Não querem. Nem podem. Época terrivelmente mal planeada como foi dito aqui neste blog por diferentes pessoas durante todo o Verão. Erros crassos que só quem tem palas nos olhos é que pode negar. Incompetência a gerir, a ordenar e a executar. Quando olho para a equipa do Benfica não consigo apontar especificamente para um jogador e dizer que ele está efectivamente a "fazer a cama ao treinador". Mas olhando para a equipa como um todo, parece-me amorfa, sem vontade nem capacidade para mais. Vejo diferentes situações no plantel: Luisão é o líder dentro de campo, faz o que melhor sabe e pode, dá tudo e é provavelmente o melhor jogador actualmente; David Luiz é um bom rapaz, é profissional e tem aguentado estoicamente as parvoíces que têm sido escritas sobre ele. Não duvido nem por um minuto do seu empenho. Dá tudo em campo, mas está com a infelicidade de lhe sair quase tudo mal; Coentrão está visivelmente estoirado depois de um ano de 2010 com, até ao momento, 50 jogos oficiais sem pausa para férias; Saviola regressou àquilo que foi nos últimos anos, um jogador acomodado; Cardozo é Cardozo, capaz de um golo e de 85 minutos de ocaso, mas que marca, marca!
Os "objectivos mais altos de sempre", citados em Agosto último pelo nosso presidente, revelaram-se uma patetice épica. Estivemos a dois míseros minutos de ser eliminados não só da Champions League como também da Liga Europa, ou seja, chegaríamos a Janeiro sem a frente europeia por disputar, algo que, desde 2003, se verificou apenas por uma ocasião, quando treinados por Quique Sanchéz Flores. Logo aqui se vê quão miserável está a ser esta época.
Jesus tinha afirmado antes do jogo que as suas previsões estavam correctas: quem perdesse pontos com o Hapoel seria eliminado da fase seguinte da grande prova de clubes. Não esperava ele, certamente, que ao minuto 88 a frase mais correcta seria "quem perdesse mais pontos com o Benfica ficaria de fora". Triste mas verdade.
Perdemos e eis que chega o "escudo humano" do presidente, o senhor Rui Costa, posto na prateleira no momento das vitórias, chamado de urgência nas derrotas, com a vida pessoal vergonhosamente exposta nos jornais e revistas do país. Não sei como te prestas a este serviço, caro Rui. De dia para dia consigo admirar mais as suas capacidades e a sua coragem em detrimento da fuga constante de outros nos momentos difíceis. Se houve alguém que passou naquilo a que chamei de teste de carácter foi o nosso Director Desportivo, porque presidente, treinador, jogadores e adeptos reprovaram. Uns escondem-se nos momentos difíceis, outros aparecem. É esta a diferença entre os Homens e os ratos.
Será Jesus parte do problema? Manuel José, Paulo Autuori, Graeme Souness, Jupp Heynckes, José Mourinho, Toni, Jesualdo Ferreira, José Antonio Camacho, Giovanni Trapattoni, Ronald Koeman, Fernando Santos, Fernando Chalana e Quique Flores também foram. Por isso é que foram corridos a pontapé ou tentaram correr com eles. O problema é a falta de mentalidade. Com esta mentalidade perdedora, nem com Guardiola de manhã e Ferguson à tarde o Benfica ganhava.
Nem chegámos ao final do ano de 2010 e o Benfica já conta com nove derrotas, mais uma que em toda a temporada de Quique e menos uma que em toda a temporada de Santos/Camacho/Chalana. Mais grave que isto é haver benfiquistas a colocarem paninhos quentes e a dizer que "foi só mais uma derrota", "melhores dias virão", "é só uma má fase". O Benfica está nesta situação miserável crónica há já dezasseis anos. São dezasseis anos de derrotas, vexames e humilhações, são dezasseis anos de Benfiquinha, com a complacência de muitos de vós, adeptos.
