O meu muito obrigado a quem votou Vieira.
Obrigado por terem votado no homem que nunca deu a cara pelo clube depois de anos e anos de roubos pelos estádios deste país.
Obrigado por terem votado no homem que nunca deu a cara quando os nossos jogadores e adeptos eram (são) agredidos e humilhados nos antros do costume.
Obrigado por terem votado no homem que viu o Porto fazer da Luz o seu salão de festas e que nunca demonstrou um pingo de desolação e vergonha com isso.
Obrigado por terem votado no homem que anda há uma década a prometer o mundo aos sócios, mas que jamais pedirá desculpa por todos os falhanços e humilhações que nos fez passar.
Obrigado por terem votado no homem que fez do clube um negócio e uma loja de venda a retalho.
Obrigado por terem votado no homem que sempre foi uma marioneta nas mãos daqueles que ele próprio nunca quis derrotar.
Obrigado por terem votado no homem que vai ver o reinado do Benfica sucumbir quando o Porto chegar aos 33 primeiro que nós.
Obrigado por terem votado no homem que nunca quis dar a machadada final no sistema quando dispôs de oportunidades para isso.
Obrigado por terem votado no homem que nunca conseguiu manter uma equipa competitiva de um ano para outro.
Obrigado por terem votado no homem que vos vende o sonho de conquistar 3 dos próximos 4 campeonatos, promessa igual a tantas outras.
Obrigado por terem votado no único homem na História do Benfica que viu três equipas portuguesas chegarem a finais europeias.
Obrigado por terem votado no homem que viu o Porto duplicar os troféus europeus e triplicar os títulos internacionais em relação ao Benfica.
Obrigado por terem votado no homem que mais Benfiquismo ostracizou na centenária História do Benfica.
Hoje não morreu só o Benfica. Hoje morreu também uma parte de mim e de todos aqueles que jamais aceitarão o comodismo de ver o Benfica na lama. Um grande abraço a todos vocês que sempre irão sentir o fogo encarnado a arder no vosso coração com vontade de fulminar toda a heresia e toda a blasfémia daqueles que nunca saberão o que é o Benfica. E não, jamais desculparei quem votou Vieira e jamais retirarei um vírgula a este texto. A esses, os meus parabéns por se darem a tão reles rebaixamento.
Por último, gostaria de dizer obrigado a todos os que votaram no derradeiro coveiro do maior fenómeno desportivo e social da (quase) milenar História de Portugal.
ATÉ SEMPRE BENFICA!
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sábado, 27 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Voto Rangel
O dia de todas as decisões
aproxima-se, e por isso tenho de dizer que, quando me deslocar ao Estádio da
Luz na 6ª feira, o farei para votar em Rui Rangel e na lista B.
É evidente que não seria de
esperar outra coisa. Há anos que estou cansado de uma liderança desportiva,
financeira e moralmente incompetente e atentatória da matriz que fundou e fez
crescer o Benfica. 11 anos no Benfica são mais do que suficientes para se
tentarem todas as fórmulas para o sucesso (e Vieira tentou de tudo)... e como
em tudo na vida, há um momento em que devemos parar e assumir que não
conseguimos.
Não nascemos todos para o mesmo.
Se calhar Rui Rangel não teria os meios para sustentar o Benfica como Vilarinho
e Vieira fizeram entre 2000 e 2004, mas isso em 2012 nada interessa. Vieira,
por exemplo, certamente que não nasceu para dar a glória e a ética que o
Benfica precisa para sobreviver como gigante mundial.
Há longos meses que batalho por
uma alternativa credível e, felizmente, ela apareceu. Tarde, dirão muitos de
vós, no tempo certo para mudar o Benfica respondo eu. Apareceu a 10 dias das
eleições, mas quando apareceu trouxe consigo algo que Vieira em 9 anos nunca
apresentou: um programa com linhas de acção claras, com prioridades bem
definidas e com alguns perfis perfeitamente traçados, como na questão dos
cargos estratégicos vs cargos operacionais, e respectivas filiações clubísticas
e competências profissionais.
A lista B é, no quadro actual do
Benfica, um Best Of dos que se batem por ideais e por valores. Não é arrogância
ou injusta depreciação dizer que a lista A é um saco de gatos oportunistas, que
por diversas vezes trocaram ideias pelo protagonismo e pela proximidade do poder.
E posso fundamentar:
- Rui Gomes da Silva, em 2009, contactou o então movimento Benfica Vencer Vencer dizendo, e isto são palavras dele na altura, que era fundamental correr com Vieira custasse o que custasse. Semanas depois, apareceu na lista de Vieira. Hoje, faz um ridículo papel na SIC Notícias;
- José Eduardo Moniz, em 2009, foi sondado pelo Movimento Benfica Vencer Vencer no sentido de perceber as suas ideias para o clube e preparar eventual candidatura. Sem dar nenhum cavaco a todos quantos no movimento lhe deram a oportunidade de ver o seu nome associado ao Benfica, marcou uma conferência de imprensa de que os restantes elementos souberam pelos jornais, para dizer que não se candidatava. Nos anos que se seguiram, criticou ferozmente Vieira. Inclusivamente no ano de 2009/10, onde fomos campeões. Dois anos volvidos de insucessos, humilhações e prejuízos financeiros, diz que acredita em Vieira e no que este tem feito pelo Benfica. É administrador da Ongoing, que detém 50% do fundo de jogadores do Benfica, e nos anos 90 vendeu os interesses da RTP à Olivedesportos;
- Varandas Fernandes... o tótó da história! Serviu-se de amigos para contemporizar o aparecimento de alternativas, tentando vender banha da cobra e boas intenções de Vieira. Partiu para negociações com objectivo de criar uma lista de união e que afastasse do clube cancros como Soares de Oliveira ou João Gabriel, e definiu-o como alicerces dessa negociação com o líder do Benfica. Vieira em nada cedeu, e Varandas Fernandes aceitou mesmo assim ir para a lista, num papel mais que secundário onde até um mafioso ex-PS fala mais alto;
- Luis Nazaré, o homem que saiu do Benfica no mandato de Vilarinho acusado por Vieira de ser um papagaio, e acusando Vieira de querer enriquecer à custa do Benfica e dos seus negócios com o betão. 10 anos volvidos, Vieira à custa do Benfica e do betão aumentou a fortuna pessoal de 15 para 500 milhões de Euros, e Luis Nazaré não vê problema nenhum nisso;
- Sílvio Cervan, um opositor encarneirado de Vieira, que goza e desfruta com as críticas cerradas feitas ao presidente durante as assembleias-gerais, que me pede para falar mais baixo quando percebe que conheço a sua visão inversa à de Vieira, que olha para o chão quando questionado sobre o porquê de estar numa direcção em que não se revê. A prostituição foi mais longe – está presente na lista, e como suplente. Não só se mantém ao lado de malta em que não se revê e com que goza em silêncio, como até aceita estar lá numa posição completamente subalterna.
