
O que é facto é que desde que chegou ao cargo que agora exerce, tem feito mais ou menos aquilo que fazia dentro de campo, ou seja, partir tudo. Neste momento, e ao contrário daquilo que se podia imaginar, nomeadamente no que diz respeito ao Benfica, o Sporting é o clube mais vendedor do defeso, tendo já alienado os passes dos seus dois melhores jogadores, o Anão e o Gordo, perdão, Moutinho e Veloso, jogadores cuja qualidade é inquestionável e que, muito sinceramente e sem qualquer ponta de ironia, gostaria de ver de águia ao peito, mesmo que isso implicasse pagar ao rival. Aliás, relativamente a Veloso, tenho o feeling que será mesmo uma questão de tempo, visto a adoração que o nosso director desportivo tem por ele. Quanto a Moutinho, quem sabe, ele até já revelou publicamente o desejo de jogar pelo Benfica, ele que é benfiquista desde pequenino.
O que é facto é que Costinha encarna (ou "esverdeja") o típico sportinguista, clube do qual é mesmo adepto, embora às vezes não pareça: é peneirento, anti-benfiquista primário e negociar não é com ele, tendo em conta os saldos que têm ocorrido em Alvalade. Neste momento, com Bettencourt (Damásio) e Costinha (Artur Jorge) ao leme, as previsões de Dias da Cunha parecem cada vez mais acertadas: o Sporting não vai durar mais de dez anos. Disse-o, salvo erro, em 2006, logo em 2016 já cá não estarão. E assim, um dia, poderei contar aos meus netos, que vi o Sporting. E quando eles me perguntarem o que era isso, eu responderei que era um Belenenses mirradinho.