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sábado, 1 de maio de 2010

Diferença de cultura e mentalidades. Os portuenses são gente muito digna. Os portistas? Bom, os portistas...

Este texto foi retirado blog RedPass sem autorização prévia e sem consentimento do seu autor. Se o JG quiser, será retirado imediatamente. Era o post que eu queria escrever, mas duvido que espelhasse tão bem o que eu sinto como ele descreveu. VIVA O BENFICA!!!
Estou a achar delirante todas as notícias vindas a público durante esta semana.Então temos que todos os dias uma casa do Benfica é vandalizada, curiosamente os maiores destaques foram para as de Braga, Ermesinde e... Porto.Depois podemos facilmente encontrar na imprensa preciosidades como estas:"Os Super Dragões acabaram de adquirir 3500 bolas de golfe... ""Elementos de um núcleo da Juve Leo e mais uns tantos dragões e não posso divulgar de que zona "são esses núcleos para não descobrir os valentes rapazes, vão unir forças no domingo à tarde e aguardar pela passagem do comboio entre Ovar e Gaia...""Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, reconhece que os ânimos estão exaltados e não garante que não ocorram confrontos entre membros das duas claques. "Por muito que eu tenha boa vontade, que a polícia tenha boa vontade e que toda a gente tenha boa vontade, depois de tudo o que se passou neste campeonato, é normal que todos os adeptos se sintam revoltados e com os nervos à flor da pele. Vamos tentar que as coisas corram pelo melhor, mas vai ser muito difícil".E há mais. Se formos aos espaços de blogues e redes sociais é uma festa.A questão é que todo este discurso nortenho de incentivo à violência, de intimidação, a transpirar raiva e ódio por todos os poros nem é novo.
Em 2005 na véspera de viajarmos para o Bessa na última jornada a comunicação social achou que devia de divulgar um comunicado da mesma gente avisando que não iam deixar que nenhum benfiquista festejasse na cidade do Porto. Assim mesmo, como se aquela gente fosse dona e senhora (e representante) daquela zona do país. Depois foi o que se viu.Portanto, continuamos a ter as mesmas ameaças, o mesmo apelo à violência ( que de resto está publicado para quem quiser ler no livro "o Líder" )a partirem da mesma gente que não tem problema em dar a cara. O país assiste a tudo com indiferença e até deixa escapar um sorriso com a história das bolas de golf.
Onde está o sempre activo Miguel Sousa Tavares que tantas vezes escreveu a sua indignação por não se poder ser do Porto em Lisboa?! Ele que inventou isto mesmo com a história da capital a desmenti-lo ano após anos.
Basta recuarmos 4 anos e digam-me quantos portistas foram espancados, quantas vezes os portistas foram ameaçados, e quantos vezes os portistas não puderam invadir alegremente o eixo avenida da República - Marquês de Pombal para festejarem os seus campeonatos ganhos?! Digam-me porque eu não me lembro de nenhum caso.Já agora digam-me também quantas vezes a casa do FC Porto na Av. da República foi vandalizada?Miguel Sousa Tavares não tem nem uma palavra para todas estas ameaças públicas aos adeptos do Benfica? Sousa Tavares não se incomoda que os cidadãos portuenses e benfiquistas não possam festejar em liberdade um campeonato ganho pelo seu clube? Estranho o silêncio do "democrata" Tavares.
E que papel tem a nossa imprensa e os seus colunistas? Divulgam-se ameaças de um líder de um gang, avisam-se cabeças porque vem aí uma chuva de bolas de golf a norte e tudo o que o resto do país faz é olhar para os filhos da capital que andam sempre atrás do Benfica e dizer hipocritamente: tenham cuidado, rapazes! ou não vão ao Porto porque só se vão meter em chatices ou aquilo é muito perigoso!Há alguma lei diferente para aquela região do país que permita que os auto-aclamados guardiões da cidade ameace os adeptos de um clube só por ódio? Claro que há!Imaginem que o FC Porto vinha jogar a Lisboa no fim do Campeonato quase campeão e que na semana do jogo apareciam líderes de claques legalizadas (sim, pelos vistos as legalizadas podem ameaçar com propriedade) a avisar que o ambiente ia ser terrível, que não prometiam que não houvesse ataques a adeptos rivais e a anunciar 3500 bolas de golf, etc... O que acontecia?Os telejornais abriam com Pinto da Costa indignado, o Governo era chamado à conversa, os editoriais dos jornais multiplicavam-se em crónicas de espantos e intolerância perante os arruaceiros, até o Prós e Contras da RTP seria dedicado à violência das claques.
