. Ferrer foi despedido antes do
campeonato terminar, sucedendo-lhe Rexach e depois Van Gaal, num regresso
absolutamente desastroso para o holandês, que seria despedido nos últimos dias
de Janeiro de 2003, seis meses após o regresso, com a equipa num inaceitável
13º lugar. Gaspart terminaria os três anos da presidência com zero títulos
conquistados. O Barça parecia afundar-se e só a chegada de Laporta em 2003 é
que devolveu esperança e sucesso aos catalães, invertendo uma história que
parecia perdida. Com Laporta veio mais um holandês, Rijkaard, que devolveu a
filosofia ganhadora a equipa, agora assente em estrelas internacionais
contratadas (Ronaldinho, Eto’o, Deco, Giuly, Albertini, Márquez) e em jovens
promissores da cantera (Xavi, Iniesta, Valdés, Oleguer e, claro, Puyol). O
Barça conquistaria os campeonatos de 2005 e 2006 bem como a Liga dos Campeões
de 2006, encerrando assim um período de domínio nacional. A falta de
profissionalismo de alguns elementos, nomeadamente dos mais influentes à
cabeça, fez com que o Barça não ganhasse nenhum troféu entre Setembro de 2006 e
Agosto de 2008. Aí, numa tentativa de inverter o rumo dos acontecimentos,
Laporta toma uma aposta que seria a aposta de uma vida: Guardiola como
treinador da equipa principal. Em boa hora. O Barcelona presentou os adeptos de
futebol com uma das melhores interpretações do jogo, exibições que eram autênticos
recitais de bem jogar à bola, numa equipa em que mais de metade dos elementos
eram made in La Masia (Valdés, Piqué,
Puyol, Xavi, Iniesta, Busquets, Pedro e Messi, por exemplo). Sem surpresas, o
domínio foi de tal forma avassalador que o Barça conquistou em três anos outros
tantos campeonatos, uma Copa del Rey, três Supercopas, duas Champions, duas
Supertaças europeias e dois campeonatos do mundo de clubes. Em 2009 venceria
tudo, mas tudo o que havia para ganhar (seis competições). Mas todas as Eras
têm um fim e a de Guardiola chegou pela mão pesada do rival Real, agora apoiado
em José Mourinho. Vilanova sucedeu ao amigo e a questão impõe-se: conseguirá o
Barça continuar a encantar o mundo do futebol e a conquistar títulos
regularmente nos próximos anos? Deixem-nos jogar à bola, eles responderão.
O que dizem os Blaugrana?
À
semelhança do que se faz noutros países, nomeadamente em Inglaterra,
com o famoso Spyin' Kop dos adeptos do Liverpool, decidimos também
recolher opiniões entre os adeptos do FC Barcelona. Por falta delocais de discussão do clube catalão na net, foi bastante difícil encontrar alguém que respondesse às questões em tempo útil, mas conseguimos. Agradecemos a
disponibilidade do aficcionado Bhushan Shah.
1. Quais as vossas expectativas
para a temporada 2012/2013?
Ganhar La Liga (a maior
prioridade), a UEFA Champions League e a Copa del Rey também. Não
estamos no Mundial de Clubes nem na Supertaça Europeia este ano, e já perdemos
a Supercopa espanhola. Gostaríamos de ganhar
todos os troféus restantes.
2. Parece que o FC Barcelona tem o campeonato na mão devido aos oito pontos de vantagem sobre o rival directo, o Real Madrid. Esta análise parece correcta?
2. Parece que o FC Barcelona tem o campeonato na mão devido aos oito pontos de vantagem sobre o rival directo, o Real Madrid. Esta análise parece correcta?
Definitivamente não. É
uma boa vantagem, mas não podemos pensar que temos uma mão no troféu. Estamos com 8 pontos de vantagem. Não
seria surpreendente se o Real Madrid nos batesse duas vezes, reduzindo a
diferença em 6, e depois fosse para cima de nós através de outros jogos. Vamos
perder pontos. Temos de garantir
que não passamos para trás do Real Madrid, no entanto.
3. O que aconteceu no ano passado ao FC Barcelona, que foi eliminado por uma equipa como o Chelsea, que estava perfeitamente ao seu alcance?
3. O que aconteceu no ano passado ao FC Barcelona, que foi eliminado por uma equipa como o Chelsea, que estava perfeitamente ao seu alcance?
Se viram os dois jogos, podemos
dizer que muito se deveu a pura sorte. Claro
que o Chelsea tinha uma finalização clínica e defendeu bem ao estacionar o
autocarro. Mas
o Barça acertou na trave quatro vezes, e houve muitos falhanços. Era
muito improvável que o Barça perdesse com o desempenho que produziu. A sorte teve um papel muito importante.
