Mostrar mensagens com a etiqueta Zoro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Zoro. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Zoro ataca sem a espada, mas com as palavras


"Fui tratado como um cão"

Nem vou tecer grandes comentários a esta notícia, deixo isso para vocês. Apenas uma pequena nota. Contratar às paletes não é motivo para tratar os jogadores desta forma. Isto não dignifica o clube. O Zoro não pediu para vir para o Benfica, não pediu que o contratassem, o Zoro não tem culpa de ter vindo pela mão do Veiga.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Uma década de... grandes flops

Nesta década também houve grandes flops, alguns deles pelo que prometeram e não jogaram, outros pelo que simplesmente não jogaram e outros ainda pelo que custaram. Somados todos os atributos, eis o top-10 da marretice e aselhice no Benfica desta década:

10 - Edcarlos, o homem que acompanhava a bola com os olhos

Edcarlos chegou ao Benfica depois de ter sido considerado como o melhor em campo na final da Taça Intercontinental que opôs o São Paulo ao Liverpool. Defesa-central, brasileiro, acabou por se revelar o melhor amigo dos avançados contrários. Acompanhava os lances com os olhos, um número sempre arriscado e que nos custou alguns golos (Leiria, por exemplo). E jamais me esquecerei do dia em que resolveu acompanhar Ytalo por uns 50 metros, lado a lado, sem fazer nada. Um craque. Hoje espalha magia no Cruzeiro.

9 - Zach Thornton, nunca se percebeu para que veio

Não se sabe quem o trouxe, ao que veio, para que veio, como veio nem como se foi embora. Sei que esteve cá, mas nunca calçou as luvas neste magnífico período em que conheceu a Europa. Sobre ele sabemos apenas que era grande, mas não era grande coisa. Nem ao pobre Bossio conseguiu tirar o lugar no banco de suplentes.

8 - Marc Zoro, a debulhadora humana

E eis que chega Marc Zoro, a debulhadora humana trazida por José Veiga a custo zero. Brilhante aquisição. Custo zero sai sempre barato, não é? Bom, excepto quando se ganha quase 100.000 € ao fim do mês. Pudera, ninguém lhe pega hoje e estamos a contar os dias para que o seu contrato acabe. Tão depressa é emprestado ao Setúbal como se fala no interesse do Marselha, PSG, Juventus ou Bayern. Só gostava de conhecer o seu agente, podia ser que até eu fizesse carreira no mundo do futebol.

7 - Emanuele Pesaresi, faltavam adjectivos para o classificar

Este é um daqueles marretas inesquecíveis. Dois tijolos nos pés e uma dificuldade grave de locomoção que faziam dó. Mas este senhor que até chegou a ser treinado em Itália por Eriksson conseguiu um feito especial no nosso clube que nenhum outro atleta conseguiu: foi expulso na estreia e na despedida. E não estou a falar do mesmo jogo, infelizmente. Com tanto talento, hoje anda pelas divisões italianas inferiores.

6 - Paulo Almeida, Mr. Platini mas com dois pés esquerdos

Chegou com pompa e circunstância para ser o médio-defensivo chave da equipa de Trapattoni rumo ao título de 2005. Contratado ainda sobre a alçada de Camacho, Mr. Platini era o capitão do Santos e constituía a esperança benfiquista em ter um meio-campo mais sólido. Mas estamos a falar de Paulo Almeida. E quando se fala de Paulo Almeida fala-se em lentidão de corrida, de processos, de tudo. Um jogador das ligas amadoras de domingo. Depois de uma época nesse mítico clube brasileiro, o União Rondonópolis, hoje está a "jogar" no Irão.

5 - Everson, quando a comissão é boa...

Outro. Mais um jogador que se sagrou campeão sem saber ler, escrever ou jogar futebol. Tinha um percurso discreto no futebol profissional mas vinha rotulado de craque com um pé esquerdo fortíssimo, um soberbo marcador de livres. Mas nunca o vi jogar à bola ou coisa parecida. Depois de sair do Benfica foi sempre a descer, passou pela Suíça, Tunísia, e divisões inferiores da Alemanha e França.

4 - Ivan Dudic, quase conseguiu ser campeão

Provavelmente todos nos lembramos daquela terrível época de 2000/2001 em que levámos uma ensaboadela de Dudic até ficarmos tontos. Mas o facto é que este sérvio esteve por cá até... 2005! Sim, a treinar com a equipa B, mas a chupar milhares de euros todos os meses. Trazia bom currículo, mas esse não joga.