Por isso, de um lado está a
prostituição intelectual, a devassa moral do clube, a compactuação com
portistas e sportinguistas infiltrados em lugares-chave da gestão estratégica
do clube, e do outro está Rui Rangel, com um discurso a fazer lembrar os
grandes nomes do passado Benfiquista, e com uma lista que tem, entre outros:
- Fernando Tavares, a minha maior referência de Benfiquismo. Um gestor competente, que muito fez pelas modalidades do Benfica e que, aliás como o líder da lista, acorda a pensar no Benfica, se deita a pensar no Benfica, sofre a pensar no Benfica e vibra com as vitórias do Benfica. Uma pessoa de uma linha de Benfiquistas que eu até o conhecer julgava já não existir;
- Cunha Leal, o artífice da mais espectacular equipa que me lembro de ver no clube (1992/93), o homem que segurou as pontas do Benfica no difícil Verão de 1993 e que montou as bases para o campeonato de 1993/94. Saiu do clube em 1994, acompanhando nesse percurso um grande monstro da história recente do Benfica – Jorge de Brito. Conhecer do futebol, sofredor Benfiquista, que faz também da classe e elevação o seu modo de ser;
- Paulo Olavo e Cunha, o melhor presidente da mesa da assembleia-geral de que me lembro de ver no Benfica. Pugnou sempre pela democracia do clube, opôs-se como eu aos novos estatutos, dirigiu alguma das mais conturbadas e participadas assembleias-gerais da história do clube e sempre sem o menor incidente;
- João Carvalho, um Benfiquista que admiro muitíssimo e o último grande presidente do Conselho Fiscal. Independentemente de amizades e simpatias, João Carvalho foi intransigente na missão estatutária que está designada para o Conselho Fiscal, defendendo acima de tudo o clube e exigindo dos seus dirigentes a máxima responsabilidade e cautela;
E isto apenas para citar alguns,
os mais conhecidos. Hoje por hoje, este é um Best Of Benfiquista em termos de
competência, ética e capacidade de gestão do Benfica.
Além do projecto, cujas linhas me
agradam e que em grande medida abrangem temas de que fui falando por essa
blogosfera nos últimos anos, as pessoas transmitem-me muita confiança e a
certeza de que, novamente, o Benfica vai ser a prioridade dos seus dirigentes.
O que é algo que na outra lista não se verifica e na qual até tenho a certeza
de que não é o Benfica que os move em primeira instância.
Votarei Rui Rangel porque
acredito que o dirigismo pode ser diferente. Podemos ter pessoas que liderem
com elevação e a competência que nomes como Maurício Vieira de Brito, Borges
Coutinho ou João Santos tornaram numa marca registada do clube. Porque acredito
na frontalidade e nas convicções destas pessoas. Porque sei que não mais o
Benfica será ponto de encontro de estruturas mafiosas de trocas de favores,
lugares e negócios. Porque sei que, se não atingirem os objectivos, saem pelo
próprio pé, como qualquer Benfiquista que sinta este clube faria.
Por tudo isto, os meus 20 votos
estão há muito entregues. Depois de dia 26 de Outubro ninguém poderá dizer que
teve de votar em Vieira por não haver alternativas. Quem o fizer estará, por
isso, a contribuir para que o Benfica continue nesta decadência profunda que só
uma fachada floreada com os milhões emprestados pelos bancos (e não
rentabilizados) pode disfarçar.
Força Benfica, força Rui Rangel!
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Porque voto em Rui Rangel
Dito que não votaria em Luís Filipe Vieira e deixando claro que um voto em branco seria desperdiçar uma excelente oportunidade para mudar para mais e melhor que os actuais dirigentes do Benfica, ficou bem claro que votaria (e votarei) na Lista B, de Rui Rangel, na próxima sexta-feira dia 26 de Outubro.
Mas porquê votar em Rangel? Por ser do contra? Por ser doutor? Porque sim? Porque não? Nada disso. Os meus votos no juiz em nada se devem às questões acima colocadas. Se assim fosse, em 2009 teria votado em Bruno Carvalho e não em Luís Filipe Vieira, como efectivamente votei. E fi-lo na altura com a certeza, que ainda hoje tenho, que o candidato da lista então opositora à do actual presidente era composta por um conjunto de gente impreparada e sem noção do que é ou seria dirigir o Benfica. Hoje, passados três anos, tenho a certeza de que, apesar deste mandato de Vieira ter sido claramente negativo, com os dados que tinha à minha disposição na altura e face às listas apresentadas a sufrágio, fiz a melhor das escolhas possíveis, ou pelo menos a menos má.
