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quarta-feira, 27 de março de 2013

Campeonato ou Europa?

Estamos a pouco mais de mês e meio do final da temporada. A tão pouco tempo do fim, e não tendo ganho nada [por agora], a verdade é que estamos muito perto de conquistar tudo. Campeonato, Taça e Liga Europa são metas possíveis e, umas mais que outras, prováveis. Seria de esperar que num clube com a grandeza do Benfica não se estivesse a discutir em qual das provas se deveria colocar as fichas. Mas a verdade é que, dada a falta de títulos nos últimos 20 anos, esta questão de "escolher" qual das competições ganhar tornou-se num hábito para os benfiquistas. No entanto, cada época tem as suas singularidades, e esta não foge à regra.

Estamos perante um plantel claramente desequilibrado. Não há laterais suplentes (e mesmo à esquerda é o que se tem visto), Matic e Enzo têm estado por sua conta, há jogadores em má forma, outros em subrendimento e, mesmo assim, os resultados estão aí, à vista, brilhantes e inatacáveis. Por isto, especialmente por isto, há quem defenda que o Benfica se deve focar única e exclusivamente no campeonato.

Discordo totalmente. Acho que apostar apenas no campeonato é uma tonteria que não deveria caber na cabeça de quem dirige, nos gabinetes ou a partir do banco de suplentes, o Benfica. Por dois motivos muito simples: em primeiro lugar, estamos numa posição extremamente favorável na Liga Europa. O Newcastle, apesar de ser um adversário que impõe respeito, está muito longe de meter medo. Tem feito um campeonato irregular, tem várias baixas para o duplo confronto europeu e não tem o nível do Benfica. Por isso, é muito provável que o Benfica venha a disputar as meias-finais da Liga Europa. E de uma meia a uma final vai um pequeno passo, que até pode ficar mais curto se o sorteio for simpático,  o que até nem é assim tão improvável, dada a valia das equipas ainda em competição. Já imaginaram ver novamente o Benfica numa final europeia, 23 anos depois? Não se devem desperdiçar oportunidades destas. O segundo motivo pelo qual acredito que não devemos deixar cair a Liga Europa é também ele muito simples: o que vos leva a acreditar que, apostando exclusivamente no campeonato, a conquista do mesmo seja uma realidade? Mesmo apostando apenas e só no campeonato, pode acontecer uma desgraça semelhante à do ano passado. Jesus pode ter nova psicose como a que o acometeu no ano passado em Guimarães, um Proença qualquer pode ser nomeado com o objectivo de nos fazer a folha, etc. Por isso, que sentido faz apostar exclusivamente em algo correndo os riscos de perder esse objectivo e de deixar escapar o outro, que até estava ao nosso alcance?

Espero que o Benfica aposte igualmente no campeonato e na Europa. Acho que as hipóteses de ganhar pelo menos uma das provas (além da Taça de Portugal, que, mesmo não a dando por adquirida, não concebo que nos escape) são maiores se se apostar nas duas competições em vez de focar as atenções exclusivamente numa. Pode também acontecer não ganhar nada, mas tenho para mim que é mais digno perder a lutar por tudo do que perder estupidamente porque se desistiu facilmente de algo. E caso esse cenário se confirme, acho que os benfiquistas e a Direcção deveriam ser suficientemente astutos para perceber quais os motivos que levaram ao insucesso, até porque, como referi no post anterior, nem tudo aquilo que pode ser insucesso pode ser atribuído ao treinador.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O Benfica é um clube, não uma empresa

O quadro acima é relativo à facturação no mercado de verão nos anos de presidência de Luís Filipe Vieira. Com o passar do tempo, apesar de termos uma equipa superior que há 6/7 anos, os resultados desportivos não melhoraram e as vendas aumentaram, muito por culpa do crescimento da dívida do Sport Lisboa e Benfica. Importa ainda destacar que as épocas que se seguiram aos verões de maior facturação (2007 e 2010) foram as piores e mais humilhantes dos mandatos de Vieira: em 2007/2008 o Benfica teve três treinadores, não foi além do 4º lugar no campeonato e ainda levou 5 em Alvalade; em 2010/2011 teve o pior arranque do campeonato em mais de 50 anos, perdeu 4 vezes com o Porto (uma na Supertaça, outra das quais por 5-0, mais uma que lhes deu o título na Luz e na última permitiu uma reviravolta histórica em 45 minutos ao sofrer 3 golos na Luz nas meias-finais da Taça de Portugal), foi eliminado nas meias da Liga Europa pelo Braga, ficou a mais de 20 pontos do campeão e teve a pior prestação de sempre na Champions League. Foi isto que aconteceu nas épocas que se seguiram aos verões de maior facturação. Agora, resta olhar novamente para o quadro e ver quanto o Benfica amealhou em 2012. O futuro não é animador.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Acabou antes de começar

Não tenho palavras. Não há muito mais a dizer. Resta olhar para a delapidação patrimonial que está a ser feita e bater palminhas à gestão do Sport Lisboa e Benfica. O rei vai nu e o miúdo que aponta para a nudez do monarca, em vez de provocar a galhofa dos populares, leva uma chapada dos mesmos. E apesar de só ter 4 anos, o miúdo é acusado de ser um mau benfiquista. Atirem-no para a fogueira dos judeus.

O Benfica deu mais uma valente machadada nas suas aspirações em relação ao título. À venda de Javi juntou-se a venda de Witsel, perdendo o Benfica desta forma os dois jogadores que eu sempre considerei os mais importantes no plantel. Na antevisão da temporada, disse que um meio-campo defensivo com Javi Garcia, Axel Witsel e Nemanja Matic era insuficiente, faltava um jogador. Esse atleta em falta seria, naturalmente, Rúben Amorim. Airton seria outra opção. Nenhum deles retornou e mais ninguém foi contratado. O Benfica iniciava a época com os mesmos jogadores com que tinha terminado a anterior. Três atletas, duas posições. Javi foi vendido bem abaixo da cláusula na sexta-feira passada, Witsel seguiu-lhe as pisadas, pela cláusula, esta segunda. Em dois dias úteis, o Artur Jorge da Reboleira e o Vale e Azevedo das Furnas destruíram um bom plantel. "O que poderiam ter feito, pobrezinhos, são uns mártires, o Javi foi vendido no último dia e o Witsel pela cláusula, o que poderiam ter feito?" - perguntarão os mais desatentos. Simples. Não vender jogadores abaixo do valor da cláusula e precaver, acautelar as possíveis saídas pela cláusula contratando um jogador capaz de os substituir (algo que até poderia e deveria ter sido feito, havia espaço no plantel para mais um). Não se fez uma coisa nem outra. A gestão desportiva neste clube não é má nem péssima, é simplesmente inexistente. Se o Benfica foi obrigado a vender foi porque está financeiramente na lama. E se está financeiramente na lama é porque as pessoas que o dirigem o arrastaram para lá. Má gestão desportiva, má gestão financeira, poucos títulos, muitas dívidas. Há 10 anos que esta corja anda por lá e por lá vai continuar até quiser.

