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domingo, 16 de janeiro de 2011

O Sporting está a morrer

"Para ser grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui" Fernando Pessoa


Escrevo este post, sobre o Sporting, pois a situação que atravessa é grave a nível financeiro, directivo, futebolístico e, sobretudo, ideológico.

O actual momento do Sporting já nem me dá alegria, apenas me entristece. Sinceramente. Eu olho para o Sporting e vejo-o morrer. Se fosse o Porto, a esta hora estaria no Marquês a festejar, mas é o Sporting, o rival com o qual vivi desde pequenino, que eu respeito e desprezo. Não se trata de simpatia pelo clube, claro que não, talvez eu padeça daquele sentimento tipicamente português que é sentir pena de alguém ou algo que percebemos que vai acabar ou morrer. Se calhar é isto.

Bettencourt demitiu-se. No curto espaço de um ano e meio conseguiu agudizar todos os problemas e vícios acumulados pelo clube de Alvalade ao longo dos últimos 30 anos. Ganhou as eleições com 90% dos votos, disse "Bento Forever", contratou dois dos piores treinadores de sempre do clube, acabou em 4º lugar, cometeu gaffes atrás de gaffes, bailou ao som das maracas, chamou "maçã podre" ao capitão que vendeu ao rival Porto, trouxe a armada ex-Porto, resgatou Costinha e Couceiro e, mais grave que tudo, distanciou-se, irremediavelmente, de Benfica e Porto.

Não há forma de negar: hoje, em Portugal, há dois grandes, o Benfica e o Porto. O Sporting, na era Bettencourt, agudizou a belenização crónica. Ninguém respeita o Sporting, ficou descolado de tudo em relação aos rivais e cada vez mais próximo de Braga e Guimarães. E porquê? Essencialmente porque o Sporting cuspiu na sua própria ideologia, não quis ser inteiro, preferiu ir a reboque do Porto, num processo iniciado por Roquette e finalizado por Bettencourt. Gente como Dias da Cunha foi denegrida em praça pública por criticar o Sistema. Os resultados estão há vista. O Sporting não foi inteiro, excluiu os seus valores fundamentais, vendeu-se.

Pejado de incompetentes, com a corda na garganta em termos financeiros, desportivamente na lama e com o prestígio nacional e internacional arrasado, o Sporting vive uma situação gravíssima, tão grave quanto a vivida pelo Benfica na viragem do milénio, apesar de esta ter diferentes causas. Mas é igualmente grave. O Benfica tinha uma força que o Sporting não tem, a da sua massa associativa. O que pode fazer com que o Sporting saia definitivamente do buraco? Não vejo nada.

O meu sonho é ver o Benfica a ganhar, com o Sporting, e não o Porto, como seu grande rival. O Sporting a ombrear com o Benfica, mas nós a ganhar, sempre. Cresci e vivi em Lisboa desde sempre, onde o Porto, enquanto clube, ainda não tem a dimensão que os portistas queriam que tivesse. Aqui, hoje, Lisboa é Benfica e Sporting. E poderá passar a ser só Benfica em breve.

Escrevo isto porque esta situação do Sporting me faz lembrar o momento vivido pelo Benfica no final do milénio. Apesar das diferenças, as semelhanças em termos de consequências são bem reais.

Ah, antes que cheguem os mais indignados a dizer que estou a defender o Sporting, deixo já o esclarecimento: o Benfica, nomeadamente a sua Direcção devem fazer o que deve ser feito. "Se não estão connosco, estão contra nós". O projecto Roquette tentou matar o Benfica e o Sporting nunca se colocou do nosso lado no processo Apito Dourado. Há que dar a machadada.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Artur Jorge v2.0

Chama-se Francisco José da Costa, mais conhecido no mundo do futebol por "Costinha". Agora que deixou de distribuir sarrafada e fruta pelos campos de futebol por essa Europa fora, decidiu vestir uns fatos muito janotas (há um particularmente bonito, cor de menta dos pés à cabeça, com o qual aparece vestido na entrevista que deu à revista Única do jornal Expresso) e, à semelhança do seu presidente (uma espécie de Damásio), acha que, por usar fatos bonitos, também é gente.