Mas voltando ao cerne da questão, porquê votar em Rui Rangel?
Por convicção, é a minha resposta.
Será possível votar em Rangel sem se estar a votar contra Luís Filipe Vieira? Sim, é, e é sobre isso mesmo que versa este post, pois é por aí que vai a minha orientação de voto. Voto em Rangel por acreditar que o seu projecto é efectivamente bom. Claro que o facto de Vieira estar a minar o meu clube (não o dele) também faz com que seja mais fácil votar em Rui Rangel, mas não é por aí que vou. Deixando de parte a conversa do projecto [mais que] esgotado de Luís Filipe Vieira e dos múltiplos insucessos desportivos alcançados em quase dez anos de reinado, pretendo demonstrar, ou pelo menos explicar, por que é que acredito que a Lista B é per si, a melhor para o Benfica.
Rui Rangel não acordou ontem para as questões relacionadas com o Sport Lisboa e Benfica. Já em 2009, através do Movimento Benfica Vencer Vencer, tentou apresentar uma lista às eleições, plano entretanto abortado devido à antecipação puramente estratégica de Vieira que visava o impedimento de que certas pessoas se apresentassem a votos. Três anos depois, Rangel volta à luta demonstrando uma coragem que poucos benfiquistas ousaram revelar. Quantos dos chamados "notáveis" é que mesmo discordando da actual política financeira e desportiva do clube se apresentaram para participar no debate de ideias com o público, cara-a-cara, e não apenas através das colunas dos jornais? Quem é que quis arriscar o bom nome e a reputação construída durante anos numas eleições à partida perdidas? Rui Rangel teve a coragem que mais nenhum benfiquista de "nome", com passado na vida pública ou papel de destaque na sociedade portuguesa teve. Rangel teve a ousadia de arriscar o nome a troco de umas eleições que sabia que seriam (serão?) praticamente impossíveis de ganhar. Só por isso merece o meu respeito. Mas para merecer os meus votos precisaria de muito mais.
E Rangel tem esse "muito mais" que faltava. Num grande clube como o Benfica, há e sempre haverá uma falange de adeptos descontente com o rumo da equipa, sobretudo quando não se ganha. Seria fácil aglutinar todas essas vozes de discórdia de forma a provocar instabilidade e algazarra na praça pública de modo a tentar capitalizar o apoio popular. Uma estratégia demagógica que não raras vezes é utilizada. Rangel, felizmente, não escolheu esse caminho. A voz de Bruno Carvalho, uma das mais activas nos últimos três anos de oposição encarnada, não faz parte do seu projecto, tal como a voz, ou melhor, a sombra de Veiga, que de acordo com as listas propostas a sufrágio não fará parte dos órgãos sociais do clube e que, segundo o próprio Rangel em comunicado emitido na sua página do Facebook, não fará também parte da estrutura do futebol profissional do SL Benfica. Pelos vistos, a exclusão de Veiga do futebol do Benfica vai ter o condão de meter muito boa gente a repensar a sua orientação de voto, uma vez que prometeram não votar Rangel devido ao facto de Veiga estar, pretensa e falsamente, como se provou, na sua lista ou na calha para o futebol encarnado. Gente essa que, curiosamente ou talvez não, afirmou que nunca estaria do lado de Veiga esquecendo-se (ou não, uma vez mais) que esteve ao lado de Vieira nos anos em que o ex-empresário foi unha com carne com o actual presidente.
Mesmo numa questão tão delicada como a dos direitos televisivos, Rangel optou sempre pela verdade, pela transparência e pelo esclarecimento dos sócios, referindo que a hipotética
não-renovação com a Olivedesportos passará pelo cumprimento de um conjunto de cláusulas assinadas no contrato que hoje vigora, e que consistem no direito de preferência de Joaquim Oliveira quanto à renovação do contrato se igualar a melhor oferta que o Benfica venha eventualmente a receber. Ainda assim, Rangel recusou o silêncio nesta matéria, política da outra lista, e prometeu a tentativa de abrir o concurso relativo aos jogos caseiros do Benfica ao mercado internacional, onde o nosso clube poderia, eventualmente, fazer um maior encaixe financeiro.
Rangel não envereda pela crítica oportunista e fácil. Em praticamente todas as suas intervenções públicas desde que anunciou a candidatura vi-o elogiar ocasionalmente o trabalho feito pela Direcção vigente em algumas áreas. Seria extremamente fácil (e populista, uma vez mais) adoptar o discurso do bota-abaixo, mas o juiz optou pelo caminho que achou e que é o mais correcto: não esconder o que de bom foi feito nestes anos. E não raras vezes aproveita o que a actual Direcção construiu para lançar e reforçar as ideias que tem para o Benfica demonstrando onde Vieira e seus aliados falharam. Rangel tem um projecto. Tem ideias. Tem um plano. E tem, como já se viu, vontade de discutir o clube, falar dele abertamente e dar a palavra aos sócios. Um dos casos mais badalados é o do possível reatamento de relações com o FC Porto. Enquanto que na lista adversária Moniz diz que quer, Gomes da Silva rejeita liminarmente e Vieira mantém-se calado a ver os dois contradizerem-se, Rangel não esquece quem decidiu esse corte de relações e promete dar a palavra aos sócios. Diz o juíz que tal reatar de relações só será possível se os sócios do SL Benfica assim decidirem em Assembleia-Geral do Clube. Enquanto uns dirigentes põem e dispõem a seu bel-prazer, Rangel compromete-se a dar a palavra e o voto aos sócios. É neste espírito de discussão positiva que Rangel não se esconde e não foge às perguntas dos adeptos. Enquanto uns rejeitam debates, outros escutam activamente o eleitorado, incentivando à colocação de perguntas e respondendo apesar de algumas não serem propriamente fáceis. Basta ver a actividade que o Facebook do candidato da Lista B promoveu. Enquanto uns se escondem, outros discutem com adeptos anónimos, com vontade de esclarecer, de ouvir e de se darem a conhecer a si e ao seu projecto.