Depois ainda escrevem a pedir para que não fale mal de Vieira. Como - pergunto - como querem que não o faça quando este indivíduo está a minar o clube e a matar-nos aos bocadinhos? É hora de acordar. É hora de agir. É hora de os benfiquistas abrirem os olhos para o que se passa no clube. Há demasiada gente que gosta efectivamente do Benfica e que continua calada, impávida e serena a observar este triste espectáculo. Os actuais dirigentes do Benfica transformaram um clube de futebol numa máquina empresarial. Não é isto que eu quero para o Benfica. Não quero um Benfica perdedor, fraco e endividado. Está na altura de grandes benfiquistas se chegarem à frente. Saiam do conforto. Vão à luta. Hoje, mais que nunca, há milhares, milhões de benfiquistas furiosos com a gestão encarnada. Vejam nos blogs, nos fóruns, nos sites, nas redes sociais, a opinião popular está lá. No estádio ouvem-se cânticos de descontentamento. As paredes em volta da Luz gritam a sua revolta. Está na hora de mudar. É preciso aparecer gente credível e capaz que se candidate contra os actuais ditadores do Benfica. E é fundamental que muitos dos benfiquistas com influência na sociedade e que têm voz activa nos assuntos do clube, seja nos programas de televisão seja na internet, deixem de fingir que está tudo bem, ponham o dedo na ferida e tenham a coragem que vos tem faltado nos últimos anos. Façam-no pelo Benfica. Estou farto disto, estamos fartos disto. Já chega.

sábado, 1 de setembro de 2012

Te amo, te amo, Benfica!*

Eu também te amo, Benfica, mas tu não queres nada de mim. Nem de mim nem dos outros sócios. Esqueceste o teu passado, andas alheado do presente e não sabes o que queres para o futuro. Cuspiste nas pessoas que te ergueram, desprezaste quem te deu valor e hoje levantas-te sobre os ombros de gente de índole e carácter duvidoso. Amo-te Benfica. Pena que não gostes tanto de ti como eu gosto.

A saída de Javi Garcia foi apenas mais um triste episódio que só prova a "incompetência" de quem dirige o Benfica. Se o Benfica estava obrigado a vender devido à falta de liquidez, por que motivo esperou pelo dia 31 de Agosto para o fazer, a preço de saldo, inviabilizando a contratação de um substituto? Ainda por cima, ao preço a que foi vendido, questiono-me porque é que o Benfica não vendeu jogadores excedentários como Gaitán e todos os outros que se encontram a treinar à parte ou emprestados por "n" clubes sem possibilidade de retorno à Luz, perfazendo assim os ditos 20 milhões de euros? E porque motivo se contratou um extremo que não faz parte das contas de Jesus, engrossando a larguíssima lista de jogadores para essa posição? Ou um avançado em final de contrato por 4,5 milhões de euros, cláusula de rescisão do mesmo, mais a cedência a título de empréstimo de um jogador que custou 1 milhão há uns meses, quando se tinha uma jovem promessa portuguesa que foi emprestada para a Coruña? Só nestes disparates, o Benfica estoirou, sem necessidade, 14,5 milhões de euros. Com mais 5,5 milhões que poderiam ter sido feitos com os encalhados Júlio César, Sidnei, Shaffer ou Urreta, não haveria necessidade de vender Javi. B-A = BA.

Como se vê, a saída de Javi não era uma necessidade imperial. Havia outras formas de resolver o problema. Gestores sérios e competentes não teriam de "cobrar" esta dívida ao Benfica, pelo menos desta forma. Dirigentes competentes não aceitariam que as coisas se resolvessem deste modo. Mas a propósito não sei de quê, continua a existir uma crença cega nas pessoas que, em dez anos, quadruplicaram o passivo de Vale e Azevedo. A essas pessoas só desejo que confiem as suas poupanças a Domingos Soares de Oliveira, Luís Filipe Vieira e demais incompetentes. Pode ser que, acabando na penúria, se apercebam do que está a acontecer no Benfica. Ou nem isso, que eu vi aquelas carpideiras na televisão norte-coreana a chorar a morte do Querido Líder. Ou sei que no funeral de Salazar houve milhares de pessoas nas ruas a acompanhar o percurso da viatura que levava o corpo do ditador. Somos assim. Às vezes, mesmo na miséria física, financeira e intelectual, continuamos a apoiar que nos tornou fracos, pobres e burros, em nome de uma ridícula e absurda estabilidade medíocre, por aconchego, por conforto, por falta de vontade em mudar, por inépcia.

Como se não bastasse a saída de um dos pilares do onze titular, a meu ver, a par de Witsel, o jogador mais importante e cuja a venda constituiria o maior rombo nas aspirações do Benfica para 2012/2013, o nosso clube não antecipou o futuro e, apanhado com as calças na mão, não contratou nenhum jogador para substituir o ex-camisola 6. A isto chama-se "planeamento zero". Se o Benfica já sabia que teria de vender alguém até 31 de Agosto, por que motivo não acautelou a possível/provável saída de Javi (ou Witsel) tendo na manga um nome para substituir o espanhol? Costuma-se dizer que quem não tem cão, caça com gato. O problema é que para a posição de trinco, não há cão nem gato. Matic não tem as mesmas características de Javi, estando a anos-luz de assegurar a mesma qualidade defensiva do murciano. Witsel não é trinco puro. Amorim, que poderia ser a solução para este problema, está a reforçar um rival ao título por incompatibilidades com Jesus. Se no ano passado retiraram o tapete a Jesus em Janeiro, com a sua patética conivência, desta vez nem esperaram por Setembro. Obrigado a todos.

Assim vai o Benfica. Inicia a época sem defesa esquerdo, com uma adaptação em curso e um jogador que não conta para Jesus, sem substituto no plantel principal para Maxi, e sem trinco. Isto é mais que meio caminho andado para oferecer o tricampeonato ao Porto, que manteve Moutinho e Hulk, fazendo de Vítor Pereira bicampeão. Só em Portugal. Meus caros, isto não é incompetência. Resta saber se é negligência ou temos gente mal intencionada a decidir, autênticos Porcos de Tróia a dirigir o clube.

Os sócios já não são sócios. São meros clientes. Disse-o há uns dias e confirmou-se. Na semana passada recebi o telefonema de uma simpática jovem que trabalha para o clube a tentar vender-me pedras da calçada, vulgo Praça dos Heróis (outra aberração que será falada brevemente). Um Benfica voltado para os sócios dar-lhes-ia campeonatos. Um Benfica voltado para os clientes tenta vender-lhes os calhaus à volta do Estádio ao preço de 62,90€ o mais barato.

O que interessa às pessoas que dirigem o Benfica é que os sócios, perdão, clientes, estejam interessados em questões secundárias como comprar pedras, jogar futvólei na Praça Centenarium, ir a sessões de autógrafos nos Restauradores, marcar restaurantes pelo site oficial, etc. Questões fulcrais como a conquista de campeonatos são vistas como fait-divers. Porque se os sócios vissem o que está prestes a acontecer em termos de contabilidade de títulos nacionais, talvez se apercebessem de que o Benfica está a um passo de deixar de ser, mesmos em termos históricos, o maior clube de Portugal.

