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domingo, 26 de dezembro de 2010

Uma década de... grandes golos

Termina daqui a uns dias mais uma década. Como não há post em que não haja confusão já estou preparado para argumentar sobre a data do fim desta década, se foi a 31 de Dezembro de 2009 ou se será a 31 de Dezembro de 2010. Venham de lá essas teorias.

Mas este será o primeiro de um conjunto de posts que aqui aparecerão até ao dia 31 de Dezembro sobre o resumo de mais uma década de Benfica. Em forma de top-10, o post de hoje é sobre os 10 melhores golos desta década. E eles são...

10 - A força da técnica e a técnica da força, por Karadas - 24 de Outubro de 2004. O recém chegado Azar Karadas era ainda uma incógnita para muitos benfiquistas. A linha que separava o tosco do génio ainda não estava bem traçada, mas este golo deixou os mais cépticos rendidos ao norueguês. Mal saberíamos nós que afinal o nórdico era um semi-barrete.



9 - Apontar, disparar, fogo, de Mantorras - Na viragem da década anterior, o Benfica tinha contratado uma pérola angolana ao Alverca de seu nome Pedro Mantorras. Num jogo em casa frente ao Vitória de Setúbal, Mantorras apontou os três golos da suada vitória encarnada por 3-2 frente aos sadinos, mas um deles permaneceu na memória. O terceiro golo é num livre frontal a cerca de 30 metros da baliza. Mantorras frente à barreira e Marco Tábuas e... pum, um disparo gigantesco com a bola (ainda daquelas pesadas, pré-Fevernova) a sair disparada a uma velocidade estonteante. A bola entra entre a barra e a mão do guarda-redes, um golo memorável.

8 - Nem dez, vinte ou trinta, foram os quarenta metros de Laurent Robert - "Robert baaaaaaaaaaaaaate, gooooooooloooooooo!" Parece que ainda estou a ouvir o relato da Antena1 desse jogo. Livre frontal a mais de 40 metros da baliza de Vítor Baía. Robert enche-se de fé e remata a bola a uma velocidade incrível, com Baía a ficar mal na fotografia apesar dos desvios que esta sofreu no seu trajecto. Era a primeira vitória do Benfica sobre o Porto na Luz em jogos para o campeonato em alguns anos.



7 - O belissimo cappello de Miccoli - Num jogo como tantos outros, num estádio semi-vazio como tantos outros, há sempre um jogador que valia o preço que se paga por um bilhete. E Miccoli era esse jogador, proporcionava momentos de génio. Como este belíssimo chapéu em Leiria. Perfeito, sem espinhas.



6 - Di Letra de Di Maria - Três épocas de Luz, mas só numa delas conseguiu provar toda a sua categoria. Já o disse noutras ocasiões, Di Maria foi o jogador mais importante no 32º campeonato encarnado. Era o abre latas quando as coisas não sucediam como queríamos. E este foi mais um jogo em que exemplificou isso mesmo de que falo. Foi também na Liga Europa que Di Maria brilhou alto ao marcar este golaço. Classe, muita classe que hoje passeia por Madrid.



5 - Simplesmente Rui Costa - Rui Costa é sinónimo de arte. Foi provavelmente o último grande artista da velha guarda, um número dez com características únicas. O seu jogo era classe pura. E este golo é um excelente exemplo dos vários momentos de magia que nos deu ao longo de muitos anos de bom futebol. O golo do jogador que não sabia jogar mal.



4 - Pontapé de moinho rumo aos quartos, por Miccoli - A vitória e a passagem aos quartos estavam garantidos, mas Miccoli, com a classe que o caracterizava, decidiu abrilhantar as coisas ainda um pouco mais. Após passe (que até era um remate) de Beto, o italiano recebe a bola no ar e dispara um pontapé de moínho sem hipóteses de defesa para Reina. Caía o campeão europeu, levantava-se o campeão nacional.



3 - Corre corre, Saviola - Já vi muitos jogadores correrem desalmadamente para no final da jogada... falharem. Mas não daquela vez em que Saviola pegou na bola ainda antes do meio campo e fez aquilo que todos recordamos. Um golo que nem se faz na PlayStation. Que golo!