Mas para além de acreditar no projecto e na pessoa que o lidera, tenho a mais profunda confiança em quem Rangel escolheu para o rodear. Rangel não está sozinho. Rodeou-se de uma equipa de benfiquistas, não uma espécie de cristãos-novos do benfiquismo oriundos de Alvalade ou das Antas, homens experientes e que, em boa parte, até já passaram pela nossa casa em funções administrativas ou directivas. Fernando Tavares, à cabeça, é um desses homens. Foi director das modalidades no período relativo ao nascimento do futsal, onde ganhou múltiplos títulos, lançou as bases para equipa de hóquei que ganharia o campeonato e as provas internacionais anos mais tarde sob a égide de outros, e foi ainda o único director das modalidades que na última vintena de anos conseguiu ganhar os campeonatos de Andebol e Voleibol. Cunha Leal, Paulo Olavo Cunha e José Ribeiro e Castro são outros nomes do conhecimento dos benfiquistas.
Por tudo isto, voto na Lista B, presidida por Rui Rangel e faço-o por convicção. Por acreditar na pessoa que lidera a lista, por me identificar com o projecto que tem para o Benfica e por saber que está rodeado de pessoas competentes e capazes de devolver o Benfica ao lugar que lhe pertence por direito.
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terça-feira, 23 de outubro de 2012
Votos em cadeia
Este sou eu. E estas são três pessoas. E eu vou fazer com que votem em Rangel. Depois, cada uma destas três pessoas vai convencer outras três a votarem nele e assim sucessivamente.
É preciso convencer os benfiquistas. É necessário promover uma enorme mobilização para estas eleições. É nosso dever convencer os amigos, os conhecidos, os amigos dos conhecidos, o pessoal do trabalho, a malta da faculdade e por aí adiante, a votarem em quem acreditamos.
Na sexta-feira decidem-se os próximos quatro anos de Benfica. Os sócios vão às urnas naquela que será, quase seguramente, a maior votação de sempre da História do Clube. Resta saber o que querem os benfiquistas: continuar ou mudar? Avalizar mais quatro anos de Vieira e da sua política no clube, com tudo o que tem de bom e, sobretudo, por ser em maior quantidade, de mau, ou mudar para Rui Rangel e a sua lista de benfiquistas.
A partir de sexta-feira teremos um novo (ou velho) presidente. Gostem ou não da ideia, um dos dois, Vieira ou Rangel presidirá os destinos do Benfica. É impossível agradar a gregos e troianos e, do que tenho visto, mesmo entre gregos e troianos há quem não goste nem de um nem de outro, equacionando não votar ou votar em branco. E fazê-lo, neste caso, não me parece correcto. Engulam o sapo, como alguém disse tão sabiamente, e decidam-se. Não se demitam desta responsabilidade que é votar em quem nos vai governar até 2016. Alguém vai ter de ser, escolham. Votar em branco, reforço, é a demissão das responsabilidades enquanto benfiquistas, é mostrar que se tem medo de decidir o que se quer para o futuro do clube. Neste momento, é isso mesmo: medo. Votar em branco é a escolha mais fácil, é o caminho mais simples. Votando em branco, o benfiquista dirá, com natural facilidade daqui a quatro anos que "as coisas correram mal como eu previa e foi por isto que não votei no actual presidente". Têm medo de votar em alguém? Têm medo de tomar decisões sérias e importantes? Acertando ou errando, há que assumir responsabilidades e votar em alguém. Eu já escolhi e voto Rangel. Nos próximos quatro anos cá estarei para defender a minha escolha até mais não ser possível, mas sempre com a consciência que no dia 26 de Outubro votei na pessoa que poderia dar um melhor presidente do Benfica. Por isso, deixo-vos a questão: quem é que dará um melhor presidente? Vieira ou Rangel? Branco vai a votos, mas não governará. Escolham.
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Entrevista de Rui Rangel à RTP
José Rodrigues dos Santos é um bom jornalista e um excelente pivô televisivo. Mas só quando quer. Ontem despiu uma vez mais o fato de bom jornalista (como costuma fazer nas notícias relacionadas com a GFK) e adoptou a posição de apoiante de Luís Filipe Vieira atacando a torto e a direito, sem qualquer motivo para tal, Rui Rangel.
Do ambiente de quase subserviência com tratamento por "tu" e dos sorrisinhos para com Moniz, José Rodrigues dos Santos passou ao ataque ao candidato que promete devolver o Benfica aos benfiquistas. Mal Rangel começou a falar em "títulos", Rodrigues dos Santos cortou a conversa e adoptou o discurso de Vieira relativamente a Vale e Azevedo, presidente que deixou de o ser já vai para 12 anos, tendo referido uns "8 em Vigo" que não sei ainda hoje do que se trata, uns quartos-de-final da Champions, um feito tão inalcançável que se calhar nem Damásio com Artur Jorge ao leme conseguiu (ou espera, se calhar conseguiu) e ainda lançou a parvoíce de argumento de que Rangel tem na lista pessoas que pertenceram à direcção de Vale e Azevedo, como se isso fosse um atestado de incompetência ou falta de benfiquismo (situação curiosa até porque Vieira teve na sua lista membros da antiga direcção de Vale, como João Braz Frade, por exemplo).