*Frase de Javi Garcia na comemoração do título de campeão nacional 2009/2010.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Treinador de Teclado

No estádio ou no sofá, todos somos treinadores de bancada. Damos bitaites sobre as substituições, o esquema táctico, a performance individual de cada jogador. Antes da época começar é normal assistir nos blogs e nos fóruns a um montar e desmontar de plantéis. Afinal de contas, todos somos treinadores ou directores desportivos de teclado. «Jogador "x" de reforçar o meu clube, jogador "y" deve sair», por aí adiante. E é isso que faço hoje no blog, lançando o repto para que façam o mesmo na caixa de comentários. Componham o vosso plantel para 2011/2012: digam quem fica, quem sai, por quanto sai, quem vem e por quanto vem. Sabendo que só erra quem arrisca, eis o meu plantel para a próxima época (nota: tenho esta equipa feita desde o dia em que fomos eliminados da Liga Europa, 5 de Maio de 2011).

Permanências: Júlio César, Moreira, Maxi Pereira, Luisão, Fábio Coentrão, César Peixoto, Javi Garcia, Rúben Amorim, Carlos Martins, Nico Gaitán, Pablo Aimar, Franco Jara, Nuno Gomes, Óscar Cardozo.

Empréstimos (principais): Oblak (2ª Liga), Fábio Faria (1ª Liga), Jardel (1ª Liga), Roderick Miranda (1ª Liga ou 2ª Liga), Carole (1ª Liga), Airton (1ª Liga), Leandro Pimenta (2ª Liga), Miguel Rosa (1ª Liga), Ishmael Yartey (1ª Liga), Alan Kardec (1ª Liga).

Saídas: Roberto (6 M), Sidnei (5 M), Marc Zoro (0 M), Luís Filipe (0 M), Jorge Ribeiro (0,5 M), Javier Balboa (0 M), Fernández (1,5 M), Felipe Menezes (2,5 M), Weldon (0 M), Saviola (5 M).

Entradas: Artur Moraes (0 M), Rodriguez (0 M), Ezequiel Garay (0 M, empréstimo), Miguel Vítor (0 M), Stankevicius (2 M), Hassan Yebda (0 M), Miguel Veloso (7 M), Vieirinha (4 M), Danny (7 M), David Simão (0 M), Nenê (5,5 M), Nélson Oliveira (0 M).


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O actual onze titular do Benfica está longe de ser mau. Pelo contrário, é bom. Um dos problemas, por ventura o maior, é a falta de qualidade das "segundas opções". E é por isso que, do actual plantel, comigo só transitavam 14 jogadores, sendo que apenas Moreira, Peixoto e Martins é que fazem parte dessas segundas opções. E há casos que neste momento só por burrice desmesurada se manteriam no plantel. Roberto, por exemplo. Saviola, outro, jogador que nos últimos 7 anos só fez uma boa época. E mesmo Jardel, no qual acredito, mas que precisa de maturar primeiro noutra equipa da Liga, pois parece que deu um salto maior que a perna, apesar de poder vir mais tarde a confirmar a qualidade que aparenta ter. Sidnei é um caso quase perdido de um miúdo com talento mas que não se quer afirmar, preferindo a boa vida ao profissionalismo. Menezes é Menezes, um falso lento, pois parece lento mas na realidade joga parado. Luís Filipe, Weldon, Zoro, Fernández, e Balboa são para vender rapidamente. Para que tenham noção, neste pacote de luxo de cinco jogadores, pouparíamos cerca de 200 mil euros por mês.

Quanto aos empréstimos há dois tipos de jogadores a emprestar: um conjunto formado por atletas mais jovens ou das nossas escolas, como Oblak, Roderick Miranda, Leandro Pimenta e Ishmael Yartey, que ainda têm bastante a provar e que deveriam rodar em equipas com ambições altas na Liga Orangina ou que não quisessem descer a essa divisão, e um conjunto de jogadores com alguma qualidade já mostrada, como Fábio Faria, Jardel, Carole, Airton, Miguel Rosa e Alan Kardec, que deveriam rodar em equipas com ambições europeias ou que ambicionem um lugar sólido na tabela.

Por fim, as entradas. Começando pelos "retornados", Miguel Vítor, Hassan Yebda, David Simão e Nélson Oliveira demonstraram, nos clubes por que passaram, qualidades que justificam a sua integração no nosso plantel: Miguel Vítor jogou poucas vezes na equipa de Eriksson pois esteve lesionado durante boa parte da época, mas sempre que foi chamado cumpriu muitíssimo bem, confirmando o que já tinha mostrado na época de Quique Flores. Alguém se lembra de ver o nosso jogador falhar ou ficar mal num lance em que tenhamos sofrido um golo? Pois. Yebda foi "só" eleito a melhor aquisição este ano em Itália. Preciso dizer mais alguma coisa? Os dois "pacenses" mostraram boas indicações esta época. Mais David Simão, que pegou na batuta da equipa, mas também Nélson Oliveira, com muitos golos decisivos que deram pontos aos pacenses.

A custo zero viriam ainda três jogadores: Artur Moraes, que se confirmou, e que a meu ver poderia lutar pela titularidade com Júlio César; o central peruano Rodriguez, que demonstrou uma serenidade aliada à sua óbvia qualidade durante estes anos de Braga, também em final de contrato, seria uma excelente opção; e por fim o argentino Garay, que já se tinha destacado no Racing, possivelmente por empréstimo do Real Madrid e que não foi opção para Mourinho, que contava com Carvalho, Pepe e Albiol, mas que encaixaria que nem uma luva ao lado de Luisão, por ter características muito diferentes das do número 4. A juntar a estes quatro reforços, um lateral direito suplente de boa qualidade que pertence aos quadros da Sampdoria e que esteve emprestado ao Valencia: o lituano Stankevicius, de 29 anos. Deveria ser possível contratar por 2 milhões, especulo eu.

Por fim, os mais caros: foi visível durante toda a época que faltava um apoio a Javi Garcia. O substituto de Ramires não veio e poderia mesmo ter vindo. Chamava-se Moutinho e foi muito graças a ele que o Porto venceu. A ajuda de Javi Garcia poderia chamar-se Miguel Veloso. Claro que vai aparecer gente indignadíssima na caixa de comentários a dizer cobras e lagartos do Veloso (como disseram do Moutinho na pré-época!!), mas que tem uma qualidade inegável, isso tem. Rui Costa já expressou a admiração que tem pelo filho do ex-colega, que já desvalorizou o suficiente em Génova para ser um alvo não muito difícil para o Benfica. Basta querer. Outros jogadores são Vieirinha e Danny, extremos portugueses que estão no estrangeiro mas que podem dar ao Benfica uma solução que vamos perder com a saída de Salvio: profundidade nas alas. Danny já afirmou que quer sair da Rússia e vai entrar no último ano de contrato, já Vieirinha é mais um dos talentos que o Porto esbanjou. Por fim, um jogador que me chamou a atenção quando defrontou o Benfica esta época: Nenê. É uma espécie de segundo avançado que pode jogar como médio esquerdo, marcando muitos golos por temporada. Fê-lo no Monaco e voltou a repetir a proeza no PSG. Com quase 30 anos, seria uma boa solução a curto e médio prazo para fazer dupla com Cardozo, ou para jogar na ala. Vi alguns jogos do PSG e este jogador não engana, é muito bom mesmo.