4. O que explica o crescimento progressivo do FC Barcelona desde o início do novo século?
4. O que explica o crescimento progressivo do FC Barcelona desde o início do novo século?
Não estou em posição de responder
a esta questão, uma vez que sigo o Barça há apenas alguns anos. Mas um factor muito grande
foi definitivamente Guardiola. Ele revolucionou a forma como o
jogo do Barça. Além
disso, La Masia produz jogadores de qualidade, e cada vez mais estão a ser integrados
no plantel principal. Dependemos
muito pouco do mercado de transferências, ou, pelo menos, é o que esperamos.
5. Qual é o ponto mais alto na história do FC Barcelona? Porquê?
Uma vez mais, não estou posição
de comentar. Mas
se eu tivesse que escolher, o ponto alto seria a época em que vencemos os seis
títulos em disputa [2009].
6. Estão satisfeitos com o sorteio
para a Liga dos Campeões? Porquê?
Sim, o sorteio foi muito
favorável. É
um grupo fácil quando comparado com o “Grupo da Morte” (Real Madrid, Man City,
Ajax, Dortmund), ou mesmo a um com o Arsenal, Montpellier e Olympiakos. O
Barça provavelmente também passaria se tivesse um grupo mais difícil, mas a
verdade é que com jogos a meio da semana torna-se mais fácil um grupo como que
temos, pois não deverá afectar tanto o desempenho na Liga. Claro
que o Benfica é uma boa equipa, e vamos ter de jogar bem para vencer-vos. E eu também estou
cauteloso sobre a partida fora de casa com o Spartak.
7. O jogo contra o SL Benfica situa-se entre a viagem a Sevilla e a recepção ao Real Madrid. Poderia isto afectar a concentração de jogadores do FC Barcelona no jogo contra o SL Benfica?
Esta não é a primeira vez que uma
situação destas surge. Na última
temporada tivemos Chelsea-Real Madrid-Chelsea numa semana, naquela que foi uma
semana decisiva em relação à temporada. Perdemos tudo nessa semana. No
entanto, desta vez o Real Madrid está 8 pontos atrás de nós, e não o contrário,
como foi o caso no ano passado. Além
disso, a moral dentro do campo está definitivamente em alta devido ao começo
perfeito que tivemos. Por
isso, acho que o calendário não afectará os jogadores muito do ponto de vista
mental. Além
disso, temos um plantel com bastantes soluções disponíveis neste momento (excepto
centrais, lesionados), e os jogadores estão a regressar de lesões a tempo
(Iniesta, Adriano, Puyol), e podemos esperar alguma rotação.
8. O que sabem sobre o futebol Português, especialmente sobre o Benfica?
8. O que sabem sobre o futebol Português, especialmente sobre o Benfica?
Não muito, excepto que o
campeonato Português é a sexta melhor liga europeia baseada nos coeficientes da
UEFA, e que o Benfica é uma das melhores equipas do campeonato, ao lado de
Porto.
9. O que pensam sobre cada um dos portugueses que estão em Madrid? Gostariam de ver Mourinho como treinador do FC Barcelona? Gostariam de ver Ronaldo de azul e vermelho? O que pensam de Coentrão, Pepe e Carvalho?
9. O que pensam sobre cada um dos portugueses que estão em Madrid? Gostariam de ver Mourinho como treinador do FC Barcelona? Gostariam de ver Ronaldo de azul e vermelho? O que pensam de Coentrão, Pepe e Carvalho?
O Real
Madrid tem uma série de jogadores portugueses de qualidade, como Pepe,
Coentrão, e, claro, “o Deus de si mesmo”. São
jogadores extremamente talentosos que podem causar problemas reais para o
Barça, como já aconteceu no passado. Eu
não gostaria de ver Mourinho como treinador do Barça uma vez que a sua
filosofia de jogo é completamente diferente e oposta da do Barça, algo que eu
particularmente gosto no meu clube. Além
disso, a sua gestão de recursos humanos é frágil, dada a forma como ele aliena
alguns jogadores (Kaká, Granero, Sahin). Eu não gostaria de o ver no Barça. Além disso, é um pouco excêntrico. E também não gostaria de CR7
vestido de “blaugrana”. Poderia
ocorrer um agravamento da qualidade de jogo de Ronaldo e Messi se jogassem
juntos.
10. Se pudessem contratar um jogador português ou que jogue no campeonato Português, quem escolheriam?
10. Se pudessem contratar um jogador português ou que jogue no campeonato Português, quem escolheriam?
Não consigo pensar em ninguém
agora. Existe
por acaso algum central de qualidade por aí?
11. Quem consideram ser o melhor jogador do FC
Barcelona? E o pior (daqueles
que em princípio jogarão contra nós)?