Do ponto de vista das respostas dadas, destaca-se a postura, a tranquilidade e a honestidade evidenciadas apesar dos sucessivos ataques, de conteúdo e sobretudo de estilo, de que foi alvo. Quando questionado sobre as mudanças, Rangel não embarcou num discurso oco e populista, tão habitual noutros candidatos, e afirmou que é preciso estudar os dossiers que não são do seu conhecimento por não serem públicos. Assumiu a necessidade evidente de "emagrecer o plantel", referindo um excesso brutal de jogadores com vínculo ao Benfica, necessidade igualmente avançada meses antes pelo actual presidente mas que, como se sabe, não foi posta em prática de forma alguma. Elogiou ainda algum trabalho bem feito pela actual direcção, evitando entrar pelo caminho da crítica fácil e destrutiva e contornou muito bem o ataque do jornalista recordando que a primeira figura e o primeiro responsável pela recuperação do Benfica foi Manuel Vilarinho, chamando a atenção para o facto de ter na sua lista pessoas que estiveram presentes nos órgãos sociais da lista que venceu as eleições de 2000. O único ponto onde esteve menos bem foi no tema "Ribeiro e Castro", onde foi apanhado de surpresa pelas declarações do seu mandatário algumas semanas antes. Ainda assim, com a classe e tranquilidade que o caracterizam, Rui Rangel soube dar a volta ao texto. E, digo eu, oxalá haja mais "Ribeiros e Castros": gente que há semanas pensava em votar Vieira e que vote agora em Rangel.
Gostei do que vi, tanto na forma como pelo conteúdo. Rangel parece estar minimamente bem preparado, tem uma equipa de qualidade à sua volta, tem um projecto e representa, para mim, os ideais do Benfica. É um senhor, um gentleman, um presidente à Benfica e que o Benfica merece. Jorge de Brito, o último presidente à Benfica, estaria contente por ver alguém como Rangel ir à luta.
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Só uma coisa
Tenho descortinado uma certa preocupação de alguns bloggers com a pouca clareza com que Rui Rangel falou dos direitos televisivos do Benfica. Chega-se ao ponto de ler alarvidades como "Rangel deu a entender que dá preferência à renovação com a Olivedesportos".
Mas o que é isto? Andam a baixar o nível ou o nível de compreensão de algumas almas não dá para mais?
O que Rangel diz, e bem, é que o Benfica é obrigado contratualmente, repito, é obrigado, a dar preferência à Olivedesportos caso esta iguale a melhor proposta existente pelos direitos. A única forma de contornar esta situação é através da exploração própria desses direitos. E isto é uma questão extremamente frágil e que requer um estudo muito aprofundado e conhecimento do que realmente já foi feito pela actual direcção sobre este tema. E não esperem que a lista de Rangel nos ponha tudo preto no branco quando a actual direcção nada diz para esclarecer os sócios do clube. Direcção esta que, pela mão de Luis Filipe Vieira, decidiu estender o contrato com a empresa de Joaquim Oliveira por mais um ano (era suposto acabar em 2012).
Ah! E só mais uma coisa.
Andam a levantar-se vozes de contestação e indignação relativamente à presença de José Veiga na apresentação da candidatura de Rui Rangel. Importa esclarecer que, quer queiram, quer não, Veiga é apenas um sócio apoiante da candidatura de Rangel. Está no seu legítimo direito e o resto são balelas.
Veiga não consta da lista de Rangel para os órgãos sociais, por isso não entendo tanta preocupação. E também não compreendo quais os motivos para ostracizar o nome de José Veiga quando falamos do Benfica. Sem Veiga jamais teríamos sido campeões em 2005. Luis Filipe Vieira bem disse que esse título foi anormal e que normal foi o terceiro lugar em 2006, se calhar é a prova de que Veiga está fora da órbita de competência do actual presidente, que é nenhuma, diga-se.
Portanto, é simples: Como não podem pegar em nada sobre Rangel que o descredibilize (ao contrário de outros, a seriedade e competência do seu passado é bem conhecido por toda a sociedade portuguesa), mandam umas bombas para o ar para ver se têm efeito negativo. Mas não vão conseguir manchar o nome da pessoa mais credível e competente (em nome da sua lista) que se candidatou à presidência do Benfica nos últimos 20 anos.
Adenda: Parece que Luis Filipe Vieira já começou com a sua campanha reles, baixa e desesperada para criar uma nuvem de desconfiança sobre a candidatura de Rui Rangel. Entrar em comparações com Vale e Azevedo é do mais nojento que pode haver e só mostra que Vieira está com medo. Mas Vieira vai cair. Se não for agora, é daqui a uns meses. O Benfica já acordou. E agora vai levantar-se! E isto ninguém poderá evitar! Nem o ex-sócio do FCP cujas quotas estiveram sempre em dia, nem o lagarto que controla a SAD, nem o ex-administrador do FCP, que sempre teve apoio de Vieira, e que tem conseguido humilhar o Benfica de tal forma que rivaliza com os dourados anos em que Pinto da Costa era presidente da Liga.
Um novo rumo
Finalmente fez-se luz sobre um
projecto alternativo a Luís Filipe Vieira. Com todas as dificuldades inerentes
a um clube com os estatutos actuais e com máquinas de propaganda que constroem
cenários heróicos à volta de uma direcção incompetente, a candidatura de Rui
Rangel aí está para provar que ainda temos no clube gente de outra cepa, com
carácter e ambição para ir à luta, mesmo em contexto desfavorável.
Pode-se ou não concordar com as ideias,
pode-se ou não exigir maior objectividade, mas o certo é que a existência de um
programa e de linhas orientadoras já faz de Rui Rangel um candidato mais sólido
do que Luís Filipe Vieira alguma vez foi. Ainda para mais, sem os sombrios
episódios de um passado nunca explicado pelo ex-presidente do Alverca.