Quando é ao contrário nada se passa.
O medo toma conta do sul. Centenas de adeptos recuam perante a possibilidade de terem problemas a caminho do estádio, as nossas mãe e avós deprimem-se a caminho do dia 2 Maio ( por ironia é o dia da Mãe ), as nossas mulheres ficam em pânico disfarçado, os nossos familiares preocupam-se, os nossos amigos não compreendem o nosso masoquismo.
Mas eu pergunto; é suposto fazer o quê? Ficar em casa de braços cruzados a ver na tv só porque é mais seguro? Nós que estivemos em quase todos os campos deste país de norte a sul passando pela Madeira vamos ignorar um jogo na cidade do Porto só porque há uns bravos guardiões que não querem lá ninguém do clube Campeão?Eu acho que não.Acho que devemos ir todos.A resposta dos benfiquistas dá-me razão. Os 2550 bilhetes a que temos direitos já têm donos. Todos sem medo. Medo de quê? Era só o que faltava neste país se eu não pudesse ir a um estádio de futebol ver o meu clube jogar porque existem uns gangs que se acham acima da lei e que querem fazer a sua própria lei.
Meus amigos, isto é o Benfica.
Os nossos jogadores, dirigentes e técnicos vão ao Dragão para ganhar. O Benfica vai defrontar pela 3ª vez esta época o FC Porto e até agora a nossa equipa ganhou 2 jogos marcou 4 golos sofreu zero ganhou 3 pontos e ergueu uma Taça. Temos medo de quê!? De quem não sabe reconhecer a nossa superioridade? Temos medo de um povo que se agarra a uma equipa regional para mostrar ao país todos os seus complexos de inferioridade em relação à Capital?! Isso é um problema deles. Sempre foi, sempre será.Nós somos o Benfica e estamos com a nossa equipa de futebol.Continuem a vandalizar casas, agridam, partam, roubem, façam o que quiserem e o que vos apetecer (mesmo porque nada nem ninguém ousa vos contrariar no vosso território) mas tenham lá paciência porque vão mesmo levar connosco.E pensem que mais de dois mil rapazes da Luz juntos e fartos de ameaças e com vontade de mostrar que não têm medo são muitos rapazes. Pensem também que toda a força policial que nos vai rodear e nos tornar um alvo fácil para os vossos ataques pode não ser suficiente para controlar as nossas vontades.
Sabem, é que eu no meio de dois mil e tal amigos também sou um Guerreiro Herói do caraças. Ainda para mais em território onde impera a lei do mais forte e onde a liberdade é coisa para ser gozada só em tons de azul.Envergonhe-se o resto do país que assiste a tudo isto impávido e sereno que prefere olhar com pena para os que ousam enfrentar os todo poderosos donos da Sicília do norte.No espaço de 5 anos vão ter que nos ouvir duas vezes a festejar.
In your face como dizem os americanos.
Aí vai o Benfica, deixa passar o maior de Portugal que hoje, como no tempo da ditadura, ousa enfrentar os ditadores/corruptos/mafiosos que se acham acima de tudo e de todos.
PS: os meus rivais são os lagartos. Não por serem muito diferentes, que não são, mas porque eu é que decido quem escolho para meu rival e eu escolho os lagartos da mesma cidade que o meu clube. Os outros são apenas mais uns nos odeiam e eu retribuo o sentimento. Nada mais.
PS2: a ironia do destino pregou valente partida aos tripeiros. Eles que inventaram o discurso das conquistas pós 25 de Abril empurrando o Benfica para clube da Ditadura. Os factos falam por si: 20 anos de conquistas com frutas, chocolates e apitos dourados. Dois campeonatos do Benfica conquistados no Porto que em desespero usa a Ditadura da violência para impedir festejos. Não é preciso dizer mais nada quanto à diferença de culturas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Para os mais distraidos