3 - Alejandro Escalona, o pior defesa-esquerdo da história do Benfica

Defesa-esquerdo chileno, o pior da história encarnada, Escalona fez aquilo que os chilenos tão bem sabem fazer: abrir buracos. Sempre que jogávamos com ele, a faixa esquerda tinha via verde. Será sempre recordado pela brilhante manchete do Record que dizia que tinha um pé esquerdo como o de Roberto Carlos e também pelo 6º lugar alcançado. A juntar ao ramalhete, conseguiu ter problemas com o passaporte, numa contratação típica de Vale e Azevedo.

2 - Carlos Bossio, o nosso maior pesadelo

Quando me falam em Bossio, a primeiro coisa ue faço é dar graças por ter jogado tão poucos jogos. Chegou em 1999 para ser titular da baliza encarnada, mas as suas qualidades ficavam à vista até nos treinos. Na estreia, substituiu Preud'homme no seu jogo de despedida e... pumba, um frango monumental. Sem surpresas, Enke, jovem alemão também ele contratado nesse ano para ser o suplente de Bossio, agarra a titularidade. E depois foi vê-lo penar no banco de suplentes e fazer um ou outro jogo quando o Benfica já tinha assegurado o segundo ou terceiro lugar. Só não ganha o prémio de maior flop porque até era bastante eficiente a chamar os colegas que estavam no aquecimento para as substituições. Provavelmente a única qualidade deste moço.

1 - Javier Balboa, o homem que já jogou no Real e no Benfica

Quando daqui a uns anos perguntarem a este atleta o que fez na sua carreira, ele responderá "joguei no Real Madrid e no Benfica". E pouco mais. Quique pediu e Vieira deu 4 milhões de euros por esta nulidade futebolística. Se era bom por ser rápido mais valia estar na secção de atletismo, porque na de futebol não tem utilidade nenhuma. O próprio Quique raramente apostou nele e quando o fez chegou a substituí-lo ainda antes do intervalo. Zero, zero, zero. Não vale nada. Pagava para que saísse do clube.

P.S. O meu agradecimento especial ao Shoky, que ajudou a elaborar este post.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O outro plantel - Os Emprestados (V)

São, pelas minhas contas, 32 os jogadores que o Benfica tem a rodar em clubes portugueses ou estrangeiros, de primeira ou segunda divisão. Destes 32 - praticamente um plantel - a idade e qualidade variam muito. Possivelmente, poucos serão os que ainda possam vir a dar um contributo importante para o nosso clube. É a pensar neste outro plantel que escrevo hoje o quinto e último de uma série de cinco posts sobre "Os Emprestados".

Fellipe Bastos Chegou muito jovem ao Benfica, numa altura em que nem podia jogar, devido à idade ou ao prazo de inscrições, não me lembro bem, mas acho que era a segunda. De qualquer das maneiras as notícias eram animadoras, visto parecer que o Benfica havia feito uma óptima contratação. Ainda hoje não sei se é bem assim. Se, pelo que vi, parece ter potencial, as sucessivas ausências nas convocatórias também podem ser indicadoras do contrário. Não é muito rápido, mas para médio de características defensivas trata muito bem a bola (é brasileiro), dribla e remata forte. Fisicamente, apesar de não ser muito alto, tem cabedal. Este empréstimo ao Belenenses pode ser muito positivo, mas tem de jogar. Tem mesmo de jogar. Acredito que vai integrar, mais cedo ou mais tarde, os quadros principais do Benfica.

Patric Chegou e saiu num ápice. Um dos reforços mais rápidos do Benfica. Foi rápido, sim, mas também teve as suas oportunidades, e, do que mostrou, deixou muito a desejar. Sempre muito nervoso (o que também é desculpável para um jovem de 20 anos. Mas não se pode permitir que um jogador, nomeadamente um defesa, fique no nosso plantel se não souber defender! E Patric meteu água demasiadas vezes. Contra o Milan tivemos o exemplo mais flagrante do que falo. Pato fez o que quis dele. Claro que não é por este lance que não está cá na Luz, mas, em parte, explica o que se passou na pré-época. Pode evoluir? Pode. E vai, com certeza. Não me convenceu, mas...

André Soares Não conheço muito deste jogador. Sei que é avançado e que se encontra ao serviço do Carregado, não tendo ainda sido escolha do seu treinador para jogar, nesta época. Foi um dos jogadores que o Benfica foi buscar, ainda muito jovem, ao Sporting de Braga, a par de Romeu Ribeiro, que ingressou no Benfica no mesmo ano e Nélson Oliveira, que chegou dois anos mais tarde. Não tenho grandes perspectivas para este jogador, até porque, ao que sei, até na equipa de juniores teve dificuldades em impor-se.