O que é facto é que desde que chegou ao cargo que agora exerce, tem feito mais ou menos aquilo que fazia dentro de campo, ou seja, partir tudo. Neste momento, e ao contrário daquilo que se podia imaginar, nomeadamente no que diz respeito ao Benfica, o Sporting é o clube mais vendedor do defeso, tendo já alienado os passes dos seus dois melhores jogadores, o Anão e o Gordo, perdão, Moutinho e Veloso, jogadores cuja qualidade é inquestionável e que, muito sinceramente e sem qualquer ponta de ironia, gostaria de ver de águia ao peito, mesmo que isso implicasse pagar ao rival. Aliás, relativamente a Veloso, tenho o feeling que será mesmo uma questão de tempo, visto a adoração que o nosso director desportivo tem por ele. Quanto a Moutinho, quem sabe, ele até já revelou publicamente o desejo de jogar pelo Benfica, ele que é benfiquista desde pequenino.

O que é facto é que Costinha encarna (ou "esverdeja") o típico sportinguista, clube do qual é mesmo adepto, embora às vezes não pareça: é peneirento, anti-benfiquista primário e negociar não é com ele, tendo em conta os saldos que têm ocorrido em Alvalade. Neste momento, com Bettencourt (Damásio) e Costinha (Artur Jorge) ao leme, as previsões de Dias da Cunha parecem cada vez mais acertadas: o Sporting não vai durar mais de dez anos. Disse-o, salvo erro, em 2006, logo em 2016 já cá não estarão. E assim, um dia, poderei contar aos meus netos, que vi o Sporting. E quando eles me perguntarem o que era isso, eu responderei que era um Belenenses mirradinho.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Combatendo o Herri Batasuna

É impossível não falar do Sporting nos dias que correm. Em acelerado processo de belenização, os leões venderam o seu maior activo, capitão de equipa e muito provavelmente melhor jogador a um rival directo. Não vou pela teoria de conspiração de que "é tudo para que o Benfica não ganhe", vou mais pela teoria de "há muita incompetência em Alvalade". Obviamente que Moutinho, depois do que fez, tinha de ser vendido, mas nunca a um rival directo. É que além de ter sido vendido ao Porto, foi oferecido ao Benfica! Esta gente não tem noção. Com tanto empresário que anda por essa Europa fora com malas cheias de dinheiro, será que era assim tão difícil enviar Moutinho para Espanha ou Inglaterra? É preciso ser muito burro.

P.S. Na imagem, observamos José Eduardo Bettencourt a combater "o Herri Batasuna lá do sítio", jovens talentos da Academia que brevemente passarão a "maçãs podres".

sábado, 17 de abril de 2010

Lapidar nº24

«quando alguma sportinguista tiver a infelicidade de casar com um benfiquista, tem o dever de fazer com que o filho continue a ser sportinguista. Este trabalho de sapa nas famílias é fundamental»

José Eduardo Bettencourt, presidente do Belen... Sporting

A extrema-direita portuguesa e europeia já teve melhores dias. Houve tempos em que eram figuras admiradas por boa parte da população, com maior predomínio para os que se identificavam com tal ideologia, claro está, a fazer este tipo de declarações. Hoje, é um energúmeno que nem sequer é respeitado por aqueles que o elegeram, muito menos pelos restantes milhares de sportinguistas que representa. Como forma de comemorar (atenção, quem comemora somos nós, benfiquistas, obviamente) um ano à frente dos destinos leoninos (que já não são lá grande coisa), deixo-vos um resumo daquilo que JEB(o) disse ao longo de doze meses:

- "Eu não tenho capacidade, nesta altura, para corresponder a esse desafio" (sobre a sua não candidatura à Presidência do SCP)

- "Paulo Bento forever"

- "A estrutura do FC Porto é muito eficiente (...) gostava de ver esse modelo no Sporting";

- "Para o ano até os comemos";

- "Quando dois noivos se querem casar..." (sobre a renovação com Paulo Bento);

- "Estamos à procura da noiva ideal para Liedson";

- "Deixa o sangue nesta camisola" (para Matigol);

- "Benfica tem os mesmos reforços dos últimos anos, o que mudou?"