Relembro apenas que ainda não ganhámos nada. Vejo imensa euforia entre benfiquistas que vamos "fazer, acontecer, ganhar, humilhar e massacrar" o sporting (tal como na primeira volta...), e ainda nem entrámos em campo.
Calma!
Amanhã, mais do que nunca, temos de fazer uso daquela que tem sido a nossa maior arma esta época: respeito pelo adversário e humildade. Foi através disso que a nossa equipa nos tem brindado este ano com vitórias.
Não me interpretem mal: se ganharmos aos sapos, serei o primeiro a vir aqui e malhar neles. Mas só depois do jogo e com a vitória na mão.
E a razão de ser deste post são duas: apelo á concentração máxima da equipa durante 90 minutos, e, porra!, eu quero mesmo ganhar áqueles tipos!!!
VIVA O BENFICA

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O que vale a palavra dos lagartos?

Zero. Nada. Não vale nada.


"O Benfica acusou esta quinta-feira o presidente do Sporting, José Eduardo Bettencourt, de "faltar à palavra" no acordo que estabeleceu com o homólogo encarnado, Luís Filipe Vieira, sobre os bilhetes para o jogo de terça feira, da Taça da Liga.

"O presidente do Sporting aceitou ceder ao Benfica 30 por cento da lotação do estádio, como contrapartida para a antecipação do jogo, mas faltou à palavra", disse à Lusa uma fonte da SAD do Benfica.

A reação surge na sequência da notícia avançada por Record de que Bettencourt se comprometeu a ceder apenas 10 por cento, ou seja, o dobro da percentagem prevista no regulamento (5 por cento).

Segundo a mesma fonte, foi o presidente do Sporting a pedir a Luís Filipe Vieira a antecipação do dérbi das meias finais da Taça da Liga.

"O presidente do Benfica respondeu-lhe que a única maneira de justificar a antecipação, atendendo aos interesses do nosso adversário e ao nosso próprio calendário, seria o Sporting dar 30 por cento da lotação do estádio para sócios e adeptos do Benfica", sublinhou.

A mesma fonte da Luz referiu à Lusa que Bettencourt "vem agora resguardar-se e faltar à palavra e ao pressuposto que levou o Benfica a aceitar a antecipação", e lembra que a equipa encarnada "tem vindo a jogar consecutivamente ao sábado e à quarta feira", como voltaria a acontecer na próxima semana "caso não tivesse acedido ao pedido do Sporting".

"Não venha agora dizer que se comprometeu a dar o dobro da percentagem prevista nos regulamentos, quando assumiu que daria 30 por cento da lotação", reiterou o mesmo elemento da SAD do Benfica, que revelou ter o clube recebido quarta-feira 6.000 bilhetes enviados de Alvalade, correspondentes a sensivelmente 12 por cento dos cerca de 50.000 lugares.

O clube nega ainda que na conversa entre Luís Filipe Vieira e José Eduardo Bettencourt, essa hipótese tivesse sido aflorada: "Não é verdade que o presidente do Sporting tenha proposto, em algum momento, ceder 10 por cento da lotação do estádio".

Em face da "quebra de palavra" de José Eduardo Bettencourt, o Benfica diz limitar-se "a registar a atitude", visto que "nada mais pode fazer". "

in Record


Mas mesmo assim, ainda acredito que seremos mais que eles!!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sinceramente...