Melhor: Messi. Ponto final. Pior:
Bem, apesar de eu querer que eles executassem bem, temo que Mascherano e Dani
Alves não terão exibições para recordar mais tarde.
12. Qual será o onze titular com que Barcelona vai alinhar contra o Benfica?
12. Qual será o onze titular com que Barcelona vai alinhar contra o Benfica?
Víctor Valdés, Alves, Song,
Mascherano, Alba, Busquets, Xavi, Cesc, Tello, Messi, Villa.
8 comentários:
Que grandes imprecisões na história, o Generalíssimo tomou o poder em 1939, a guerra foi uma década após 1926 e nesse período de 10 anos só conquistaram 1 campeonato.
O Franco já estava no poder (a guerra civil espanhola acabou em 39, salvo erro), no período em que o Barcelona em que o Barcelona conquistou esses 4 campeonatos e 3 taças em 6 anos e já antes disso o Barcelona conquistara o campeonato em 44/45.
Quando o Cruyff foi para o Barcelona, em 73/74 e foram novamente campeões, ainda o Franco estava no poder, pois só saíu em 1975, salvo erro em Novembro.
Quanto ao Maradona não saíu por causa de dinheiro, mas antes porque um basco lhe partiu o tornozelo e em espanha era alvo de marcações duríssimas perante a complacência dos árbitros.
É verdade que os catalães gostam de dizer que o Barcelona foi muito prejudicado pelo Franco porque este era Madridista ferrenho, mas a verdade é que esses fabulosos jogadores húngaros do Barcelona eram inferiores aos do Real.
Aliás esse mito do franquismo é tão verdadeiro que nos 15 anos pós-Franco o Real Madrid ganhou 9 títulos e o Barcelona apenas 1. O Real ganhou 14 campeonatos durante os 36 anos de Franco e 16 nos 37 após o Franco.
A verdade é que o Barcelona só se assumiu como o segundo grande em Espanha na década de 90 pois até aí só tinha conquistado 10 campeonatos contra 8 do atlético de madrid e 8 do atlético de bilbao, que eram os clubes que disputavam com o Barcelona o lugar atrás do Real como melhor de Espanha.
Obviamente que os 6 campeonatos na década de 90 e os 4 na primeira década do século XXI, bem como as vitórias na champions os elevaram a um nível que os outros apenas podem sonhar.
Desta feita não há análise táctica ?
¿"Putadas arbitrales" en Benfica/ Barça del 2006?
JNF, Histórias de Franco e Real Madrid são semelhantes aos do Benfica e do Estado Novo.
Barca sempre soube como lidar bem com o poderoso, ele poderia construir seu estádio Camp Nou graças a uma re-zoneamento (que não era permitido para o Real Madrid!), Foi possível obter uma nacionalização de Kubala (exílio húngaro e, portanto, anti-comunista símbolo ) quando os estrangeiros não foram autorizados, e até mesmo o General Franco foi homenageado pelo clube catalão com duas medalhas (ver link: http://www.elcorreogallego.es/indexSuplementos.php?idMenu=15&idNoticia=534626)
para todos os serviços prestados.
A verdade é que, durante a ditadura, Barça e Real foram estreitamente alinhados em termos de títulos nacionais, e apenas na Europa (onde o tamanho da Espanha como era irrelevante) Real Madrid marcou muitos sucessos mais.
Durante os anos 80, e Barcelona nacionalismo catalão tornou-se uma história de lado para esconder todas essas verdades.
Só queria acalarar este tópico para leitores devuestro fantástico blogue lelven não enganosa.
Desculpe meu tradutor Português do google, saudações Força Real e Hala Benfica.
B Cool,
ou estás a fazer confusão ou não percebeste. Franco toma o poder em 38 e não em 39 (enquanto presidente do Governo Espanhol), como referes. Além disso, com o início da profissionalização, segundo as informações que recolhi, o Barça preparava-se para tentar dominar o futebol espanhol, ganha o campeonato de 29 mas depois disso aconteceu o que eu escrevi no texto. E sim, Franco já estava no poder aquando desses quatro campeonatos. Alguém disse o contrário?! Não. Se leres o primeiro parágrafo, vês que a partir do momento em que eu falo da profissionalização dos catalães até acabar esse parágrafo, corro toda a História do Barça desde os anos 20 até 1957. Anos 20, após a profissionalização, marcados pela tentativa de conquistar o sucesso, anos 30 marcados pela interposição da guerra com as consequências desportivas que falei que se alastraram até ao início dos anos 40 e final dessa década com a recuperação desportiva. Qual é o problema, contra-senso ou imprecisão? Acho que percebeste mal.