2 - Para inglês ver... e rever e rever, por Simão - O Liverpool teve oportunidade de contratar Simão Sabrosa no final da época de 2005. Não o fez. Felizmente para nós, diria eu. E infelizmente para os reds da cidade dos Beatles. O destino quis que o Benfica e o campeão europeu se encontrassem nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Depois da vitória por 1-0 na primeira mão, o Benfica deslocou-se a Anfield e escreveu uma página de História que tem tanto de belo como de inacreditável. Derrotou o Liverpool por 0-2, com um golão de Simão Sabrosa. Era o destino.



1 - Grande Petit - Quando em frente à baliza de Landreau, Petit recebeu a bola, todos pensámos para nós mesmos: "chuta Petit, chuta com força!". Era o seu hábito. De frente para a baliza e com algum espaço, Petit disparava em força e para golo. Mas não desta vez. Petit fez um golo do tamanho do estádio e o chapéu ao guarda-redes do PSG foi o golo mais mágico da década.



P.S. O meu agradecimento especial ao Shoky, que ajudou a elaborar este post.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O meu reconhecimento


"Não fui ganhar muito mais do que no Boavista. Tinha acabado de nascer o meu segundo filho, houve a mudança, levei a família, esperava ir ganhar isto e aquilo mas depois não se concretizou. Tinha de pagar casa alugada, foi quase como se fosse ganhar o mesmo. Só aos 30 anos consegui renovar contrato, aos 31 acabei por ir embora."

"Apareciam jogadores que ganhavam muito mais do que eu e nunca tinham jogado em lado nenhum. Eu, que era internacional pelo meu país, titular e sub-capitão do Benfica, jogava sempre e não via o meu salário ser aumentado. Fiquei triste, até porque também tinha tido a oportunidade de sair para outros clubes. Surgiu o Colónia e fiz pressing para sair, para salvaguardar a minha vida."

"Eu queria acabar no Benfica mas também queria ser reconhecido e retribuído por todos os sacrifícios que fiz ao longo dos anos. Acabei por sair e a verdade é que isto aqui é uma maravilha, apesar do Inverno, apesar de às vezes treinarmos com neve até aos joelhos."


As palavras são de Petit, agora jogador do Colónia, numa excelente entrevista ao diário i. Entristece-me ver que uma antiga referência do clube, uma espécie de glória dos tempos modernos, foi tratada desta forma por quem comanda o Benfica. Compreendo agora, mais do que nunca, o sabor amargo que a sua - na altura, incompreensível - saída deixou na boca de muitos benfiquistas.

Lembro-me de ler, neste mesmo blogue, um texto que alertava para o desmembramento do plantel e para a falta que este internacional nos fez durante a época passada. Nada mais acertado. Petit é um jogador cujos valores e mentalidade representam tudo o que os adeptos mais fervorosos do Benfica podem exigir a um jogador. É, ainda hoje, uma pessoa extremamente humilde, que teria perfeitamente lugar na estrutura actual deste plantel.

Só um reparo, Petit: há algo de que nunca não te poderás queixar. Os adeptos sempre retribuíram o teu esforço com muito carinho. Fica aqui, também, expresso o meu agradecimento. E quanto aos que, por alturas das eleições, duvidaram das boas intenções do rapaz, deixo-vos com esclarecimento, como sempre, de grande franqueza:


"Estava num restaurante e ligou-me um primo que trabalha no Porto Canal. “Olha, o Bruno, o meu patrão, pergunta se queres ser mandatário da campanha dele.” Eu só tenho o primeiro ano, não sabia o que queria dizer ser mandatário e disse-lhe: “Mete lá aí o meu nome.”"

"Eu é que fiquei mal, porque me dou bem com o presidente [Luís Filipe Vieira]. Mandatário! Depois percebi que fiz asneira. Nunca mais falei com Luís Filipe Vieira e ele deve ter ficado zangado. Pensava que era uma coisa qualquer de marketing. Que asneira, as pessoas a ligarem, o meu empresário a perguntar porque me meti naquilo… mas é com estes erros que vamos aprendendo. Vou morrer e ainda vou estar a errar. E a aprender."


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Petit - O Mandatário

Como já devem ter percebido pelos meus posts, sou um admirador do Petit. Pelo menos do Petit enquanto jogador dentro de campo. Sempre foi trabalhador, duro mas não maldoso, um "voluntarioso" como uma vez o Martelinho o chamou.