Não sei de que se queixa o sporting. Estão isolados, em primeirissimo lugar, e até com um jogo a menos, na luta pelo titulo de melhor marcador!

sporting 19 golos
Cardozo 16 golos
falcao 13 golos

Isto, meus caros, vai ser luta até ao fim!!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E eis que do nada... surge ele!!!


Para disfarçar a mediocridade e a verdadeira tristeza que é o seu clubezeco, JEB (o cabeça de cottonette) recorre frequentemente ao discurso que melhor colhe no alvalixo: atacar o Benfica. O clube com o qual ele sonha antes de ir dormir e a quem dirige o seu primeiro pensamento quando acorda. Pelo meio, enquanto dorme, sonha que o Benfica perdeu.
Hoje fomos brindados com mais umas declarações daquelas a que já nos habituou e que fazem com que as declarações do Ministro Mário Lino pareçam verdadeiros salmos. Desta vez, foi sobre o fundo de investimentos de jogadores criado recentemente pelo Benfica e aprovado pela CMVM. Repito, aprovado pela CMVM.
Quem tiver aborrecido pode ler a entrevista aqui. Eu vou apenas retirar uma parte da peça do reco-reco. Com os devidos comentários.
"Numa clara alusão aos desempenhos de Sporting e Benfica na Liga Europa, Bettencourt socorreu-se das estatísticas para realçar a vitória dos leões, lançando mais uma indireta aos encarnados. "Foi a primeira vez que ganhamos a uma equipa alemã (UAU!!!!!!!!! Honestamente, não sei quantas vezes é que o Benfica já ganhou...mas adiante...) Um conjunto que lutou até à penúltima jornada pelo título alemão, mas que toda a gente diz que não joga nada (pois, meu caro, mas isso foi o ano passado e perderam para esse colosso do futebol mundial que é o Wolfsburgo. Este ano, e parece-me a mim que é o que realmente conta, estão mesmo em primeiro lugar e destacadissimos, só que a contar do fim!!!). O Hertha ganhou 4-0 ao AEK de Atenas (foi o Everton, sua alimária, foi o Everton!!!! A vossa obsessão pelo Benfica é tal que até querem que joguemos no mesmo grupo!!!), mas os gregos é que têm uma grande equipa", sentenciou."
Comentários, em itálico.
Parvoice lagarta, omnipresente.
PS: Se tiverem um bom antivirus, talvez tenham dificuldade em visualizar a fotografia...

domingo, 27 de setembro de 2009

para memória futura...




A julgar pelas capas ninguém adivinharia, mas, efectivamente zbórdem e crac jogaram ontem...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Piada fácil

Bettencourt diz que quer saber qual o estado do Sporting de A a Z.

Eu digo-lhe: atroz.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ainda sobre o sporting

Duas notas:
.Segundo consta, parece que os queques do Lumiar aceitaram antecipar o jogo contra o CRAC para sábado á noite (20:30) a pedido destes. Este pedido deve-se ao facto de o CRAC ir jogar contra o Est. da Amadora dia 4 (quarta-feira) para a Taça de Portugal. A pergunta que lanço é esta: Como é que não querem ser conhecidos como acólitos e subservientes do CRAC, sabendo que irão disputar um jogo fundamental para as suas aspirações em menos de 72 horas, fora de casa, apenas e só porque o CRAC assim o ordenou? Mas não... para eles, o grande crime lesa-pátria era (e continuará a ser!) o célebre jogo do Benfica no Algarve com o Estoril. De resto está tudo bem.
.Porque não houve controlo anti-doping no passado sábado em Alvalade? Se calhar a resposta já foi dada pelo JNF um ou dois posts mais abaixo...
ADENDA:
Afinal eles são ainda mais subservientes do que eu pensava! Então não é que o CRAC adiou o jogo da Taça para dia 22!!! Se levarem outras 5 bolas não só o merecem como é bem feito. E depois voltam para Lisboa com bandeirinhas do CRAC todos contentes pelos amos não terem perdido pontos!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Carta aberta ao 7 maldito

Carissimo 7,

Não me vou alongar sobre o que se passou no Sábado na Luz. O Benfica ganhou 2-0, ganhou bem, e pouco mais há a acrescentar.