João Pereira Era o capitão dos juniores na época passada, fazendo dupla com Roderick Miranda. Pareceu-me mais limitado em termos técnicos que o seu colega de sector, mas pelo físico e, diga-se, pelas qualidades defensivas, agradou, até porque era júnior. Apesar de quase ninguém ter percebido, foi um dos escolhidos de Jorge Jesus para participar no estágio na Suíça, onde acabou por não jogar, sendo preterido, pois havia Roderick e Miguel Vítor. Não tem jogado pelo Fátima, ao que sei, nem sequer tem sido escolha para o banco de suplentes da equipa de Rui Vitória, mas recentemente, para a Taça de Portugal, frente ao Ribeira Brava, somou 90 minutos. Não o conheço suficientemente bem para falar do seu valor futuro, mas acho difícil que dê jogador, pelo menos para o Benfica.

Romeu Ribeiro
Foi pela mão de Camacho, logo na segunda jornada daquela época de má memória, que o médio vindo da nossa formação, após passagem por Braga, se estreou num jogo com o Vitória de Guimarães. Mostrou algumas boas indicações para um jovem da sua idade. Depois disso, esteve emprestado durante dois anos ao Desportivo das Aves, tal como Rúben Lima, tendo efectuado bastantes jogos nessa temporada e meia que passou no norte, muitos deles até como titular, até. Nesta época, com mais futebol nos pés, Romeu Ribeiro encontra-se emprestado a uma equipa com mais ambições, o Trofense, que tentará certamente o regresso ao escalão principal do futebol português. Romeu tem sido pouco utilizado, averbando apenas 1 jogo no campeonato e outro na Carlsberg Cup, num total de 63 minutos. Pouco para quem precisa de afirmar-se para jogar regularmente no Benfica, a médio prazo. Mas há tempo, a época é longa e este jogador terá certamente as suas oportunidades. Mantenham-no debaixo de olho, pode haver muito talento a ser explorado.

Marc Zoro O que dizer deste jogador? Muita gente acha-o mais que capaz para pertencer ao plantel principal do SLB. Eu, pessoalmente, acho-o uma debulhadora: varre e parte tudo o que vê à frente. Não percebe quase nada do jogo, especialmente em termos de agressividade. Do que vi, fiquei extremamente decepcionado. Mas com o salário principesco que aufere, para onde sair? Para o Setúbal onde ninguém recebe? Nem ele quer, seguramente. Encontra-se emprestado ao clube que já referi, sendo que, em princípio será titular indiscutível, não por mérito próprio, mas por demérito dos colegas, que certamente teriam dificuldades em encontrar clube na Liga Vitalis. Enfim, um cepo que consome dinheiro, é o que Zoro é, mas a culpa não é só dele, é de quem o trouxe.

Freddy Adu Deixei o melhor (será?) para o fim. Freddy chegou muito novo ao Benfica, tendo estado sob uma pressão tremenda para obter resultados. Aquele papel ridículo trazido por um miúdo benfiquista que não faz ideia do que é o futebol, explica bem a situação do jovem norte-americano. O que dizia o papel? "Não precisamos do Simão, temos o Freddy Adu!" R-I-D-Í-C-U-L-O. Cada um que tire as suas conclusões. Mas voltando ao Freddy, como se já não bastasse a pressão de adeptos, jornalistas e outros, Fernando Santos, treinador na altura, resolve coloca-lo a jogar no primeiro jogo da época, frente ao Copenhaga, numa pré-eliminatória da Liga dos Campeões, para substituir o lesionado Luisão, numa altura em que o Benfica empatava em casa frente a esse clube dinamarquês, ainda na primeira parte. Adu entrou e jogou como jogam todos os miúdos nas escolinhas: sozinho. "Leva a bola 'pra casa!", ouvia-se. Com razão. Foi deprimente o espectáculo de Adu. Como se isto não bastasse, o próprio jogador continua a revelar, ainda hoje, uma grande imaturidade. Tem dificuldades em impor-se mesmo em equipas mais pequenas. No Belém pouco tem jogado, apesar de ter chegado mais tarde. Vamos ver, mas desconfio que este foi mais um produto de imprensa, como tantos outros.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Mentalidades


«Tenho o sonho do futebol inglês, de chegar a um grande clube como o Chelsea»
Fábio Coentrão.

«Benfica é o maior clube do mundo!»
Marc Zoro.

Um tem 19 anos de inexperiência e foi contratado a um clube da Liga de Honra. Outro, se tiver feito o registo a horas, tem 23 anos, representou o seu país no último Campeonato do Mundo e já tem créditos firmados no futebol Italiano. Atentem agora no desfasamento do discurso dos dois, e percebam a qual não adivinho muito sucesso para o seu futuro.