Voltando ao programa, tenho dado
conta de algumas questões relativas ao entendimento do que está escrito no
programa eleitoral da lista “Benfica aos Benfiquistas” e, estando activamente
empenhado em contribuir para o seu sucesso, gostaria de focar aqui três pontos
de maior incompreensão.
Em primeiro lugar, a questão dos
lugares estratégicos versus lugares operacionais. Penso que é muito simples de
entender:
- Um lugar estratégico é todo o lugar onde se planeie uma estratégia. Todo o lugar que implique decisões de alto nível. Quem contratar, como contratar, como gerir os financiamentos, para onde levar o marketing do Benfica, etc. Tudo isto é estratégia. Um director é um lugar estratégico. Um administrador, muito mais. A lista “Benfica aos Benfiquistas” deixou bem claro que nenhum destes lugares estará a mercê, como até aqui, de gente que não veste a camisola do Benfica;
- Um lugar operacional é todo o lugar onde não haja planificação de estratégia, apenas o executar das acções delegadas por alguém. Exemplos como treinadores ou jogadores são claros exemplos. Obviamente que, para estes lugares, o Benfica não pode restringir o acesso a Benfiquistas de gema.
Avançando para os direitos de TV,
a questão é clara – existe um contrato com um operador, negociado livremente pelo presidente em funções
(o contrato, recorde-se, terminava em 2012 antes de ser extendido a 2013 por
Luís Filipe Vieira) e que, também com a concordância do actual presidente, tem
uma cláusula que dá o direito de opção à Olivedesportos. Quem disser que vai
vender os direitos a outra empresa, está a mentir, porque isso só depende da
Olivedesportos. Do Benfica depende apenas uma questão: não vender os direitos a
ninguém e explorá-los por conta própria. É o único caso em que o direito de
opção não é passível de ser exercido, e em que se pode garantir que a
Olivedesportos não ficará com o contrato.
Posto isto, fundamental é ter a
informação por parte de Luís Filipe Vieira sobre o processo negocial dos
direitos de televisão. É preciso saber exactamente que tipo de clausulado tem o
contrato actual, e quais os moldes da proposta rejeitada há uns meses.
A lista “Benfica aos Benfiquistas”
deixa a porta aberta a caminhos inovadores, porque nestas questões importa
perceber por onde corre o dinheiro, para perceber em que ponto se pode
interceptar esse fluxo e ter proveitos com ele. E o dinheiro já não flui como
fluía das assinaturas de canais pagos ou de publicidade. É um mercado em
retracção, e por isso a linha do horizonte tem de ser empurrada para lá do
local onde habitualmente a vislumbrávamos.
De qualquer forma, creio que as
condições até morais impostas no programa são suficientemente claras.
Em relação à gestão financeira e
ao monstro que é o actual passivo exigível, a negociação de novas condições e
de novas fórmulas é um imperativo para evitar o esmagamento económico do clube,
com consequências que podem ser fatais. Só no project finance do Estádio,
negociado por esta direcção, o Benfica já perdeu mais de 12 milhões de Euros
por ter sido negociada uma taxa de juro fixa. E o pagamento já foi adiado para
2024!
Conceitos de cross-selling associados
a investimentos dos adeptos no clube poderão aliviar algum deste peso e trazer
para a família Benfiquista uma responsabilidade que hoje está toda centrada nos
bancos e no mercado, com um custo naturalmente muito mais elevado para o nosso
clube.
Há muito a fazer na gestão
financeira, boa parte da qual agindo na actividade económica. Reduzir custos
desnecessários na actual estrutura não é só uma forma de libertar fluxo
económico para pagar dívidas, como é também uma forma de diminuir a pressão na
tesouraria do Benfica, sendo a tesouraria a principal responsável pelos
endividamentos constantes e em espiral que têm massacrado o nosso clube.
Estou certo, porque estou ciente
do que tem sido feito e das ideias das pessoas, que a pormenorização de muitas
das ideias agora transmitiras será uma realidade até dia 26. A lista “Benfica
aos Benfiquistas” move-se desde o início pelo genuíno desejo de transparência e
frontalidade.
Vamos a isso!
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O "Benfica aos Benfiquistas" de Rui Rangel
Aí está. Sem medos, sem interrogações, de forma directa, incisiva mas sem procurar uma caça aos fantasmas, Rui Rangel dá-se a conhecer a si, à sua lista e ao seu projecto para o Sport Lisboa e Benfica. Sob o lema "Benfica aos Benfiquistas", Rangel propõe-se a "recuperar os valores, a grandeza histórica, a vida e essência" do Sport Lisboa e Benfica, construindo uma "equipa vibrante", apostando na formação e nos jovens portugueses "de acordo com a nossa história, a nossa identidade, a matriz que já foi nossa".
Gostei do que li e do pouco que pude ouvir. Há claramente uma ideia do que se quer para o Benfica. Há gente que respeita o passado, conhece o presente e projecta um futuro. Lembram-se de que o Benfica é, em primeiro lugar, um clube de futebol e não um negócio, recordando ainda a função social do clube e apelando à participação activa dos sócios na construção de "um grande projecto transparente e ganhador".
E, sobretudo, há vontade de discutir o clube. O convite para um debate televisivo foi lançado a Luís Filipe Vieira, veremos se será aceite e em que moldes ocorrerá. Os benfiquistas precisam de ver um frente-a-frente como o de 2000, entre Vale e Azevedo e Manuel Vilarinho. Será interessante debater e discutir o Benfica com base naquilo que os candidatos sabem e querem para o clube.
Seria igualmente importante que tanto o jornal como a televisão do clube, e sublinho, do clube, não do presidente, dessem destaque e cobertura a este acontecimento de forma isenta e imparcial, entrevistando os líderes, seguindo as acções de campanha e, sobretudo, informando os adeptos e sócios dos programas e ideias dos concorrentes. Pelo Benfica e à Benfica.