Não tenho particular gozo em "bater" em quem está em baixo e triste por ter perdido com o seu Eterno (esta palavra aplica-se muito bem neste blog, não achas?!...) rival. Acho que o que se passou durante os 90 minutos foi castigo suficiente.

E porque a rivalidade também é alimentada de alguma elegância e magnanimidade na hora da vitória, prefiro ter memória e recordar este teu post quando as nossas posições estavam trocadas.

Um grande abraço

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Plágio descarado ao post do D`Arcy

Ponto prévio: este texto não é meu. É do D´Arcy. Ao qual eu peço desculpa por ter feito "copy-paste" sem a sua autorização.

Provavelmente todos o conhecem pela categoria de análise que faz de todos os jogos do Benfica. Seja na Tertúlia, seja no Diário. O D´Arcy tem um talento inegável para escrever sobre tudo o que se passa no SL Benfica. Aponta os erros, mete os dedos nas feridas, louva o que está bem.

Este post não faz nenhuma análise. Vêm do coração.

E eu digo que é verdade. Muito verdade. Porquê? Porque já assisti a dois jogos com o "zbórdem" com o D´Arcy. Um dos melhores bloggers que a paixão pelo Benfica já criou.

Leiam bem:

"Hoje decidi plagiar-me a mim próprio, e recuperar um texto que escrevi há uns anos nas vésperas de um derby. Decidi fazê-lo por vários motivos: porque estamos, mais uma vez, nas vésperas de um derby, porque o post se mantém actual (a minha opinião sobre o pessoal do Lumiar não se alterou), e porque este post continua a fazer-me rir (e uma das coisas de que eu mais gosto é conseguir escrever algo que me faça rir). Por isso (e com um pedido de desculpa aos que ainda se recordam deste texto), aqui vai:

"Nota prévia: Segue-se um post extremamente faccioso, parcial, e polvilhado de imagens que desde sempre povoaram o meu subconsciente associadas aos nossos vizinhos que moram no Lumiar. É apenas uma pálida tentativa de exprimir o meu desprezo por aquele clube. Sinto que falhei rotundamente neste objectivo, porque não consigo encontrar palavras suficientes para o fazer.Esta é a pior semana para mim durante cada época futebolística. Conforme os visitantes deste espaço saberão, nesta coisa das rivalidades eu sou um benfiquista 'à antiga'. Para mim o fóculporto é um fenómeno recente, e considero-os apenas nossos concorrentes na luta pelas provas que disputamos. Não morro de amores por eles, é verdade, mas não me incomodam por aí além, salvo em ocasiões intermitentes em que vejo sair alguma declaração assassina da boca do seu presidente que nos é dirigida, e que é logo classificada pelo séquito de pseudojornalistas acólitos do 'papa' sob a forma da 'mais fina e tradicional ironia'. Mesmo assim a minha irritação até é mais com a pessoa Pinto da Costa do que com o clube. Analisadas bem as coisas, consigo fazer uma separação das águas e dizer que em relação ao fóculporto apenas não gosto da claque organizada deles (a mais conhecida, aquela que rebenta com estações de serviço) e do presidente do clube. O resto é-me mais ou menos indiferente.