- "Foi daquelas precipitações à Sporting" (sobre o despedimento de Bobby Robson)

- "Há claramente outros favoritos mais assumidos ao título"

- "O Benfica fez boas contratações e está muito forte"

- "Tá calado, pá, tá calado" (dirigindo-se a um adepto do SCP);

- "Não temos hoje solidariedade nos órgãos internos, nem o espírito de construção dos valores do Sporting";

- "A escolha de Leiria deveu-se ao facto de ser uma das localidades onde há mais orgulho e menos vergonha em se ser sportinguista"

- "Paulo Bento nunca sairá pela porta pequena"

- "A onda foi bem criada, e os resultados (do Benfica) deprimem o sportinguista e animam o benfiquista"

- "Não me sinto corno. O que havia é um casamento e agora uma separação dolorosa"

- "Ainda não sei como vou resolver (a saída de Paulo Bento), mas daqui a mais meia-hora saberei de certeza absoluta"

- "É um cretino, sócio noventa e tal mil, ou seja, não tem estatuto, nem currículo para se bater com a maioria dos sócios (...) este ano é a sétima vez que nos provoca. Está nos aeroportos, invade instalações e que se arroga ao direito de dar entrevistas (...) Vou fazer tudo para correr com ele de sócio do Sporting. Não admito que no nosso clube ter sócios desta qualidade (...) sei bem quem é o Herri Batasuna cá do sítio"

- "Para (Villas-Boas) ser candidato a treinador do Sporting era preciso haver acordo entre três partes e isso não aconteceu"

- "Infelizmente, estou a par de tudo" (questionado sobre as 3 derrotas consecutivas do SCP enquanto estava de férias no Brasil)

- "Será um modelo mais presidencialista, mais parecido com o do F.C. Porto, que é o que ganha há 30 anos"

- "Se o Paulo Bento cá estivesse, faríamos uma grande dupla, porque seríamos dois a dar o corpo às balas" (dias depois de chegar de férias no Brasil)

- "Sporting não é uma organização vencedora"


frases retiradas d' O Banco da Mexicana

segunda-feira, 8 de março de 2010

Oscars & Razzies

Caro leitor, se num texto lhe aparecerem as palavras "pior", "fruta" e "flatulência" na mesma frase, no que é que o leitor pensa? Pinto da Costa? Sim, em condições normais estaria certo, mas hoje não. Todos sabemos o que são os Oscars, mas nem todos sabem o que são os Razzies. Os Razzies são uma espécie de paródia aos Oscars, uns prémios cujos destinatários são os piores realizadores, actores, filmes, etc. Por definição, na Wikipedia, os Razzies (framboesa) são "os piores filmes produzidos ao longo de um ano", "A fruta parece ser usada no sentido da expressão "blowing a raspberry", que é simular o som de flatulência com a boca."

Assim sendo, o Eterno Benfica, deixa os vencedores dos melhores e dos piores prémios do ano, em relação ao futebol português, como já fizeram magistralmente no Céu Encarnado:

Melhor Filme: Gladiator, um filme em que o Benfica derrotou o Porto por 1-0, jogo sem uma boa parte das grandes estrelas, num campo de batalha, a equipa fez das tripas coração e dos tripas carne para canhão. Algumas semanas depois até os leões os comeriam por 3-0.

Pior Filme: Living with the Dead, onde Pinto da Costa começou a discursar com um morto. Já está a tentar fazer concorrência à Júlia Pinheiro.

Melhor Realizador: Jorge Jesus, o nosso Gene Hackman, em Braveheart, uma história em que um treinador pega numa equipa e diz: "Vocês hadem de ser campeões!"

Pior Realizador: José Eduardo Bettencourt, em You, Me and Bento [forever], um filme que tem tanto de comédia como de parvoíce, incluindo a contratação falhada do treinador do último classificado.

Melhor Actor: Angel Di Maria, em [40] Million Dollar Baby, um épico.