P.S. Para mais informações, aqui fica o link da página da candidatura de Rui Rangel no Facebook.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Nem tudo se pode comprar
Diz Rui Santos, no Tempo Extra, que Luís Filipe Vieira e Rui Rangel se reuniram na passada 4ª feira à noite em casa de um amigo pessoal do primeiro com o objectivo (por parte de Vieira, claro) de demover Rui Rangel a avançar para as eleições. Segundo Rui Santos, a reunião demorou várias horas e terminou com o "não" de Rangel, que rejeitou a hipótese de se juntar a um vasto leque de camaleões ideológicos que Vieira foi cativando ao longo dos anos.
Mas Rui Santos não se ficou por aqui. Falou também, ainda que pela rama e sem aprofundar muito o tema, de irregularidades relativas aos anos de sócio do actual presidente, insinuando que este talvez não pudesse ser candidato de acordo com os actuais estatutos do SL Benfica. Seria bom que se investigasse este assunto. Não deixaria de ter a sua graça ver o feitiço virar-se contra o feiticeiro.
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sábado, 13 de outubro de 2012
2ª feira, Hotel Sheraton Lisboa, 20h00
«No próximo dia 26 a nação benfiquista vai ser chamada a votar. Votar
para e no Benfica é votar em 100 anos de história, é personificar, a
“alma benfiquista” e a memória de Cosme Damião, o homem que lhe deu
espírito, corpo e mística.
A mística benfiquista é um sentimento de pertença. É o código genético da sua identidade, assente num passado histórico glorioso. O futebol ganhador e a sua magia são a sustentação da marca Benfica, enquanto marca mais poderosa de Portugal. O futebol, como disse Bill Shankly, não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais do que isso.»
A mística benfiquista é um sentimento de pertença. É o código genético da sua identidade, assente num passado histórico glorioso. O futebol ganhador e a sua magia são a sustentação da marca Benfica, enquanto marca mais poderosa de Portugal. O futebol, como disse Bill Shankly, não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais do que isso.»
Rui Rangel
Rui Rangel dá a conhecer a sua lista e o seu projecto para o Benfica no Hotel Sheraton, esta 2ª feira, a partir das 20h00.
TODOS OS BENFIQUISTAS SÃO BEM-VINDOS À APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA. APAREÇAM!
TODOS OS BENFIQUISTAS SÃO BEM-VINDOS À APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA. APAREÇAM!
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Branco era o cabelo: Rangel vai a votos
Quando há meia dúzia de dias anunciei que não haveria lista da oposição estava longe de adivinhar a alteração de rumo que os acontecimentos sofreriam. Rui Rangel deixou a cadeira confortável que ocupava e decidiu ir à luta. O juiz desembargador, que nas eleições de 2009 fez parte do Movimento Benfica Vencer Vencer, ainda não anunciou oficialmente a candidatura, mas falam-se em alguns nomes sonantes para a sua lista, tais como Fernando Tavares, Bagão Félix, João Carvalho, Manuel Boto e Camilo Lourenço. Há que aguardar por mais desenvolvimentos, mas, para já, face aos nomes avançados, parecem cumprir os requisitos que sempre defendi: honestidade, competência e benfiquismo, algo que falta à actual Direcção. Teremos notícias nos próximos dias, vamos ver como a situação vai evoluir.
P.S. Como disse anteriormente, qualquer pessoa que se assumisse como candidato contra a máquina vieirista teria o seu nome e o seu currículo atirados para a lama, por mais honesta que fosse essa tal pessoa. Com Rangel, a tarefa começou dias antes das notícias que o dão hoje como candidato. A máquina está bem oleada.
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sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Vamos ajudar Vieira
Uma Assembleia Geral com 700 sócios nunca será representativa da realidade do Benfica. De um universo de mais de 250 mil associados, a presença de apenas 0,3% é o reflexo de um dos maiores e mais difíceis presentes envenenados que foi entregue aos benfiquistas pelo senhor Luís Filipe Vieira: a falta de militância. É um presente [para quem preside] porque, geralmente, a minoria que participa numa AG fá-lo com o intuito de passar todas as propostas da Direcção independentemente do seu conteúdo, mas envenenado porque fere de morte a credibilidade de qualquer acto deste género, uma vez que a amostra de sócios está longe de ser representativa. Ainda assim, e apesar de 700 sócios serem muito poucos quando comparados com a mole humana que se deslocava às AG's de há 15 anos, a melhoria é significativa quando comparada com as 100 e 200 pessoas que marcavam presença nas Assembleias de há um e dois anos. Curioso é que haja gente na internet (Gomes da Silva, serão só meia dúzia?) preocupada e obcecada com o facto de as 700 pessoas não transmitirem a vontade real dos sócios do SLB. Estavam essas mesmas pessoas preocupadas com as AG's que levavam 100 pessoas? Ou com os actos eleitorais a que não compareciam mais de 15 mil sócios? Nunca os ouvi falar de tal coisa.
Apesar de, ao contrário do que por aí circula, os sócios dos 50 votos terem constituído de longe, mas de muito longe, a maior fatia de votantes (e consequentemente de votos) que a falange favorável à validação do R&C teve, o "Não" venceu esmagadoramente fruto não só fruto dos 50 votos exibidos (uma percentagem muito reduzida face aos votos totais do "Não", especialmente quando comparados com os 50's do "Sim"), mas sobretudo graças aos 20's e aos 5's exibidos. Seria interessante que a direcção do Benfica divulgasse o número total de votos que cada grupo de sócios deu às opções referendadas na AG (lá está, transparência, parece que não convém a muito boa gente neste clube). Se assim fosse, não tenho a mais pequena dúvida que se provaria que pelo menos 80% dos votantes estiveram contra a aprovação do R&C.