Agora digo que sou um benfiquista à antiga porque para mim o rival do meu clube é aquela associação que mora lá para os lados do Lumiar. Aí sim, não há separação possível: meto tudo dentro do mesmo saco e odeio tudo o que lhes diga respeito por igual. Há uma ou outra excepção, claro, porque tenho amigos que escolheram passar pela vida carregando a cruz de apoiarem aquele clube, e são pessoas decentes de quem eu gosto muito, mas regra geral o adepto lagarto típico é bem retratado pelo Dias Ferreira. Imagine-se um estádio cheio de barbudos com ar de talibã, cabelo ensebado, espuma nos cantos da boca e olhos flamejantes de rancor enquanto não prestam atenção ao que se desenrola no terreno de jogo porque estão atentos a algum som que possa vir do outro lado da 2ª circular, e temos uma assistência típica de um jogo do clube do Lumiar. Aliás é exemplificativo disto o facto de muitos dos adeptos daquele clube que conheço verem a candidatura do Dias Ferreira à presidência como uma coisa positiva, achando que ele é a pessoa certa para rumar o clube a porto seguro.

Como eu não tenho tendências masoquistas, e não gosto mesmo nada de andar a irritar-me propositadamente, a minha maneira de lidar com este ódio ao clube do avozinho é pura e simplesmente ignorar que ele existe. É verdade: não quero saber nada sobre eles. Não vejo os jogos deles, não quero saber se foram gamados ou beneficiados, não vejo resumos dos jogos, quando leio os jornais desportivos passo à frente as páginas que lhes dizem respeito, quando vejo alguém ligado ao clube a ser entrevistado na televisão mudo de canal, etc. Inclusivamente passo duas vezes por dia em frente ao estádio deles, a caminho e de volta do trabalho, e faço sempre questão de olhar para o lado oposto da estrada. Por vezes, após fins-de-semana em que esta minha táctica é particularmente bem sucedida, consigo mesmo chegar a segunda-feira sem saber qual foi o resultado deles na jornada do fim-de-semana. Consigo assim criar um mundo artificial em que, para todos os efeitos, aquele clube não existe. Ora isso é impossível de atingir pelo menos durante duas semanas por ano, em que o Benfica tem que jogar com eles. Durante estas duas semanas não tenho hipóteses de ignorar a existência da agremiação do Lumiar, porque mesmo os nossos jogadores e técnicos têm que falar sobre eles.
Isto é particularmente doloroso durante a semana que antecede a visita deles à Luz. O Estádio da Luz é para mim um santuário, uma zona livre de lumiarices. Quando eles cá vêm é como se estivessem a dessacralizar este refúgio, onde eu estou habituado a estar livre de qualquer referência que perturbe o meu mundo virtual onde o clube do Lumiar não existe. É que não tenho hipóteses: vou ter que ver aquelas camisolas horrendas pisarem o relvado da Luz; vou ter que cruzar-me com aqueles adeptos que passam metade das suas vidas a olharem por cima dos nossos ombros para verem o que é que andamos a fazer, e que são incapazes de nos reconhecer qualquer mérito; que têm aquela memória selectiva que é capaz de os fazer afirmar convictamente e com o maior desplante que as nossas vitórias nos anos 60 e 70 foram oferecidas pelo Salazar, e depois convenientemente ignoram que durante os anos 40 e 50, em que chegaram a ganhar 7 campeonatos em 8 anos, o Salazar já cá estava; são aqueles que conseguem idolatrar jogadores reles e repelentes como o Sá Rafeiro e o Beto; são aqueles que nunca perdem: são sempre derrotados por factores extra-futebol, por detrás dos quais está invariavel e maquiavelicamente o Benfica a puxar os cordelinhos de um 'sistema' qualquer; são aqueles que berram mais desalmadamente um golo de um adversário do Benfica seja ele qual for, seja em que competição for (mesmo que nem estejam envolvidos nessa competição), do que um golo do seu próprio clube, são aqueles que chegam ao cúmulo de desejar a derrota do seu próprio clube contra um adversário directo do Benfica, de forma a alimentarem a esperança que o Benfica não ganhe uma competição.