Franco morre em Novembro de 1975, mas o que conta é que deixa o cargo de presidente do Governo de Espanha a 8 de Junho de 1973, continuando no entanto como chefe de estado até à data da sua morte, a 20 de Novembro de 1975. Ou seja, Cruyff ingressa no Barça imediatamente após a queda de Franco enquanto presidente do governo (o equivalente a "primeiro-ministro" actualmente), continuando como chefe de estado (o equivalente a "Rei"). Com esta transição, Franco perdeu grande parte do poder, e foi isso que motivou também a ida do holandês para Barcelona.
E do que li, espacialmente sobre o presidente Nuñez, os motivos para as saídas de Maradona, Romário e Ronaldo, entre outros, foi a rejeição face às pretensões dos jogadores em serem aumentados.
E quanto à ditadura franquista, importa não esquecer que ao contrário de Salazar, Franco adorava futebol e adorava um clube específico, o Real. Daí se contarem algumas histórias que explicam algumas derrotas. Se são verdadeiras? A história parece indicar que sim.
Desta vez não há análise táctica, o Phant não teve tempo para fazê-la.
el cuarto tiempo,
em primeiro lugar, obrigado por participares num blog português sobre o Benfica. Quanto ao conteúdo, tenho de discordar em alguns pontos: ao contrário de Franco, Salazar não tinha por paixão clubística o clube que mais ganhou nos anos do regime. Aliás, o Benfica e os benfiquistas estão muito mais ligados aos movimentos de oposição que ao regime. O que Salazar fez, para que Portugal ganhasse notoriedade no estrangeiro, foi ir à boleia do sucesso do Benfica. Não foi o Benfica que foi atrás de Salazar para garantir sucesso desportivo, mas sim Salazar a ir atrás do Benfica para tentar elevar o nome de Portugal.
Quanto ao facto de Franco ter sido agraciado pelos catalães, isso é uma situação infelizmente anormal em todos os clubes de futebol dos países que são comandados por ditadores. Por cá também há imagens de jogadores do Benfica, Sporting e Porto a fazerem a saudação fascista.
No período de Franco, o Real conquistou 13 campeonatos, por oposição aos 7 do Barça. Por isso, em termos de títulos nacionais, nãoe estiveram assim tão alinhados como referes.
E devo dizer que, para mim, isto não é uma discussão que envolva futebol e política directamente. Aliás, em Espanha, mesmo não apoiando nenhum clube, simpatizo mais com o Real do que com o Barça (e isto não se deve aos portugueses que estão em Madrid). Muito obrigado pela participação.
A questão JNF é que até à eleição do Adolfo Suarez do PP em 1976, os sucessores foram todos franquistas que continuaram a política dele, ou seja, essa relação que queres fazer entre o Franco exercer o poder e o Cruyff não ir para o Barcelona parece-me demasiado ligeira, os problemas eram devido aos montantes envolvidos e não ao Franco querer impedir ele de ir jogar para o Barça. Se assim fosse, os húngaros nunca teriam ido para o Barcelona.
Mas acima de tudo queria demonstrar que essa propaganda catalã anti-madrid, é equivalente à propaganda tripeira, pois o que lhes convém ignorar limpam para baixo do tapete.
Acima de tudo o Franco perseguia Comunistas, Sindicalistas e Anarquistas ou seja Republicanos. O Nacionalismo Catalão, não é o que luta na Guerra Civil de Espanha, mas antes a Esquerda Republicana, o Nacionalismo é algo que há semelhança dos bascos vai crescendo ao longo do franquismo. Posteriormente começaram a utilizar o Barcelona como bandeira de um separatismo devido ao facto de o Barcelona ganhar importância desportiva.
O Barcelona ganhou o primeiro campeonato e depois não ganhou mais nenhum até à guerra, vários anos depois, ou seja a guerra nada teve a ver com o insucesso, o Franquismo nada teve a ver com os pobres resultados do Barcelona, isso é um mito que os catalães de hoje gostam de propalar como os tripeiros fazem com o Salazar.
JNF, muito obrigado por me deixar responder. Primeiro de tudo dizer que eu sou um grande fã do seu blog e Benfica. Além disso, acima de tudo, um adepto do Real. Eu gostei do seu blog quando você denunciou práticas corruptas, sejam eles quem foram os autores: o FC Barcelona e FC Porto, por exemplo.
O problema é mais complexo. Franco não realmente interessado em futebol, em vez de fins de propaganda. Ele tomou a chegada dos húngaros a Barca de propaganda anti-comunista e mais tarde assumiu os triunfos do Real no TCE para a propaganda da grandeza de Espanha e seu regime.
Não é minha intenção de encher o seu blog de spam, mas recentemente escreveu um artigo-resumo desses problemas, se você preferir, você pode lê-lo no seguinte endereço:
http://www.el-cuartotiempo.blogspot.com.es/2012/08/nacido-el-18-de-julio.html
Saudações, eu espero que você ir longe na competição europeia deste ano e ganhar o campeonato sucesso.
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