E para além da direcção e da mesa da AG, deve haver mais gente a tirar ilações: a começar em três indivíduos considerados oposicionistas à actual direcção: Rui Rangel, Fernando Tavares e Bruno Carvalho. Os dois primeiros apareceram juntos com uma entourage de mais sete ou oito pessoas mas não pediram a palavra. O facto de terem estado presentes é positivo e é de realçar, mas não se devem ficar por aqui. Apesar de terem tanta obrigação de se candidatarem como qualquer outro sócio, neste momento, a questão que se coloca é outra. Nos dias que o nosso clube vive, é precisamente o Benfica quem chama por eles. O chumbo das contas verificado ontem não é fruto de uma leitura económica por parte dos sócios, mas sim uma cartão alaranjado à actual Direcção do Benfica. E, num momento em que o Benfica precisa de Rangel e Tavares mais do que nunca, eles os dois deveriam saber tirar a leitura correcta do que se passou na AG: as pessoas estão fartas de Vieira, estão fartas do Vieirismo e querem mudar para melhor. Neste momento, não tenho a mais pequena dúvida que uma candidatura em que figurassem na proa pessoas como Rangel e Tavares apoiadas por gente reconhecidamente de bem e que se demarcasse de certos apoios demagógicos, sairia vencedora das eleições de 26 de Outubro. Com eles poderia estar Bagão Félix, benfiquista de carácter inquestionável e capaz de dirigir com seriedade o clube, mas que faltou inexplicavelmente à chamada, como outros.
Quem também esteve presente foi Bruno Carvalho, presidente do Grupo da Luz, que certamente percebeu que há formas e maneiras de fazer oposição e que o que tem feito não é, nem de perto nem de longe, o correcto, estando a milhas do que deve ser o caminho a seguir. Foi fortemente vaiado quando se dirigiu ao púlpito e precisou de segurança privada para estar na Luz (infelizmente é esta a realidade). Aprecio a tenacidade com que vai à luta. O homem leva bofetadas de todos os lados, cai invariavelmente com a cabeça na lama e volta a pôr-se de pé para levar mais uma quantas. "Então por que motivo é que não gostas dele?" - perguntarão alguns benfiquistas. Pelo simples facto de além da tenacidade, não haver ali mais nada. Não há ideias, não há projecto, não há noção da realidade. Convenhamos: o Beto (aquele amigo do Koeman) também era muito lutador, mas na verdade era um cepo de primeira água, não era? Entregavam-lhe o meio-campo do Benfica? Não, pois não?
À chamada faltaram, entre outros, Varandas Fernandes e José Eduardo Moniz, recentemente vendidos a troco de pires de tremoços (quem consegue negar um belo pires de tremoço?), mas também Luís Tadeu e o supracitado Bagão Félix. Medo dos dois primeiros e desinteresse dos dois últimos? Parece o mais provável.
O que não se admite é que o suposto homem forte das finanças, Domingos Soares de Oliveira, se tenha escusado a ir à assembleia. Se a mesma é para sócios do Benfica independentemente de serem ou terem sido sócios do Sporting e/ou do Porto, DSO poderia lá ter estado. Não quis, compreende-se, provavelmente deverá querer resguardar-se para ir à AG de accionistas do Sporting, que se realiza amanhã. E o príncipe de cera, Rui Costa? Por que motivo faltou? Terá sido isto uma espécie de falta de comparência à chamada após o Levantamento das Caldas? Que sinal é que "o Rui" quer passar aos benfiquistas?
No momento em que Luís Filipe Vieira saiu da Assembleia Geral em passo apressado, fugindo às críticas no meio de seguranças (uma vez mais, lamentável a necessidade de estarem presentes, mas infelizmente é preciso) e não querendo ouvir os posteriores e habituais comentários e considerações dos adeptos, deixou de ser o presidente do Benfica. Ali, naquela figura, era um Marcello Caetano a abandonar o Quartel do Carmo dentro de um chaimite para euforia da população vencedora. Ali estava o derrube de um ditador conseguido pelo povo. Mas Vieira não vai para o Brasil. Qual gato de sete vidas, Vieira é um camaleão empresarial e nem esta saída de fininho pela porta pequena vai fazê-lo desviar-se um milímetro do rumo traçado. Talvez por falta de alguma lucidez, por incapacidade em compreender, a verdade é que Vieira acha-se em condições de ir para a luta.
Por isso, meus caros, e voltando ao início deste post, lanço-vos um repto: vamos ajudar Vieira. Vamos ajudá-lo a terminar o mandato com dignidade. E a única forma de terminá-lo condignamente, é pedindo uma demissão que está em falta há precisamente 20 horas. Já vai atrasado, mas ainda se pode redimir. Faça como Damásio: demita-se e não se recandidate. É o melhor que pode fazer pela sua saúde (aliás, brilhante recuperação, depois do Rally das Casas adoeceu, faltou a Coimbra mas esteve no Pavilhão da Luz, bravo!) e pelo clube que diz que ama.
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terça-feira, 4 de setembro de 2012
Benfica à Benfica



Bagão Félix, Rui Rangel, Luís Tadeu, Fernando Tavares. 4 grandes benfiquistas que têm o perfil e os requisitos necessários para serem candidatos e presidentes do Benfica. Em qualquer um dos quatro, votaria de olhos fechados. Seria muito positivo para o Benfica que aparecesse uma candidatura com um destes nomes no topo da lista. Saiam do vosso conforto e apresentem-se às eleições. O Benfica precisa de vocês e os benfiquistas merecem algo melhor.
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