
O Benfica deve ser o clube mais simpático do Mundo. Já não bastava ser o maior, também é o mais simpático. Em Madrid todos gostam de nós. Desde o Real, que nos compra um grande jogador por um valor inferior em 15 milhões de euros ao da cláusula de rescisão (e, por mais mentiras que tentem dizer, ninguém sabe ao certo em que condições receberemos o valor estipulado nas cláusulas) e ainda nos envia todo o seu refugo, recebendo o peso de alguns em ouro. Estando eu muito satisfeito com Javi Garcia e bastante satisfeito com Saviola, no cômputo geral, nenhum deles valia aquilo que o Benfica pagou à altura, revelando falta (ou ausência) de capacidade de negociação. Acresce ainda o dinheirão gasto em duas incógnitas, Rodrigo e Alípio, e o presente envenenado de seu nome Balboa.
O Atlético também mantém uma relação de parasitismo com o Benfica, mais por culpa nossa que deles. Depois de ter comprado o melhor jogador encarnado em saldos depois de uma época magnífica (e os dois jogadores em troca?), conseguiu vender o terceiro guarda-redes por uma exorbitância, emprestou dos extremos que o Benfica teve a amabilidade de acolher e comprar parte dos passes para não mais ver esse dinheiro, viu uma dívida de 2 milhões de euros ser perdoada e agora, ao que parece, rouba um jogador ao Benfica.
A capacidade negocial dos nossos dirigentes é ridícula. Em seis meses, Vieira conseguiu deslocar-se ao Brasil por duas vezes para perder Wesley para o Werder Bremen e, agora, pelos vistos, Elias para o Atlético. Desilude uma vez mais, mas não surpreende. Com Vieira ao leme esta patetice vai continuar eternamente. Sempre que vamos contratar alguém com valor sucede esta palhaçada, vem o Sporting de Espanha e rouba o craque. Agora é capaz de trazer o Zézinho Carioca, ponta-de-lança do São Raimundo para satisfazer alguns yes man. Viva isto!
Vieira, queres mostra-te competente? Traz este craque. Queres que estas vergonhas deixem de acontecer? Manda o senhor que escolheu e contratou Aimar, Suazo, Reyes, Carlos Martins, Yebda e Amorim tratar do assunto. Chega de humilhações.