Petit foi convidado para ser mandatário da candidatura de Bruno Carvalho à presidência do Benfica. Sinceramente, nunca percebi qual o clube do coração de Petit, se o Benfica ou o Boavista, mas, e assumindo que é o Benfica, o ex-médio-defensivo dos encarnados tem todo o direito e toda a legitimidade enquanto adepto e, talvez sócio, de demonstrar a sua preferência por um candidato, assumindo parte da sua candidatura. Até aqui tudo bem.

No entanto, não me parece que haja uma preferência por Bruno Carvalho. Possivelmente nem se conhecem. A questão é que Petit escolheu aparecer ao lado do director do Porto Canal pelas mesmas razões que o director do Porto Canal o escolheu. Confusos? Não é caso para isso...

O denominador em comum entre estes dois homens do norte (sem sentido pejorativo, não me venham com essas questões de benfiquistas de primeira e benfiquistas de segunda!) é a comichão que Luís Filipe Vieira lhes provoca: ao Carvalho porque sabe que com o actual presidente a concorrer às eleições a vitória ira para LFV; a Petit pela forma muito estranha e nada pacífica como saiu do Benfica, ou acham mesmo que foi ele quem escreveu aquela carta?

P.S. Há uns anos lembro-me de Zahovic, numa entrevista a A BOLA dizer que o Benfica estava novamente no bom caminho e que isso se verificava também pelo facto de os jogadores que abandonavam o clube não saírem a mal, acabando por ter palavras elogiosas para com o Benfica mesmo após a saída. Desde há uns anos para cá a situação tem-se invertido, mesmo por parte dos jogadores mais influentes: Geovanni afirmou que "estão a destruir a base de Camacho", Léo disse que "Quique não percebe nada do futebol português" e agora eis Petit como mandatário da campanha de Bruno Carvalho. Espero não estar a assistir ao pesadelo que foi o penoso final da década de 90/início do novo milénio.

sábado, 25 de abril de 2009

Petit


Durante a pré-época, eu e o Sigmund discutimos aqui no blog algumas das transferências do Benfica, nomeadamente a dispensa (ou venda, como entenderem) de Petit.

Hoje, passados 10 meses, o Benfica dificilmente consegue aguentar a vantagem de um golo. Hoje, não temos uma dupla de médios-centro que consiga segurar a bola a meio-campo, talvez porque Carlos Martins esteja mais tempo lesionado do que a jogar. Hoje, percebemos que o Petit, quando está em forma, faz realmente falta naquele meio-campo do Benfica.

E não é só ao Benfica que faz falta. Olhem para a selecção. Da equipa que jogou com Scolari, só saíram Nuno Gomes, Ricardo e... Petit! Podem dizer-me: "Ah, mas o problema da selecção é que não marca golos, e o Petit também não os marcava!". Pois não, não marca, mas com ele em campo a selecção ganhava, sabia defender, e possivelmente não teria levado três secos da Dinamarca.

Hoje, passados 10 meses, Petit é o 13º jogador de campo mais utilizado da Bundesliga e o 4º médio com mais tempo de jogo, tendo, nas 28 jornadas já disputadas, realizado 27 jogos, dos quais 24 foram completados, substituído por 3 vezes (90', 69' e 82').

É um dos jogadores preferidos do treinador do FC Koln, Christoph Daum e, na minha opinião, é melhor que Amorim, Katsouranis, Yebda, Bynia e Filipe Bastos.

Petit, mesmo sendo um jogador discreto, era de uma importância fundamental que alguns benfiquistas negligenciaram na últma pré-época. Os seus cruzamentos para golos de Luisão (Sporting e Liverpool), os seus golaços (PSG, Marítimo, Estrela da Amadora), a sua entrega e sobretudo, o seu sentido posicional e leitura de jogo (ai Yebda!) fazem muita falta ao Benfica e à Selecção.

Hoje, passados 10 meses, quero saber quem era a favor da saída de Petit e mantém a sua opinião, assim como quem era contra a saída do internacional português e continua a achar que o Benfica fez mal em vendê-lo.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

E pararem de brincar com os sócios?

Seria muito bom que me explicassem o porquê de notícias como esta. Se isto for mesmo verdade e se vier a confirmar, benfiquistas, podemos atirar a toalha ao chão antes mesmo do início do futebol a sério.