Os adeptos ficaram contentes, ou pelo menos mais aliviados, com a passagem à Liga Europa. "Do mal o menos", dizem alguns. Percebo perfeitamente, é esse o me sentimento em termos práticos. Mas eis que olho para a lista de possíveis opositores vindos do Pote 1 (porque nem cabeças-de-série vamos ser neste sorteio) e vejo Manchester City, Liverpool, Bayer Leverkusen e PSV Eindhoven. Quatro potenciais Celtas de Vigo. Podem pensar que é a Liga Europa, que em jogos a duas mãos até nos podemos safar, mas a realidade nua e crua é esta: nem com Lyon, nem com Schalke nem mesmo com o Hapoel o Benfica venceu no confronto directo. Mau demais para ser verdade.
Os "objectivos mais altos de sempre", citados em Agosto último pelo nosso presidente, revelaram-se uma patetice épica. Estivemos a dois míseros minutos de ser eliminados não só da Champions League como também da Liga Europa, ou seja, chegaríamos a Janeiro sem a frente europeia por disputar, algo que, desde 2003, se verificou apenas por uma ocasião, quando treinados por Quique Sanchéz Flores. Logo aqui se vê quão miserável está a ser esta época.
Jesus tinha afirmado antes do jogo que as suas previsões estavam correctas: quem perdesse pontos com o Hapoel seria eliminado da fase seguinte da grande prova de clubes. Não esperava ele, certamente, que ao minuto 88 a frase mais correcta seria "quem perdesse mais pontos com o Benfica ficaria de fora". Triste mas verdade.
Perdemos e eis que chega o "escudo humano" do presidente, o senhor Rui Costa, posto na prateleira no momento das vitórias, chamado de urgência nas derrotas, com a vida pessoal vergonhosamente exposta nos jornais e revistas do país. Não sei como te prestas a este serviço, caro Rui. De dia para dia consigo admirar mais as suas capacidades e a sua coragem em detrimento da fuga constante de outros nos momentos difíceis. Se houve alguém que passou naquilo a que chamei de teste de carácter foi o nosso Director Desportivo, porque presidente, treinador, jogadores e adeptos reprovaram. Uns escondem-se nos momentos difíceis, outros aparecem. É esta a diferença entre os Homens e os ratos.
Será Jesus parte do problema? Manuel José, Paulo Autuori, Graeme Souness, Jupp Heynckes, José Mourinho, Toni, Jesualdo Ferreira, José Antonio Camacho, Giovanni Trapattoni, Ronald Koeman, Fernando Santos, Fernando Chalana e Quique Flores também foram. Por isso é que foram corridos a pontapé ou tentaram correr com eles. O problema é a falta de mentalidade. Com esta mentalidade perdedora, nem com Guardiola de manhã e Ferguson à tarde o Benfica ganhava.
Nem chegámos ao final do ano de 2010 e o Benfica já conta com nove derrotas, mais uma que em toda a temporada de Quique e menos uma que em toda a temporada de Santos/Camacho/Chalana. Mais grave que isto é haver benfiquistas a colocarem paninhos quentes e a dizer que "foi só mais uma derrota", "melhores dias virão", "é só uma má fase". O Benfica está nesta situação miserável crónica há já dezasseis anos. São dezasseis anos de derrotas, vexames e humilhações, são dezasseis anos de Benfiquinha, com a complacência de muitos de vós, adeptos.
Os adeptos ficaram contentes, ou pelo menos mais aliviados, com a passagem à Liga Europa. "Do mal o menos", dizem alguns. Percebo perfeitamente, é esse o me sentimento em termos práticos. Mas eis que olho para a lista de possíveis opositores vindos do Pote 1 (porque nem cabeças-de-série vamos ser neste sorteio) e vejo Manchester City, Liverpool, Bayer Leverkusen e PSV Eindhoven. Quatro potenciais Celtas de Vigo. Podem pensar que é a Liga Europa, que em jogos a duas mãos até nos podemos safar, mas a realidade nua e crua é esta: nem com Lyon, nem com Schalke nem mesmo com o Hapoel o Benfica venceu no confronto directo. Mau demais para ser verdade.