10 - Edcarlos, o homem que acompanhava a bola com os olhos

Edcarlos chegou ao Benfica depois de ter sido considerado como o melhor em campo na final da Taça Intercontinental que opôs o São Paulo ao Liverpool. Defesa-central, brasileiro, acabou por se revelar o melhor amigo dos avançados contrários. Acompanhava os lances com os olhos, um número sempre arriscado e que nos custou alguns golos (Leiria, por exemplo). E jamais me esquecerei do dia em que resolveu acompanhar Ytalo por uns 50 metros, lado a lado, sem fazer nada. Um craque. Hoje espalha magia no Cruzeiro.
9 - Zach Thornton, nunca se percebeu para que veio

Não se sabe quem o trouxe, ao que veio, para que veio, como veio nem como se foi embora. Sei que esteve cá, mas nunca calçou as luvas neste magnífico período em que conheceu a Europa. Sobre ele sabemos apenas que era grande, mas não era grande coisa. Nem ao pobre Bossio conseguiu tirar o lugar no banco de suplentes.
8 - Marc Zoro, a debulhadora humana

E eis que chega Marc Zoro, a debulhadora humana trazida por José Veiga a custo zero. Brilhante aquisição. Custo zero sai sempre barato, não é? Bom, excepto quando se ganha quase 100.000 € ao fim do mês. Pudera, ninguém lhe pega hoje e estamos a contar os dias para que o seu contrato acabe. Tão depressa é emprestado ao Setúbal como se fala no interesse do Marselha, PSG, Juventus ou Bayern. Só gostava de conhecer o seu agente, podia ser que até eu fizesse carreira no mundo do futebol.
7 - Emanuele Pesaresi, faltavam adjectivos para o classificar

Este é um daqueles marretas inesquecíveis. Dois tijolos nos pés e uma dificuldade grave de locomoção que faziam dó. Mas este senhor que até chegou a ser treinado em Itália por Eriksson conseguiu um feito especial no nosso clube que nenhum outro atleta conseguiu: foi expulso na estreia e na despedida. E não estou a falar do mesmo jogo, infelizmente. Com tanto talento, hoje anda pelas divisões italianas inferiores.
6 - Paulo Almeida, Mr. Platini mas com dois pés esquerdos

Chegou com pompa e circunstância para ser o médio-defensivo chave da equipa de Trapattoni rumo ao título de 2005. Contratado ainda sobre a alçada de Camacho, Mr. Platini era o capitão do Santos e constituía a esperança benfiquista em ter um meio-campo mais sólido. Mas estamos a falar de Paulo Almeida. E quando se fala de Paulo Almeida fala-se em lentidão de corrida, de processos, de tudo. Um jogador das ligas amadoras de domingo. Depois de uma época nesse mítico clube brasileiro, o União Rondonópolis, hoje está a "jogar" no Irão.
5 - Everson, quando a comissão é boa...

Outro. Mais um jogador que se sagrou campeão sem saber ler, escrever ou jogar futebol. Tinha um percurso discreto no futebol profissional mas vinha rotulado de craque com um pé esquerdo fortíssimo, um soberbo marcador de livres. Mas nunca o vi jogar à bola ou coisa parecida. Depois de sair do Benfica foi sempre a descer, passou pela Suíça, Tunísia, e divisões inferiores da Alemanha e França.
4 - Ivan Dudic, quase conseguiu ser campeão

Provavelmente todos nos lembramos daquela terrível época de 2000/2001 em que levámos uma ensaboadela de Dudic até ficarmos tontos. Mas o facto é que este sérvio esteve por cá até... 2005! Sim, a treinar com a equipa B, mas a chupar milhares de euros todos os meses. Trazia bom currículo, mas esse não joga.
3 - Alejandro Escalona, o pior defesa-esquerdo da história do Benfica

Defesa-esquerdo chileno, o pior da história encarnada, Escalona fez aquilo que os chilenos tão bem sabem fazer: abrir buracos. Sempre que jogávamos com ele, a faixa esquerda tinha via verde. Será sempre recordado pela brilhante manchete do Record que dizia que tinha um pé esquerdo como o de Roberto Carlos e também pelo 6º lugar alcançado. A juntar ao ramalhete, conseguiu ter problemas com o passaporte, numa contratação típica de Vale e Azevedo.
2 - Carlos Bossio, o nosso maior pesadelo

Quando me falam em Bossio, a primeiro coisa ue faço é dar graças por ter jogado tão poucos jogos. Chegou em 1999 para ser titular da baliza encarnada, mas as suas qualidades ficavam à vista até nos treinos. Na estreia, substituiu Preud'homme no seu jogo de despedida e... pumba, um frango monumental. Sem surpresas, Enke, jovem alemão também ele contratado nesse ano para ser o suplente de Bossio, agarra a titularidade. E depois foi vê-lo penar no banco de suplentes e fazer um ou outro jogo quando o Benfica já tinha assegurado o segundo ou terceiro lugar. Só não ganha o prémio de maior
flop porque até era bastante eficiente a chamar os colegas que estavam no aquecimento para as substituições. Provavelmente a única qualidade deste moço.
1 - Javier Balboa, o homem que já jogou no Real e no Benfica

Quando daqui a uns anos perguntarem a este atleta o que fez na sua carreira, ele responderá "joguei no Real Madrid e no Benfica". E pouco mais. Quique pediu e Vieira deu 4 milhões de euros por esta nulidade futebolística. Se era bom por ser rápido mais valia estar na secção de atletismo, porque na de futebol não tem utilidade nenhuma. O próprio Quique raramente apostou nele e quando o fez chegou a substituí-lo ainda antes do intervalo. Zero, zero, zero. Não vale nada. Pagava para que saísse do clube.
P.S. O meu agradecimento especial ao Shoky, que ajudou a elaborar este post.