Adenda: Aos ofendidos que se manifestaram e aos demais que ainda se manifestarão na caixa de comentários do blog, devo dizer o seguinte: tenho o cativo, lá estarei sempre, apoiando o Luis Filipe, o Edcarlos, o Zoro, o Maxi Pereira, todos eles, apesar de não valerem NADA. O Benfica deve ser refeito por Benfiquistas que estejam de boa vontade e tenham boa fé e isso não implica necessariamente uma visão e apoio incondicionais e cegos a quem manda. O futuro faz-se de olhos abertos, não de olhos fechados.

Entendam a toalha como uma metáfora para esperança. A minha esperança em relação a este Benfica é praticamente nula.

sábado, 6 de outubro de 2007

Pequena grande ausência

Petit lesionou-se frente à Naval, e a verdade é que, desde então, nunca mais o Benfica venceu. Era só para que fosse perceptível a fulcralidade deste fabuloso jogador na estrutura do Benfica. É ele que, aos 31 anos, comanda o futebol do Benfica. Um grandessíssimo bem-haja a um dos poucos que enverga o manto sagrado com total respeito e dedicação, e votos de uma rápida recuperação. Muito obrigado.

terça-feira, 20 de março de 2007

A um "Petit" ponto...

Minuto 81: Resultado mantém-se teimoso em 0-0. O esquema ultra-defensivo dos comandados de Faquirá está a resultar na perfeição. O Benfica corre o risco de perder 2 pontos ingloriamente na Amadora. Mas alto!!
Livre! Quem vai bater? Dali é para o disparo do Petit...
Olha, é mesmo ele...GOOOOOLO...

E PUFF!! Fez-se em um ponto a vantagem azul e bronca...


Depois de um sabádo cheio de surpresas, o Benfica conseguiu nesta segunda-feira, desta forma chegar à vitória no sempre dificil terreno da Reboleira. Através de uma bola parada, de um livre exemplarmente cobrado por Petit, o GRANDE, ao 81ºminuto...
Mas desengane-se quem pensa, que foi uma vitória caída do céu. Não foi.
Foi uma vitória conquistada à custa de muito espírito de sacrifício, muita garra, força de vontade e ambição, predicados que um "tocado" Petit reúne numa perfeita harmonia.

Mas voltemos ao ínicio. Fernando Santos contava com Rui Costa, Quim e Luisão (todos lesionados) e ainda Katsouranis (castigado), sem contar com Nuno Assis. Para além disso, Simão teria de gerir bem os amarelos (entrou em campo com 4).
Por tudo isto, o jogo já de si complicado, tornou-se ainda mais dificil.
De ínicio entrou Derlei, formando um quarteto ofensivo temivel com Simão, Nuno Gomes (muito perdulário hoje) e Miccoli. Mas esta opção não resultou. O Estrela encaixou muito bem no modelo de jogo do SLB, e o jogo arrastou-se até ao intervalo. Apenas Simão teve uma oportunidade digna desse nome, aos 43´.

Na 2ªParte, Fernando Santos percebeu, que o segredo para o triunfo estaría mesmo em reforçar o meio-campo e não em ter muitos avançados em campo, e lançou o miúdo João Coimbra, ganhando o Glorioso mais estabilidade e consistência a meio-campo. O golo parecia que mais minuto, menos minuto entraria, mas Anderson quase borrou a pintura. Valeu Moretto a salvar um atraso infeliz do companheiro.
Nuno Gomes em duas situações falhou incrivelmente o golo, e Miccoli de cabeça atirou a rasar o poste da baliza à guarda de Paulo Lopes. Pelo meio ficou um claro penalty por assinalar a favor do SLB (nada de novo) e a bola parecia não querer entrar de todo...O Povo já pedia Mantorras, mas eis que ao minuto 81 dá-se o momento do jogo...
E o Porto ficou à distância de um "Petit" ponto...



Estádio José Gomes, na Amadora:
Árbitro: João Vilas-Boas (Braga)

ESTRELA DA AMADORA – Paulo Lopes; Rui Duarte, José Fonte, Amoreirinha e Edu Silva; Marco Paulo, Luís Loureiro (Zamorano, 74 m), Tiago Gomes e Daniel (Anselmo, 83 m); Moses e Dário (Nuno Viveiros, 66 m).

BENFICA – Moretto; Nélson, David Luiz, Anderson e Léo; Derlei (João Coimbra, 57 m), Petit e Karagounis; Simão (Paulo Jorge, 88 m); Miccoli e Nuno Gomes (Mantorras, 90 m).

Ao intervalo: 0-0
Golo: Petit (81 m)
Resultado final: 0-1