Um hipotético onze titular, em 4x3x3, seria isto: Júlio César; Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay, Fábio Coentrão; Javi Garcia, Miguel Veloso e Pablo Aimar; Danny, Nico Gaitán e Óscar Cardozo. Suplentes: Artur Moraes, Stankevicius, Rodriguez, Hassan Yebda, Rúben Amorim, Jara e Nenê.

Façam os vossos plantéis.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ainda há muita época por disputar. O que fazer?

Apesar do desempenho titubeante no campeonato, que culminou com a entrega das quinas ao Porto em plena Luz, chegamos a Abril ainda em três frentes, algo que se não é inédito na história recente do Benfica, anda lá perto. E além de estar nas três frentes, tem boas hipóteses de vencer qualquer uma delas: na Taça da Liga enfrentamos um adversário que, apesar da sua valia óbvia, não deverá, num dia "normal", constituir oposição temível ao Benfica; na Taça de Portugal temos uma excelente vantagem adquirida na primeira mão e só num dia realmente muito mau poderemos desperdiçá-la; na Liga Europa as ambições são naturalmente mais moderadas face à valia dos adversários, mas a verdade é que, em relação a outras edições desta prova, a qualidade desta está nivelada por baixo, pois não há um único "tubarão" sobrevivente dos que já participaram esta época, como por exemplo o Liverpool, a Juventus ou o Manchester City.

Por tudo isto, e analisando umas questões que deixei noutro post, que deve o Benfica fazer até final da época? Que linhas temos de redefinir? Essencialmente, penso que é fundamental (re)vêr três questões:

Há jogadores que precisam de ir para o banco?

Sim, a meu ver, sim. Não necessariamente nos jogos fundamentais desta época, nesses devem jogar os melhores disponíveis para cada jogo. Mas parece-me desnecessário continuar a apostar em jogadores mais cansados ou com lesões para o campeonato. Exemplos flagrantes? Os extremos Gaitán e Salvio, que já se arrastam há algumas jornadas, Cardozo, pelas mesmas razões mas não tão evidentes, Carlos Martins, Aimar e Maxi Pereira essencialmente pelo estado clínico recente. Depois há casos de jogadores como Coentrão, Saviola, Javi Garcia ou Luisão que, mesmo com muitos jogos nas pernas, continuam a demonstrar uma forma física muito boa, mas na minha opinião, mesmo esses, deveriam descansar. Por isso, na Liga, o onze base deveria ser qualquer coisa como: Roberto/Júlio César/Moreira: Luís Filipe, Jardel, Sidnei e Carole; Airton, Peixoto e Menezes; Jara, Weldon e Kardec.

Pode o Benfica continuar a jogar só com um médio de características defensivas?

Nos jogos em casa até pode fazer isso, mas nos jogos fora é impensável. Praticamente todas as grandes equipas europeias jogam com um médio defensivo e um de características defensivas ou que seja box-to-box tanto em casa como fora, evitando jogar com um número 10 puro, dois extremos e dois avançados como faz o Benfica, num esquema que tantos desequilíbrios cria. Por exemplo: no Real jogam Khedira e Xabi Alonso, no Barcelona jogam Busquets e Xavi, no Chelsea jogam Essien e Lampard, no Manchester actuam Carrick e Scholes, no Milan temos Pirlo e Gattuso e no Inter há Motta e Cambiasso. No Benfica só há Javi Garcia. E isto cria os desequilíbrios que temos visto esta época. Ao lado de Javi tem de estar um jogador que consiga dar consistência defensiva. Quem? Depende das circunstâncias. Rúben Amorim seria o ideal, mas como está de fora terá de jogar Airton, Carlos Martins, ou mesmo com Peixoto à semelhança do que aconteceu no Dragão. Num jogo fora, apostaria em Airton se tivéssemos ganho vantagem na primeira mão, caso contrário a escolha recairia sobre Martins apesar de tudo isto depender do adversário em questão, algo a que Jesus parece não dar grande relevância, uma vez que, qualquer que seja o adversário, o onze é sempre o mesmo.

Quem deve ser o guarda-redes titular?

Todos merecem uma segunda oportunidade. Roberto já vai na sétima ou oitava oportunidade. Parece-me um bocadinho demais. As grandes defesas que faz não são suficientes para compensar os grandes e caros frangos que dá, especialmente em jogos grandes ou importantes. Já comprometeu com o Lyon, Sporting, Porto e Braga, tudo na mesma época. É demais, não há desculpas. Não estão em causa as qualidades. O problema são os defeitos. Não é consistente e a consistência deve ser a primeira característica que um guarda-redes deve ter. Nem dá segurança. Olho para a baliza com Júlio César e sinto tranquilidade e serenidade no sector defensivo. Atendendo à quantidade de jogos importantes até final, a solução pode passar pela troca de guarda-redes quer seja por premiar a qualidade de Júlio César que contrasta com a inconstância de Roberto, quer seja por um aspecto meramente mental e que sirva para abanar com a equipa, tal como Trapattoni disse e fez em 2004/2005 com os efeitos conhecidos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Artur Jorge v2.0

Chama-se Francisco José da Costa, mais conhecido no mundo do futebol por "Costinha". Agora que deixou de distribuir sarrafada e fruta pelos campos de futebol por essa Europa fora, decidiu vestir uns fatos muito janotas (há um particularmente bonito, cor de menta dos pés à cabeça, com o qual aparece vestido na entrevista que deu à revista Única do jornal Expresso) e, à semelhança do seu presidente (uma espécie de Damásio), acha que, por usar fatos bonitos, também é gente.

O que é facto é que desde que chegou ao cargo que agora exerce, tem feito mais ou menos aquilo que fazia dentro de campo, ou seja, partir tudo. Neste momento, e ao contrário daquilo que se podia imaginar, nomeadamente no que diz respeito ao Benfica, o Sporting é o clube mais vendedor do defeso, tendo já alienado os passes dos seus dois melhores jogadores, o Anão e o Gordo, perdão, Moutinho e Veloso, jogadores cuja qualidade é inquestionável e que, muito sinceramente e sem qualquer ponta de ironia, gostaria de ver de águia ao peito, mesmo que isso implicasse pagar ao rival. Aliás, relativamente a Veloso, tenho o feeling que será mesmo uma questão de tempo, visto a adoração que o nosso director desportivo tem por ele. Quanto a Moutinho, quem sabe, ele até já revelou publicamente o desejo de jogar pelo Benfica, ele que é benfiquista desde pequenino.