Desde muito pequeno que me lembro de ter este desprezo pelo clube do avozinho. Recordo-me de algures nos anos 80, ainda adolescente, ir ao antigo estádio de Alvalade com o meu pai (era mais eu quem arrastava o meu pai até lá, já que o meu pai é academista apenas com alguma simpatia pelo Benfica), e de me dar a volta ao estômago quando, a meio do jogo, se começava a ouvir uma espécie de rougo vindo de debaixo da pala: 'Cepór... tém! Cepór... tém!'. Assim mesmo, dito num ritmo muito lento, como se tivessem que tomar fôlego entre as duas sílabas. Aquilo não chegava a ser um grito de incentivo: era como se uma multidão de múmias empoeiradas de repente, numa espécie de estertor, soltasse aquele rougo, aquela espécie de lamento que na sua própria entoação encerrava toda a desgraça e tristeza que era ser adepto daquele clube, e entre as duas sílabas tivessem que tomar fôlego para evitarem desfalecer. Normalmente um lançamento perto da nossa área ou dois pontapés de canto seguidos eram a fagulha que provocava esta manifestação de fervor clubístico. 'Cepór... tém!' - lamuriava-se a turba, no meio de uma nuvem de poeira e traças entretanto levantada. E o Gil Baiano, motivado com o incitamento, passava a mão pela carapinha alourada e executava o lançamento na direcção do Tony Sealy. Depois se o árbitro marcava um lançamento ao contrário, soltava-se um prolongado ulular lamentoso, como se os próprios Deuses tivessem despejado sobre eles toda a sua ira sob a forma de pragas de proporções bíblicas. Desde miúdo que a palavra 'Ceportém' criava na minha mente imagens cinzentas, cheias de bafio e poeira e gente velha com fatos escuros a cheirar a naftalina. O Benfica e o vermelho pelo contrário faziam-me pensar em alegria, emoção, paixão e gente entusiasmada. Até na forma como os golos são festejados os adeptos são diferentes. Um 'Golo!' gritado por adeptos do Benfica é diferente de um 'Golo!' gritado por adeptos do Lumiar. O nosso 'Golo!' é um golo alegre, que encerra em si uma espécie de ênfase, como se estivéssemos a expressar o contentamento por as coisas se passarem com a naturalidade da lei da vida: o Benfica marca golos, e os outros sofrem, porque nós somos mais fortes. Isto é o que é natural. O 'Golo!' deles encerra algo de gutural, uma espécie de surpresa e desespero, como se eles estivessem a convencer-se a eles próprios que o que acaba de acontecer é normal, e a tentar afogar a sua própria surpresa. Como se tivessem a esperança que aquele momento pudesse servir de prova insofismável da sua própria valia.
Até a história da formação da agremiação de Alvalade é para mim ridícula, nascidos que foram de uma birra entre queques chateados por não se organizarem mais bailaricos no Campo Grande Football Clube, e amuados por não terem sido convidados para um piquenique. Vai daí foram pedir dinheiro ao avozinho de um dos queques e lá fizeram o seu clubezinho privado. Deve ser daí que ainda hoje tiram a mania que são um clube 'diferente', e se sentem muito ofendidos quando não são privilegiados de alguma forma (na óptica deles, quando isto não acontece eles são 'roubados'). Podia ficar aqui o resto do dia a escrever, e não conseguiria destilar nem uma décima parte do desprezo que sinto por aquele clube. Detesto tudo neles, a começar pelos dirigentes, passando pelo estádio, equipamento, jogadores, e a acabar na massa associativa e respectivas claques. Os dirigentes parecem uma massa uniforme cinzenta, produzida em série em gabinetes bafientos e empoeirados, e cada um deles parecendo fazer parte de uma qualquer confraria de agentes funerários. Todos eles têm em comum o facto de trazerem instalado um mecanismo que apenas lhes permite olhar na direcção do Estádio da Luz, e constantemente observar e comentar o que por lá se passa. São capazes de estar a ser violentados a sangue frio por um qualquer padrinho e respectivos comparsas mais a norte, que entre duas bordoadas ainda arranjam tempo para erguer uma mão ensanguentada, apontar um dedo na direcção da Luz, e balbuciar uma acusação patética qualquer contra o Benfica mesmo antes de apanharem outra cacetada de fazer perder os sentidos. Depois quando acordam no hospital, dizem ao polícia que os interroga: "Não vi quem me bateu, mas o Benfica não pagou um rebuçado na mercearia!". Aquele clube nasceu, cresceu e vive alimentado no rancor. Porque apesar de desde sempre terem tido as melhores condições, nunca conseguiram o mesmo sucesso que nós.