Pior Actor: Rúben Micael, em Inglorious Bastards, um filme com bolinha no canto e dois dedos na testa que provaram a sinusite do madeirense.

Melhor Actor Secundário: Óscar Cardozo em No Country for Old Men, onde um paraguaio mostra um killer instinct jamais visto.

Pior Actor Secundário: Carlos Queiroz em [Almost] Out of Africa, quase perdia um apuramento fácil, esmurra jornalistas, odeia o Benfica e dá o rabiosque ao Porto.

Melhor Argumento Original: Gandhi, um filme de Luís Filipe Vieira, em que o presidente encontrou a paz interior e percebeu que, quando está calado, a equipa ganha.

Pior Argumento Original: Conspiracy Theory, um filme de Rui Moreira, MST e Guilherme Aguiar, onde se alega que o outro candidato é que é beneficiado.

Melhor Filme Estrangeiro: Terminator 5, um filme onde uns pobres ingleses são trucidados na Luz, por cinco bolas a zero.

Pior Filme Estrangeiro: Wag the Dog, um filme onde uns pobres albaneses se vêem metidos numa confusão que envolve uma selecção luso-brasileira de Queiroz.

Melhor Filme de Animação: Shrek, um filme onde o verde ogre Azenha é esmagado com 8 biscoitos.

Pior Filme de Animação: The Incredibles, onde o melhor que os super-heróis conseguem é andar à batatada num túnel. As crianças não gostaram.

Melhor Direcção Artística: The Madness of King Jesus, onde um louco e sedento por vitórias Jesus leva a sua equipa à realização de exibições com elevada "nota artística".

Pior Direcção Artísitca: Chicago, um filme onde um presidente flatulento (daí Chicago) controla os artistas conhecidos por "bois pretos" e não alcança os seus objectivos não pode ser um bom filme

Melhor Guarda-Roupa: The Aviator, um filme em que vestido de vermelho e branco ou de preto, o actor principal está sempre a aviar adversários com resultados de 1 a 8.

Pior Guarda-Roupa: Alice in Wonderland, um filme onde um plantel vem trajado a rigor para o efeito, os fatos de palhaços de alguns eram deliciosos (o de Miguel Lopes, o gorro de Falcao, etc), um comunicado lido por um guarda-redes mascarado de terrorista muçulmano.

Melhor Canção Original - High Hopes, onde Jorge Jesus grita a plenos pulmões do seu banco para incentivar os jogadores, sendo que consegui ouvi-lo por algumas vezes (note-se que estou na bancada Meo, piso 3). É música para os meus ouvidos.

Pior Canção Original - Povo que lavas no rio, onde Domingos Paciência canta o seu triste fadinho, queixando-se de tudo e todos, bem à portuguesa.

Melhor Fotografia: The Lord of the Rings - The Return of the King, um filme com uma fotografia lindíssima, onde o Benfica pratica um futebol a todos os níveis sublime, um regresso aos anos 80.

Pior Fotografia: The Hand of FalDog, um filme onde um canal de televisão pago e bem pago por alguns portugueses conseguiu fotografar uma jogada de andebol e censurou-a (diga-se que foi a blogosfera benfiquista que se encarregou de demonstrar que foi com a mão).

Melhor Caracterização: The Curiose Case of César Peixoto, um filme com uma caracterização tão boa que até parece que este senhor é o melhor defesa esquerdo do país.

Pior Caracterização: The Incredible Hulk, por mais que o maquilhem de bom jogador, disso não tem nada.

Melhores Efeitos Especiais: Forrest Gump, um filme onde um jogador com uma cabecinha pequena mas com um talento nato e um coração enorme faz um golo de letra frente ao AEK.

Piores Efeitos Especiais: Borderline, um filme com a assinatura da Sporttv, onde as linhas de fora de jogo aparacem oblíquas, ou no jogador errado, curiosamente sempre em prejuízo do mesmo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ah e tal o Dias Ferreira

gamado do BrnB, com uma ligeira adulteraçãozinha ao texto pelo Boloposte

Digam de vossa justiça. Já disse a minha opinião uns posts abaixo.