O que é facto é que Costinha encarna (ou "esverdeja") o típico sportinguista, clube do qual é mesmo adepto, embora às vezes não pareça: é peneirento, anti-benfiquista primário e negociar não é com ele, tendo em conta os saldos que têm ocorrido em Alvalade. Neste momento, com Bettencourt (Damásio) e Costinha (Artur Jorge) ao leme, as previsões de Dias da Cunha parecem cada vez mais acertadas: o Sporting não vai durar mais de dez anos. Disse-o, salvo erro, em 2006, logo em 2016 já cá não estarão. E assim, um dia, poderei contar aos meus netos, que vi o Sporting. E quando eles me perguntarem o que era isso, eu responderei que era um Belenenses mirradinho.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O meu reconhecimento


"Não fui ganhar muito mais do que no Boavista. Tinha acabado de nascer o meu segundo filho, houve a mudança, levei a família, esperava ir ganhar isto e aquilo mas depois não se concretizou. Tinha de pagar casa alugada, foi quase como se fosse ganhar o mesmo. Só aos 30 anos consegui renovar contrato, aos 31 acabei por ir embora."

"Apareciam jogadores que ganhavam muito mais do que eu e nunca tinham jogado em lado nenhum. Eu, que era internacional pelo meu país, titular e sub-capitão do Benfica, jogava sempre e não via o meu salário ser aumentado. Fiquei triste, até porque também tinha tido a oportunidade de sair para outros clubes. Surgiu o Colónia e fiz pressing para sair, para salvaguardar a minha vida."

"Eu queria acabar no Benfica mas também queria ser reconhecido e retribuído por todos os sacrifícios que fiz ao longo dos anos. Acabei por sair e a verdade é que isto aqui é uma maravilha, apesar do Inverno, apesar de às vezes treinarmos com neve até aos joelhos."


As palavras são de Petit, agora jogador do Colónia, numa excelente entrevista ao diário i. Entristece-me ver que uma antiga referência do clube, uma espécie de glória dos tempos modernos, foi tratada desta forma por quem comanda o Benfica. Compreendo agora, mais do que nunca, o sabor amargo que a sua - na altura, incompreensível - saída deixou na boca de muitos benfiquistas.

Lembro-me de ler, neste mesmo blogue, um texto que alertava para o desmembramento do plantel e para a falta que este internacional nos fez durante a época passada. Nada mais acertado. Petit é um jogador cujos valores e mentalidade representam tudo o que os adeptos mais fervorosos do Benfica podem exigir a um jogador. É, ainda hoje, uma pessoa extremamente humilde, que teria perfeitamente lugar na estrutura actual deste plantel.

Só um reparo, Petit: há algo de que nunca não te poderás queixar. Os adeptos sempre retribuíram o teu esforço com muito carinho. Fica aqui, também, expresso o meu agradecimento. E quanto aos que, por alturas das eleições, duvidaram das boas intenções do rapaz, deixo-vos com esclarecimento, como sempre, de grande franqueza:


"Estava num restaurante e ligou-me um primo que trabalha no Porto Canal. “Olha, o Bruno, o meu patrão, pergunta se queres ser mandatário da campanha dele.” Eu só tenho o primeiro ano, não sabia o que queria dizer ser mandatário e disse-lhe: “Mete lá aí o meu nome.”"

"Eu é que fiquei mal, porque me dou bem com o presidente [Luís Filipe Vieira]. Mandatário! Depois percebi que fiz asneira. Nunca mais falei com Luís Filipe Vieira e ele deve ter ficado zangado. Pensava que era uma coisa qualquer de marketing. Que asneira, as pessoas a ligarem, o meu empresário a perguntar porque me meti naquilo… mas é com estes erros que vamos aprendendo. Vou morrer e ainda vou estar a errar. E a aprender."


sábado, 8 de agosto de 2009

Eu disse...

Em Junho escrevi isto.

E foi isto que aconteceu.

domingo, 2 de agosto de 2009

Grandes Erros no Benfica dos Últimos 25 anos (I)

Há uns tempos, o jornalista do MaisFutebol, Nuno Madureira, escreveu uma série de três crónicas em que falava sobre as maiores surpresas em termos de resultados em jogos de futebol internacional. Hoje, é a nossa vez de rever os mais recentes erros no Benfica, no primeiro de três posts sobre os Grandes Erros no Benfica dos Últimos 25 anos.

15º Grande Erro - Dispensas na Formação

Foi uma constante nos últimos 25 anos. Destes últimos tempos, saídos da formação para o plantel principal, lembro-me, e com ajuda de uma pesquisa, de Samuel, José Carlos, Abel Silva, Paulo Sousa, Paulo Madeira, Rui Bento (?), Rui Costa, Pedro Henriques, Kenedy, Edgar, Bruno Caires, Hugo Leal, Bruno Basto, Paulo Lopes, Maniche, Jorge Ribeiro, Moreira, João Pereira, Manuel Fernandes e Miguel Vítor. Só para referir alguns. estes, conseguiram fazer a transição de juniores para seniores, uns com grande sucesso, casos de Rui Costa, Manuel Fernandes, Paulo Sousa e Samuel, outros sem nunca se afirmarem, como Paulo Lopes, Pedro Henriques, Kenedy ou Bruno Caires. Mas para além destes 20 jogadores que enumerei, muitos outros ficaram, e mal, pelo caminho. Um dos grandes erros na formação do SLB foi dispensar jogadores cuja qualidade, aliada ao trabalho, seria indiscutível. Falta de dinheiro e uma grande dose de incompetência fizeram com que Paulo Lopes (que daria um bom 3º GR), Rúben Amorim, Miguel Veloso, Fernando Alexandre, Tiago Pinto, entre tantos outros fossem dispensados ou não aproveitados nos treinos de captação. O que faltou, ao longo destes anos, foi capacidade para formar um Simão, ou um Ronaldo, um Quaresma, tudo jogadores que atingiram enorme projecção e renderam muitos milhões.

14º Grande Erro - Não-contratação de Mário Jardel

Esteve perto, muito perto mesmo. E mesmo assim não veio. José Veiga que nos explique porquê, já agora. O sonho de Jardel era conhecido: representar o maior clube português, e não conseguiu. Quando há interesse do jogador e interesse do clube em simultâneo, o negócio poe concretizar-se. Não aconteceu, e ambosficaram a perder. Especialmente o Benfica.

13º Grande Erro - Não-contratação de Ronaldinho

Este é difícil de colocar, uma vez que tratava-se de uma operação de risco. Como o prórpio José Antonio Camacho admitiu, o Benfica quis, e tinha condições para desembolçar os 12 milhões de euros pedidos pelo PSG para contratar Ronaldinho. Não o fez uma vez que tinha investid o mesmo montante num jogador que acabara de se lesionar por 4 meses, Simão Sabrosa. Tivemos medo. Foi pena, e foi um grande erro.

12º Grande Erro - Tomislav Ivic

Um que, cá para mim, esteve lá a mando de outros.