Por tudo isto esta semana é horrível para mim. Eu não consigo apreciar os jogos do Benfica contra o clube do Lumiar. Para mim são uma experiência horrível, o culminar de uma semana em que apanho uma dose de clube do avozinho superior ao acumulado do resto da época toda. Chego a ficar agoniado ao olhar para o campo e ver aquelas camisolas horripilantes ao lado das nossas papoilas saltitantes. É um martírio que dura noventa minutos e que parece durar uma vida inteira. Revolvo-me na cadeira, fecho os olhos, cerro os maxilares, suspiro profundamente... o desconforto é total. Eu na minha vida chorei duas vezes num campo de futebol, e foram ambas em jogos contra o clube do Lumiar. Foram lágrimas mais de raiva do que de alegria. Raiva enquanto o JVP demolia aquela equipa arrogante que andou a semana toda a prometer humilhar-nos. Cada golpe desferido pelo JVP naquele farrapo verde e branco que se arrastava pelo relvado naquela noite chuvosa libertava a minha raiva pelo sofrimento que me tinham feito passar durante essa semana, remetia-os ao lugar deles. E da segunda vez chorei ainda mais. Porque andei a semana toda a ouvir a festa anunciada, as promessas de goleada, a antecipação do tamanho das nossas cabeças na festa deles. Ouvi, comi, e calei. E acumulei cá dentro. Por Amor ao meu clube sujeitei-me a mais. Sujeitei-me a ir lá, ao covil deles, a misturar-me com eles e cruzar-me com eles enquanto carregavam os foguetes para a festa. Sujeitei-me ao sacrifício supremo de estar no meio deles, de não poder conseguir de forma alguma ignorá-los quando eles festejassem um título há tanto esperado, ainda para mais num jogo contra nós. E quando desde o topo Norte vi a bola chutada pelo Sabry descrever um arco perfeito, as lágrimas soltaram-se ainda antes da bola tocar nas redes.

Aqueles que me vêm com histórias de que eu deveria era considerar o fóculporto como o nosso grande rival não fazem ideia do que falam. Rivalidade é isto. É ilógica. É odiar (sem violência, atenção!) o mais ínfimo pormenor do nosso rival, mesmo que pareça não haver explicação lógica para isso. No meu caso é odiar tanto que prefiro tentar esquecer que eles existem. E fazer o sacrifício supremo por amor ao meu clube, que é reconhecer a existência deles durante duas semanas por ano. Por isso é que para mim entramos hoje na pior semana futebolística do ano."


BRILHANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

OBRIGADO D`ARCY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 1 de março de 2008

Derby

Sem Luisão, David Luiz, Petit e Nuno Gomes para o jogo contra o sporting, acho que vamos ter uma tarefa muito complicada. Não estou optimista.
E não estar optimista para um jogo contra o sporting, e tendo em conta a maneira como eles estão a jogar e ainda por cima sem o subnutrido, diz muito da desilusão que tem tomado conta de nós, benfiquistas, este ano.

Veremos...

domingo, 27 de janeiro de 2008

Confirma-se


O Zbording é, definitivamente, o clube que mais alegrias me dá.


Muito obrigado, lagartagem. O campeonato está relançado.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Jornalismo de merda...#2

No Sporting, após a pausa natalicia, houve um jogador do plantel principal que ainda não se apresentou na pseudo-academia para o reinicio dos trabalhos. Nos telejornais da nossa praça, nem uma única referência. Pergunto:

E SE FOSSE NO BENFICA?

Mas até compreendo... É o Benfica que faz mover este país, não é?