11º Grande Erro - Pressão Exagerada dos Sócios

Foi e é, ainda hoje, uma constante: pré-épocas de sonho que aguçam o benfiquismo de todos nós e que nos fazem proferir aquela famosa frase: "Este ano é que é!". Dizemos isto demasiadas vezes, e as últimas épocas têm sido uma grande desilusão. As expectativas não são correspondidas muitas vezes devido à grande pressão que se faz sentir, ou não fosse este o maior clube do Mundo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Utopia

Se bem se lembram, há uns meses, mais precisamente no final de Maio, prometi que diria que jogadores gostaria de ver no plantel. Ora, sonhar não custa, nem paga imposto. Por isso, qual treinador de bancada, qual treinador de Football Manager, faço aqui uma análise ao plantel do Sport Lisboa e Benfica que terminou a época 2008-2009 e aquele que eu gostaria de ver começar a época de 2009-2010.

Comecemos com o de 2008-2009

Como se pode ver, no plantel principal, existem muitas lacunas: em termos de posição no terreno de jogo, teríamos 3 guarda-redes, 1 defesa-direito (deveria existir mais um), 1 defesa-esquerdo (deveria haver mais um), 4 defesas-centrais, 7 médios centro (em excesso, deveria sair um ou dois), um médio-direito (deveria haver mais um, ou dois, atendendo que o único era o Balboa), 2 médios-esquerdos e 5 avançados. Há, claramente, alguns desiquilíbrios. Os valores dos salários não são, certamente, os mais correctos, uma vez que não tenho acesso à pauta salarial do clube. Por isso, socorri-me dos dados publicados pelo LF, do Vedeta da Bola, em Maio de 2009.

Época 2009-2010 (tabelas feitas no final de Maio de 2009)

Em primeiro lugar, espero que tenham lido o que escrevi acima: "tabelas feitas no final de Maio de 2009". As escolhas que fiz na tabela serão explicadas de seguida:

Vendas: Dos vários nomes que coloquei nas vendas, vou explicar aqueles que parecem ser menos consensuais.

David Luiz - para além das lesões que foi tendo, penso que um dos principais pecados de David Luiz foi a displicência com que usou a camisola do Benfica. Acho, sinceramente, que em termos técnicos é o melhor central do plantel, mas em termos psicológicos nem anda lá perto. Aparece, em cada jogo, com cada vez mais "tiques" de vedeta. Fiquei furioso com aquele terceiro golo do Nacional da Madeira na Choupana. O David Luiz simplesmente desistiu do lance. Para quem se queixava do Léo, enfim...
Hassan Yebda - Yebda não é nem tão bom como Mourinho disse nem tão mau com certas pessoas o pintam. É um jogador que eu até gosto, mas creio que as propostas apresentadas em Dezembro por clubes da Premier League são demaisado elevadas para o seu real valor. Por isso, 6,5 milhões de euros por Yebda, parece-me bastante razoável.
Di Maria - Este médio argentino tem enormes capacidades. Gigantescas, diria. Mas após dois anos no Benfica, acredito que os seus índices de motivação para continuar no clube estejam já demasiado baixos. Até pode (e creio mesmo que vai) ser um grande jogador, mas precisa de encontrar um clube novo. E o Benfica precisa do dinheiro que pode render.
Pablo Aimar - Aimar é um génio. Gosto do argentino quando está em forma e reconheço que seria sempre muito útil. Mas num campeonato onde a genialidade dos jogadores do Benfica é apenas premiada com sarrafada, acho que Aimar, no nosso plantel, continuaria a passar demasiado tempo no departamento médico. Pena é que assim fosse, mas Aimar merece melhor sorte.
Freddy Adu - não consigo gostar nem um bocadinho do norte-americano. Há um certo grupo de jogadores como Kerlon, Buonannote e Freddy Adu, por exemplo, que apenas são conhecidos por factos irrelevantes. Por exemplo, Buonanote poque tem 1,60 metros, Kerlon porque faz a "foquinha" e Adu porque se estreou com 14 anos, sendo norte-americano, tendo logo "boa imprensa" atrás de si. Sendo que a sua cláusula de opção de compra se cifrava em 4 M, penso que deveria ser esse o valor pelo qual poderíamos enganar alguém.
Mantorras - Mantoras já nos mostrou que basta um joelho em condições para marcar. É um caso raro no nosso futebol. Pode estar coxo, pode estar acabado, mas se há facto inegável é o de que o avançado angolano nunca perdeu aquele isntinto de matador. pena é que só possa jogar tão pouco tempo. Por isso, não arriscava ficar com ele.

Compras: A análise a todos os reforços:

João Pereira - O lateral-direito do Sporting de Braga é o melhor jogador a actuar na sua posição em Portugal, pena é que ainda poucos o tenham percebido. Alem disso, é um homem da casa e sente o Benfica como poucos.
Ricardo Rocha - Outro que já cá esteve. Hoje, está sem clube, mas a sua experiência e garra são importantíssimas para o clube.
Ruben Lima - Não entendo como é que este jogador ainda não teve a sua oportunidade. Um dos raros defesas-esquerdos de raiz português que pode, perfeitamente, vir a ser o titular da selecção a médio-prazo.
Tiago Mendes - a Juventus já contratou Diego e Felipe Melo. Tem ainda Poulsen, Sissoko, Zanneti, Almiron e Giovinco. Alguém terá de sair, e parece que a ser alguém seria o Tiago. Por que não?
Gokhan Inler - quem?! Daqui a um ou dois anos vão perceber. Agora, se quiserem, comecem a ver a Serie A, nomeadamente os jogos deste suiço de ascendência turca que joga na Udinese.
Carlitos - Já cá esteve. Já saiu. Entretanto já foi eleito melhor jogador co campeonato onde joga. Já foi campeão. Amadureceu e hoje é um dos poucos expremos puros portugueses com qualidade e com um preço ao alcance do bolso do Benfica.
Djalma - rápido, filho de uma ex-glória do Benfica, é um jogador com um bom futuro. Pode ajudar em muito o Benfica.
Fábio Coentrão - está adesenvolver-se rapidamente. Precisa também de ganhar [muita] massa muscular rapidamente, porque o potencial está lá, só precisa de ser trabalhado.
Miccoli - Por razões óbvias que todos os benfiquistas ainda se lembram. O baixo preço explica-se pela Lei Webster.
Reyes - Se sai Di Maria, então Reyes pode ficar. Se e só se aceitar baixar o seu astronómico salário.
Makukula - não entendo a razão de tão grande descontentamento para com este jogador. Gosto bastante do Makukula, e acho que merece ficar no plantel.
Bafetidis Gomis - Um "tanque" para a frente do ataque. Se queremos ganhar não só a Liga, mas também a Liga Europa, é preciso muitos e bons atacantes para saber gerir o desgaste de uma temporada (os voos constantes de Cardozo, por exemplo, para o Paraguai).

A equipa base da época passada foi a seguinte: Quim; Maxi Pereira, Sidnei, Luisão e David Luiz; Amorim, Katsouranis, Yebda e Reyes; Pablo Aimar e Cardozo.

Este ano teríamos: Moreira; João Pereira, Luisão, Sidnei e Jorge Ribeiro; Inler, Tiago, Carlitos e Reyes; Miccoli e Cardozo.

Contas feitas:

- é preciso saber vender. Isso é o mais importante. Ibson, Cissokho, Lucho e Lisandro foram vendidos por muito mais do dobro do que valem neste momento.
- é preciso saber contratar
- de um plantel de 24 passavamos a ter um plantel de 25 jogadores.
- de um plantel de 7 jogadores portugueses, passávamos a ter um com 14.
- de um plantel com 4 jogadores da formação, passavamos a ter um plantel com 6.
- o novo plantel teria 3 GR, 2 DD, 2 DE, 4 DC, 5 MC, 2 MD, 2 ME e 5 PL.
- os jogadores do novo plantel têm um ponto forte em comum: a polivalência. Além disso, este plantel permite jogar facilmente em 4x4x2, 4x3x3, 4x2x3x1, etc.
- o passivo era abatido em quase 33 milhões
- a pauta salarial era reduzida em 1%, sem contar com as dispenas dos outros jogadores emprestados que ainda recebem dinheiro do Benfica (Zoro, Edcarlos, Luis Filipe)
- isto explica bem a razão de eu ser o maior no Football Manager, mas ao mesmo tempo explica o "porquê" de ainda não ter sido convidado para director deportivo do Benfica: tal como diz o título do post, isto é uma Utopia.

P.S. Dúvidas, erros, reclamações são na caixa de comentários. Digam de vossa justiça. A vossa opinião é muito importante.

sábado, 27 de junho de 2009

Sá Viola

A imprensa portuguesa dá hoje como certa a contratação de Javier Saviola por 5 milhões de euros, sendo que o Real Madrid aceitou que essa verba revertesse directamente para os bolsos do argentino. Negócio estranho? Um pouco, parece-me, mas o Real Madrid acaba por poupar os astronómicos 2,9 milhões que o jogador auferia anualmente.

Por 5 milhões, Saviola poderá parecer uma pechincha. Gostaria de relembrar os mais distraídos que há um ano atrás o Benfica pagou 4 milhões de euros ao mesmo emblema madrileno por uma coisa com duas pernas e um penteado estranho, também de seu primeiro nome Javier.

Feitas as contas, estou em crer que os madrilenos ainda estão em dívida para connosco, não acham? Veremos se o jogador confirma os créditos que lhe são reconhecidos... E parabéns ao Rui Costa, o nosso plantel cresce em qualidade de dia para dia. Mas também, em véspera de eleições, já estava à espera de uma bomba destas.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Ainda a dispensa (e não venda) de Petit

O que é que vocês me diriam se o Benfica contratasse um médio-defensivo experiente, com várias internacionalizações, com inúmeros jogos europeus, que já tivesse conquistado todos os troféus no seu país e que fosse um exemplo de raça, força e vontade? Grande compra, sem dúvida.

E o que é que vocês me diriam se o Benfica, em vez de comprar esse trinco, o vendesse? Possivelmente diriam que se recebessemos uma bela quantia em troca, o negócio não teria sido tau mau assim. Pois é. Mas Petit foi dispensado. Não vamos receber nada.

O meio-campo defensivo do Benfica é o mais fraco desde a época gloriosa de Michael Thomas. Sem Petit e, possivelmente, sem Katsouranis (que terá de jogar invariavelmente no centro da defesa devido às inúmeras lesões que assolam este sector, isto claro, se Katso decidir ficar no Benfica), sobram Bynia, Fillipe Bastos e Yebda. Grande meio-campo... não contratem ninguém não e depois formam-se auto-estradas pelo centro do terreno.

Mas como se a dispensa de Petit não bastasse, as notícias, os rumores, os burburinhos, não param: para além dos sete a nove dispensáveis, é todos os dias notícias de jogadores que podem sair: Jorge Ribeiro, acabado de contratar, pode já ter sido oferecido a um clube espanhol, Nuno Gomes é rumores de saída todos os anos. Luisão (sim, o agora, sub-capitão) diz que "até pode ficar no Benfica", a vontade de Katsouranis já é conhecida, Di Maria diz que quer sair no final da época, Nélson está mortinho por sair se não lhe aumentarem o vencimento e, imaginem, agora até o Cardozo parece ser dispensável.

O que é que vai acontecer a seguir? Vamos fechar portas?

ACORDA BENFICA!

sábado, 26 de julho de 2008

Plantel

O Benfica enfrenta nesta pré-época o grande momento da verdade. Se Sporting e FC Porto parecem ter os plantéis bem definidos, o nosso ainda não está. Nessa medida, e face às dispensas que Quique Flores irá realizar, proponho aqui os 22 jogadores (faltam ainda 3 reforços para chegar aos 25 desejados pelo espanhol) que deveriam, na minha opinião, fazer parte do plantel do Benfica.

Guarda-Redes: Aqui não há discussão possível: Quim, Moreira e Bruno Costa são para manter. Não deverá ser contratado nenhum terceiro guarda-redes. Mais vale ir dando tempo ao jovem Bruno Costa para ganhar experiência do que gastar dinheiro num não-titular.

Defesas-direitos: Nélson é o único jogador que na minha opinião tem classe suficiente para pertencer aos quadros do Benfica. Ontem ao ver o jogo com o Blackburn, perguntei a mim mesmo como é possível ainda não termos dado guia de marcha ao Luís Filipe. Maxi Pereira também permanece no limbo da indecisão...

Defesas-esquerdos: Se um plantel precisa de dois defesas esquerdos, esses dois são Léo e Jorge Ribeiro. Sepsi continua a mostrar-se muito infantil e imaturo, sendo que me parece lógico que o seu empréstimo é a melhor solução neste momento.

Defesas-centrais: Zoro é carta fora do baralho de Quique. Luisão e David Luíz parecem ser os titulares indiscutíveis. Entre três jogadores (Miguel Vítor, Sídnei e Edcarlos), dispensaria o último, pois já teve oportunidades suficientes para demonstrar o seu valor e não o fez. Apesar de ficarmos com três defesas centrais com menos de 21 anos, em último recurso Katsouranis pode fazer esta posição.

Médios-defensivos: Têm de ser pelo menos 4. As escolhas óbvias parecem ser Petit, Katsouranis e Yebda. Depois ficamos ainda com Rúben Amorim, Bynia e Felipe Bastos. Destes 3, escolho Bynia. Não escolho Rúben Amorim por continuar a achar que não tem valor suficiente para jogar no Benfica e não opto por Filipe Bastos porque está numa idade em que é fundamental jogar para se desenvolver futebolisticamente. O seu empréstimo a um clube do meio da tabela da Liga seria uma boa ideia.

Médios-ofensivos: Carlos Martins e Pablo Aimar. Do Assis já estou farto... que se vá embora.

Médios-esquerdos: Di Maria. Temos mais algum?

Médios-direitos: Balboa parece-me um desastre, mas há que aguardar. Maxi Pereira não parece ter grandes hipóteses e sinceramente não vejo grande margem de progressão ao uruguaio. Continua mole a atacar e a defender. Sem espírito nem futebol para o Benfica. Deve sair ou ficar como defesa-direito.

Avançados: Cardozo e Nuno Gomes estão certos. Um porque é o goleador, o outro porque é o único ponta-de-lança da equipa que consegue arranjar espaços. Makukula também merece ficar. Tem dado bons sinais ultimamente. Não acho que seja assim tão mau como o pintamos. Entre Mantorras e Urreta só pode ficar um. Só esperando para ver exibições de ambos, mas nesta fase, escolheria o jovem que ontem marcou.



P.S. É impossível resistir a esta situação, ironia do destino. Jan Vennegoor of Hesselink, o tal que andava à procura dos trocos nas portagens para chegar ao Porto na era Co Adriaanse, acaba de marcar o golo que derrota os dragões na sua apresentação aos adeptos portistas. Grande Vennegoor!

sábado, 8 de março de 2008

Que mais?...

Lista de convocados:

Guarda-redes: Quim e Butt.
Defesas: Leo, Zoro, Edcarlos, Luís Filipe e Sepsi.
Médios: Binya, Nuno Assis, Rui Costa, Cristian Rodriguez, André Carvalhas, David Simão e Abduolaye.
Avançados: Cardozo, Nuno Gomes, Di Maria e Mantorras.


Indisponiveis:

Nelson
Luisão
David Luiz
Petit
Katsouranis
Maxi Pereira
Makukula
Nuno Gomes (apesar de convocado...)

Mesmo contra o União de Leiria, que está feita em cacos, a realizar um péssimo campeonato e com ordenados em atraso, poderá ser um mau presságio! Seja como for, espero que amanhã se quebre o enguiço dos jogos na Luz este ano.

Já estou como o Trap em relação ao Simão: "Felizmente temos o Rui Costa...!"

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quando um benfiquista pensa que, seja em que jogo for, o Benfica não vai golear por, sei lá, 5 ou 6 a zero, é porque o desânimo tomou conta das nossas hostes.

Vêem-me á memória duas frases do RAP sobre esta temática: "Quinje a zero! O Benfica vai ganhar por 15 a 0!!!", ou, "Quando estávamos a levar 7 do Celta, eu pensava que se marcássemos 1 golo ainda dávamos a volta á coisa!!". Este sempre foi o nosso estado de espirito. Guiados por uma fé inquebrável e inabalável.

Só que, actualmente, já me contento com uma vitória por 1-o. 1-0 basta...

Obrigado Sr. Vieira, pelo melhor plantel dos ultimos 10 anos.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Diaparates atrás de disparates...#2


Depois disto... Será preciso dizer mais alguma coisa? Só me apetece perguntar: Sr. Vieira, ainda acha que este é o caminho certo? E vamos ver se o Leo não irá seguir os passos do Derlei ou do Kennedy ou Pedro Henriques...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Mais um central para quê?


Luisão, David Luiz, Zoro e...Miguel Vítor! E ainda há Katsouranis para as eventualidades. Parece-me absolutamente desnecessária a compra de mais um central, quando mais vale canalizar o dinheiro para zonas do terreno onde estejamos mais desfalcados. Tendo jogado mais ou menos o mesmo número de minutos esta época, parece-me que, se há alguém que tem que ir para a equipa de juniores, esse alguém é o Zoro, que até agora mostrou menos que o miúdo. Aqui estou de acordo com Fernando Santos: de centrais estamos muito bem servidos.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O poeta do silêncio

Salve benfiquistas!

Os treinadores de futebol não costumam primar pela eloquência. Todos sabemos, porém, que para um treinador de futebol falar bem não precisa de falar muito. Com meia dúzia de chavões e um punhado de ideias simples e claras, qualquer treinador se safa com brio de uma entrevista.

No entanto, todos sabemos também que há treinadores, entre os quais o nosso Fernando Santos, que quando falam têm tendência a meter os pés pelas mãos. Como líderes de homens, possuem virtudes e defeitos; mas como relações públicas deles mesmos, espalham-se ao comprido, ao ponto de nos fazerem duvidar da sua competência global.

Lendo a entrevista de Fernando Santos ao pasquim Record (1 de Julho de 2007), não pude deixar de reparar na quantidade alarmante de afirmações “estranhas” proferidas pelo nosso treinador. Analisemo-las.

Não gosto de falar em reforços pois parece que são melhores do que os que cá estão.

Estava eu convencido de que os reforços eram mesmo para ser melhores que os cá estavam. Já dizia o Camacho: “Para virem reforços, só se forem melhores do que os que cá estão”. Mas afinal, o murciano estava errado.

O Benfica tinha um plantel reduzido no que diz respeito à equivalência de qualidade dos jogadores. [...] o plantel do Benfica tinha 13/14 jogadores e isso não pode voltar a acontecer.

Estas afirmações também são curiosas, sobretudo porque não me lembro de as ouvir proferidas no início da época anterior; nessa altura, o discurso era mais triunfante. Mas também posso andar esquecido... Resta acrescentar que, com um plantel ainda mais desequilibrado, os três treinadores anteriores conseguiram conquistar mais do que o Sr. treinador actual. Sem desculpas.

[Em resposta à pergunta do Record: Com plantel mais equilibrado e mais a Taça da Liga vai rodar mais o plantel esta temporada?]A ideia não é rodar, é mediante o calendário ter condições para mudar de jogo para jogo mas também no próprio jogo.

Portanto a ideia não é rodar, é apenas rodar.

[...]Quero poder lançar outros quando alguns atletas estiverem em baixo de forma.

A questão é, em que forma estarão os “outros” (e com que entrosamento) se passarem a vida no banco feitos inválidos...

O que sinto é que não há grande cultura do treinador português e é sempre exigido determinado número de coisas...

Entre outras, que ganhe. Quanto à falta de “cultura” ou tradição de treinadores portugueses no Benfica, o Sr. Fernando Santos, que é benfiquista, conhece-a melhor que ninguém. Mais do que queixar-se de uma realidade que já conhecia há bem mais que uma época, valeria mais lutar para mudar o status quo.

A pré-eliminatória, em termos económicos, é muito importante para o Benfica. Mas veja-se o caso do Bayern de Munique que não vai estar na Champions.

Em primeiro lugar, não gostei muito da alusão ao Bayern. Cheira-me a desdramatização antecipada para um eventual falhanço na pré-eliminatória... Em segundo lugar, alguém que lembre ao Sr. Fernando Santos que o Benfica é um Grande Europeu, e que a participação nas competições europeias não tem só a ver com o económico mas também com a defesa dos nossos pergaminhos.

... pela experiência que tenho, o que me foi dado sempre a ver é que não encontro nenhum argumento muito válido para fazer um estágio no estrangeiro, a não ser razões económicas.

O económico volta à carga. Caro Fernando Santos, lembre-se dos milhares de benfiquistas espalhados por esse mundo fora, sobretudo na Europa, em África e na América do Norte, que raramente têm a oportunidade de ver ao vivo o seu Clube do coração. Não serão eles um argumento válido?

E já mesmo no fim da entrevista...

[Respondendo se contava com Yu Dabao no plantel] Vamos ver. Tenho de o ver primeiro.

Ainda não viu? Madre mia!

...

Enfim, só nos resta esperar uma pré-época mais bem sucedida do que "certas e determinadas" entrevistas.

Saudações Gloriosas!